SóProvas


ID
2348641
Banca
FCC
Órgão
TRT - 11ª Região (AM e RR)
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

      Freud uma vez recebeu carta de um conhecido pedindo conselhos diante de uma escolha importante da vida. A resposta é surpreendente: para as decisões pouco importantes, disse ele, vale a pena pensar bem. Quanto às grandes escolhas da vida, você terá menos chance de errar se escolher por impulso.

      A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões. Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria”, mas que determinam o rumo de nossas vidas. No caso das escolhas profissionais, as motivações inconscientes são decisivas. Elas determinam não só a escolha mais “acertada”, do ponto de vista da compatibilidade com a profissão, como são também responsáveis por aquilo que chamamos de talento. Isso se decide na infância, por mecanismos que chamamos de identificações. Toda criança leva na bagagem alguns traços da personalidade dos pais. Parece um processo de imitação, mas não é: os caminhos das identificações acompanham muito mais os desejos não realizados dos pais do que aqueles que eles seguiram na vida.

      Junto com as identificações formam-se os ideais. A escolha profissional tem muito a ver com o campo de ideais que a pessoa valoriza. Dificilmente alguém consegue se entregar profissionalmente a uma prática que não represente os valores em que ela acredita.

      Tudo isso está relacionado, é claro, com a almejada satisfação na vida profissional. Mas não vamos nos iludir. Satisfação no trabalho não significa necessariamente prazer em trabalhar. Grande parte das pessoas não trabalharia se não fosse necessário. O trabalho não é fonte de prazer, é fonte de sentido. Ele nos ajuda a dar sentido à vida. Só que o sentido da vida profissional não vem pronto: ele é o efeito, e não a premissa, dos anos de prática de uma profissão. Na contemporaneidade, em que se acredita em prazeres instantâneos, resultados imediatos e felicidade instantânea, é bom lembrar que a construção de sentido requer tempo e persistência. Por outro lado, quando uma escolha não faz sentido o sujeito percebe rapidamente.

(Adaptado de KEHL, Maria Rita. Disponível em: rae.fgv.br /sites/rae.fgv.br/files/artigos)

Atente para as afirmações abaixo.

I. Embora aprove o conselho oferecido por Freud, a autora, ao afirmar que A sugestão parece imprudente, assinala que a ideia de Freud pareceria desajustada ao senso comum.

II. No texto, estabelece-se o contraste entre as vontades impulsivas proibidas e as razões inconscientes às quais o impulso deve obedecer.

III. No primeiro parágrafo, o sinal de dois-pontos introduz uma síntese do que foi dito antes.

Está correto o que se afirma APENAS em

Alternativas
Comentários
  • I. Embora aprove o conselho oferecido por Freud, a autora, ao afirmar que A sugestão parece imprudente, assinala que a ideia de Freud pareceria desajustada ao senso comum. OK

    Podemos confirmar no seguinte trecho "A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que..."

     

    II. No texto, estabelece-se o contraste entre as vontades: impulsivas proibidas e as razões inconscientes às quais o impulso deve obedecer. OK

     

    III. No primeiro parágrafo, o sinal de dois-pontos introduz uma síntese do que foi dito antes. ERRADA

    A síntese nada mais é que um pequeno resumo feito de algo dito anteriormente. No texto, os dois pontos são utilizados para explicar algo que foi mencionado anteriormente. 

     

    Gab. A

  • II. No texto, estabelece-se o contraste entre as vontades impulsivas proibidas e as razões inconscientes às quais o impulso deve obedecer. CERTO

    as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes,decisões tomadas de “cabeça fria” mas que determinam o rumo de nossas vidas e o impulso obedece a essas razões, LOGO FREUD não se referia às vontades impulsivas proibidas

  • Gostaria de saber em qual lugar do texto está subentendido que a autora "aprova" o conselho oferecido por Freud???

  • Achei essa B bem FGV. Isso sim.

  • Lorena,

    Categoricamente, não está escrito no texto. Porém, pode-se extrair a ideia que a autora aprova, devido a gramática do texto.
    "A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões."

    a conjunção mas por ser adversativa dá o sentido de ideias contrárias. Mesmo que a ideia fosse supostamente imprudente, tinha alguma coisa de coerente.
    Ex: JOÃO É CHATO, MAS É UM SUJEITO CORRETO.

  • O gabarito deveria ser a letra "D".

    O item I é mais tranquilo.

    No item II não há ideia de contraste. Há sim a menção às duas ideias, mas não há um contraste entre elas. Qual o contraste entre elas? Não há contraste algum.

