- ID
- 2286655
- Banca
- SUGEP - UFRPE
- Órgão
- UFRPE
- Ano
- 2016
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
A árvore que pensava
Houve uma árvore que pensava. E pensava muito. Um dia transpuseram-na para a praça no centro da cidade. Fez-lhe bem a deferência. Ela entusiasmou-se, cresceu, agigantou-se.
Aí vieram os homens e podaram seus galhos. A árvore estranhou o fato e corrigiu seu crescimento, pensando estar na direção de seus galhos a causa da insatisfação dos homens. Mas quando ela novamente se agigantou os homens voltaram e novamente amputaram seus galhos.
A árvore queria satisfazer os homens por julgá-los seus benfeitores, e parou de crescer. E como ela não crescesse mais, os homens a arrancaram da praça e colocaram outra em seu lugar.
Oswaldo França Jr. As laranjas iguais. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 1996, p. 17.
No trecho: “E como ela não crescesse mais, os
homens a arrancaram da praça e colocaram outra em
seu lugar” (3º parágrafo), o segmento sublinhado
expressa um sentido de: