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ID
2320276
Banca
FUNDEP (Gestão de Concursos)
Órgão
Prefeitura de Bela Vista de Minas - MG
Ano
2017
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

Assinale a alternativa incorreta sobre os saberes e fazeres grupais desenvolvidos por Fernández (2006).

Alternativas
Comentários
  • http://pepsic.bvsalud.org/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1516-37172014000100011

    Por espírito de grupo, Bion (1975, p. 18) entende que se trata de:

     - A existência de um propósito comum;

    - Reconhecimento comum dos limites de cada membro, sua posição e sua função em relação às unidades e grupos maiores;

    - Distinção entre os subgrupos internos;

    - Valorização dos membros individuais por suas contribuições ao grupo;

    - Liberdade de locomoção dos membros individuais dentro do grupo;

    - Capacidade do grupo enfrentar descontentamentos dentro de si e de ter meios de lidar com ele;

    Um grupo se encontra em trabalho terapêutico quando ele adquire conhecimentos e experiências sobre os fatores que contribuem para o desenvolvimento de um bom espírito de grupo.

    Na visão deste autor, o grupo é "essencial para a realização da vida mental de um homem – tão essencial para isto quanto para a economia e a guerra" (p. 46).

    Entretanto, os grupos que ele foi observando na sua experiência clínica não se comportavam desta forma. Eles pareciam mobilizados por forças estranhas, que levavam seus participantes a agirem de forma diversa à que era esperada deles na busca da realização dos objetivos em torno dos quais eles próprios concordaram em reunir-se. Este fenômeno levou-o a observar atentamente aquilo que ele denominou inicialmente como mentalidade de grupos.

     

    Mentalidade de Grupos

    A mentalidade de grupos é "a expressão unânime da vontade do grupo, à qual o indivíduo contribui por maneiras das quais ele não se dá conta, influenciando-o desagradavelmente sempre que ele pensa ou se comporta de um modo que varie de acordo com os pressupostos básicos" (Bion, 1975, p. 57). Ela funcionaria de forma semelhante ao inconsciente para o indivíduo.

    Ela seria responsável pelo "fracasso dos grupos" que Bion reputa à "expressão num grupo de impulsos que os indivíduos desejam satisfazer anonimamente e a frustração produzida no indivíduo pelas conseqüências que para si mesmo decorrem desta satisfação" (p. 46).

    Em suas observações ele destaca diversas situações onde o grupo parece estar mobilizado pela mentalidade de grupo. Conversas fúteis, ausência de juízo crítico, situações "sobrecarregadas de emoções" a exercerem influências sobre o indivíduo, estímulo às emoções independentemente do julgamento, em suma: "perturbações do comportamento racional do grupo" (p. 31).

    Desta forma, os grupos seriam como uma moeda, que possui duas faces, uma voltada à consecução dos seus objetivos e uma outra regida por impulsos dos seus membros, impulsos estes que se manifestariam quando se está reunido em um grupo de pessoas.

  • Letra "A" também está incorreta pois conforme "Livro Gestalt-terapia fundamentos epistemológicos e influências filosóficas", pág 110: "Os gestaltistas não dizem que o todo é mais do que as partes, e sim que o todo é diferente das somas das partes; o todo não é nem mais nem maior que elas".