    E no item III não ocorre síntese do que foi dito antes. Sintetizou o quê? Quem aqui não se surpreendeu após os citados dois pontos? Depois dos dois pontos houve sim uma resposta à indagação proposta anteriormente; mas síntese???  Desde quando responder equivale a sintetizar?

     

    Abraço a todos os colegas!

     

     

     

  • Letra A. 

    Questão muito tranquila.

  • Concordo com você, Eduardo Machado, não tem contraste entre as ideias, apenas menção a elas...

  • Quanto à alternativa II, acho a palavra "contraste" algo muito forte para o que foi apresentado. Na minha opnião foi apenas uma ressalva.

    Entendo como contraste uma comparação mais qualificada, com a especificação de suas diferenças.

     

    Gab: A

  • Acredito que a autora esteja explicando o conselho e argumentando sobre o porque dele. Não necessariamente ela concorda. Você pode explicar e entender o ponto de vista de alguém, não necessariamente concordar com ele.

  • Gente, não compreendi o item II. Alguém que concordou com o gabarito poderia por favor, mencionar em que parte do texto está respaldado o item II 

     ( No texto, estabelece-se o contraste entre as vontades impulsivas proibidas e as razões inconscientes às quais o impulso deve obedecer). ?? 

  • Procurando até agora esse "contraste". 

  • Talvez ajude no item II ;D

    contraste

    substantivo masculino

    1.grau marcante de diferença ou oposição entre coisas da mesma natureza, suscetíveis de comparação.

    "contraste entre sonho e realidade"

    2.p.ext. comparação de objetos similares para se estabelecerem as respectivas diferenças; cotejo.

  • Luíla Brito, o examinador se referiu a esse trecho do texto: 

     

    " Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria”, mas que determinam o rumo de nossas vidas." 

     

    Ou seja, depois do termo proibidas, fica subentendido um " MAS SIM " .. 

     

    Reescrevendo:

    Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas, MAS SIM às decisões tomadas de “cabeça fria”, que determinam o rumo de nossas vidas.

    - A palavra "MAS" (que está subentendida) é adversativa, logo, expressa a ideia de CONTRASTE.

     

    Espero ter ajudado ;*

  • E até hoje nem sinal do professor, 

    Em 12/06/2017, às 08:49:23, você respondeu a opção A.Certa!

    Em 15/03/2017, às 10:23:17, você respondeu a opção A.Certa!

    ×indicada para comentários×

    QC podia dar mais atenção a isso... carecedor demais.

  • Quanto ao Item II:

     

     II. No texto, estabelece-se o contraste entre as vontades impulsivas proibidas e as razões inconscientes às quais o impulso deve obedecer.

     "A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões. Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria”, mas que determinam o rumo de nossas vidas."

     

     

    Vontades impulsivas proibidas = Tomadas de cabeça quente.

     

  • Vamos indicar pra comentário, galera!!

  • O cara indica pra comentário ai vem o Arenildo comentar ou entao vai ler as mais úteis tem o comentário do Dilmas copiando as assertivas e colocando um OK!! você realmente conseguiu sanar as dúvidas de toda a comunidade qconcurso

  • Prof. Arenildo precisa resolver mais QUESTÕES de Português da FCC.

  • Quer dizer então que é só mencionar algo de diferente do que foi dito no texto e já se tem um contraste. Tá FCC, a gente tá virando palhaço, só pode.

  • Eis o contraste da II:

     

    "A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões. Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas."

  • Eu marquei letra D também, mas relendo o texto, realmente esse trecho dá ideia de contraste:

    " A sugestão parece imprudente, mas Freud sabia que as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões. Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria”, mas que determinam o rumo de nossas vidas."

  • a II não ta certa nem ferrando, pois o texto não é estabelecido por esse contrase (e foi o que deu a entender a II).

     

    Só tem uma breve passagem- que, por sinal, é uma explicação/esclarecimento. E só!

  • Sinceramente não consigo ver trecho do texto no qual é possível aduzir a aprovação da autora ao conselho de Freud. Alguém poderia explicar melhor essa alternativa?

  • "Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria”, mas que determinam o rumo de nossas vidas."

    Desde quando isso é estabelecer um contraste?!

    Brincadeira isso...

  • Exatamente como o nosso amigo Guilherme concluiu, quando ela diz que Freud "Falava das decisões tomadas de cabeça fria", subjetivamente ela quis dizer que as proibidas são aquelas "Tomadas de cabeça quente".

  • Espero que a FCC não venha com uma prova desse nível no TST.

  • II. Não há um contraste. Apenas ele cita o termo "vontades impulsivas proibidas" ..

