SóProvas



Prova CONSULPLAN - 2017 - TRF - 2ª REGIÃO - Analista Judiciário - Serviço Social


ID
2354959
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

Segundo pode-se apreender do texto, a agressividade humana

Alternativas
Comentários
  • Gabarito B

     "Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida." (3º§)

  • não concordei com o gabarito: não entendi que a agressividade humana se desarmoniza com a civilização, mas sim, que usa o manto da civilização para ocultar-se.. esconder...

    sei não.. to é doida

  • Desarmonizar e ocultar são palavras bem distintas. Estranho esse gabarito. Gostaria de uma explicação!

  • Acho que seria essa alternativa, pois, a agressividade humana vai de encontro a todos os princípios de uma sociedade que se diz democratica, miscigenada. Fato evidenciado no texto..

  • Outra coisa, esse enunciado da questão não parece correto o.O
    "segundo" é uma conjunção subordinada, logo é um fator atrativo de próclise. O correto não seria: "segundo se pode aprender..." ou "segundo pode aprender-se" , ficando o pronome antes ou depois da locução? Alguém se habilita a comentar ? xD

  • Comenta aí professor!!!!! Questão mais doida....

  • O gabarito é b) [a agressividade humana] desarmoniza-se com o manto de civilização com que nos vestimos

    Observem o seguinte trecho do terceiro parágrafo:

    "Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita". 

    Ou seja, a "nossa agressividade" (agressividade humana) está escondida por trás de uma camada (ou um "manto") de civilização, mas (porém) está à espreita (escondida porém latente, pronta para agir). O manto de civilização esconde a agressividade mas ela está lá, prestes a sair. Então, essa agressividade não está em harmonia com tal camada de civilização, para isso deveria estar calma, apaziguada, mas não, está "à espreita", logo, em desarmonia. 

    A presença da conjunção coordenativa adversativa mas na frase citada acima, é essencial para compreender essa ideia de desarmonia: se oculta (aparentando harmonia) MAS está à espreita (portanto, em desarmonia).

     

     

  • A princípio discordei do gabarito.

    Porém, lendo com cuidado, vemos que a agressividade primitiva é tratada como natural, porque tinha uma finalidade: a própria proteção.
     "Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia."

     

    Então, a partir do momento em que nos cobrimos com o "manto de civilização", deturpamos essa agressividade antiga que, apesar de primitiva, tinha um fim, e aplicamos em violências de diversas formas, injustificáveis. Ela perdeu sua razão de ser:
    "Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância."

     

    Então, nós desarmonizamos (tiramos a harmonia, desequilibramos) a agressividade primitiva, que antes tinha um propósito natural, uma razão de ser que a justificava naquele tempo.

    Por isso a resposta:



    b) Desarmoniza-se com o manto de civilização com que nos vestimos

  • Que texto, hein!!!!

  • A desarmonia se deve a duas palvras: Civilização X Predadores. Isso é desarmonico. Paradoxal.

    Vi algumas pessoas citando a discordancia do gabarito. Eu tambem discordo, mas... Pra hoje é o que temos.

    Gabarito: A

  • Um adendo: "apreender" está no campo da "compreensão" ou da "interpretação"? Pois estamos mais acostumados com os famigerados "infere-se... Depreende-se... etc". Pelo menos eu!

     

    Repararam que a autora inicou  frase com pronome oblíquo átono kkkk (Me perdoem os seguidores) , ou ela está protegida pela "licença poética"?

     

    Até mais.

     

  • Alguém aí sabe dizer se o comando é de interpretação? "Segundo pode-se apreender do texto..."

  • APREENDER: Captar, assimilar (ideia, pensamento, conhecimento etc.); COMPREENDER [td. : "Essas leis são simples, fáceis de apreender..."

     

    FONTE: Aulete Digital

  • desarmonizar foi foda

  •  b) desarmoniza-se com o manto de civilização com que nos vestimos. 

    Que forçado Consulplan!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • Você fica meia hora lendo o texto, consulta palavra por palavra e ERRA a questão.

  • FDP CONSULPLAN

  • É isso Guilherme Ribeiro.

  • JEOVÁ

  •  "Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural"

     

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida.

     

     

    COMENTÁRIO: É possível perceber uma DESARMONIA nos trechos que destaquei em que percebemos que apesar de o ser humano ter se camuflado atrás da dita civilização a agressividade, medo e preconceito ainda estão à espreita e continuam atacando, existindo em nós.

  • Vou conversar com dona Lya Luft pra ver se é isso mesmo o.o

  •  Alguém sabe por que a a) está errada?

     a) é tanto pior quanto física numa bala nada perdida.

     

    Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. 

     

    A impressão que tive é que havia uma gradação, isto é, a agressividade podia ser um insulto (leve), perseguição (mediana) e bala nada perdida (pior agressividade).

  • POR CAUSA DESSA MERDA DE MATERIA QUE NAO PASSO NOS CONCURSOS....AINDA MAIS COM ESSA TAL CONSULPLAN AI FERRA TUDO!

  • Tales Barreto, pelo o que entendi a alternativa (A) traz uma ideia de comparação - TANTO...QUANTO.... quando na verdade a ideia foi de ALTERNÂNCIA: "...e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, OU numa bala nada perdida"

     

    Ou seja, a AGRESSIVIDADE pode se manifestar em um INSULTO, PERSEGUIÇÃO OU ATRAVÉS DE UM TIRO, porém o autor não disse qual manifestação da agressividade é a pior e por isso não dá para concluir que seja a (A)

  •  Italo, obrigado pela resposta. Porém, ainda acho que o autor vá intensificando a agressividade por meio dos exemplos: insulto -> perseguição -> assassinato. Porém, refletindo melhor, talvez não exista a ideia de ser "tanto pior quanto física", pois, por exemplo, o insulto não é algo físico. Concorda?

    Abraço

  • Pessoal,tenho aprendido depois de apanhar muito em Interpretação de Textos que "SE NÃO TIVER COMO COMPROVAR NO TEXTO, ENTÃO A ALTERNATIVA ESTÁ ERRADA". Muitas das vezes erramos porque,inconscientemente,nós DEDUZIMOS certas coisas.Não podemos deduzir nada.Então,vou deixar aqui como tenho feito e tem dado certo.

     a)é tanto pior quanto física numa bala nada perdida. ERRADO

    Está no 3º parágrafo,apesar de ter usado a expressão dita no texto "numa bala nada perdida",a primeira parte não está dita no texto.Se não se pode comprovar,então não é o gabarito.

     b)desarmoniza-se com o manto de civilização com que nos vestimos. CORRETA.

    Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização...

    ...mas está à espreitae explode num insulto, na perseguição ...

    Está correto pois no texto diz que nos escondemos sob uma camada de civilização,entretanto está a espreita,explodimos num insulto,por exemplo.Ou seja,se somos civilizados essa tal agressividade não poderia aparecer em dadas situaçoes.

     c)é uma instância urdida como fator necessário e insubstituível para a sobrevivência. ERRADO

    Em nenhum parágrafo é possivel achar essas palavras ou frases que expliquem o sentido dessa alternativa.

     d)atenua-se por uma ansiedade irracional que tem sua gênese nas relações interpessoais.ERRADO

    No texto não fala em nenhum parágrafo a palavra ansiedade ou insinua ou mostra algum sinonimo.

    Espero ter ajudado!

    "Corpo no pasto,alma e coração no trono."

  • Tales Barreto, concordo sim! ;)

  • Texto: Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreitae explode num insulto (...) ou numa bala nada perdida.

     

    Questão: b) A agressividade humana desarmoniza-se com o manto de civilização com que nos vestimos.

     

    Dicionário michaelis.uol.com.br: ...3 Pôr(-se) em desacordo; discordar, divergir:

     

    Obs.: Realmente a agressividade está em desacordo com o manto da civilização, ou seja, diverge da mesma.


ID
2354962
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

Leia as frases seguintes. Em uma delas há INCORREÇÃO quanto à ortografia das palavras. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito A

     a) O não preconceito seria bem vindo (bem-vindo) para que os homens tivessem mais paz no seu dia-a-dia (dia a dia).

     

    (Bem-vindo)Essa é uma das grandes confusões da nova ortografia (ou acordo ortográfico, ou nova gramática para alguns).

    A questão é que o acordo ortográfico possui um monte de cláusulas e várias exceções.

    bem-vindo é uma delas (que aliás se escreve exatamente assim: bem-vindo – com hífen).

    As novas regras para o hífen dizem que para os advérbios mal e bem só usaremos o hífen caso a palavra seguinte comece com uma vogal ou com a letra “h”. Um exemplo é “benfeito” (que agora se escreve assim).

    “A atual 5.ª edição do Vocabulário Ortográfico grafa bem-vindo como a única forma correta de escrita da palavra.”

    Resumindo, o “bem-vindo” é uma das inúmeras exceções das várias regras novas.

     

    (dia a dia) Segundo o atual Acordo Ortográfico, não deverá ser utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais.

     

    http://novaortografia.com/aprenda-bem-vindo-bem-vindo-ou-benvindo/

    https://duvidas.dicio.com.br/dia-a-dia-ou-dia-a-dia/

  • Não se usa hífen na palavra dia a dia.

    Outros exemplos, lua de mel, água de coco, mula sem cabeça, pé de mesa, pé de vento, café com leite. 

     

  • Alternativa A: "bem-vindo" e  "dia a dia"

     

    Tenham fé!

    www.visaoefoco.com.br

  • a) O não preconceito seria bem vindo para que os homens tivessem mais paz no seu dia-a-dia.

     

    BEM - VINDO.

     

    DIA A DIA.

  • dia a dia / dia-a-dia 

    "Antes do Acordo, havia uma distinção consensual entre dia a dia, expressão adverbial equivalente a diariamente, e dia-a-dia, expressão substantiva equivalente a cotidiano.  O professor Bechara sugere, em todos os seus livros sobre o Acordo, a grafia dia a dia, independentemente do seu sentido. E, de fato, o VOLP também só registra dia a dia.  Os dicionários do Houaiss e do Aurélio não mais registram a forma dia-a-dia."

     

    Aula em texto do prof. Arenildo Santos.

     

    Emprego do hífen nas palavras compostasa

    c) Nos compostos sem elemento de ligação quando o primeiro elemento está representado pelo advérbio BEM.
    Ex.: bem-criado / bem-falante / bem-humorado / bem-aventurado / bem-vindo

     

    Slide da aula da prof. Isabel Vega

  • Gente:

    Geral - igual separa, diferente junta

    H não tem personalidade sempre leva hífen

    R ou S depende: vogal (dobra) consoante (hifeniza)

    Circum e Pan (contrário da anterior)

    Co - re - pre (nunca leva hífen)

    Soto, Sota, vizo, ex, pré, pró, pós, vice (hífen neles)

     

    essa do bem e mal eu tô por fora e o dia a dia é que faz com que saibamos das exceções sobre as quais nosso amigo falou.
    Bem-vindo e benfeito

  • 1. Palavras com 'bem': usa-se o hífen diante das vogais a, e, i, o e diante das consoantes b, c, d, f, h, m, n, q, s, t, v => bem-vindo. 

    2. Não se usa o hífen quando os vocábulos possuem elementos de ligação => dia a dia. Outros exemplos: lua de mel, pé de moleque. 

    3. Arqui-inimigo: prefixo terminado em vogal + radical iniciado com vogal igual => usa-se o hífen. Ex: micro-ondas, contra-ataque. 

    4. Prefixos pós, pré e pró somente são hifenizados se forem tônicos. Se a pronúncia for átona não se usa o hífen, como em preconceito. 

    5. Prefixo terminado em consoante + radical iniciado com consoante igual => usa-se o hífen. Ex: inter-regional e sub-bibliotecário

  • Não se usa hífen  entre palavras com elementos de ligação: Mão de
    obra; dia a dia; café com leite; cão de guarda; pai dos burros; ponto e vírgula;
    camisa de força; bicho de sete cabeças; pé de moleque; cara de pau.


    Contrariamente, se não houver elemento de ligação, há hífen: boa-fé; arcoíris;
    guarda-chuva; vaga-lume; porta-malas; bate-boca; pega-pega; corre-corre

    fonte:pdfestratégiaconcursos

  • Segundo o atual Acordo Ortográfico, não deverá ser utilizado hífen nas locuções substantivas, adjetivas, pronominais, adverbiais, prepositivas ou conjuncionais. 

    Exemplos de locuções sem hífen:

    dia a dia;

    fim de semana;

    sala de jantar;

    cão de guarda;

    cor de vinho;

    café com leite;

    à toa;

    Serão exceções a esta regra algumas locuções consagradas pelo uso, com significado próprio.

    Exemplos de locuções com hífen:

    água-de-colônia;

    arco-da-velha;

    cor-de-rosa;

    mais-que-perfeito;

    pé-de-meia;

    ao deus-dará;

    à queima-roupa.

    ----------------XX -----------------------------

    A expressão dia a dia é escrita também sem crase, estando errada a construção dia à dia.

    Nunca ocorre crase em expressões com palavras repetidas, mesmo que essas palavras sejam femininas:

    dia a dia;

    frente a frente;

    cara a cara;

    gota a gota;

    face a face;

    lado a lado.

    ---x----

    Fonte: https://duvidas.dicio.com.br/dia-a-dia-ou-dia-a-dia/

  • De acordo comonovo acordo ortográfico não se usa hifen entre palavras com elementos de ligação.

  • Usa-se hífen:

    Nas formações com os prefixos hiper-inter- e super-, quando combinados com elementos iniciados por rhiper-requintado, inter-resistente, super-revista.

  • Não se usa hífen  entre palavras com elementos de ligação: Mão de
    obra; dia a dia; café com leite; cão de guarda; pai dos burros; ponto e vírgula;
    camisa de força; bicho de sete cabeças; pé de moleque; cara de pau.


    Contrariamente, se não houver elemento de ligação, há hífen: boa-fé; arco-íris;
    guarda-chuva; vaga-lume; porta-malas; bate-boca; pega-pega; corre-corre

  • auternativa A. Pois escreve assim: bem-vindo, e dia a dia>

     

  • Gabarito: A 

    Erros: "bem vindo" e "dia-a-dia"

    SEMPRE se usa hífen quando o 1o. elemento do termo composto sem preposição é o adjetivo BEM.

    Mesmo caso NÃO ocorre com o adjetivo MAL, que requer que o 2o. elemento se inicie necessariamente por VOGAL, H ou L para que se use hífen (mal-Entendido, mal-Humorado, mal-Lavado, malcriado, malvisto).

    Ainda, NÃO se emprega mais hífen em locuções de  qualquer  tipo, SALVO naquelas  cujo uso   já  é  consagrado:  água-de-colônia, cor-de-rosa, pé-de-meia (que estão no Acordo) e outras (nos dicionários). Ou seja, não se usa mais hífen em DIA A DIA  em nenhuma hipótese: não há mais diferenciação gráfica (escrita) entre "dia a dia" como cotidiano (locução substantiva) ou como diariamente (locução adjetiva).

  • Se bater aquela dúvida, pense sempre na regra geral: o hífen separa
    vogais e consoantes iguais! Os diferentes se atraem e não devem ser
    "separados" por hífen.

