A expressão saúde do trabalhador, com a conotação de campo de conhecimentos, vinculado a uma área ou programa de saúde, é relativamente recente, podendo-se demarcar seu surgimento no final dos anos 1970, quando ela é recepcionada pelo discurso da saúde coletiva, especialmente após o início dos debates da reforma sanitária brasileira, influenciada pelo movimento da reforma sanitária italiana, de forte inspiração operária, e moldada nos pilares da medicina social latino-americana (Lacaz, 1997; Fadel de Vasconcelos, 2007).
Até então, as referências técnico-científicas e político-institucionais sobre as questões da relação saúde-trabalho repousavam, exclusivamente, sobre os campos da Medicina do Trabalho e da Saúde Ocupacional, compreendida nesta última a própria Medicina do Trabalho e outros campos afins, como a Engenharia de Segurança, principalmente, e, por extensão, a Ergonomia, que também pode ser considerada campo de conhecimentos incluído no espectro da Saúde Ocupacional (idem).
O campo político da saúde do trabalhador e o Serviço Social
Mônica Simone Pereira Olivar
http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282010000200007