  • Li todos os comentários, já reli mil vezes o texto e nada, continuo não enxergando constraste no texto. A autora apenas cita de maneira rápida q Freud não se referia às vontades impulsivas. apenas isso, como já disseram, enxergo isso como menção.... mas enfim né......

  • O comentário do Professor é horrível!!!!

    Ele é professor mesmo? Só ler a questão não adianta.

     

    não explicou nada.

    perda de tempo.

     

  • Se isso constitui contraste, eu preciso, urgentemente, voltar ao primeiro ano escolar e me alfabetizar novamente.

  • Não concordo com a correção da afirmativa II.

     

    De fato há uma breve citação ao longo do texto, em que o autor procura afastar a possibilidade de remeter os impulsos também às situações proibidas:

     

    Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria”, mas que determinam o rumo de nossas vidas.

     

    E só. Apenas isso. Portanto, ao meu ver, dintinguir é uma coisa. Estabelecer constraste é outra bem mais incisiva, que deveria permear todo o texto, sendo sua ideia principal.

  • In casu, marquei a D.

    Ademais, se tu marcou a D, dá um joinha aqui.

    TMJ.

  • O item diz: . No texto, estabelece-se o contraste entre as vontades impulsivas proibidas e as razões inconscientes às quais o impulso deve obedecer.

    Se pede "NO TEXTO", não cabe interpretação mas sim compreensão.. e não há nada no texto que mostre contraste, apenas faz-se uma breve menção: "[...]Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas[...]"

  • Contraste? Não vi nada disso.

  • EU IA MARCAR DE NOVO A D KKK

     

    MAS EU NA ULTIMA MARQUEI A A 

     

    DEUS, OBRIGADOOOOOO FELIZZZZZZZ POR TER ACERTADOOOOO AHAHAH

     

    Em 06/05/2018, às 00:20:48, você respondeu a opção A.Certa!

    Em 15/02/2018, às 20:39:14, você respondeu a opção D.Errada!

  • Essa nem Freud explica.

  • O texto não estabelece contraste algum , o texto apenas menciona que os impulsos mencionados por Freud não eram os impulsos proibidos.

     

    O texto em nenhum momento expõe quais seriam os impulsos proibidos , ou alguma de suas características , para que pudesse ser contrastado com as ideias que o texto traz. 

     

    Realmente não tem explicação essa II está correta , a não ser falta de bom senso pelo examinador.

  • Eu entendo as explicações do professor Arenildo, pelo menos...

  • Eu enxerguei o contraste do seguinte modo:

    Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas. Falava das decisões tomadas de “cabeça fria"

    Na segunda oração, o autor fala das decisões tomadas "de cabeça fria", contrapondo-se ao que foi dito na oração anterior: "vontades impulsivas proibidas" que, neste caso, seriam decisões tomadas "de cabeça quente".

  • Gabarito A:

     

    Pessoal, quanto ao trecho II, É CONTRASTE SIM!!!! Vejam:

     

    "as razões que mais pesam nas grandes escolhas são inconscientes, e o impulso obedece a essas razões. Claro que Freud não se referia às vontades impulsivas proibidas."

     

    Grandes escolhas (a exemplo das profissionais) X Vontades impulsivas.

     

    Já a III, é o contrário do que diz o trecho: Surpreendente é a síntese do que vai ser dito A SEGUIR.

     

     

  • Errei essa marcando D.

    Acho que o que faltou foi uma leitura mais fria. A alternativa diz simplesmente "No texto...", não que o texto seja sobre isso. Realmente há um contraste naquela passagem, mas este não é a essência do texto; talvez por este motivo errei.

    Daqui para frente irei tentar ser mais frio na leitura, se a assertiva - ou enunciado - não foi clara ao dizer que quer a ideia central, então uma simples menção já basta.

  • Ótimo comentário Tamires e ótimo texto!

    " Na contemporaneidade, em que se acredita em prazeres instantâneos, resultados imediatos e felicidade instantânea, é bom lembrar que a construção de sentido requer tempo e persistência. Por outro lado, quando uma escolha não faz sentido o sujeito percebe rapidamente. " Esse pedaço do texto falou bastante comigo!

    Esta frase serve para nós concurseiros : Nao queira resultados instantâneo no mundo dos concursos, você pode se frustrar !

    É bom lembrar que a construção de sentido das matérias requer tempo, dedicação, persistência e muitas questões.

    Por outro lado, se não fizesse sentindo estudar, você perceberia rapidamente. Você fez a escolha certa! Vale a pena...E como vale !

    Nada a ver com a questão, mas as vezes precisamos refletir.

    Breve meu nome estará no Diário Oficial da União <3

  • Quanto a II, será mesmo que as vontades impulsivas proibidas o impulso deve obedecer. O texto diz isso?