    Portanto: entre vogais e consoantes diferentes não deve haver hífen,
    nem entre vogal e consoante.

    Já com o prefixo Mal, HÁ HÍFEN, exceto se palavra seguinte se iniciar por
    *consoante, caso em que o “mal” se aglutina, sem hífen.
    Outra forma de gravar essa regra é a seguinte: o “Mal” não gosta de vogal, então
    não quer “encostar” nela e insere um “hífen”: Mal-Vogal. O “bem” não gosta de
    ninguém, pois deve vir com hífen antes de vogais ou consoantes.
    Ex: Bem-vindo; Benquerer... Mal-educado; Mal-humorado; Malfeito; bemaventurado,
    bem-estar, bem-humorado; mal-afortunado, mal-estar; bem-criado
    (malcriado), bem-ditoso (malditoso), bem-nascido (malnascido), bem-visto (cf.
    malvisto), benfazejo, benfeito, benfeitor, benquerença.

  • A) Bem-vindo. Com o prefixo "bem" há hífen, exceto nas palavras derivadas de "querer" ou "fazer". "Dia a dia" não há hífen, porque há elemento de ligação entre as palavras. [GABARITO]

    B) "arqui-inimigo". Usa-se hífen para separar vogais iguais.

    C) penosa

    D) inter-relacionam. Usa-se hífen para separar consoantes iguais.
     

  • A

    A questão com certeza trabalhou ''dia a dia''. 

    Poque qnto a ''bem-vindo'' praticamente não existe regra. Tem que decorar. Porque geralmente se usa hífem, mas às vezes não, qndo há aglutinação. ex benfazejo, benfeito, benquerença..

  • O bem não gosta de ninguém, o mal não gosta de vogal = hífen (exceto BEM + palavras derivadas de querer ou fazer).

    As demais: os opostos se atraem e os iguais se repelem com hífen.

  • BEM - VINDO.

  • Vi no QC e gostei:

    MAL não gosta de vogal, BEM não gosta de ninguém!

    Caminhando com Fé!

  • Bem-vindo e dia a dia - grafia correta deveria ser assim.

  • só para complementar os demais comentários...

    O novo acordo ortográfico decretou o fim do hífen com o elemento “não”, seja advérbio de negação ou fazendo papel de prefixo.

  • Um macete:

    • O MAL não gosta de vogal (usa-se hífen quando o vocábulo seguinte for iniciado em vogal ou tiver som de vogal, como o "H");
    • O BEM não gosta de ninguém (usa-se hífen com vocábulos iniciados em vogais ou consoantes, salvas às exceções)

ID
2354965
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

Segundo o texto, as atitudes preconceituosas

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C 

    O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. (1º§)

    Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim). (2º§)

  • Não concordo.

    Segundo o texto o preconceito nasce do medo. É uma afirmação.

    Na letra C eles dizem que podem surgir.

     

  •  Acho que o enunciado da questão estaria correto se fosse uma questão de interpretação. No enunciado da questão, trata se de uma questão de compreensão. É o que eu acho.

     

  • Estou com a Barbara Pais. No meu entender, poder não necessariamente é ser.

  • "O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse".

     

    Gabarito C - podem surgir do medo ou da não aceitação da diversidade.

  • Açodamento:

    substantivo masculino

    ato ou efeito de açodar(-se).

    pressa, precipitação, apuro.

     

    Inescrutável:

    adjetivo de dois gêneros

    impossível de ser escrutado, investigado, compreendido; impenetrável, incompreensível, insondável.

     

    Inelidível:

    adjetivo de dois gêneros

    que não se pode elidir; ineliminável, insuprimível.

  • a) surgem do açodamento nas relações humanas. ERRADO

    Não está em nenhum parágrafo.

     b)foram e serão sempre comportamentos inescrutáveis. ERRADO

    No texto não afirma nada disso.

     c)podem surgir do medo ou da não aceitação da diversidade. CORRETA

    O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica....

    ....em que todo diferente era um provável inimigo.

    Concordo com quem disse que no texto afirma e na alternativa não.Porém é a unica alternativa que de fato pode ser comprovada no texto.O restante a Consulplan brincou tanto de ser Zé Palavrinha que acabou tirando o sentido das frases.

     d)perenizaram-se por arraigarem-se ao homem tornando-se inelidíveis. ERRADO

    Nem sabia o que essas palavras significavam,mas aprendi que que quando rebuscam tanto assim,a alternativa está quase sempre errada.E já tinha comprovado comprovado a letra C.


ID
2354968
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse.” (1º§) A expressão “antes que” estabelece, entre as orações, uma relação de

Alternativas
Comentários
  • gab. A

    Trata-se de um Período composto por subordinação adverbial temporal. Suas conjunções são:

    quando, enquanto, logo que, mal (= logo que), sempre que, assim que, desde que, antes que, depois que, até que, agora que, ao mesmo tempo que, toda vez que.

     

  • Temporais: introduzem uma oração que acrescenta uma circunstância de tempo ao fato expresso na oração principal.

     

    São elas:quando, enquanto, antes que, depois que, logo que, todas as vezes que, desde que, sempre que, assim que, agora que, mal (= assim que), etc

  • voce percebe que está com probleminhas quando acerta a questão porque realmente sabia e grita gol .... 

     

     

     

     

     

     

     

     

  • Aquela pra não zerar a prova.


ID
2354971
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas...” (3º§) A forma verbal que apresenta a mesma transitividade da sublinhada na frase anterior está destacada em:

Alternativas
Comentários
  • carregar  é VTD, assim como o verbo usar.

    Gab. D

     

  •  

    Nessa guerra ou guerrilha (NÓS) usamos muitas armas...

    ADJ ADVERBIAL SUJEITO DESINENCIAL  VTD  OD

     a)  “O preconceito (SUJ) nasce (VI) do medo (ADJ ADV DE MODO), sua raiz cultural, psíquica, antropológica…(APOSTO)” (1º§)

     b)  “Algumas doenças (SUJ) precisam de (VTI) remédios fortes (OI): preconceito é uma delas (APOSTO).” (5º§)

     c) “No país da impunidade (ADJ ADV), necessitamos de (VTI) punição imediata, severa e radical (OI).(ADJ ADN)” (5º§)

     d) “... palavras como ‘judeu, turco, alemão’ (SUJ) carregam (VTD), mais do que ignorância (APOSTO), um odioso preconceito (OD).” (3º§) 

     

  • a)       nasce  =     V.INTRANSITIVO

    NÃO PEDEM COMPLEMENTOS. SEGUIDOS DE ADJUNTO ADVERBIAL DE LUGAR

     

    b)       precisam DE (preposição) =    V.INTRANSITIVO     INDIRETO

     

    c)       necessitamos  DE  (preposição) =    V.INTRANSITIVO     INDIRETO

     

    d)        carregam     =          VTD       QUEM USA, USA ALGUMA COISA, QUEM CARREGA, CARREGA ALGUMA COISA

     

    IDENTIFICAR OS VERBOS: 

     

    -            VTI  =       PEDE PREPOSIÇÃO !!!!      PREPOSIÇÃO  DE /EM

     

                  QUEM PROTESTA, PROTESTA CONTRA ALGO OU A ALGUEM.    

                                     

                 Elas protestam contra os fatos da realidade, os poderes.

     

     

              -       VTD            O QUÊ  = ALGUÉM ou ALGUMA COISA =       QUEM USA, USA ALGUMA COISA, QUEM CARREGA, CARREGA ALGUMA COISA

     

      SEM o "A" alguém

     

                                              QUEM COMPARTILHA, COMPARTILHA O QUÊ

     

                                                     QUEM CELEBRA, CELEBRA ALGO.

     

     

     

    -         VTDI         =                        QUEM

     

    -            VI  =        NÃO PEDEM COMPLEMENTOS

     

                             

    -         VERBOS INTRANSITIVOS:    caiu, comeu, morreu, chegou, acordou ...    

     

    -     VERBOS DE LIGAÇÃO:     ser, estar, ficar, andar, parecer, continuar

     

     

    -        VERBOS IMPESSOAIS:      Exemplo: haver com sentido de existir    

     

     

     

     

     

     

    OBJETO DIRETO  PREPOSICIONADO      

     

                                                                           QUEM AMA, AMA A DEUS

                                                                           QUEM AMA, AMA AO PRÓXIMO

                                                                            QUEM CULPA, CULPA ALGÉM

    ..........................

    VIDE   Q730780      Q118264  Q202933

     

      PA   (VTD e VTDI)     =    PLURAL  

        

    PIS (VTI, VI e VL )    =    SINGULAR  

                    

    EX.:       Tratava-se de assuntos importantes.

     

     

    DICA:  Só podem ser transpostos para a voz passiva os VTD e os VTDI.

    Faz a pergunta ao verbo.  

    ( O QUÊ) -   VTD    

    ( QUEM) -   VTDI

    - Quem compartilha, compartilha O QUÊ ?     VTD

    - Os arquitetos propuseram muitas alterações no projeto, propuseram O QUÊ ? 

     

    SÓ ADMITEM:

     

                    VTD            ( O QUÊ  = ALGUÉM ou ALGUMA COISA)

     

            VTDI           ( QUEM )

     

     

  • a)  “O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica…” (1º§)  Verbo intransitivo

    b)  “Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.” (5º§) Verbo transitivo indireto

    c) “No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical.” (5º§)  Verbo Transitivo Indireto

    d) “... palavras como ‘judeu, turco, alemão’ carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.” (3º§) Verbo transitivo Direto

  • O elaborador da questão só queria saber se o "caboco" sabe o que é VTD.

    Gab.A

  • gabarito letraD

     

  • Boa tarde,

     

    Usamos: VTD (Quem usa, usa alguma coisa) muitas armas

     

    a)  “O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica…” (1º§)

     

    Nasce = VI ( quem nasce, nasce... ex: A criança nasceu - não exige complemento)

     

     b)  “Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.” (5º§)

     

    Precisar: VTI (quem precisa, precisa de)

     

     c) “No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical.” (5º§)

     

    Necessitar: VTI (Quem necessita, necessita de)

     

    d) “... palavras como ‘judeu, turco, alemão’ carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.” (3º§) 

    (gabarito) verbo carregar é transitivo direto, não exige preposição

     

    Bons estudos

     

     

  • nessa matei so de ver uma coisa :

    Verbo usar esta como OD = OD nao e preposicionado e na maioria estava preposicionado so a letra D que nao 

    nem perdi tempo de ver frase por frase 

    GABARITO D

  • Gab. D

  • Confesso que não sou muito bom em VTD / VTI / VI e VTDI, mas consegui acertar esta questão pelo CARREGAM. Quem carrega, carrega ALGO. Assim como "USAMOS" quem usa, usa ALGO.

    GAB D


  • Nessa guerra ou guerrilha (NÓS) usamos muitas armas...

    ADJ ADVERBIAL SUJEITO DESINENCIAL  VTD OD

     a)  “O preconceito (SUJ) nasce (VI) do medo (ADJ ADV DE MODO), sua raiz cultural, psíquica, antropológica…(APOSTO)” (1º§)

     b)  “Algumas doenças (SUJ) precisam de (VTI) remédios fortes (OI): preconceito é uma delas (APOSTO).” (5º§)

     c) “No país da impunidade (ADJ ADV), necessitamos de (VTI) punição imediata, severa e radical (OI).(ADJ ADN)” (5º§)

     d) “... palavras como ‘judeu, turco, alemão’ (SUJ) carregam (VTD), mais do que ignorância (APOSTO), um odioso preconceito (OD).” (3º§) 


ID
2354974
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

Em qual frase a seguir NÃO se cometeu erro de concordância nominal?

Alternativas
Comentários
  • Por que não seria cidades fantasmas?
  • Motivo porque na C não varia a palavra FANTASMA: 

     

    Caso o adjetivo seja uma palavra que também exerça função de substantivo, ficará invariável, ou seja, se a palavra que estiver qualificando um elemento for, originalmente, um substantivo, ela manterá sua forma primitiva. Exemplo: a palavra cinza é originalmente um substantivo, porém, se estiver qualificando um elemento, funcionará como adjetivo. Ficará, então invariável. Logo: camisas cinza, ternos cinza

  • a) Os alunos acabam sendo bastantes estimulados a não seguirem regras. Errado

    A palavra bastante na frase é advérbio, portanto invariável.Só trocar por muito

     

    b) Em determinados casos as punições deveriam ser o mais duras possíveis.Errrado

    Em frases enfáticas, como o mais, o menos, o melhor, o pior, possível concordará com o artigo. Exemplos:

    Conheci garotas o mais belas possível.

    Conheci garotas as mais belas possíveis

     

    c) Descobriram várias firmas fantasma na metrópole que incitavam o racismo.Correta

     

    d) Nas sociedades antigas olhos verde-claro eram mais aceitos do que olhos negros.Errado

    O correto seria sociedades antigas olhos verde-claros

    Plural de adjetivos compostos referentes a cores:

    adjetivo + adjetivo = o último adjetivo vai para o plural.Ex= cabelos castanho-claros, camisas verde-amarelas

    adjetivo + substantivo= singular.Ex= calças vermelho-sangue, blusas verde-oliva ,cortinas amarelo-ouro, paredes branco-gelo

     

     

  • Algum professor que possa explicar essa questão!!!

  • A letra "C" encontra-se correta, pois o substantivo adjetivo na função de adjunto adnominal é INVARIÁVEL. 

    Ex. Blusas Rosa 

    Ex. Funcionários laranja

  • Se um substantivo estiver exercendo papel de adjetivo, ou seja, estiver especificando o primeiro substantivo, ele (o especificador) ficará no singular. 

    Ex: bananas PRATA

    Ex: canetas TINTEIRO

    e o própiro exemplo da questão: firmas FANTASMA

    Bons estudos!

  •         INVARIÁVEL “BASTANTE” (ADVÉRBIO) =  substitui por  UM POUCO / MEIO

     

    Eles estão BASTANTE (meio/um pouco) tristes.

    Quando quisermos saber se a palavra "bastante" deve variar para o plural, trocamos pela palavra "muito" e se esta variar aquela varia também.

     

    Ex. Leitura de bastante livros.

    Trocando: Leitura de muitos livro

     

     

     

     

    ·         VARIÁVEL  BASTANTES (ADJETIVO) = MUITOS/ MUITAS (PRONOME INDEFINIDO)

     

    Ex. Leitura de bastanteS (muitos) livros


    · 

  • Plural de composto lasca! Materia chata!

  • Descobriram várias firmas fantasma na metrópole que incitavam o racismo.

     

    Achei que ficaria no singular o verbo Incentivar

     

    Descobriram várias firmas fantasma na metrópole que INCITAVA o racismo.

  • A letra C, no final das contas, trata-se de um conhecimento de plural de substantivo composto. Quando o segundo elemento delimita o primeiro, somente este varia.

  • Gente, é só inserir a expressão "DO TIPO" para acertar essa questão:

    Descobriram várias firmas (do tipo) fantasma na metrópole que incitavam o racismo.

    Nesse caso, fantasma concordará com a expressão grifada e não com o substantivo a que se refere.

  • c) Descobriram várias firmas fantasma na metrópole que incitavam o racismo.

