Gabarito Letra A
A DFC pelo método indireto é calculada em alguns passos.
Passo 1: Ajustar as receitas e despesas que não afetaram o caixa
Vamos começar a nossa DFC pelo método indireto, encontrando o fluxo operacional
Atenção: Partir do lucro líquido do exercício e procurar o que não afeta o caixa (seja receita, seja despesa). Basicamente é isso que fazemos no método indireto. Tenha em mente!
Exemplo de despesas que não resultam em saída de caixa e devem ser ajustadas:
– Depreciação.
– Amortização.
– Exaustão.
– Despesas financeiras.
– Perda no método da equivalência patrimonial.
Da mesma forma, as receitas que aumentaram o lucro, mas não resultaram em entradas de caixa devem ser ajustadas no lucro líquido, diminuindo-o (receita de equivalência patrimonial, receita financeira não recebida, e outras).
Exemplo de receitas que não resultam em entrada de caixa e devem ser ajustadas:
– Equivalência patrimonial.
– Receita financeira não recebida.
Feito esse primeiro passo (ajuste das receitas e despesas que não afetam o caixa), passamos a um outro ponto importante.
Passo 2: Eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa.
Se todas as operações da empresa fossem realizadas à vista, o lucro ajustado já seria equivalente à movimentação do caixa. Mas é comum que as empresas realizem operações a prazo. Portanto, devemos eliminar o efeito das vendas e compras a prazo do caixa.
Para eliminar tais efeitos do caixa, usamos a variação das contas patrimoniais.
As variações das contas do AC/ANC RLP e PC/PCN ficam, em síntese, do seguinte modo:
Aumento do ativo Diminui o caixa
Diminuição do ativo Aumenta o caixa
Aumento do passivo Aumenta o caixa
Diminuição do passivo Diminui o caixa
(A) CERTO: Nenhum dos dois afetam o caixa. Devem, pois, ser ajustado no lucro líquido do exercício.
(B) Os passivos convertidos em aumento de capital, por exemplo, uma debênture que você converte em ação, não afeta a demonstração do resultado. Os ganhos e as perdas com venda de imobilizado devem ser subtraídos/somados na DRE, pois devem compor o fluxo de investimento.
(C) No método indireto, as perdas com clientes e o adiantamento são ajustadas na variação da conta clientes. Não entram na variação do lucro líquido.
(D) No método indireto, quando partimos do resultado do período, a despesa/reversão de PCLD já está considerada no resultado. Assim, quando consideramos a variação da conta PDD (retificadora do ativo), já acertamos automaticamente o valor da despesa.
(E) A amortização é ajustada. Todavia, a aquisição de propriedade para investimentos é fato permutativo, não afetando o resultado.
Bons estudos
GABARITO A
Complementando o comentário do Renato, segue item do CPC 03:
"De acordo com o método indireto, o fluxo de caixa líquido advindo das atividades operacionais é determinado ajustando o lucro líquido ou prejuízo quanto aos efeitos de:
(a) variações ocorridas no período nos estoques e nas contas operacionais a receber e a pagar;
(b) itens que não afetam o caixa, tais como depreciação, provisões, tributos diferidos, ganhos e perdas cambiais não realizados e resultado de equivalência patrimonial quando aplicável; e
(c) todos os outros itens tratados como fluxos de caixa advindos das atividades de investimento e de financiamento."
Fonte: http://static.cpc.mediagroup.com.br/Documentos/183_CPC_03_R2_rev%2010.pdf