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Questões referentes à taxa de câmbio:
1º registra com a taxa no momento da transação;
2º calcula a despesa/receita financeira comparando as taxas da aquisição e do fechamento.
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Aquisição (taxa 3,50)
200.000 x 3,5 = 700.000
Redução da taxa (3,30)
200.000 x 3,3 = 660.000
700.000 - 660.000 = 40.000
O principal sofreu uma desvalorização em vista a variação da taxa. Logo, no mês de maio haverá uma receita de 700.000 e uma despesa de 40.000
“Quem quiser ser o primeiro aprenda, primeiro, a servir o seu irmão” Mateus 20:26
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Resumo básico:
Primeiramente, vamos dividir o assunto em 2 grupos, que seguirão regras próprias:
1 - Apresentação de TRANSAÇÕES feitas em moeda estrangeira (compra de estoque, de máquina);
2 – Conversão de uma DEMONSTRAÇÃO contábil (BP e DRE) de uma moeda para outra.
CONVERSÃO DE OPERAÇÕES/TRANSAÇÕES em moeda estrangeira:
- uma operação/transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida inicialmente pela taxa de câmbio NA DATA DA TRANSAÇÃO.
Ao término da cada período de reporte, fazer ajustes:
-dos itens monetários: pela TAXA DE CAMBIO DE FECHAMENTO;
-dos itens não monetários pela TAXA DA DATA DA TRANSAÇÃO (mantém) ou DATA DO VALOR JUSTO, se mensurado a VJ.
Esses AJUSTES VÃO PARA RESULTADO: VARIAÇÕES CAMBIAIS ATIVAS E PASSIVAS (DRE)
CONVERSÃO DAS DEMONSTRAÇÕES em moeda estrangeira:
1) - itens do Ativo e Passivo – utiliza a taxa de câmbio do FECHAMENTO - DATA DO BALANÇO (31/12)
2) - itens de Receitas e Despesas da DRE são convertidos pela taxa de câmbio NA DATA DA TRANSAÇÃO ou, se na DRE (valor acumulado) usa a TAXA MÉDIA DO PERÍODO.
3) - itens do PL:
a) capital e reservas = valores do último balanço em R$ (já convertido); se for o 1º balanço da empresa usa a taxa de câmbio HISTÓRICA DA DATA DA INTEGRALIZAÇÃO DE CAPITAL;
b) lucro do exercício = não usa taxa de conversão; esse valor vem direto do somatório da DRE que foi convertida linha a linha: subtraindo as Despesas das Receitas convertidas nas respectivas datas de transação.
Nas questões de concurso, quando a conversão é do valor acumulado de transações na DRE, utilizar a TAXA MÉDIA DO PERÍODO.
4) Devido à utilização de diferentes taxas durante a conversão, o Balanço final em Reais não vai fechar; essa diferença vai compor a conta AJUSTE DE CONVERSÃO CAMBIAL (ou ajuste acumulado de conversão).
Essa conta fica no PL da Demonstração em reais e integra a DRA (outros resultados abrangentes).
5) Nos casos em que a Demonstração convertida para reais é a demonstração de uma empresa investida (explo: balanço de uma subsidiária no exterior), a investidora vai necessitar calcular o REP (resultado da equivalência patrimonial), isto é, o REP é calculado depois de se efetuar a conversão da demonstração da investida conforme regras acima. O REP é calculado normalmente, ou seja, % de participação x o lucro da investida em reais.
6) No caso de cálculo de REP, há ainda mais um último passo: calcular a parte que cabe à investidora do ganho (ou perda) cambial apontada na conta AJUSTE DE CONVERSÃO CAMBIAL no Balanço da investida. Aplica-se o % de participação da investidora sobre o saldo dessa conta:
D – Investimentos no Exterior (ANC)
C – Ajuste Acumulado de Conversão (conta de mesmo nome no Balanço da Investidora)
adaptação minha da FONTE consultada: Contabilidade Avançada - Ricardo J. Ferreira - 7ª edição
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Ajuste Acumulado de Conversão
o Ativos: Taxa de câmbio de fechamento;
· Itens monetários – Taxa de fechamento;
· Itens não monetários mensurados pelo custo histórico – Taxa vigente na data da transação;
· Itens não monetários mensurados pelo valor justo – Taxa vigente na data da mensuração do valor justo.
o Passivos: Taxa de câmbio de fechamento;
o Receitas e Despesas: Taxa de câmbio em vigor na data da transação ou média;
o Patrimônio Líquido: taxa histórica;
CPC 02
o Reconhecimento Inicial
· Uma transação em moeda estrangeira deve ser reconhecida contabilmente, no momento inicial, pela moeda funcional, mediante aplicação da taxa de câmbio à vista entre a moeda funcional e a moeda estrangeira, na data da transação, sobre o montante em moeda estrangeira.
§ A data da transação é a data a partir da qual a transação se qualifica para fins de reconhecimento, de acordo com as práticas adotadas no brasil. Por motivos práticos, a taxa de câmbio que se aproxima da taxa vigente da data da transação é usualmente adotada, como, por exemplo, a taxa de câmbio média semanal ou mensal que pode ser aplicada a todas as transações, ocorridas durante o período.
Atenção: se as taxas flutuarem significativamente, a adoção da taxa de câmbio média não é apropriada.
o Reconhecimento ao Término de Período de Reporte Subsequente
· Itens monetários – Taxa de fechamento;
· Itens não monetários mensurados pelo custo histórico – Taxa vigente na data da transação;
· Itens não monetários mensurados pelo valor justo – Taxa vigente na data da mensuração do valor justo.
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Os itens de receita são reconhecidos inicialmente pela taxa na data da operação, ou seja:
Receita de Vendas = US$ 200.000 x 3,50 = R$ 700.000,
Posteriormente, usaremos a taxa de fechamento para verificarmos se houve variação cambial positiva ou negativa:
Fechamento = US$ 200.000 x 3,30 = R$ 660.000
Percebam que a empresa deve reconhecer a variação cambial negativa de 660.000 – 700.000 = (40.000).
O gabarito é letra e.
Fonte: prof Júlio Cardoso.