     

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    a) Os alunos acabam sendo bastantes estimulados a não seguirem regras. 

    b) Em determinados casos as punições deveriam ser o mais duras possíveis [Possível]

                         

                                 ~> Nas expressões "o mais" "a mais", o termo "Possível" concorda com o artigo.

  • Plural de Composto: Regra Geral - SAN(variam)

    Sustantivo

    Adjetivo

    Numeral

    Ex: couve-flor (S+S) = couves-flores;

    beija-flor(Verbo+S)= beija-flores

    amor-perfeito(S+A)= amores-perfeitos

    primeiro-ministro(N+S)= primeiros ministros

     

  • Como a colega Ana explicou, os adjetivos compostos, por regra, possuem flexão apenas no último elemento. 

    Ex.: luso-brasileiros, ítalo-americanos, azul-claros.

    Mas há exceções: surdos-mudos, claros-escuros.

    Fonte: Gramática do Pestana.

  • esse professor é bom!

  • fantasma é tipo de firma.

     

  • Firma: substantivo

    Fantasma: substantivo

    Regra: dois substantivos só o primeiro varia. ===> Firmas fantasma""

  • Emy, 
    A regra é: O que varia, varia; o que não varia, não varia

    No caso de substantivo + substantivo, os dois variam. Ex: Couve(s)-flor(es)

    Nesse caso, creio que seja substantivo + adjetivo. Como adjetivo não varia, então o correto é navios fantasma.

    Caso o termo fantasma seja apenas um delimitador de firmas, então a flexão de fantasma é opcional. Outro exemplo: Públicos-alvo(s)

  • Troca o "bastante" pelo "muito" e você verá que o "bastante" nesse caso deverá ir para o plural!

  • Bruna Dias,

    Neste caso o "bastante" é um advérbio. Advérbio não varia. Conforme disse ao colega, trocando o "bastante" por "muito", ele não variará: "OS alunos acabam sendo muito estimulados ...". A ideia é de intensidade.

    Você pode trocar o bastante por 300, por exemplo. Se couber, varia, senão, não variará: "Os alunos acabam sendo 300 estimulados ...". Não coube, correto? 

    Um abraço!!!

  • A-

    12- Bastante

    a) bastante→ é pronome indefinido e varia segundo o núcleo.

    Ex.: Ele falava bastantes besteiras (= muitas besteiras).

    Havia bastantes livros (= muitos livros) na sala.

     

    b) bastante é advérbio e fica invariável.

    Ex.: Ele falava bastante (=muito).

    Na questão funciona como adverbio, portanto invariável.

    Os alunos acabam sendo muito estimulados a não seguirem regras.

     

    B

    Concorda com o artigo – possível.

    Em determinados casos as punições deveriam ser o mais duras possível

    POSSÍVEL

     A concordância far-se-á com o artigo que compõe a expressão “o/a mais, o/a menos, o/a maior, o/a menor, o/a melhor, o/a pior”.

    Ex.: Ex.: Cadernos o mais limpos possível.

    Cadernos os mais limpos possíveis.

     

    c- certo. Substantivo utilizado com valor adjetivo

     

    d- O correto seria sociedades antigas olhos verde-claros

    Plural de adjetivos compostos referentes a cores:

     

    adjetivo + adjetivo = o último adjetivo vai para o plural.

    Ex= cabelos castanho-claros, camisas verde-amarelas

     

    adjetivo + substantivo= singular.

    Ex= calças vermelho-sangue, blusas verde-oliva, cortinas amarelo-ouro, paredes branco-gelo

  • Cuidado com os comentários! 

     

    ''Fantasma'' funciona na frase como adjetivo, por isso que não varia. Agora, cuidado, pois tudo depende do contexto.

     

    Ex: Os fantasmasão do mal''. Perceberam que agora a palavra ''fantasma'' varia? Ou seja, está funcionado como substantivo.

     

                                                                                            Outros exemplos:

     

     

    ''Os monstros são os novos queridinhos das crianças''.  Varia porque está exercendo função de substantivo.

     

    ''Você é um monstro !".  Correto. Ivariável quando exerce função de adejtivo.

    ''Você é um monstros !''  Errado. 

     

     

    Ps. Show de questão, galera. 

  • Dica

    A. "bastante" em função adjetiva é variável (substitui por "muitos/vários") Ex.: Conhecemos bastantes pessoas (várias)

    "bastante" em função adverbial não é variável  (substitui por "muito/sufuciênte") Ex.: Os alunos acabam sendo bastante estimulados a não seguirem regras. (muito)

    B. O possível / os possíveis:  A variação deve ser da locução toda. Sendo assim se "os" estiver no plural o correto seria "possíveis" e vice e versa. 

    As demias alternativas já foram bem comentadas pelos colegas. 

  • BaCa BaLo

    Bastante, caro, barato, longe ficam invariáveis quando funcionam como advérbios. Aliás, com raras exceções, a regra geral do advérbio é ser termo invariável enquanto o adjetivo deve variar.

  • Adjetivo composto (adjetivo + adjetivo)--> o segundo termo varia. Ex: Condições econômico-financeiras

    Adjetivo + substantivo--> ficam no singular. Ex: camisas vermelho-sangue

    Alguns nunca variam: azul-marinho, azul-celeste, furta-cor, ultravioleta, sem-sal, sem-terra, verde-musgo, cor-de-rosa...

  •  

    Os alunos acabam sendo bastante estimulados a não seguirem regras. 

     

    Em determinados casos as punições deveriam ser o mais duras possíveL.

     

    Descobriram várias firmas fantasma na metrópole que incitavam o racismo.

     

    Nas sociedades antigas olhos verde-claroS eram mais aceitos do que olhos negros.

  • Macete: Substantivo + substantivo / adjetivo + adjetivo → a variação só ocorre no primeiro.

    Regra geral: Substantivo + adjetivo (ambos flexionam ) 


ID
2354977
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

Assinale a opção em que o “a” sublinhado nas duas frases deve receber o acento grave indicativo de crase.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: D.

     

    Marquei A, mas só haveria crase caso a distância fosse especificada.

     

    Lá, algumas pessoas preconceituosas ficaram à distância de 100m.

  • Letra D

    Os estudantes vestiram-se a (à maneira de/ à forma de) Momo. 

  • Letra D (à maneira de- à entrada de).

  • Na a), como "casa" está determinada (de meu pai), caberia crase; mas "distância" não está determinada, não tem crase.

  • Gab. D

     

    A principal confusão fica entre as letras “A” e “D”. Na opção  A, a palavra casa está determinada (casa de meu pai) e portanto, há ocorrência de crase. Por outro lado,  a expressão “a distância” só ocorreria crase obrigatória se estivesse especificada. Como não está, o uso do acento grave é facultativo.

     

    Em relação à opção D, a expressão “a momo” quer dizer “à maneira de, à moda de”, sendo a crase obrigatória. O mesmo acontece com “à entrada de”, que também é uma locução prepositiva feminina.

  • Pois e.

     

  • Gab D
    1º Os estudantes vestiram-se à Momo.2º Eles foram barrados pelos seguranças(onde?) à entrada do salão de baile.
    No primeiro caso,temos uma obrigatoriedade do emprego do acento grave indicativo de crase,pelos simples fato,em expressões a (maneira de) ,(a moda de),o seu uso se faz necessário para adequação da norma culta.Já no segundo caso,temos uma locução adverbial,onde no contexto de uso obrigatório do acento grave,faz-se necessário o seu emprego nas locuções do tipo:(modo),(lugar) e (tempo).

    Rumo à vitória! Deus é Fiel!

  •  Os estudantes vestiram-se a Momo.

     Os estudantes vestiram-se (A MODA ) a Momo. CRASE OBRIGATÓRIA POR TRADIÇÃO!

     

    .

     

     

    Eles foram barrados pelos seguranças a entrada do salão de baile.

    A ENTRADA DE = LOCUÇÃO PREPOSITIVA FEMININA, CRASE OBRIGATÓRIA, POR TRADIÇÃO!

  • a) Fui a casa de meu pai. Lá, algumas pessoas preconceituosas ficaram a distância.

     

    ~> O primeiro "a" tem crase, pois o substantivo casa está especificado ("de meu pai"). Contudo, o segundo "a" não possui crase, pois o substantivo distância não está especificado.

     

    b) O professor se referiu a todos que estavam presentes. Eles ficaram frente a frente.

     

    ~> Não ocorre crase diante de pronomes (todos) e nem entre palavras repetidas (frente a frente)

     

     

    c) O mérito foi dedicado a eles. Os supervisores chegaram a uma hora em ponto na escola

     

    ~> Não ocorre crase diante de pronome (ele).

     

    d)  Os estudantes vestiram-se a Momo. Eles foram barrados pelos seguranças a entrada do salão de baile.

     

    ~> Nas duas situações há crase, visto que na primeira ocorrência expressa "a moda de" e na segunda trata-se de locuções adverbiais femininas.

  • Paulo Jr, seu comentário está errado quando vc diz que após ATÉ não pode haver crase. Essa é a única preposição que permite o uso do acento.

  •  

    1 -     LOCUÇÕES ADVERBIAIS:       às vezes, à noite, à tarde, às ocultas, à vontade, às pressas à mão armada,   À TOA, À DIREITA, À ESQUERDA, À REVELIA, À CHAVE, À LUZ, À BEÇA, À DERIVA, ÀS AVESSAS, À LARGA, ÀS MOSCAS, À METADE

     

    ***  “A MENOS DE" é locução prepositiva masculina, por isso não ocorre crase.

    Locuções A VAPOR E A BORDO, também não há acento indicativo de crase

     

    2 -   LOCUÇÕES PREPOSITIVAS:        À mercê,  À beira de, À espera de, À procura de, À FRENTE DE, À FORÇA DE,  À SEMELHANÇA DE, À SOMBRA DE, À EXCEÇÃO DE

    À ENTRADA DE

     

    3 -      LOCUÇÕES CONJUNTIVAS:          à proporção que, à medida que (apenas essas duas).

     

     

                             DISTÂNCIA     IN - DETERMINADA     (SEM CRASE)



    Ele observou tudo A DISTÂNCIA. (sem crase).   Ensino a DISTÂNCIA.

    Sempre acompanho os jogos do meu time, mesmo A DISTÂNCIA.

    Hoje nos matriculamos num curso A DISTÂNCIA.

                                             Vire a 10 Quilômetros

     


            DISTÂNCIA DETERMINADA (COM CRASE)



    Os militares acompanharam tudo À DISTÂNCIA de 10 metros.

    No zoológico, as feras ficam À DISTÂNCIA de 15 metros.

     

     

     

     

     

     

                     VIDE  Q118445   Q51952  Q202664  Q766366

     

    Não tem crase antes de   VERBO      ( A PARTIR)

     

    Não usa a crase antes de ARTIGOS  indefinidos    (A UM)

     

    Não há crase antes de pronome  (A ELA)

     

    NÃO há crase antes de pronome demonstrativo     (A ESSE, A ESTA, A TAL)

      

    NÃO há crase antes de pronome INDEFINIDO    (A QUALQUER, A CADA, A TODA)

     

    Não há crase antes de palavra MASCULINA     A     PRAZO   =   O      PRAZO   

     

                       A    PROPÓSITO       =        O PROPÓSITO        A PRÓPRIA

     

    Não há crase diante de palavras no plural:        a   oligarquias locais,   A   nossaS      

     

    PALAVRAS REPETIDAS =       FRENTE   A     FRENTE          cara  a  cara.

                        Exceção: declarou guerra à guerra.   Declarou guerra ao partido.

     

     

     

    Q213555                 ATÉ  às     = FACULTATIVA

     

     

          Preposição REPELE PREPOSIÇÃO: perante, ante, para, entre etc. Veja alguns exemplos:

     

    A reunião está marcada para as 14h.                       

     

    APÓS (preposição)      AS  (crase proibida)

     

    DESDE  (preposição    AS   (crase proibida)

     

    Deverá explicar-se perante a Justiça.

     

    Levou um tombo ante a plateia perplexa.

    O encontro deu-se entre as 14h e as 15h.

    Vamos lutar contra a fome no país.

    Cara a cara COM A fera

     

     

  • Direto ao Ponto.

    A alternativa (A) está errada, pois a palavra "casa" é seguida do caracterizador "de meu pai", por isso admite crase. Porém, a expressão "a distância" não admite artigo "a". Há apenas preposição "a". Assim, não cabe crase. Só caberia crase se tal substantivo tivesse sido caracterizado, como o seguinte: "à distância de dois metros".

     

    A alternativa (B) está errada, pois o verbo "se referiu" rege a preposição "a" e o pronome "todos" não admite artigo "a". Assim, não houve crase. Além disso, diante de palavras repetidas, só cabe preposição "a".

     

    A alternativa (C) está errada, pois o pronome "eles" e o artigo indefinido "uma" não admitem artigo "a", por isso não cabe crase.

     

    A alternativa (D) é a correta, pois a expressão "à Momo" faz subentender o substantivo feminino "moda" (à moda Momo). Além disso, a locução adverbial "à entrada do salão de baile" é precedida de preposição "a" e o substantivo "entrada" é precedida do artigo "a".

     

    (Comentários do professor Décio Terror.)
     

    _____________
    Foco Força Fé

  • Só uma pergunta sobre o comentário abaixo...

    Na letra C admite-se crase antes do "uma hora". No meu entendimento o "uma" não seria artigo indefinido mas sim "(...) chegaram à 1 hora (...)"

  • Uma indagação:

     

    - Depois de ATÉ é facultativa a crase.

     

    - Depois de CASA especificada deve-se usar a crase.

     

    - E se a frase for "Fui até a casa de meus pais"?

     

    AQUI A CRASE SERÁ OBRIGATÓRIA OU FACULTATIVA?

     

    OU NÃO SE PODE USAR A PREPOSIÇÃO "ATÉ" APÓS O VERBO "IR"? CONSIDERNDO QUE QUEM VAI, VAI A...

     

     

  •  

    a) Fui à casa de meu pai. Lá, algumas pessoas preconceituosas ficaram a distância

    Essa questão vou dar a minha opinião ...  No primeiro há crase por conta da especificação. Já no segundo não há crase por conta da falta da especificação. 

    Quando se referiamos com casos proibidos em crase as palavras : Casas, Distância e Terra sem especificações não há porque ter crase, apenas nos casos de especificações dessas palavras. Observe que a parte que se diz " Fui à casa de meu pai." , está havendo uma especificação " Fui à casa de meu pai." Ja na distância não houve uma especificação e sendo assim não há motivos de crase. 


     

  • 1- Quando o nome do lugar ou a palavra "distancia" estiver específicado, ocorrerá crase. 2- Diante de pronomes de tratamento masculino não há crase. 3- Diante de numerais cardinais não há crase. 4- Diante de palavra com o sentido de "à moda de, há crase. 5- Quando substituímos a palavra feminina por uma masculino e surge a forma " ao ", há crase.
  • Crase Especial

    Casa/Terra/Distância

    EX. Voltei a casa. Voltei à casa dos meus pais.

    Só levam crase SE ESPECIFICAR

  • Sabrina Cardoso,

    seu raciocínio está correto. O "uma" da frase abaixo (letra c) não é artigo indefinido e sim numeral, portanto a crase ocorre. A alternativa não é correta apenas porque o primeiro "a" não deve ser acentuado, uma vez que está diante de pronome.

