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A questão pede o que não é caracteristico do enforcamento, então vamos lá:
a) Correto
- Sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, por cima e por baixo das bordas dos sulcos.
b) Correto
- Sinal de Neyding: infiltrações hemorrágicas puntiformes no fundo do sulco;
c) Correto
- Sinal de Ambroise Paré: pele enrugada e escoriada do fundo do sulco;
d) ERRADO
e) Correto
- Sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco;
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Quanto ao erro da letra D:
No enforcamento o sulco está QUASE SEMPRE apregaminhado.
No estrangulamento está EXCEPCIONALMENTE apregaminhado.
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Complementando: Sinal de Thoinot --> Zonas Violáceas.
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No tocante ao enforcamento, temos o sinal de Bonnet que determina as marcas da trama do laço. Vejamos as diferenças encontradas no enforcamento e no estrangulamento:
Enforcamento:
Oblíquo ascendente
Variável segundo a zona do pescoço
Interrompido ao nível do nó
Em geral, único
Por cima da cartilagem tireóidea
Quase sempre apergaminhado
De profundidade desigual
Estrangulamento:
Horizontal
Uniforme em toda a periferia do pescoço
Contínuo
Frequentemente múltiplo
Por baixo da cartilagem tireóidea
Excepcionalmente apergaminhado
De profundidade uniforme
FRANÇA, Genival Veloso de. Medicina Legal, Editora Guanabara Koogan, 10ª edição, 2015, p. 361
GABARITO DO PROFESSOR: LETRA D
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SULCO DE ENFORCAMENTO:
· Em geral, único
· Apergaminhado
· Oblíquo ascendente
· Acima da cartilagem tireóidea
· Interrompido no nivel do nó
· Profunidade desigual
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O erro da alternativa D, é afirmar que tem que ser necessariamente apergaminhado.
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Gabarito: D
Embora seja possível encontrar tais sinais, podem ocorrer ou não. Não são patognomônicos.
São os seguintes os sinais que podem ser encontrados no sulco do enforcamento:
a) sinal de Ponsold: livores cadavéricos, em placas, interna e externamente, nas bordas do sulco;
b) sinal de Azevedo Neves: livores puntiformes por baixo e por cima das margens do sulco;
c) sinal de Thoinot: zona violácea ao nível das margens do sulco;
d) sinal de Ney ding: infiltrações hemorrágicas puntiformes no leito do sulco;
e) sinal de Ambroise Paré: pele enrugada e escoriada no leito do sulco;
f) sinal de Lesser: vesículas sanguinolentas no fundo do sulco;
g) sinal de Bonnet: marcas da textura do laço.
No exame histológico do sulco observam-se as sufusões hemorrágicas acima descritas, constituindo elas um bom indício para a diferenciação entre o enforcamento verdadeiro e a simulação de enforcamento em cadáver de vitimado por outra causa.
Fonte: Delton Croce Junior, 2012. Pág. 1029.
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infiltração hemorrágica puntiforme: petéquias. (GRUPO DE PETÉQUIAS: SUGILAÇÃO).
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O erro está na palavra necessariamente e não no apergaminhado.
O sulco do enforcamento é frequentemente pergaminhado.
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ENFORCAMENTO: SULCO ÚNICO: ACIMA DA LARINGE (POR CIMA DA CARTILAGEM TIREOIDE), INTERROMPIDO NO NÓ, quase sempre APERGAMINHADO, PROFUNDIDADE VARIÁVEL, DIREÇÃO OBLÍQUA ASCENDENTE. SEM SINAIS DE VIOLÊNCIA.
ESTRANGULAMENTO: SULCO MÚLTIPLO: ABAIXO DA LARINGE (POR BAIXO DA CARTILAGEM TIREOIDE), CONTÍNUO, NÃO APERGAMINHADO/excepcionalmente, PROFUNDIDADE UNIFORME, DIREÇÃO HORIZONTAL, SINAIS DE VIOLÊNCIA. FRATURAS SÃO RARAS.
SINAIS COMUNS: SINAL DE AMUSSAT: lesão na túnica íntima da artéria carótida, é mais encontrado na artéria do lado oposto do nó; SINAL DE LESSER: ruptura da túnica externa da artéria carótida interna ou externa.