Segundo Giambiagi, "Nesse cenário — e apesar da sua defesa do regime cambial nos anos anteriores —, o governo ficou sem opção, e a desvalorização cambial foi uma imposição das circunstâncias, pois, em meados de janeiro de 1999, ela se tornara inevitável. Assim, depois de uma tentativa frustrada (que durou somente dois dias) de “domar” o processo mediante uma mudança controlada da ordem de 10% — e que, em um contexto de pânico do mercado financeiro, apenas financiou a fuga de divisas a uma taxa fixa por mais 48 horas — o governo deixou o câmbio flutuar. Assim, este, que antes da desvalorização estava em torno de R$1,20, escalou rapidamente para mais de R$2,00 em menos de 45 dias, no que se anunciava como a reedição do surto inflacionário vivido pelo México quatro anos antes"
Gabarito: B.
RESOLUÇÃO:
a) Longe disso! Não houve longo processo de planejamento. Foi uma situação que se impôs pela necessidade,
provocada pela insuficiência de reservas.
b) Perfeito! O Brasil teve de recorrer ao FMI em 1998 para cumprir seus compromissos externos no final daquele
ano. E já no início de 1999 se viu obrigado a liberar a flutuação do câmbio, já que o baixo volume de reservas
internacionais não permitia a manutenção do câmbio valorizado e praticamente fixo (minibandas).
c) Errado! O novo modelo não demandava mais atuações no mercado de câmbio, mas o Banco Central passou a
operar a política monetária de forma ativa e não mais apenas para segurar a taxa de câmbio.
d) Errado! A forma de encará-la é que mudou. Mas a relação sempre existe: tudo o mais constante, quanto mais
depreciada a taxa de câmbio, maior o valor das exportações líquidas e, portanto, maior a pressão de inflação.
e) Não mesmo! As bandas foram justamente abandonadas na adoção deste novo modelo. Até então, o câmbio
era praticamente fixo com bandas cujos piso e teto eram muito próximos.
Resposta: B