    "O mérito foi dedicado a eles. Os supervisores chegaram a uma hora em ponto na escola"

  • GABARITO: LETA D

    ...Vestiram se à Momo (A moda): Crase obrigatória

    ...Pelos seguranças à entrada do salão de baile: (Em+ a= na ou à) Crase obrigatória

  • Casa , distância e terra (terão crase quando vierem especificados )


ID
2354980
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

De acordo com o texto, a relação “medo e preconceito

Alternativas
Comentários
  • Confesso que ao resolver esta questão, fiquei entre A e C por causa do fato do preconceito nascer do medo. E com a palavra relativação na questão, fiquei muito em dúvida.

     

  • Resposta A-  explica um problema só elidível através de ação.

    "só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso."

     

     

  • Sinceramente, nem tinha ideia.

  • GABARITO - A

     

    A autora é enfática ao dizer que o preconceito só é elidivel / eliminado / suprimido por meio de ações:

     

    No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas. (4º §)

     

    Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso. (6º §)

  •  agora eu não fiz gol ... eu tomei gol hahaha mas ok segue o baile 

  • Errei porque não sabia o siginificado de ELIDÍVEL kkkkk... Colocarei essa palavra em meu wikidicionário hehehe!!!

  • não sabia o significado de elidível, mas li as outras questões e as eliminei, sobrando so a letra A.

  •  a)explica um problema só elidível através de ação. CORRETO

    Não tinha a mínima ideia de o que era essa palavra,porém as outras alternativas eu descartei porque diziam o inverso do que dizia no texto.Então,essa sobrou por eliminação.E também,no texto diz que "preconceito precisa ser punivél" ou seja essa "através de ação" mata a questão.

     

     b) inviabiliza qualquer análise racional de preconceitos.ERRADO

    1º § O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva.

    A autora faz uma análise bastante séria nesse fragmento.

     

     c)valida o preconceito, justificando a relativização de ações penais.ERRADO

    ...Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical...

    ...só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria.

    Fiquei na dúvida nessa questão,mas a palavra "relativização" tirou a minha dúvida.Nesses dois fragmentos a autora é bem clara afirmando que somente a punição pode nos livrar do preconceito.E ela não relativiza,ela deixa bem claro que é em caso de preconceito ou seja qualquer caso.

     

    d)autoriza o comportamento de alunos sem limites, pois são frutos do sistema. ERRADO

    ...Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim...

    A alternativa diz o contrario do texto.


ID
2354992
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

“Jorge, servidor público federal, ingressou no serviço público em 2005, exercendo atividades sob condições especiais que prejudiquem sua saúde, consulta seu advogado sobre as condições de sua futura aposentadoria, sendo certo que já possui três períodos de licença-prêmio não gozadas.” Sobre a hipótese, analise as afirmativas a seguir.

I. Os períodos de licença-prêmio não gozada podem ser contados em dobro para fins de soma de seu tempo de serviço.

II. As condições especiais de trabalho não podem ser consideradas na aposentadoria de Jorge, uma vez que não editada lei complementar regulamentadora da aposentadoria especial, exigida pela Constituição.

III. Para o cálculo dos proventos de aposentadoria de Jorge, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as suas remunerações utilizadas como base para as contribuições.

Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s)

Alternativas
Comentários
  • Gabarito C.

     

    CF, Art. 40. Aos servidores titulares de cargos efetivos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, incluídas suas autarquias e fundações, é assegurado regime de previdência de caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente público, dos servidores ativos e inativos e dos pensionistas, observados critérios que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial e o disposto neste artigo.

    ...

    § 3º Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei.

     

     

    ----

    "Gosto do impossível porque lá a concorrência é menor!"

  • I - ERRADA: A lei não poderá estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício (art. 40, §10, da CF/88).

     

    II - ERRADA: De fato, a referida LC ainda não foi editada. Contudo, a súmula vinculante 33 preleciona que: "Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica".

     

    O referido artigo mencionado na súmula diz respeito a aposentadoria sob condições especiais que prejudiquem a saúde, ora abordada na questão. Assim, aplica-se à tal aposentadoria o regime do RGPS. O regime do RGPS em relação, neste caso, ocorre da seguinte forma: No que concerne ao trabalho especial que prejudica a saúde e a integridade física do trabalhador, o tema já era regulado pelos art. 57 e 58 da Lei 8.213/91, que preveem o benefício da aposentadoria especial, tendo esses dispositivos normativos sido recebidos com força de LC com o advento da EC 20/98. Por sua vez, em relação à aposentadoria especial da pessoa com deficiência, foi editada a LC 142/2013.

     

    III - CORRETA: Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei. (art. 40, §3º, CF/88).

  • Desde quando o servidor público federal regido pela lei 8.112/90 tem licença prêmio? Isso foi retirado faz um tempão já.... questãozinha hein!!

  • I. Os períodos de licença-prêmio não gozada podem ser contados em dobro para fins de soma de seu tempo de serviço. ERRADO! Licença-prêmio já não existe mais. Já ouvi algumas considerações que apontam que a licença que a susbtitui é a da Capacitação. Ela ocorre após 5 anos de efetivo exercício, pode durar até 3 meses (remunerados) e a capacitação que a origina tem que ter relação com as atividades administrativas. Ela não é cumulativa e isso só reforça a certeza de que não é contabilizada para nenhum outro fim.

    II. As condições especiais de trabalho não podem ser consideradas na aposentadoria de Jorge, uma vez que não editada lei complementar regulamentadora da aposentadoria especial, exigida pela Constituição. ERRADO! Na verdade, por exercer função em condições especiais ele já tem garantido o adicional pelo exercício de atividade insalubre, perigosa ou penosa (se passível se insalubridade e periculosidade deverá opatr por uma delas para efeito de adicional).

    III. Para o cálculo dos proventos de aposentadoria de Jorge, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as suas remunerações utilizadas como base para as contribuições. CORRETO!

  • Único caso de contagem em dobro:

    -

    8112/90    § 2o  Será contado em dobro o tempo de serviço prestado às Forças Armadas em operações de guerra.

    -

    #BASE!

  • A resposta correta está na alternativa "C", já que as assertivas I, II e III são, respectivamente, errada, errada e certa.

     

    A assertiva I está errada, já que o art. 40, §10 da Constituição da República veda a contagem ficta de tempo de serviço, de modo que não é possível a contagem em dobro de tempo de serviço no caso de não gozo de licença-prêmio.

     

    A assertiva II também está errada, já que o STF decidiu no Mandado de Injunção nº 721 que estaria configurada omissão inconstitucional a ausência de regulamentação do art. 40, §4º da Constituição, impondo-se, com isso, a adoção da regra geral do art. 57, §1º da Lei nº 8.213/91 para disciplina da matéria.

     

    Por fim, a assertiva III está correta, já que, conforme art. 40, §3º da Constituição, “Para o cálculo dos proventos de aposentadoria, por ocasião da sua concessão, serão consideradas as remunerações utilizadas como base para as contribuições do servidor aos regimes de previdência de que tratam este artigo e o art. 201, na forma da lei”, redação conferida pela EC nº 41/2003, a qual é aplicável ao servidor que ingressou no serviço público a partir de 2004.

  • Quanto ao item I- ERRADO, pois o servidor ingressou em 2005, após a publicação da EC 20/1998.

    "Desta forma, somente os servidores que preencheram todos os requisitos para usufruir da licença prêmio antes do advento da Emenda Constitucional 20/98, tem o direito assegurado de contar este tempo em dobro para aposentadoria, caso não desfrute deste benefício, pois com a entrada em vigência da Emenda Constitucional 20/98, houve a proibição da contagem de tempo fictício para fins de aposentadoria, por via de consequência, não se admitindo mais o mecanismo da contagem em dobro, já que as regras contidas no § 10 do art. 40 e no art. 4º impostas pela EC 20/98, valem somente para o futuro, devendo serem respeitadas as vantagens conquistadas referentes à contagem do tempo fictício existente na data da publicação da Emenda Constitucional nº 20/98.". Fonte: http://rafaelmattielli.blogspot.com.br/2013/12/da-vedacao-da-contagem-dobrada-da.html.

  • A questão devia ser anulada... sou servidor público federal desde 1996, sequer consegui receber o valor integral daqueles adicionais que existiam, recebendo o proporcional ao período de aquisição... gostaria de conhecer o Jorge pessoalmente para saber como ele conseguiu acumular 3 períodos de licença-prêmio não gozadas ;)

  • Gabarito: C

     

    Contribuindo:

     

     

    Emenda Consitucional 19/1998

    -Estágio de 2 para 3 anos

    -Ampliou as possibilidades de perda do cargo, incluiu as possibilidades de baixo desempenho e corte de despesas

    -Subsídio, parcela única

    -Teto remunerátorio do STF

     

    Emenda Constitucional 20/1998

    -Caráter contributivo do RPPS

    -Trocou tempo de serviço por tempo de contribuição

    -Acabou com contagem fictícia de tempo, extinguiu contagem em dobro para férias não gozadas e licenças prêmios não utilizadas

    -RGPS para temporários

    -Restrições à acumulação de remuneração de aposentadoria com cargo público

    -Mexeu no tempo/idade para aposentadoria

    -Previdência complementar

     

    Emenda Constitucional 41/2003

    -Cálculo de aposentadoria , utilizadas remunerações para contibuição para previdência

    -Extinta a paridade entre ativos e inativos $

    -Pensão limitada ao teto do RGPS + 70% da parcela excedente

    -Criou o abono de permanência

     

     

  • Súmula Vinculante 33

    Aplicam-se ao servidor público, no que couber, as regras do regime geral da previdência social sobre aposentadoria especial de que trata o artigo 40, § 4º, inciso III da Constituição Federal, até a edição de lei complementar específica.

    http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menusumario.asp?sumula=1941

  • SERVIDOR QUE COMPLETOU TEMPO P/ LICENÇA-PRÊMIO ANTES DA EC 20/98 ----> CÔMPUTO EM DOBRO P/ APOSENTADORIA (ATENÇÃO: NÃO É O SERVIDOR QUE ENTROU ANTES DA 20/98, MAS SIM O QUE COMPLETOU O TEMPO ANTES DELA).

    "De acordo com a orientação firmada neste Tribunal, o servidor que completou o tempo de serviço para usufruir da licença-prêmio em momento anterior à vigência da EC 20/1998, e não o fez, tem direito a computar em dobro o tempo correspondente à licença para fins de aposentadoria". (AI 725.444 AgR, julgado em 7/2/2012, 2ª Turma, STF.)

  • Cuidado! Questão desatualizada devido a EC 103/19.

  • A questão exige conhecimentos sobre o Estatuto dos Servidores Públicos Federais.

    I-  ERRADA -  a partir da emenda constitucional nº. 20/1998 deixou de contar em dobro tal prazo. Deste modo, quem já tinha adquirido o direito de licença prêmio naquela data, computaria em dobro, quem não tinha, seria contabilizado e forma simples. No caso de Jorge, como entrou em 2005, não há prazo em dobro.

    II - ERRADA - o art. 40, §4-C da Constituição Federal prevê a instituição de condições diferenciadas, no entanto, para servidores nas condições de Jorge. No entanto, tal dispositivo constitucional não foi regulamentado pela citada lei complementar infraconstitucional. Diante disso, foi impetrado o Mandado de Injunção 721/DF, que determinou a aplicação do art. 57, §1º, da Lei nº. 8.213/91. Logo, não existe o impedimento do exercício do direito pela ausência de lei complementar.

    MANDADO DE INJUNÇÃO - NATUREZA. Conforme disposto no inciso LXXI do artigo 5º da Constituição Federal, conceder-se-á mandado de injunção quando necessário ao exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Há ação mandamental e não simplesmente declaratória de omissão. A carga de declaração não é objeto da impetração, mas premissa da ordem a ser formalizada. MANDADO DE INJUNÇÃO - DECISÃO - BALIZAS. Tratando-se de processo subjetivo, a decisão possui eficácia considerada a relação jurídica nele revelada. APOSENTADORIA - TRABALHO EM CONDIÇÕES ESPECIAIS - PREJUÍZO À SAÚDE DO SERVIDOR - INEXISTÊNCIA DE LEI COMPLEMENTAR - ARTIGO 40, § 4º, DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL. Inexistente a disciplina específica da aposentadoria especial do servidor, impõe-se a adoção, via pronunciamento judicial, daquela própria aos trabalhadores em geral - artigo 57, § 1º, da Lei nº 8.213/91.
    (STF - MI: 721 DF, Relator: Min. MARCO AURÉLIO, Data de Julgamento: 30/08/2007, Tribunal Pleno, Data de Publicação: DJe-152 DIVULG 29-11-2007 PUBLIC 30-11-2007 DJ 30-11-2007 PP-00029 EMENT VOL-02301-01 PP-00001 RTJ VOL-00203-01 PP-00011 RDDP n. 60, 2008, p. 134-142)


     III - CORRETA -  a alternativa está em conformidade com o disposto no art. 40 da Constituição Federal.

    Feita a análise das alternativas vamos às alternativas:

    A) ERRADA
    B) ERRADA
    C) CORRETA 
    D) ERRADA

    GABARITO: Letra C

ID
2354995
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Um dos atributos classicamente atribuídos aos atos administrativos é a autoexecutoriedade. Nesse sentido, assinale qual dos atos a seguir indicados possui o atributo da autoexecutoriedade:

Alternativas
Comentários
  • Imposição de um ato  sem a prévia necessidade do exercício da via judicial (autoexecutoriedade)

  • A autoexecutoriedade é a possibilidade que tem a Administração de, com os próprios meios, por em execução as suas decisões, sem precisar recorrer previamente ao Poder Judiciário.

    Pelo atributo da autoexecutoriedade, a Administração compele materialmente o administrado, usando meios diretos de coação.

    Por exemplo, ela dissolve uma reunião, apreende mercadorias, interdita uma fábrica, estabelecimento.

     

    Gabarito C.

     

    Fonte: DIREITO ADMINISTRATIVO Maria Sylvia Zanella Di Pietro, 27ª edição, página 127.

     

     

    ----

    "Determinando tu algum negócio, ser-te-á firme, e a luz brilhará em teus caminhos." Jó 22:28.

  • GABARITO: LETRA C

    A autoexecutoriedade é o atributo do ato administrativo pelo qual a Administração, no exercício do Poder de Polícia, pode coagir diretamente os administrados a cumprirem suas determinações, sem necessidade de socorrer-se do Judiciário.

    Nos exemplos do enunciado, apenas no caso da letra C, o Poder Executivo pode intervir diretamente. Caso um estabelecimento comercial esteja desrespeitando as regras sanitárias e colocando em risco a saúde da população, o senso de urgência da situação justifica uma atuação imediata do Poder Público, sem a necessidade de submeter-se ao não raro moroso processo judicial.

    O mesmo não se pode dizer dos demais casos. A Administração não pode forçar um administrado a pagar um tributo ou uma multa de trânsito. Portanto, a sua cobrança não se reveste de caráter autoexecutório. No caso da liminar em mandado de segurança (letra D), trata-se já de uma intervenção judicial, portanto, nada tem a ver com autoexecutoriedade.

