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ID
2348014
Banca
IDECAN
Órgão
MS
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Cármen Lúcia: “O direito à saúde não é um gasto. É um investimento”

“O direito à saúde tem custo. Mas isso não é um gasto, é um investimento”, disse hoje, segunda-feira (7) a ministra Cármen Lúcia, presidente do Supremo Tribunal Federal e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Ela está empenhada em facilitar o acesso dos juízes à informação confiável sobre medicamentos, dispositivos médicos e técnicas cirúrgicas.

Cármen Lúcia e o ministro da saúde, Ricardo Barros, estiveram hoje no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo, para iniciar uma parceria entre o CNJ, o governo federal e a instituição. O objetivo é criar uma plataforma on-line com pareceres técnicos sobre os produtos de saúde. De qualquer lugar do país, os magistrados poderão consultá-la antes de tomar decisões.

É um passo importante. Essa base de dados pode ajudar a reduzir o número de decisões judiciais em total dissonância com as evidências científicas da medicina. Todos perdem quando isso acontece.

Só quem ganha quando uma decisão judicial não encontra amparo nas evidências científicas é a indústria farmacêutica. Para uma empresa mal-intencionada, é mais fácil estimular as ações judiciais (financiando associações, oferecendo advogados aos pacientes e assediando médicos) do que convencer as autoridades regulatórias e os gestores públicos da superioridade de seu produto – tanto em termos de eficácia quanto de custo.

Cada comprimido da droga fabricada pela empresa americana Aegerion Pharmaceuticals custa cerca de US$ 1.000 por dia. Essa história provocou um prejuízo de R$ 9,5 milhões à Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo. Poderia ter consumido R$ 40 milhões se as autoridades não tivessem percebido o esquema a tempo de interrompê-lo.

O ponto crucial desse debate é determinar o que o Estado ou os planos de saúde devem ser obrigados a fornecer aos cidadãos. Se não há orçamento no mundo capaz de bancar todas as inovações criadas pela indústria farmacêutica, as evidências científicas devem ser o início de qualquer conversa.

“É fundamental ter a certeza de que, para aquele pleito, existe evidência científica de que a droga é indicada para o paciente”, diz o bioquímico Luiz Fernando Lima Reis, diretor de Ensino e Pesquisa do Hospital Sírio-Libanês. “E, obviamente, essa indicação levou em conta eficiência, eficácia e segurança.”

(Cristiane Segatto, Época. 07/11/2016. Adaptado.) 

Considerando a progressão referencial como estratégia de construção e reconstrução de objetos do discurso constituindo, portanto, uma atividade discursiva, leia os comentários a seguir, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O segmento “Essa base de dados [...]” estabelece uma conectividade com o parágrafo anterior participando da progressão referencial do texto.
( ) O pronome empregado em “[...] quando isso acontece [...]” (3º§) faz referência à redução de uma situação inadequada relatada anteriormente.
( ) Em “[...] os magistrados poderão consultá-la antes de tomar decisões.” (2º§) o pronome pessoal empregado introduz uma explicação em referência a um objeto introduzido anteriormente no discurso.
( ) A substituição do pronome, elemento de coesão textual, “o” por “lhe” em “[...] o esquema a tempo de interrompê-lo.” (5º§) não é facultativa considerando-se a manutenção da correção gramatical decorrente da mesma.
A sequência está correta em  

Alternativas
Comentários
  • I ( V ) De fato, o termo utilizado faz uma conexão com o 2º parágrafo. Ou seja, "essa base de dados" explicada no 2º paragrafo.....

     

    II ( F ) O Termo "isso" faz referência à "decisão judicial em dissonância" e não à "redução"

     

    III ( F ) O pronome "la" faz referência à "plataforma" e não tem objetivo de fazer explicação, apenas serve para referenciar um termo anteriormente dito.

     

    IV ( V ) Obvio que não é facultativa, até porque não poderia ser usada, pois prejudicaria semanticamente o trecho.

     

    Gab. A

    V, F, F, V

  • Alguém por favor, me ajudem a traduzir essa dialeto que a banca usou no enunciado...

    " progressão referencial como estratégia de construção e reconstrução de objetos do discurso"

    O que é progressão referencial?

    O que é objetos do discurso?

    E que "raios" é construção de objetos (do discurso)?

    Banca escrota ! ! !

  • Danilo Chaga,

     

    Quando eu li o enunciado, também achei complexo. Mas como percebi que ele, na verdade, não teria importância nenhuma na resolução da questão, eu o desconsiderei.

     

    Acredito que, para esse caso, não valha a pena você investir seu tempo nisso. 

  • Deus nos ajude na AGU, ô banca com português dificil dos inferno

  • realmente o português dessa banca é meio complicado...pq fica difícil vc entender o enunciado...que dirá responder corretamente.

  • Gente, acho mais inteligente parar de reclamar da banca e estudar CONFORME ela cobra. Independentemente de concordarmos ou não. Depois que tivermos assumido o cargo público aí sim podemos nos dar ao luxo de ficar questionando.

  • Tem bancas piores.. português cobrado na fgv é a treva!

  • Galera, essa prova foi exceção. Fiz outras provas da banca e esse foi realmente fora da curva. Enunciados esquisitos, gabaritos controversos.. Espero que a prova da AGU seja uma prova mais bem feita do que essa.

  • Que banca louca! Vai contra todas as regras de Português que eu aprendi até agora! Espero que a prova da AGU não seja assim,cheia de controvérsia!

  • Tive que ler umas 30x até encontrar o erro da 3ª afirmativa.

  • Alguém mais achou estranho utilizar o termo PROGRESSÃO REFERENCIAL quando na verdade retomou um termo anterior, não seria uma REGRESSÃO REFERENCIAL, por ser anafórico?

    Vamos caminhar com Fé...