SóProvas


ID
2310310
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Bela Vista de Minas - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Ter carro ainda é símbolo de status, diz especialista
Os governos precisam conscientizar a população para que priorize o transporte público, disse hoje (7/12/16) o pesquisador da Universidade Técnica de Berlim, Marcus Jeutner, ao participar, em São Paulo, do Seminário Desafios Contemporêneos: Empresas, Mobilidade Urbana e Direitos Humanos, promovido pelo Instituto Ethos. “As pessoas querem ter um carro porque é um símbolo de status. Elas querem mostrar para os vizinhos que podem ter, financiar um carro”, afirmou.
Especialista em mobilidade urbana, o alemão Jeutner é autor de estudo sobre o assunto, produzido na cidade de Chennai, na Índia. “Os carros são bons, eu gosto de dirigir. Mas estamos aumentando custos e causando problemas. É uma questão de educação, explicar [à população] que o uso do carro é pior”, disse. Jeutner é defensor do conceito de cidades inteligentes, que apresentam áreas dedicadas à circulação de pessoas a pé.
Segundo o especialista, as prefeituras erram ao buscar implementar o conceito de cidades inteligentes a partir das melhores práticas de exemplo, como o de Londres. “Nós não focamos na estrutura já existente, combinamos uma ideia adaptada aos desafios locais, ao contexto local. Gosto de me basear nos piores planos e replicar o que pode ser melhorado, não repetir os mesmos erros”, acrescentou.
Segundo a última pesquisa feita em Chennai, em 2008, 26% da população opta por ônibus, 25% utiliza motocicleta, 6% prefere carro e 5% anda de trem. A maior parcela, 28%, anda a pé, já que o custo do transporte público ainda é alto para grande parte dos indianos. “As pessoas não gostam do transporte público, se puderem pagar, preferem o transporte individual, como motocicleta”, ressaltou.
Em comparação, na capital paulista, a circulação dos automóveis reduziu 1,3%, passando de 80,2% em 2014 para 78,9% no ano passado, segundo estudo divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET). O percentual de motocicletas aumentou 1,2%, um salto de 15,1% em 2014 para 16,3% no ano passado.
Intermodalidade
No seu estudo em Chennai, o especialista concluiu que a intermodalidade “é uma dor de cabeça” para o gestor público, já que o seu mau funcionamento está entre as razões que mais afastam os usuários. “No centro de Chennai, o trem não tem conexão, [o pedestre] tem de cruzar ruas sem faixa de pedestres, andar por viaduto, não tem mapas sobre trajetos dos ônibus”, conta.
Jeutner explicou que a infraestrutura é o esqueleto das cidades, pois a partir dela é possível direcionar o crescimento urbano. No caso do município indiano, as ferrovias que existem há mais de 100 anos determinaram os caminhos da expansão, das periferias e grande número de indústrias, localizadas nos arredores.
Com aumento de renda da população, a quantidade de carros em circulação elevou e foram criadas novas ruas, que se tornaram, desordenadamente, cheias e caóticas. “Em Chennai, as pessoas não confiam no transporte público, elas acabam preferindo o carro e levam três horas [nos seus deslocamentos], assim como ocorre em São Paulo”, disse.
Tanto em São Paulo, quanto em Chennai, o transporte público com intermodalidade são as melhores alternativas ao carro. “Pensem na perda de produtividade das pessoas que estão travadas no trânsito. Elas poderiam brincar com o filho, estudar, trabalhar. Isso causa impacto muito grande na economia global”, afirmou o especialista.
EBC. Ter carro ainda é símbolo de status, diz especialista. Agência Brasil. Disponível em: . Acesso em: 7 dez. 2016 (fragmento adaptado).

Analise as afirmativas a seguir.
I. No trecho “É uma questão de educação, explicar [à população] que o uso do carro é pior”, os colchetes foram utilizados para sinalizar uma informação inserida pelo autor do texto.
II. No trecho “[...] segundo estudo divulgado pela Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).”, o autor poderia ter optado por utilizar travessão para separar a sigla.
III. No trecho “As pessoas querem ter um carro porque é um símbolo de status. Elas querem mostrar para os vizinhos que podem ter, financiar um carro”, as aspas foram utilizadas para marcar mudança de interlocutor.
De acordo com o texto e com a norma padrão, estão corretas as afirmativas:

Alternativas
Comentários
  • I) assertiva demarca o uso pelo autor do texto da expressão "à população". No item II o travessão pode ser substituído pelo parênteses, sem prejuízo. O item III demonstra a mudança de interlocutor já que foi a fala do autor alemão.
  • Até agora sem entender

     

  • Fabricio o autor alemão é o mesmo cara.... Creio que as aspas foram utilizadas para macar uma citação. A assertiva III está errada.

  • Todas corretas, a III realmente mostra mudança de interlocutor

    Marcus Jeutner, ao participar, em São Paulo, do Seminário Desafios Contemporêneos: Empresas, Mobilidade Urbana e Direitos Humanos, promovido pelo Instituto Ethos. “As pessoas querem ter um carro porque é um símbolo de status. Elas querem mostrar para os vizinhos que podem ter, financiar um carro”, afirmou.

  • item I) Quando há acréscimo de informação numa citação, bem como quando há acréscimo de comentários em textos, alterando sua forma original.

    Como afirmou Descartes: “Penso, logo [eu] existo”

    fonte: https://www.normaculta.com.br/colchetes/

  • Cadê a mudança de interlocutor ?? até agora sem ver .... estou igual ao Geraldo Magela ceguinho

  • Mudança de interlocutor = do autor do texto para o pesquisador da Universidade Técnica de Berlim, Marcus Jeutner. Mostrando uma fala dele.

     

    Os governos precisam conscientizar a população para que priorize o transporte público, disse hoje (7/12/16) o pesquisador da Universidade Técnica de Berlim, Marcus Jeutner, ao participar, em São Paulo, do Seminário Desafios Contemporêneos: Empresas, Mobilidade Urbana e Direitos Humanos, promovido pelo Instituto Ethos. “As pessoas querem ter um carro porque é um símbolo de status. Elas querem mostrar para os vizinhos que podem ter, financiar um carro”, afirmou.

  • TEM QUESTÃO QUE É TÃO MERDA QUE  EM VEZ DO CARA APRENDER SERVE PARA O CONTRÁRIO. AS ASPAS NÃO SÃO USADAS PARA MUDANÇA DE INTERLOCUTAR ISSO É UMA FUNÇÃO DO "TRAVESSÃO", AS ASPAS FORAM USADAS NO CASO PARA REPRODUZIR UMA CITAÇÃO DIRETA, E NÃO MUDANÇA DE INTERLOCUTOR.

  • O dificil é estudar como a banca cobra os asuntos. Pelas gramáticas, essas aspas foram usadas para FAZER UMA CITAÇÃO. A banca tenta fazer pegadinhas com outros sentidos já que fazendo uma citação, quem fala é o outro e não o autor. Enfim, vamos estudar como a banca cobra e traduz a gramática. hahha

  • Difícil entender pontuação fazendo as questões desta banca..pois a norma diz uma coisa ela considera outra...

  • Na verdade, as aspas foram utilizadas para fazer uma citação de discurso direto por parte de outra pessoa que não o autor. Indiretamente houve a mudança de interlocutor, obviamente. ENTRETANTO esse não é o objetivo das aspas mas sim uma consequência.

    Meu entendimento.