    FONTE: Exponencial concursos

  • Cabe recurso!

    Cobrar tributo ou pagar tributo?

    Aplicar a multa ou pagar a multa?

    A banca se expressou errada!

  • A alternativa "C" está correta.

     

    Nos termos da doutrina, autoexecutórios são aqueles atos que dispensam autorização judicial para sua execução material, desfazendo (ou fazendo) concretamente a situação ilegal, constituindo mecanismo de coerção direta.

     

    Nesse sentido, das alternativas da questão, apenas no fechamento de estabelecimentos que não respeitam normas sanitária é possível ser feito sem intervenção judicial.

     

    Assim, tanto a aplicação de multa de trânsito quanto a cobrança de tributos dependem da intervenção do Poder Judiciário para serem concretamente realizadas, uma vez que dependem de constrição patrimonial do devedor. Com ainda mais razão a liminar em mandado de segurança, que sequer é ato administrativo em sentido estrito.

     

    Fonte: Alexandre Mazza - Manual de Direito Administrativo.

  • Letra C.

     

    Pensa no peixe vencido do restaurante e imagina um papel A4 na porta dizendo: Interditado!

     

    Olha o link, que é pra não esquecer.

     

    https://www.google.com.br/search?q=restaurante+interditado&tbm=isch&tbo=u&source=univ&sa=X&ved=0ahUKEwj_86e_stzVAhWEF5AKHQZ9A-oQsAQILQ&biw=1024&bih=638

  • Agora o agente de trânsito precisa de autorização judicial pra multar alguma irregularidade? Aplicar = Cobrar?

  • GABARITO:C


    São três as características do Poder de Polícia: a Discricionariedade, a Auto-executoriedade e a Coercibilidade. 



    Em regra geral, a discricionariedade no exercício do poder de polícia significa que a administração dispõe de certa margem de liberdade de atuação, podendo valorar a conveniência e oportunidade, ou seja, a administração pode estabelecer o motivo e escolher o conteúdo, dentro dos limites fixados pela lei.


    José dos Santos Carvalho Filho  ao explanar as características do Poder de Polícia ensina que quando tem a lei diante de si, [...] a administração pode levar em consideração a área de atividade em que vai impor restrições em favor do interesse público e, depois de escolhe-la, o conteúdo e a dimensão das limitações. É o caso por exemplo, em que autoridades públicas enumeram apenas alguns rios onde a pesca se tornará proibida. Sem dúvida que nesse momento a Administração age no exercício do seu poder discricionário.


    Hely Lopes Meirelles define a auto-executoriedade como a “possibilidade que certos atos administrativos ensejam de imediata e direta execução pela própria administração, independentemente de ordem judicial”. (PAULO & ALEXANDRINO, 2008: 246) [GABARITO]


    Segundo o Doutrinador Alemão Debbasch, mencionado na obra de José dos Santos Carvalho Filho [...] a Administração pode tomar, ponte sua, as providências que modifiquem imediatamente a ordem jurídica, impondo desde logo obrigações aos particulares, com vistas ao interesse coletivo. Pelo objetivo que a inspira, não pode ficar a Administração à mercê do consentimento dos particulares. Ao revés, cumpre-lhe agir de imediato.
            

    Portanto, a auto-executoriedade é a possibilidade que a Administração Pública tem de executar suas decisões por meios próprios sem precisar recorrer previamente ao poder judiciário.


    A auto-executoriedade não existe em todos os atos de polícia. Como exemplo de ato de polícia não auto-executório, podemos citar a cobrança de multas, quando resistida pelo particular. Aqui, embora a imposição da multa seja ato imperativo e decorrente do exercício do poder de polícia, sua execução somente pode ser feita pela via judicial. Os professores Celso Antonio Bandeira de Mello e Maria Sylvia Di Pietro prelecionam que [...] a auto-executoriedade existe em duas situações: quando a lei expressamente a prevê e, mesmo quando não expressamente prevista, em situações de urgência. A primeira das Hipóteses, entretanto, não significa que a lei literalmente afirme: “este ato é auto-executório”. Significa, tão-somente, que o ato é expressamente previsto em lei como passível de ser adotado diretamente pela administração em uma situação determinada. No outro caso, o dê urgência, a administração pode dotar um ato não previsto em lei, ou em situação não prevista em lei, a fim de assegurar a segurança da coletividade.
     

  • A imposição (Aplicação) da multa é um ato imperativo e decorre do exercício do poder de polícia. A cobrança (aplicação) de multa possui exigibilidade mas não possui executoriedade. Portanto, não se pode dizer que possui autoexecutoriedade.

    Acho que é isso. Me corrijam se eu estiver enganado

     

  • Correta, C 

    Fechamento de estabelecimentos que não respeitam normas sanitárias - TIPICO caso em qua a Adminitração Pública atua em seu Poder de Policia Administrativa.

     

  • Para resolução dessa questão é importante diferenciar auto-executoriedade da exigibilidade. Isso porque, esse segundo utiliza-se de meios indiretos de coerção, como multa e outras penalidades administrativas. Já a auto-executoriedade a Adm utiliza-se de meios diretos de coerção, podendo fazer uso até mesmo da força física. Ademais, deve-se lembrar que auto-executoriedade, em síntese, consiste na Adm por em execução seus atos através de seus próprios meios sem a necessidade de intervenção do judiciário.

    Nesse sentido, a alternativa é a letra "c".

     

  • Isso mesmo Bruna,

    Só complementando, a AUTOEXECUTORIEDADE se divide em 2:

     

    Autoexecutoriedade: Exegibilidade > A adm exige do particular que cumpra tal exigência, nessa caso não o obriga, contudo, caso não cumpra terá consequências. ex: aplicação de uma multa.

                                       Executoriedade> nesse caso a adm executa diretamente utilizando da força se for necessário. Como explica a própria alternativa da questão. Lembrando que não precisa do poder executivo para que essas exigências sejam cumpridas.

     

    Espero ter ajudado, força guerreiros.

  • AUTOEXECUTORIEDADE

    - Execução direta, incluive com força

    - Não precisa de autorização prévia

    - Situações em que a lei prevê ou de urgência

    - Divide-se em: Exigibilidade (Exige do particular o imediato cumprimento) e Executoriedade (A Adm Pública executa diretamente)

    - Ex.: Fechamento de estabelecimento que não cumpra normas sanitárias. GABARITO

     

    OBS: No caso da multa e da cobrança de tributos, falta a exigibilidade (imediato cumprimento), visto que o particular ainda pode recorrer administrativamente ou judicialmente.

  • Autoexecutoriedade: Exigibilidade + Executoriedade

    * Fechamento de estabelecimentos que não respeitam normas sanitárias - POSSUI OS DOIS REQUISITOS.

     

    #féforçafoco

     

  • Atributos da Autoexecutoriedade - Poder de Polícia 

  • Para engolir essa questão eu tive de ler => APLICAÇÃO DE MULTA = NOTIFICAÇÃO DE MULTA.

    Pois a cobrança de multa ou de tributos passa pela via judicial.

  •  

     

    Complementando:

     

     

     

    '..Fechamento de estabelecimentos que não respeitam normas sanitárias..'

     

     

    É ou não é o exemplo que seu professor deu quando explicou o poder de polícia, e suas características. (autoexecutoriedade)

     

     

     

    GABARITO LETRA C

     

  • Agora o agente de trânsito precisa de autorização judicial pra multar alguma irregularidade? Aplicar = Cobrar?

    marquei essa pq entendi que aplicar é viu o carro estacioando errado por ex, foi lá e aplicou a multa.

    para isso precisa de ordem judicial? não entendi a resposta.

  • GAB:C

     

    Autoexecutoriedade permite que a Administração Pública realize a execução material dos atos administrativos ou de dispositivos legais, usando a força física se preciso for para desconstituir situação violadora da ordem jurídica. Dispensando autorização judicial

     

    **autoexecutoriedade, além de punir, desfaz concretamente a situação ilegal, constituindo mecanismo de coerção direta.
     

     

    As outras alternativas eu entendi como EXIGIBILIDADE. No livro do MAZZA, ele cita algumas diferenças,que ao meu ver, foi o que a questão quiz cobrar:

     

    "A autoexecutoriedade difere da exigibilidade à medida que esta aplica uma punição ao
    particular (exemplo: multa de trânsito), mas não desconstitui materialmente a irregularidade (o carro
    continua parado no local proibido), representando uma coerção indireta 

    Enquanto a autoexecutoriedade, além de punir, desfaz concretamente a situação ilegal, constituindo mecanismo de coerção direta."

     

  • Situações de ato administrativo que não têm autoexecutoriedade: 

    - Cobrança de multa;

    - Cobrança de tributos;

    - Desapropriação; 

    - Servidão Administrativa.

  • Sempre achei que um boleto para pagamento de imposto fosse uma cobrança (ex. IPTU anual). Se fosse assim, seria exemplo de autoexecutoriedade....

  • Quer dizer então que se eu estacionar em lugar proibido, o agente de trânsito não poderá me multar no exato momento da infração?? O ato de multar é autoexecutório, diferentemente do ato de exigir o tributo, pois será necessário a propositura da execução fiscial. Questão nula, pois estão corretas as letras B e C.

  • GB C

    PMGOO

    PMGOO

  • GB C

    PMGOO

    PMGOO

  • Acredito que a contenda relacionada a aplicação da multa tem mais relação com o atributo da PRESUNÇÃO DE LEGITIMIDADE.

    Espero ter ajudado.

  • Tudo bem que o gabarito é a C, conforme a Banca, mas a A e a B estão certas por que a aplicação de multas ou a cobrança de tributos é auto executória, o que não é auto executória é a execução em si (desculpe-me pela tautologia). É preciso diferenciar a aplicação da execução da multa, por exemplo. "A multa não pode ser executada pela própria administração, somente a imposição da multa que poderá ser realizada pelo próprio administrador".

  • A questão exige do candidato conhecimentos sobre os atributos do ato administrativo.

    Não existe um conceito uniforme na doutrina que possa delimitar exatamente o que é o ato administrativo. No entanto, José dos Santos Carvalho Filho explica que embora não ser possível estabelecer um conceito, três pontos são essenciais para a caracterização do ato. A primeira é a necessidade de que a manifestação de vontade seja emanada pelo agente da Administração Pública ou dotado de prerrogativas desta. Além disso, o conteúdo do ato há de propiciar a produção de efeitos jurídicos com fim público. Por último, essa categoria de atos deve ser regida pelo direito público. (CARVALHO FILHO, José dos Santos. Manual de Direito Administrativo. 32 ed. São Paulo: Atlas, 2018, p. 105)

    Os atos administrativos possuem algumas características, também chamadas de atributos por alguns autores. São eles:

    Imperatividade - ou coercitividade, significa que os atos são obrigatórios/cogentes, para todos aqueles que se encontram sob o seu âmbito de incidência.

    Exigibilidade -  a partir do momento que se tem um ato editado em conformidade com a lei, o seu cumprimento pode ser exigido pela Administração Pública. Esta característica guarda grande relação com a imperatividade, por isso, inclusive, alguns autores, como José dos Santos Carvalho Fillho, analisam tal aspecto dentro da imperatividade. No entanto, para outros, como Diógenes Gasparini, trata-se de uma característica a parte.

    Presunção de legitimidade - quando se produz o ato, presume-se que ele foi produzido em conformidade com a legislação. Não se trata de uma presunção absoluta, mas sim relativa, logo, querendo questionar o ato, deve o interessado apresentar as provas da alegação, pois em regra, presume-se que está em conformidade com a lei.

    Autoexecutoriedade -  é uma das características mais importantes do ato, e significa que ele, assim que praticado, já pode ser imediatamente executado e seu objeto imediatamente alcançado. O ato, por si só, é capaz de gerar direitos e obrigações, submetendo todos aqueles que estão sob sua incidência. 
    Maria Silvia Zanella Di Pietro explica que a autoexecutoriedade apresenta os sentidos de exigibilidade e  de executoriedade, respectivamente, como meio indireto e direto de coerção. (DI PIETRO, Maria S. Zanella. Direito administrativo. 21 ed. São Paulo: Atlas, 2008, p. 202). Deste modo, um exemplo de exigibilidade seria através da imposição de multa, por exemplo, para se evitar determinada prática. Já de executoriedade, como meio de direto de se atingir a finalidade, pode-se ter a apreensão de mercadorias, tornando impossível a comercialização desta.

    Tipicidade -  é da tipicidade se extrai a necessidade de editar atos conforme previsões legais. É, na verdade, a limitação da atuação administrativa à execução dos comandos legais. A tipicidade é o atributo por meio do qual se têm a necessidade do ato administrativo deve corresponder a figuras e modelos previamente determinados em lei. (Alguns autores criticam esta característica como um atributo).

    Feita esta explicação já podemos analisar as alternativas:

    A) ERRADA - a cobrança de impostos não pode ser exigível de imediato, faltando assim a exigibilidade direta.

    B) ERRADA - na aplicação de multa, ainda que se tenha a exigibilidade, não se tem a executoriedade, pois a Administração não possui meios para impedir corrigir a situação irregular com seus próprios mecanismos.

    C) CORRETA - é um exemplo clássico de ato revestido de autoexecutoriedade, principalmente, porque nele podemos ver a tanto a exigibilidade quanto a executoriedade. Logo, a Administração, por si só pode praticar o ato e já executá-lo, impelindo assim obrigações e direitos ao particular. Neste caso, o fechamento do estabelecimento.

    D) ERRADA - trata-se de decisão judicial e não de ato administrativo.

    GABARITO: Letra C

ID
2354998
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

Encerrado o estágio probatório de servidores públicos federais, estes possuem direito à permanência no cargo, adquirindo, assim, estabilidade. Assinale qual das alternativas a seguir NÃO autoriza a perda de cargo de servidores estáveis:

Alternativas
Comentários
  • GAB. C

    CF: ART. 41

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: 

    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 

    Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

    I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;  

    II - exoneração dos servidores não estáveis

  • Gabarito C.

     

    Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei complementar.

     

    §3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:

     

    I - redução em pelo menos 20% das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;

     

    II - exoneração dos servidores não estáveis. 

     

    ----

    "Um dia a menos de estudo é um dia a mais para minha vida continuar como está."

  • Marquei a alternativa correta por exclusão, mas não entendi esse "decisão contrária" da letra "b"..

  • GABARITO: LETRA C

    Conforme o parágrafo único do art. 41, da Constituição Federal, o servidor público estável só perderá o cargo:

     

    I - Em virtude de sentença judicial transitada em julgado;

     

    II - Mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa;

     

    III - Mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa.

     

     

    Só por aí já se percebe que a letra C está errada e é o gabarito da questão, uma vez que ela cita decisão judicial pendente de recurso, ao passo que a Constituição é clara ao determinar, em caso de processo judicial, a necessidade de sentença transitada em julgado.

     

     

    Além das hipóteses do art. 41, há mais uma possibilidade de perda do cargo pelo servidor público estável, prevista no art. 169, da CF. Por esse artigo, a despesa com pessoal ativo e inativo da administração direta não poderá exceder determinados limites estabelecidos em lei complementar (a Lei de Responsabilidade Fiscal cumpre hoje essa função).

