Para garantir a coesão social, portanto, onde predomina a solidariedade orgânica (sociedades modernas/complexas), a coesão não está assentada em crenças e valores sociais, religiosos, na tradição ou nos costumes compartilhados, mas nos códigos e regras de conduta que estabelecem direitos e deveres e se expressam em normas juridicas, isto é, o direito
O individualismo, tal qual se compreende em nossos dias, é uma conceituação teórica bastante recente. Data do início do século XIX, na França pós revolucionária, significando a dissolução dos laços sociais, o abandono de obrigações e compromissos sociais pelo indivíduo. Desde então, tem sido utilizado para designar diferentes características pessoais ou sociais das sociedades modernas, seguindo as especificidades e ideologias contextuais.
Sendo um termo de difícil conceituação, abrange várias idéias, doutrinas e atitudes, cujo fator comum é a atribuição de centralidade no “indivíduo”. Na sociologia, o conceito relaciona-se mais estreitamente a uma propriedade característica de algumas sociedades, em particular das industriais modernas. Nelas, o indivíduo é considerado unidade de referência fundamental, tanto para si mesmo como para a sociedade, e sua autonomia é maior do que nas ditas sociedades tradicionais.