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ID
2353315
Banca
UFMT
Órgão
UFSBA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Enfermagem
Assuntos

As urgências endocrinológicas são vistas com frequência no pronto atendimento e devem ser diagnosticadas de forma rápida e precisa. Em relação a esse tema, analise as afirmativas.

I - A Cetoacidose Diabética (CAD) e o Estado Hiperglicêmico (EHH) são complicações hiperglicêmicas e importantes causas de morte em pacientes diabéticos.
II - Na CAD, a maior característica é a alcalose metabólica com a glicemia geralmente menor que 800 mg/dL.
III - No EHH, há pouca ou nenhuma acidose, com glicemia frequentemente maior que 1000 mg/dL, associada com alta osmolaridade plasmática (380 osmol/kg) e alterações neurológicas.
IV - Os fatores de risco menos importantes para o desenvolvimento da CAD e o EHH são as infecções e a descontinuidade do uso correto da insulina, sendo a miocardiopatia e a infecção do trato gastrointestinal comuns.

Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • A cetoacidose é uma emergência endocrinológica decorrente da deficiência absoluta ou relativa de insulina, potencialmente letal, com mortalidade em torno de 5%. A cetoacidose ocorre principalmente em pacientes com DM tipo 1, sendo, diversas vezes, a primeira manifestação da doença. A pessoa com DM tipo 2, que mantém uma reserva pancreática de insulina, raramente desenvolve essa complicação. A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave acompanhada de desidratação e alteração do estado mental, na ausência de cetose. Ocorre apenas no diabetes tipo 2. Portanto, é correto afirmar que a Cetoacidose Diabética (CAD) e o Estado Hiperglicêmico (EHH) são complicações hiperglicêmicas e importantes causas de morte em pacientes diabéticos.

    Cetoacidose diabética é um distúrbio do metabolismo das proteínas, lípides, carboidratos, água e eletrólitos, consequente à menor atividade da insulina frente à maior atividade (absoluta ou relativa) dos hormônios contrarreguladores. É caracterizada por hiperglicemia, acidose metabólica, desidratação e cetose, na vigência de deficiência profunda de insulina. Portanto a segunda afirmativa é falsa.

    O estado hiperglicêmico hiperosmolar caracteriza-se pela hiperglicemia, hiperosmolaridade e desidratação, principalmente envolvendo o sistema nervoso central. A glicemia está sempre aumentada, podendo apresentar variações amplas, sendo que, nos casos de EHH, chega a valores acima de 1000mg/dl. A terceira afirmativa é verdadeira.

    Os fatores precipitantes da cetoacidose ou do estado hiperglicêmico hiperosmolar são, em sua maioria, de natureza infecciosa aguda. Situações agudas estressantes, tanto de causa emocional isolada como acompanhando quadros orgânicos graves de acidentes vasculares, pancreatites agudas, etc. Portanto as infecções é um fator de risco importante, a última afirmativa está errada.


    Gabarito do Professor: Letra C


    Bibliografia

    Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica : diabetes mellitus / Ministério da Saúde, Secretaria de Atenção à Saúde, Departamento de Atenção Básica. – Brasília : Ministério da Saúde, 2013.

    Foss-Freitas MC & Foss MC. Cetoacidose diabética e estado hiperglicêmico hiperosmolar. Medicina, Ribeirão Preto, 36: 389-393, abr./dez. 2003.

    Diretrizes da Sociedade Brasileira de Diabetes (2015-2016) / Adolfo Milech...[et. al.]; organização José Egidio Paulo de Oliveira, Sérgio Vencio - São Paulo: A.C. Farmacêutica, 2016.
  • Caderno 36 do Ministério da Saúde: "A síndrome hiperosmolar não cetótica é um estado de hiperglicemia grave (superior a 600 mg/dl a 800 mg/dL) acompanhada de desidratação e alteração do estado mental, na ausência de cetose."

  • ITENS CORRETOS:

     

    I - A Cetoacidose Diabética (CAD) e o Estado Hiperglicêmico (EHH) são complicações hiperglicêmicas e importantes causas de morte em pacientes diabéticos.

    III - No EHH, há pouca ou nenhuma acidose, com glicemia frequentemente maior que 1000 mg/dL, associada com alta osmolaridade plasmática (380 osmol/kg) e alterações neurológicas.

  • II. Na CAD, a maior característica é a cetoacidose metabólica com a glicemia maior que 250 mg/dL.

    IV - Os fatores de risco menos importantes para o desenvolvimento da CAD pode se agravar, levando a complicações como choque, distúrbio hidroeletrolítico, insuficiência renal, pneumonia de aspiração, síndrome de angústia respiratória do adulto e edema cerebral em crianças e o EHH é a descontinuidade do uso correto da insulina.