    Ultrapassados tais limites, os entes federativos devem adotar as seguintes providências para normalizar a situação: redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança e exoneração dos servidores não estáveis.

     

    Se tais medidas não forem suficientes, o servidor estável poderá perder o cargo. Como se vê, trata-se de hipótese excepcionalíssima.

     

    FONTE: Exponencial Concursos

  • LETRA C

     

    Macete : Quando o servidor perde o cargo a consciência PESA.

     

    Processo Administrativo Disciplinar (PAD)

    Excesso de Gastos (Art. 169 , § 4º CF)

    Sentença Transitada em julgado

    Avaliação Periódica de desempenho na forma da LEI COMPLEMENTAR.

     

    A decisão não pode estar pendendo de recurso , pois é necessário o trânsito em julgado

     

    Galera, criei um perfil no instagram voltado para publicar os meus macetes , dicas e venda dos meus materiais. Sigam aí @qciano. Abraço e bons estudos! https://www.instagram.com/qciano/ .

  • CF 88 Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. (Incluído pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998)

    -

    FÉ! 

  • Marquei a alternativa "C" por exclusão!! Alguém poderia me explicar a alternativa  "B"????? Confesso que não entendi!!!

  • Decisao Contrária - aquela que nao é favorável à demissao.

  • Dexter Lima se o PAD era pra demitir, sua decisão contrario é não demissão

  • Na minha opinião tanto a B quanto a C estão corretas, pois se "Decisão contrária em processo administrativo disciplinar = a não DEMITIR" quer dizer que essa hipótese também NÃO autoriza a perda de cargo de servidores estáveis .

     

    O que vocês acham?

     

  • Fiquei na dúvida com relação a letra B, porém foi colocada apenas para confundir, pois NÃO tem essa opção na lei!

  • Italo, fiquei na mesma dúvida. Também achei ambas as alternativas corretas, C e D.

  • Vamos lá !!

    Quem é o "sujeito em questão " ?

    O SERVIDOR .

    A REFERIDA DECISÃO PARA INCIDIR EM DEMISSÃO SERIA FAVORÁVEL OU CONTRÁRIA ?

    LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO QUEM ESTÁ EM QUESTÃO .

    ESPERO TER AJUDADO .

  • Criatividade da Consulplan pra criar alternativas do além é impressionante...

  • A letra B) está realmente ambígua, mas tendo o gabarito em mente conclui-se que a banca quis dizer "Decisão contrária [ao servidor] em PAD"

  • A letra B fala de decisão administrativa contraria a estabilidade, por isso esta errada.

  • Servidor estável só perde o cargo em 4 hipóteses:

     

    (1) Sentença judicial transitada em julgado

     

    (2) Processo administrativo disciplinar

     

    (3) Procedimento de avaliação periódica de desemepenho

     

    (4) Redução de gastos, na forma do artigo 169,CF. (Essa hip. é meramente teórica, uma vez que ainda não foi editada LEI COMPLEMENTAR disciplinando tal matéria)

     

     

     

    GABARITO LETRA C

  • elaine pedro, olhando por esse lado realmente a B estaria ERRADA, porém na hora da prova é tão mais difícil pensar nas possibilidades kkkkk, pois a questão deixou margem de dupla interpretação. Mas sem dúvida a C é o gabarito, por eliminação.

  • A questão exige do candidato conhecimentos sobre a lei federal nº. 8.112/1990. 


    No período de estágio probatório, também chamado de período de prova, o servidor será testado, para ver se possui aptidão para o cargo. Apenas após a aprovação do estágio probatório que o servidor adquire a estabilidade.
     
    Uma vez estável, o servidor apenas perderá o cargo em razão de decisão judicial transitada em julgado ou em razão de processo administrativo disciplinar.

    Art. 22.  O servidor estável só perderá o cargo em virtude de sentença judicial transitada em julgado ou de processo administrativo disciplinar no qual lhe seja assegurada ampla defesa.
    Além destas hipóteses ainda temos as previsões do art. 41 da CF:

    Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.    
    § 1º O servidor público estável só perderá o cargo:   
    I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; 
    II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; 
    III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. 

    Feita a introdução, vamos a análise das alternativas, sabendo que o enunciado pede aquela que não pode ser causa para a perda do cargo:

    A) ERRADA - é uma causa, conforme art. 41, §1º, III, da CF.
    B) ERRADA - está previsto tanto no art. 41 da CF quanto no art. 22 da Lei federal nº. 8.112/1990.
    C) CORRETA - apenas a decisão judicial transitada em julgado pode gerar a perda do cargo. 
    D) ERRADA -  é uma hipótese prevista no art. 169 da CF.
    Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo e pensionistas da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios não pode exceder os limites estabelecidos em lei complementar.  
    § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências:         
    I - redução em pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de confiança;      
    II - exoneração dos servidores não estáveis.       
    § 4º Se as medidas adotadas com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 

    GABARITO: Letra C

ID
2355001
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

“Há quase dois anos, Ednaldo, empregado de uma sociedade empresária do ramo industrial e contribuinte do regime geral de previdência social, requereu sua aposentadoria, o que foi deferido pela autarquia federal competente”, tendo sido constatado o seguinte:

I. No cálculo do valor do respectivo benefício foram atualizados os salários de contribuição considerados pela autarquia.

II. Em dezembro do primeiro ano, Ednaldo recebeu a gratificação natalina levando em consideração o valor do benefício recebido em janeiro do respectivo ano.

III. Por fim, para surpresa de Ednaldo, apesar de todos os empregados de sua antiga empregadora terem tido os salários reajustados em 20%, o que decorria de convenção coletiva de trabalho, os seus proventos, em razão dos critérios estabelecidos na lei de regência e considerado o mesmo período, foram reajustados em apenas 10%.

Estão em harmonia com a sistemática constitucional as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • A gratificação natalina deve ser calculada levando em consideração a remuneração do mês de dezembro. 

  • De acordo com a CF/88:

     

    I) CORRETA. Para o cálculo da aposentadoria, os salários de contribuição devem ser atualizados.

    Art. 201, § 3º Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei.

     

    II) ERRADA.

    Art. 201, § 6º A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano.

     

    III) CORRETA. Não há dispositivo constitucional que afirme que os proventos de aposentadoria devam ser reajustados nos mesmos índices definidos em convenção coletiva para reajuste de salários. O reajuste de proventos segue regulamentação própria.

    Art. 201, § 4º É assegurado o reajustamento do valor dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei.

     

    Gabarito: alternativa C.

     

    Bons estudos! ;)

  • GABARITO: LETRA C

     

    primeira assertiva está correta. Segundo o art. 201, § 3º, CF/88, “todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei”.

     

    segunda assertiva está errada. A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano (art. 201, § 6º, CF/88).

     

    terceira assertiva está correta. A CF/88 assegura o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter permanente, o valor real, conforme critérios definidos em lei. Não há que se falar em reajuste paritário dos proventos de aposentadoria com a remuneração dos trabalhadores em atividade. Em outras palavras, o reajuste concedido aos empregados em virtude de convenção coletiva de trabalho não precisa ser estendido aos proventos de aposentadoria.

    FONTE: Estratégia Concursos

  • Eu tenho uma cisma com essa banca, mas até que essa questão que ela fez foi bonitinha. ;-)

  • I- Art 201, parágrafo 3º "Todos os salários de contribuição considerados para o cálculo de benefício serão devidamente atualizados, na forma da lei.

    II- De acordo, com o art.201, parágrafo 6º da CF/88 " A gratificação natalina dos aposentados e pensionistas terá por base o valor dos proventos do mês de dezembro de cada ano. 

     

  • A Consulplan é o tipo de banca que gosta de contar historinhas na questão para tentar ludibriar o candidato.

    Às vezes, faz isso no enunciado para confundir e induzir a marcar a alternativa errada. Estamos de olho, queridinha!!!!

  • Sabendo o item II mata a questão..


ID
2355004
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Constitucional
Assuntos

“Ílio, por intermédio de seu advogado, impetrou mandado de segurança contra ato de Juiz Federal perante o Tribunal Regional Federal ao qual o magistrado estava vinculado. Para sua surpresa, a ordem foi denegada, tendo prevalecido interpretação nitidamente contrária à Constituição da República.” À luz da narrativa anterior e da sistemática constitucional, é possível a interposição de qual recurso contra o acórdão do Tribunal Regional Federal?

Alternativas
Comentários
  • Gab. C.

    CF:

    Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

    II - julgar, em recurso ordinário:

    b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

  • Santa decoreba

  • Gabarito letra c).

     

     

    * Antes de se responder à questão, deve-se atentar para as seguintes informações:

     

    1) "É inadmissível recurso especial quando não esgotadas as vias recursais na Corte de origem."

     

    2) Súmula do STF número 281: É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na Justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada.

     

    3) "Recente decisão do Superior Tribunal de Justiça, proferida no AgRg no REsp 1.231.070-ES (Corte Especial, Rel. Min. Castro Meira, julgado em 3/10/2012) reafirmou tradicional, e ainda caro, requisito de admissibilidade do recurso especial, qual seja, o do necessário exaurimento da instância ordinária."

     

     

    ** Portanto, caso haja alguma possibilidade de recurso ordinário, este deverá ser usado. Somente se não houver alguma possibilidade de recurso ordinário, existirá a hipótese de se ingressar com recurso especial ou extraordinário.

     

     

    *** DICA QUE USEI PARA MEMORIZAR ESSE ASSUNTO: "O RECURSO ORDINÁRIO É MAIS FORTE"

     

     

    **** A situação é: denegação de ordem de mandado de segurança de um Tribunal Regional Federal cuja decisão prevaleceu interpretação nitidamente contrária à Constituição da República. Logo, há dois dispositivos na Constituição Federal que versam sobre o assunto, sendo estes:

     

    1°) CF, Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

     

    II - julgar, em recurso ordinário:

     

    b) os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão;

     

     

    2°) Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da Constituição, cabendo-lhe:

     

    III - julgar, mediante recurso extraordinário, as causas decididas em única ou última instância, quando a decisão recorrida:

     

    a) contrariar dispositivo desta Constituição.

     

     

    ***** Percebe-se que há a possibilidade de se utilizar o recurso ordinário. Portanto, seguindo a "regra" acima, é obrigatória a utilização do recurso ordinário e o orgão que irá julgá-lo é o STJ, mesmo que a decisão seja contrária à Constituição Federal.

     

     

    ****** DICA: RESOLVER A Q819004.

     

     

    Fontes:

     

    http://carlosrossi.adv.br/ementarios/embargos-infringentes/

     

    http://www.stf.jus.br/portal/cms/verTexto.asp?servico=jurisprudenciaSumula&pagina=sumula_201_300

     

    https://ribeirooliveiraadvogados.jusbrasil.com.br/artigos/349391740/recurso-extraordinario-e-recurso-especial-no-novo-codigo-de-processo-civil

     

    http://www.conjur.com.br/2012-out-18/marilene-brodzinski-exaurimento-previo-instancias-ordinarias-stj

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • No meu entender, Também cabe recurso extraordinário endereçado ao STF embasado no artigo 102 inciso III alinea a) da CF/88 

  • GABARITO: "C"

     

    Art. 105, II, "b", da Constituição da República, segundo o qual compete ao Superior Tribunal de Justiça julgar, em recurso ordinário, “os mandados de segurança decididos em única instância pelos Tribunais Regionais Federais ou pelos tribunais dos Estados, do Distrito Federal e Territórios, quando denegatória a decisão”

     

    O mandado de segurança foi impetrado diretamente perante o TRF, o que significa dizer que foi decidido em única instância, sendo certo que a decisão foi denegatória. Apesar da afronta à CF, o recurso extraordinário endereçado ao STF somente é cabível após o exaurimento das instâncias ordinárias, o que ainda não ocorreu, pois ainda é cabível a interposição de recurso ordinário endereçado ao STJ.

     

    Súmula 281/STF

    É inadmissível o recurso extraordinário, quando couber na justiça de origem, recurso ordinário da decisão impugnada. 

  • Ué???

    Interpretação nitidamente contrária à CF/88 não seria o caso de interposição de recurso extraordinário ao STF, tendo em vista que este é o guardião da Constituição?

     

    Fiquei confusa, alguém me esclarece o por quê da letra D estar incorreta..

     

     

  • Obrigado ANDRE AGUIAR. Vai no comentario do André, está completinho.

  • André Aguiar arrasou no comentário, me esclareceu muito!

    :)

  • Apenas para completar a questão, se o MS, HD, ação rescisória ou revisão criminal fosse contra atos do Tribunal (e não JF), caberia ao próprio Tribunal analisar o recurso. Em caso de HC a interposição de recurso é sempre para uma instância acima.

  • Obrigado André Aguiar!

  • O que é Recurso?

    É o fato de recorrer, reexames de decisões judiciais.

     

    O que é Recurso Especial?

    É o meio utilizado para contestar, perante o Superior Tribunal de Justiça, uma decisão proferida por um Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal.

     

    O que é Acórdão?

    É decisão final proferida sobre um processo por tribunal superior, que funciona como paradigma para solucionar casos análogos.

     

    O que é Recurso Extraordinário?

    É o meio pelo qual se impugna perante o Superior Tribunal de Justiça uma decisão judicial proferida por um tribunal estadual ou federal, ou por uma Turma recursal de um juizado especial, sob a alegação de contrariedade direta e frontal ao sistema normativo estabelecido na Constituição da República.

     

    Acho que sabendo isso dá pra safar a questão...

  • André Aguiar arrebentou. Obrigado meu irmão comentário esclarecedor!

  • ver o comentário do André.


ID
2355010
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

NÃO se considera como funcionário público para fins penais:

Alternativas
Comentários
  • Função Pública (desempenhada por funcionário público) não se confunde com munus publicum (hipótese não abrangida pela expressão funcionário público).

    Assim, segundo a doutrina, NÃO são exercentes de função pública os TUTORES ou CURADORES DATIVOS, os INVENTARIANTES JUDICIAIS, os SÍNDICOS FALIMENTARES, etc.

    Fonte: Código Penal para concursos 2016 (Rogério Sanches).

  • Art. 327 do Código Penal - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

            § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.      (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000)

            § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público. (Incluído pela Lei nº 6.799, de 1980)

  • GABARITO: LETRA D

     

    A questão trata do conceito de funcionário público definido pelo Código Penal em seu artigo 327.

     

    Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

     

     1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

     

     

    Assim, temos que:

     

    PODEM SER CONSIDERADOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS:

     

    Vereadores, prefeito, deputados e senadores, serventuários da justiça, funcionários de cartórios, peritos judiciais, mesário eleitoral convocado pelo TSE, administrador de hospital que presta atendimento a segurados da Previdência Social, zelador de prédio municipal, estudante atuando como estagiário em órgão público, jurados, dentre outros.

     

     

    NÃO SERÃO CONSIDERADOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS:

     

    - Síndico ou administrador judicial de massa falida, defensor dativo, administradores e médicos de hospitais privados credenciados pelo Governo, tutores e curadores, inventariantes, dentre outros.

     

    FONTE: Exponencial concursos

  • Tutor e curador não exercem função pública, apenas múnus público.

