SóProvas


ID
2316889
Banca
Instituto Excelência
Órgão
SAAE de Barra Bonita - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Não há vagas

O preço do feijão

não cabe no poema. O preço

do arroz

não cabe no poema.

Não cabem no poema o gás

a luz o telefone

a sonegação

do leite

da carne

do açúcar

do pão.


O funcionário público

não cabe no poema

com seu salário de fome

sua vida fechada

em arquivos.

Como não cabe no poema

o operário

que esmerila seu dia de aço

e carvão

nas oficinas escuras


– porque o poema, senhores,

está fechado: “não há vagas”

Só cabe no poema

o homem sem estômago

a mulher de nuvens

a fruta sem preço


O poema, senhores,

não fede

nem cheira.

GULLAR, Ferreira. “Não há vagas”. In: Toda Poesia. Rio de Janeiro, Civilização Brasileira, 1980. 

Considere o seguinte trecho do texto:

“O poema, senhores,

não fede

nem cheira”.

Nessa construção, a conjunção “nem” une duas orações coordenadas expressando entre elas uma relação de:

Alternativas
Comentários
  • Letra B.  "Nem" atua como conjunção sindética Aditiva, na medida que exprime ideia de soma, acréscimo, adição (os termos que sucedem o "nem" acrescentam características ao poema).

  •  Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição.

                      São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda

  • Letra B.

    O “nem” é conjunção aditiva que “soma unidades negativas”: não fede e também não cheira.


     

  •  Aditivas: ligam orações ou palavras, expressando ideia de acrescentamento ou adição. São elas: e, nem (= e não), não só... mas também, não só... como também, bem como, não só... mas ainda.