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ID
234721
Banca
NC-UFPR
Órgão
UFPR
Ano
2010
Provas
Disciplina
Jornalismo
Assuntos

De acordo com a hipótese da espiral do silêncio, os meios de comunicação agem de modo a:

1. impor os temas sobre os quais se deve falar.
2. garantir ampla reflexão sobre os assuntos tratados.
3. abordar diversas opiniões sobre um mesmo assunto.
4. provocar amplo debate sobre os assuntos de relevância social.
5. impor o que falar sobre os temas já agendados.

Assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • Segundo Felipe Pena, e de forma reduzida, a teoria da espiral do silêncio defende que os indivíduos buscam a integração social através da observação da opinião dos outros e procuram se expressar dentro dos parâmetros da maioria para evitar o isolamento.
  • "A idéia central desta teoria situa-se na possibilidade de que os agentes sociais possam ser isolados de seus grupos de convívio caso expressem publicamente opiniões diferentes daquelas que o grupo considere como opiniões dominantes. Isso significa dizer que o isolamento das pessoas, de afastamento do convívio social, acaba sendo a mola mestra que aciona o mecanismo do fenômeno da opinião pública, já que os agentes sociais têm aguda percepção do clima de opinião. E é esta alternância cíclica e progressiva que Noelle-Neumann chamou de Espiral do Silêncio" (LAGE, 1998, p. 16).
  • A agenda-setting e a espiral do silêncio significam a massificação pela fala e pelo silêncio, estas hipóteses afirmam que a influência não está na maneira como os meios de comunicação de massa fazem o público pensar, mas em sobre o que eles fazem o público pensar.
    Comparando com a teoria crítica, que preocupava em problematizar a existência dos meios e estudar seu significado do ponto de vista crítico, a hipótese em questão, ao contrário, constrói a massificação como resultado daquilo que os receptores vão pensar, ou seja, não atuam visando formar opinião.
  • Apenas completando os comentários anteriores.

    A teoria da espiral do silêncio ressalta a imposição dos meios de comunicação e a eficácia de provocar o silêncio.

    Elizabeth Noelle-Neumann diz que os individuos buscam evitar o isolamento, o que os leva a associarem ás opiniões dominantes. Ela percebe esse mecanismo como psicossocial, pelo qual se veêm os mass media como criadores da opinião pública. No entanto entre o indivíduo e o mass media se ecnontram grupos sociais que podem punir segundo a discordância, no que diz respeito as opinões predominantes.
  • Até dá pra acertar a questão, embora eu entenda que o item 1 está mais para Agenda Setting do que pra Espiral do Silencio.

  • A teoria do Aspiral do Silêncio, de Noelle-Newmann, possui grande ligação com a Agenda Setting, daí a confusão entre os conceitos. Contudo, para Noelle-Newmann, a influência da mídia não se limitava apenas a determinar os temas a se pensar e opinar (como afirmava a hipótese da Agenda Setting), mas também impunha o que pensar pensar e dizer sobre esses temas. 

  • O conceito, desenvolvido nos anos 1970 por um grupo de pesquisadores liderados pela alemã Elizabeth Noelle-Neumann, utiliza conceitos da psicologia social e estudos sobre opinião pública para mostrar como uma opinião divulgada pelos meios de comunicação tende a se tornar pública. A ideia da Espiral do Silêncio mostra que uma opinião, uma vez disseminada pela mídia, tende a ser progressivamente aceita como pública.
    (...)
    A percepção de uma opinião como dominante não significa, em absoluto, que esa opinião seja a dominante. No entanto, na medida em que é percebida como tal, os indivíduos tendem a agir guiados por essa percepção mais do que por qualquer outra coisa. Assim, uma opinião percebida como dominante tem chantes de se tornar dominante. 
    (...)
    A regra da maioria progressivamente inibe a manifestação de qualquer pensamento contrário. E isso leva ao conceito de "silêncio".
    Noelle-Neumann parte do princípio de que os seres humanos têm medo do isolamento social. O isolamento é um comportamento a se evitar e, para isso, torna-se necessário compartilhar algm tipo de elemento comum com outras pessoas.

     

    Luís Mauro Sá Martino, Teoria da Comunicação, p. 212/213