  • "Não se pode confundir função pública com múnus público, isto é, os encargos públicos atribuídos por lei a algumas pessoas, tais como os tutores, curadores e inventariantes judiciais" (Masson, Código, 2014).

  • JURISPRUDÊNCIA (Apenas uma observação em relação ao comentário da CIDINHA MASCARENHAS)

     

     

    --> Advogado que atua como advogado dativo, por força de convênio com o Poder Público, é funcionário público para fins penais.

     

     

    "O advogado que, por força de convênio celebrado com o Poder Público, atua de forma remunerada em defesa dos hipossuficientes agraciados com o benefício da assistência judiciária gratuita, enquadrase no conceito de funcionário público para fins penais. Sendo equiparado a funcionário público, é possível que responda por corrupção passiva (art. 312 do CP). STJ. 5ª Turma. HC 264.459-SP, Rel. Min. Reynaldo Soares da Fonseca, julgado em 10/3/2016 (Info 579)"

     

     

    Fonte: https://dizerodireitodotnet.files.wordpress.com/2016/05/info-579-stj1.pdf

  • De acordo com o artigo 327 do Código Penal, o conceito de funcionário público é o que se segue: "Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública". Na seara penal, nos termos do artigo em referência e seus parágrafos, utilizou-se o critério ampliativo de funcionário público. Com efeito, de acordo com a lei penal, a expressão "funcionário público" abarca tanto os funcionários públicos em termos estritos como ainda empregados públicos ocupantes de cargo em comissão, os servidores temporários, os particulares em colaboração com o Poder Público etc. 
    Alternativa (A) - A função de jurado é de natureza pública, portanto está inserida no conceito de funcionário público conforme mencionado nas considerações feitas acima. Sendo assim, a alternativa contida  neste está correta, não sendo a resposta da questão. 
    Alternativa (B) - Da mesma forma que a função de jurado, a de mesário da Justiça Eleitoral também é considerada de natureza pública, estando, portanto, inserida no conceito de funcionário público nos termos da lei penal. Sendo assim, a alternativa é verdadeira, não consubstanciando a resposta da questão.
    Alternativa (C) - Com toda a evidência, o vereador ocupa um cargo público eletivo, estando, portanto submetido ao conceito legal de funcionário público previsto no artigo 327 do Código Penal. Não se trata, assim, da resposta correta à questão. 
    Alternativa (D) -  O livro Direito Penal, Parte Especial, Volume 3, de Cleber Masson traz importante lição acerca do exercício de encargos como os de tutores e curadores, senão vejamos "... não se pode confundir função pública com munus público, isto é, os encargos públicos atribuídos por lei a algumas pessoas, tais como os tutores, curadores e inventariantes judiciais. Destarte, a condição penal de funcionário público não se estende àqueles que exercem munus público, não se aplicando, portanto, o art. 327, caput, do Código Penal". Sendo assim, as alternativas apresentadas neste item não se enquadram no conceito de funcionário público para fins penais. Por consequência, este item corresponde à resposta correta da questão.


    Gabarito do professor: (D)
  • A questão trata do conceito de funcionário público definido pelo Código Penal em seu artigo 327.

     

    Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

     

     1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

     

    Assim, temos que:

     PODEM SER CONSIDERADOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS:

     

    Vereadores, prefeito, deputados e senadores, serventuários da justiça, funcionários de cartórios, peritos judiciais, mesário eleitoral convocado pelo TSE, administrador de hospital que presta atendimento a segurados da Previdência Social, zelador de prédio municipal, estudante atuando como estagiário em órgão público, jurados, dentre outros.

     

    NÃO SERÃO CONSIDERADOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS:

     

    - Síndico ou administrador judicial de massa falida, defensor dativo, administradores e médicos de hospitais privados credenciados pelo Governo, tutores e curadores, inventariantes, dentre outros.

     

  • múnus público não é funcionários público para fins penal.

  • NÃO se considera como funcionário público para fins penais:

    A) Jurado.

    B) Vereadores.

    C) Mesários eleitorais.

    D) Tutores e curadores. [Gabarito]

    Art. 327 - Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública.

    § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública.

    § 2º - A pena será aumentada da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público.

  • NÃO SÃO CONSIDERADOS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS:

    - Síndico ou administrador judicial de massa falida;

    - tutores e curadores;

    - inventariantes , dentre outros.

  • Aqui, o conceito abrange, ainda, os empregados públicos, estagiários, mesários da Justiça Eleitoral, Jurados, Presidente da República, O advogado dativo não pertence à Defensoria Pública, mas exerce o papel de defensor público, ajudando, por indicação da Justiça, o cidadão comum (ele entra aqui).

     etc.

    E os terceirizados (segurança, faxina, telefonista, etc) também são funcionários públicos para efeitos penais (art. 327, CP)? SIm, serão considerados funcionário público apenas para efeitos penais.  Q1144117

     

    Vale ressaltar que até o funcionário da entidade paraestatal e aquele que trabalha em empresa que presta serviço público também é equiparado a funcionário público para efeitos penais. Ademais, o entendimento dominante da jurisprudência do STF é que esta equiparação só vale para o sujeito ativo (criminoso), não cabendo para o sujeito passivo (vítima). Contudo, há julgados do próprio STF que entendem que a equiparação é para os dois pólos.


ID
2355013
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Penal
Assuntos

De acordo com a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, o abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal. A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e NÃO consistirá em:

Alternativas
Comentários
  • GAB. D

    Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.

    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público.

  • GABARITO: LETRA D

     

    Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.

     

    1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

     

    a) advertência;

     

    b) repreensão;

     

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

     

    d) destituição de função;

     

    e) demissão;

     

    f) demissão, a bem do serviço público.

     

     

    Assim, a alternativa D traz dado INCORRETO, prazo de 30 a 360 dias, sendo o correto 5 a 180 dias.

     

    Considerando o método da eliminação, vendo as outras alternativas como CERTAS, restaria apenas uma leitura mais atenta na alternativa D, para identificar o erro.

     

    Isso coloca a questão como fácil.

     

     

    FONTE: Exponencial concursos

  • Art. 6. 

    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência; (LETRA A)

    b) repreensão; (LETRA B)

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; (LETRA D)

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público. (LETRA C)

  • Banca ficar cobrando prazos/números... é complicado!

  • Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.

    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público.

    § 2º A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento de uma indenização...

    § 3º A sanção penal será aplicada de acordo com as regras ... do Código Penal e consistirá em:

    a) multa...;

    b) detenção por dez dias a seis meses;

    c) perda do cargo e a inabilitação para o exercício de qualquer outra função pública por prazo até três anos.

    § 4º As penas previstas no parágrafo anterior poderão ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

  • GABARITO: Letra D

     

    LEI Nº 4898/65

    ART. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa, civil e penal.

    §1º SANÇÃO AMINISTRATIVA:

    a) ADVERTÊNCIA;

    b) REPREENSÃO;

    c) SUSPENSÃO DO CARGO, FUNÇÃO OU POSTO POR PRAZO DE 5 (CINCO) A 180 (CENTO E OITENTA) DIAS, COM PERDA DE VENCIMENTOS E VANTAGENS;

    d) DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO;

    e) DEMISSÃO;

    f) DEMISSÃO, A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO;

     

    §2º SANÇÃO CIVIL (CASO NÃO SEJA POSSÍVEL FIXAR O VALOR DO DANO, CONSISTIRÁ NO PAGAMENTO DE UMA INDENIZAÇÃO DE QUINHENTOS A DEZ MIL CRUZEIROS).

     

    §3º SANÇÃO PENAL

    a) MULTA;

    b) DETENÇÃO POR 10 (DEZ) DIAS A 6 (SEIS) MESES; (TRATA-SE DE INFRAÇÃO DE MENOR POTENCIAL OFENSIVO, DE COMPETÊNCIA DO JUIZADO ESPECIAL, OU SEJA, POSSÍVEL A APLICAÇÃO DAS MEDIDAS DESPENALIZADORAS).

    c) PERDA DO CARGO E A INABILITAÇÃO PARA O EXERCÍCIO DE QUALQUER OUTRA FUNÇÃO PÚBLICA POR PRAZO ATÉ 3 (TRÊS) ANOS;

     

    LEMBRANDO QUE: O PROCESSO ADMINISTRATIVO NÃO PRECISA SER SOBRESTADO (SUSPENSO) PARA O FIM DE AGUARDAR A DECISÃO DA AÇÃO PENAL OU CIVIL (ART. 7º, §3º). Dica: AS BANCAS ADORAM COBRAR ESSE PARÁGRAFO DA LEI.

     

    Fé em Deus ! Você chegará lá ! Bons Estudos !

     

  • 5 a 180, Piraneto burro!

     

  • SANÇÕES ADMINISTRATIVAS:

    Mnemônico: SRA DDD

    Suspenção do cargo, função ou posto (PRAZO 5 A 180 DIAS), com perda de vencimentos e vantagens

    Repreensão

    Advertência

    Destituição de função

    Demissão

    Demissão a bem do serviço público

     

    Bons estudos.

  • D) Incorreta:

    Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.

    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de 5 a 180, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público.

  • GABARITO: D

     

    Art. 6º (...) § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público.

  • a - Advertência. 

    b -  Repreensão. 

    c - Demissão, a bem do serviço público.

    d - Suspensão do cargo, função ou posto por prazo de CINCO trinta a CENTO E OITENTA DIAS trezentos e sessenta dias, com perda de vencimentos e vantagens.

    "No pain no gain in the brain also bro"

  • LEI Nº 4.898, DE 9 DE DEZEMBRO DE 1965.

    Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.

    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público.


    Gabarito Letra D!
     

  • 360 dias é cabuloso

  • Decorem esta bagaça....

     

     

    Sanção adm. --> AD - RE - SU - 3D = ADvertência; REpreensão; SUspensão: pz: de 5 a 180 dias; Destituição do cargo, Demissão, Demissão a bem do serviço público.

     

    Sanção penal ---> PIMD = Perda do cargo; Inabilitação para o exercício de qualquer função pública, pz: até 3 anos; Multa; Detenção.

     

     

     

    Abraço e bons estudos.

  • Sanção administrativa: Fuzis AR'S fazem De De De (barulho do disparo). 
    Advertência
    Repreensão
    Suspensão (de 5 a 180 dias c/ vencimentos)
    Destituição
    - Demissão
    Demissão, a bem do serviço público.


    Sanção penal: PerMulta De Inabilitados. 
    Perda do cargo
    Multa
    - Detenção
    Inabilitação (até 3 anos)

  • LETRA D CORRETA 

    LEI 4.898

    Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.

    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público.

  • De acordo com a Lei nº 4.898, de 9 de dezembro de 1965, o abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal. A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e NÃO consistirá em: 

     a)Advertência. 

     b) Repreensão. 

     c)Demissão, a bem do serviço público.

     d)Suspensão do cargo, função ou posto por prazo de trinta a trezentos e sessenta dias, com perda de vencimentos e vantagens. (5-180 dias)

  • D) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de (cinco a cento e oitenta dias), com perda de vencimentos e vantagens.

  • gb  D - QUAIS AS SANÇÕES ADMINISTRATIVAS?
     ADVERTÊNCIA;
     REPREENSÃO;
     SUSPENSÃO do cargo, função ou posto:
     por prazo de 5 A 180 DIAS,
     COM PERDA DE VENCIMENTOS E VANTAGENS;
     DESTITUIÇÃO DE FUNÇÃO;
     DEMISSÃO;
     DEMISSÃO, A BEM DO SERVIÇO PÚBLICO.

  • 05 a 180 dias

    05 a 180 dias

    05 a 180 dias

    05 a 180 dias

    05 a 180 dias

    05 a 180 dias

    05 a 180 dias

    05 a 180 dias

  • suspensão será de 5 a 180 dias, por isso o gabarito é a letra E

  • GAB: E
    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público

  • Acho uma sacanagem cobrarem prazos ! 

  • Turma com preguiça de decorar prazo, vsf. O que é decorar 5 a 180 dias vei, até uma criança decora.

  • Concordo com o Silas Ramos a galera fica com preguiça de decora os prazo e depois fica chorando e outra a questão e nivel imbecil a Letra D ''Gabarito'' fala q devera fica suspenso por 360 dias 1 anos sem receber vencimento, quem diabos vai passa um ano sem receber. 

  • Prazo correto da SUSPENSÃO DO CARGO: 5 a 180 dias!

    Lembrando que ainda perde os vencimentos/vantagens.

     

    #BoraSimbora

  • De 5 a 180 dias= suspenção do cargo.

  • Gabarito: Letra D

     

    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público.

  • SANÇÕES ADMINISTRATIVAS

    *Advertência

    *Repreensão

    *Suspensão (5-180 dias)

    *Demissão

    *Destituição

     

    SANÇÕES CIVIS

    *Indenização

    *Valor do dano

     

    SANÇÕES PENAIS

    *Multa

    *Detenção (10 dias - 6 meses)

    *Perda do cargo

    *Inabilitação (até 3 anos)

     

     

    GABARITO: D

  • SRA. Sanção Administrativa, o seu telefone é  DDD  05 e final.180?

    - Suspensão (de 5 a 180 dias c/ vencimentos)
    - Repreensão
    Advertência
    Destituição
    - Demissão
    Demissão, a bem do serviço público.

    Excelente resumo do Rafael L.
     

  • suspensão de 5 a 180 dias c/ perda vencimentos e vantagens.

  • criei:


    DETENÇÃO - DEZ DIAS A 6 MESES (DEZTENÇÃO)


    SUSPENSÃO - CINCO DIAS A 180 DIAS ( SUCINCO)

  • SANÇÃO ADMINISTRATIVA no crime de abuso de autoridade

    >>> advertência (apenas verbal)

    >>> repreensão (por escrito)

    >>> suspensão de cargo ou função por prazo de 05 a 180 dias (com perda de vencimentos e vantagens)

    >>> Destituição da função

    >>> Demissão

    >>> Demissão a bem do serviço público

     

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

     

    No crime de abuso de autoridade, pode haver como SANÇÃO PENAL: de aplicação autônoma ou cumulativamente

    >>> multa

    >>> detenção  (veja que não cabe pena de reclusão no crime de abuso de autoridade)

    >>> perda do cargo

    >>> inabilitação do serviço público por até 03 anos

    Se o abuso vier de natureza policial ou militar, esse agente poderá ficar inabilitado no município da culpa por até 05 anos.

  • Art. 6º O abuso de autoridade sujeitará o seu autor à sanção administrativa civil e penal.

    § 1º A sanção administrativa será aplicada de acordo com a gravidade do abuso cometido e consistirá em:

    a) advertência;

    b) repreensão;

    c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens;

    d) destituição de função;

    e) demissão;

    f) demissão, a bem do serviço público.

  • Entre as sanções administrativas previstas no art. 6º temos a suspensão do cargo, mas essa se dá de 5 a 180 dias, com perda de vencimentos e vantagens.

     GABARITO: D

  • O erro está nos prazos da Letra D

  • Gabarito Letra D para os não assinantes.

    Eu guardei assim:

    Sanção Administrativa (são 6) Sra 3D

    S - Suspensão** do cargo, função ou posto (5 a 180 dias com perda das vantagens e vencimento);

    R - repreensão;

    A - advertência;

    D - demissão;

    D - demissão, a bem do serviço público;

    D - destituição de função;

    Sanção Penal (são 3) PM Dani.

    P - Perda** cargo/ inabilitação (até 3 anos);

    M - Multa;

    Detenção 10 dias a 6 meses;

    ** Cuidado as bancas gostam de trocar (Suspensão é sanção administrativa, Perda é sanção Penal).

    Também é bom saber:

    »Para configurar abuso de autoridade é preciso haver DOLO. Não há abuso de autoridade culposo;

    » O abuso de autoridade é considerado infrações de menor potencial ofensivo. Por isso, admite o JECRIM, a transação Penal e sursis processual.

    Parabéns mulheres pelo seu dia!

    ♫♪ ...Dizem que a mulher é sexo frágil...

    Mas que mentira absurda!!!! (...)

    Mulher! Mulher!

    Na escola em que você foi ensinada

    Jamais tirei um 10

    Sou forte, mas não chego aos seus pés♫

    (Erasmo Carlos)

  • Questãosinha decoreba viu...

  • ABUSO DE AUTORIDADE

    Crime cometido apenas na modalidade DOLOSA. Ou seja, a punição à prática do crime de abuso de autoridade condiciona-se à presença do elemento subjetivo do injusto, isto é, consiste na vontade consciente do agente de praticar as condutas mediante o exercício exorbitante do seu poder na defesa social. OU SEJA, NÃO ADMITE A MODALIDADE CULPOSA.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    SANÇÃO CIVIL

    A sanção civil, caso não seja possível fixar o valor do dano, consistirá no pagamento de uma indenização de 500 a 10 mil cruzeiros.

    Para aplicar uma sanção civil hoje, o ofendido deve recorrer ao Poder Judiciário, que determinará o valor a ser pago a título de indenização, seguindo o regramento comum, constante do Código de Processo Civil.

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    SANÇÃO ADMINISTRATIVA no crime de abuso de autoridade

    >>> advertência (apenas verbal)

    >>> repreensão (por escrito)

    >>> suspensão de cargo ou função por prazo de 05 a 180 dias (com perda de vencimentos e vantagens)

    >>> Destituição da função

    >>> Demissão

    >>> Demissão a bem do serviço público

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    No crime de abuso de autoridade, pode haver como SANÇÃO PENALde aplicação autônoma ou cumulativamente

    >>> multa

    >>> detenção   (veja que não cabe pena de reclusão no crime de abuso de autoridade)

    >>> perda do cargo

    >>> inabilitação do serviço público por até 03 anos

    Se o abuso vier de natureza policial ou militar, esse agente poderá ficar inabilitado no município da culpa por até 05 anos.

  • Nos termos do artigo 6º, §1º, da  Lei nº 4.898/1965 (Lei de Abuso de Autoridade), as sanções administravas aplicáveis são: a) advertência; b) repreensão; c) suspensão do cargo, função ou posto por prazo de cinco a cento e oitenta dias, com perda de vencimentos e vantagens; d) destituição de função; e) demissão; e f) demissão, a bem do serviço público.
    Desta forma, cotejando-se o dispositivo legal mencionado e as alternativas constantes dos itens da questão verifica-se que a alternativa incorreta é a constante da alternativa (D).



    Gabarito do professor: Alternativa (D)

     
  • GABARITO D

    PMGO

    SRASanção Administrativa, o seu telefone é  DDD 05 e final.180?

    - Suspensão (de 5 a 180 dias c/ vencimentos)

    - Repreensão

    Advertência

    Destituição

    - Demissão

    Demissão, a bem do serviço público.

  • QUESTÃO DESATUALIZADA!

  • DESATUALIZADA. NOVA LEI DE ABUSO DE AUTORIDADE L. 13.869/19.

  • Art. 5º As penas restritivas de direitos substitutivas das privativas de liberdade previstas nesta Lei são:

    I - prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas;

    II - suspensão do exercício do cargo, da função ou do mandato, pelo prazo de 1 (um) a 6 (seis) meses, com a perda dos vencimentos e das vantagens;

    III - (VETADO).

    Parágrafo único. As penas restritivas de direitos podem ser aplicadas autônoma ou cumulativamente.

     

    Art. 6º As penas previstas nesta Lei serão aplicadas independentemente das sanções de natureza civil ou administrativa cabíveis.

    Parágrafo único. As notícias de crimes previstos nesta Lei que descreverem falta funcional serão informadas à autoridade competente com vistas à apuração.

    Art. 7º As responsabilidades civil e administrativa são independentes da criminal, não se podendo mais questionar sobre a existência ou a autoria do fato quando essas questões tenham sido decididas no juízo criminal.

    Art. 8º Faz coisa julgada em âmbito cível, assim como no administrativo-disciplinar, a sentença penal que reconhecer ter sido o ato praticado em estado de necessidade, em legítima defesa, em estrito cumprimento de dever legal ou no exercício regular de direito.


ID
2355016
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Ambiental
Assuntos

Nos termos da Resolução nº 201/2015 do Conselho Nacional de Justiça, “as ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário” denominam-se:

Alternativas
Comentários
  • GAB. D

    Art. 3º Para os fins desta Resolução, consideram-se:

    V - práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário;

  • Ações: práticas

    Racionalização: uso racional dos gatos públicos e aperfeiçoamento

    Sustentabilidade: promovem a inserção da cultura sustentável.

  • Gabarito: LETRA D

     

    Art. 3º. IV - práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário;

  • Práticas de sustentabilidade - ações

    Critérios de sustentabilidade - métodos

  • Gabarito: letra D

     

    A título exclusivamente de revisão, peço vênia aos colegas para colar este "AFORTUNADO" Art. 3º da Resolução 201 do CNJ com alguns destaques:

     

    Art. 3o Para os fins desta Resolução, consideram-se:

    I - visão sistêmica: identificação, entendimento e gerenciamento de processos interrelacionados como um sistema que contribui para a eficiência da organização no sentido de atingir os seus objetivos;

    II - logística sustentável: processo de coordenação de fluxo de materiais, de serviços e de informações, do fornecimento ao desfazimento, que considerando o ambientalmente correto, o socialmente justo e o desenvolvimento econômico equilibrado;

    III - critérios de sustentabilidade: métodos utilizados para avaliação e comparação de bens, materiais ou serviços em função do seu impacto ambiental, social e econômico;

    IV - práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário;

    V - práticas de racionalização: ações que tenham como objetivo a melhoria da qualidade do gasto público e o aperfeiçoamento continuo na gestão dos processos de trabalho;

    VI - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente separados conforme sua constituição ou composição com destinação ambientalmente adequada;

    VII - coleta seletiva solidária: coleta dos resíduos recicláveis descartados, separados na fonte geradora, para destinação às associações e cooperativas de catadores de materiais recicláveis;

    VIII - resíduos recicláveis descartados: materiais passíveis de retorno ao seu ciclo produtivo, rejeitados pelos órgãos do Poder Judiciário; 

    IX - materal de consumo: todo material que, em razão de sua utilização, perde normamente sua identidade física e/ou tem sua utilização limitada a dois anos;

    X - gestão documental: conjunto de procedimentos e operações técnicas para produção, tramitação, uso e avaliação de documentos, com vistas à sua guarda permanente ou eliminação, mediante o uso razoável de critérios de responsabilidade ambiental;

    XI - inventário físico financeiro: relação de materiais que compõem o estoque onde figuram a quantidade física e financeira, a descrição, e o valor do bem;

    XII - compra compartilhada: contratação para um grupo de participantes previamente estabelecidos, na qual a responsabilidade de condução do processo licitatório e gerenciamento da ata de registro de preços serão de um órgão ou entidade da Administração Pública Federal com o objetivo de gerar benefícios econômicos e socioambientais;

    XIII - ponto de equilíbrio: quantidade ideal de recursos materiais necessários para execução das atividades desempenhadas por uma unidade de trabalho, sem prejuízo de sua eficiência;

    XIV - corpo funcional: magistrados, servidores e estagiários; e

    XV - força de trabalho auxiliar: funcionários terceirizados.

     

    UFA!!!COISA SEM FIM...

     

    Bons estudos.

  •  a) Agenda ambiental. > Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) é um programa do Ministério do Meio Ambiente que visa promover os princípios de sustentabilidade socioambiental nos órgãos governamentais.

     

     b) Logística sustentável. > Processo de coordenação do fluxo de materiais, de serviços e de informações, do fornecimento ao desfazimento, que considerando o ambientalmente correto, o socialmente justo e o desenvolvimento econômico equilibrado;

     

     c)  Práticas de racionalização. > Ações que tenham como objetivo a melhoria da qualidade do gasto público e o aperfeiçoamento contínuo na gestão dos processos de trabalho;

     

     d) Práticas de sustentabilidade. 

     

     

    http://www.cnj.jus.br/busca-atos-adm?documento=2795

  • LETRA D CORRETA 

    RESOLUÇÃO 201 

    ART 3 IV - práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário;

  • CRITÉRIOS >>> MÉTODOS

     

    PRÁTICAS >>> AÇÕES

     

     

    PRÁTICA DE SUSTENTABILIDADE > AÇÃO PARA INSERIR CRITÉRIOS DE SUSTENTABILIDADE. 

     

     

    PRÁTICA DE RACIONALIZAÇÃO > AÇÃO PARA MELHORAR QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO + APERFEIÇOAR A GESTÃO DE PROCESSOS.

     

     

     

     

    -VENCEMOS QUANDO DESCOBRIMOS QUE SOMOS NOSSO PRÓPRIO OBSTÁCULO . 

  • Art 3º IV "práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo

    a construção de um novo modelo

    de cultura institucional visando à inserção de

    critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário;"

    V "práticas de racionalização: ações que tenham como objetivo a

    melhoria da qualidade do gasto público e o aperfeiçoamento contínuo na gestão

    dos processos de trabalho;"

  • A - Agenda Ambiental - Não está previsto para fins desta Resolução CNJ 201/2015

    B - Logística SustentavelArt. 3°, II, Res. CNJ 201 > Processo de coordenação do fluxo de materiais, de serviços e de informações, do fornecimento ao desfazimento, que considerando o ambientalmente correto, o socialmento justo e o desenvolvimento econômico equilibrado. 

    C - Práticas de Racionalização = Art. 3°, V, Res. CNJ 201 > Ações que tenham como objetivo a melhoria da qualidade do gasto público e o aperfeiçoamento contínuo na gestão dos processos de trabalho.

    D - Práticas de SustentabilidadeArt. 3°, IV, Res. CNJ 201 > Ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário. 

  • PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE: CONSTRUÇÃO DE NOVO MODELO

     

    PRÁTICAS DE RACIONALIZAÇÃO: MELHORIA DA QUALIDADE DO GASTO PÚBLICO

  • É bem fácil confundirmos as práticas de racionalização com as práticas de sustentabilidade.

    Quando explicadas pelo legislador, ambas se iniciam com o termo ações - e aqui que escorregamos. Para superar isso pensei o seguinte: A sustentabilidade faz parte de uma cultura, de uma ideologia, de uma ideia que busca aquilo que é"novo".

    Art. 3°, IV, da Resolução 201 do CNJ: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário;

  • A – Não há o conceito de Agenda Ambiental na Resolução CNJ 201. A Resolução CNJ 201 
    até cita a Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P) como uma das iniciativas da 
    Administração Pública Federal poderão ser observadas na elaboração dos PLS-PJ. 
    B - Logística Sustentável é o processo de coordenação do fluxo de materiais, de serviços 
    e de informações, do fornecimento ao desfazimento, que considerando o 
    ambientalmente correto, o socialmente justo e o desenvolvimento econômico 
    equilibrado.  
    C - PRÁTICAS de Racionalização são AÇÕES que tenham como objetivo a melhoria da 
    qualidade do gasto público e o aperfeiçoamento contínuo na gestão dos processos de 
    trabalho. (Falou em gasto + gestão é RACIONALIZAÇÃO) 
    D - PRÁTICAS de Sustentabilidade são AÇÕES que tenham como objetivo a construção de 
    um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de 
    sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário. (Critérios de sustentabilidade -> 
    PRÁTICAS DE SUSTENTABILIDADE) 
    Gabarito: Letra D. 

  • : Ao elaborar a questão, o examinador quis saber se candidato estudou a literalidade do artigo 3º, inciso IV, da Res. CNJ nº 201/2015, reproduzido a seguir: “práticas de sustentabilidade: ações que tenham como objetivo a construção de um novo modelo de cultura institucional visando à inserção de critérios de sustentabilidade nas atividades do Poder Judiciário” Desta forma, as alternativas “a”, “b” e “c” estão incorretas. A alternativa “d” é o GABARITO da questão.

    Resposta: Letra D

  • As questões do tema são antigas, mas lembrando aos que estiverem acessando agora ou futuramente que a Resolução em questão foi revogada pela de número 400/2021.


ID
2355460
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Direito Administrativo
Assuntos

“Ítaca e Josefine, que exerceram suas funções regulares no âmbito de determinado Tribunal Regional Federal por várias décadas, aposentaram-se. Para sua surpresa, receberam intimações do Tribunal de Contas da União informando que este órgão, ao apreciar os respetivos atos de concessão de aposentadoria, negou o registro sob o argumento de que, no cálculo dos proventos de ambas, foi computada uma vantagem considerada ilegal. Ressalte-se que Ítaca já estava aposentada há quatro anos e Josefine há oito anos.” À luz da sistemática constitucional e do entendimento sedimentado no âmbito do Supremo Tribunal Federal, assinale a alternativa correta.

Alternativas
Comentários
  • " Obrigatoriedade de o TCU observar os princípios do contraditório e da ampla defesa no exame da legalidade de atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões, após o decurso do prazo de cinco anos (RE 636553 RG)"

  • Gabarito: B.

     

    Súmula Vinculante 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

     

     

    A inércia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da pensão, consolidou afirmativamente a expectativa de pensionista quanto ao recebimento de verba de caráter alimentar. Esse aspecto temporal diz intimamente com: a) o princípio da segurança jurídica, projeção objetiva do princípio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado de Direito; b) a lealdade, um dos conteúdos do princípio constitucional da moralidade administrativa (caput do art. 37). São de reconhecer, portanto, certas situação jurídicas subjetivas ante o Poder Público, mormente quando tais situações se formalizam por ato de qualquer das instâncias administrativas desse Poder, como se dá com o ato formal de aposentadoria. (...) 4. O prazo de cinco anos é de ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. Transcorrido in albis o interregno quinquenal, a contar da pensão, é de se convocar os particulares para participarem do processo de seu interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa (inciso LV do art. 5º)." (MS 25043, Relator Ministro Ayres Britto, Tribunal Pleno, julgamento em 15.9.2010, DJe de 10.2.2011)

  • Gabarito letra b).

     

     

    CF, Art. 71. O controle externo, a cargo do Congresso Nacional, será exercido com o auxílio do Tribunal de Contas da União, ao qual compete:

     

    III - apreciar, para fins de registro, a legalidade dos atos de admissão de pessoal, a qualquer título, na administração direta e indireta, incluídas as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, excetuadas as nomeações para cargo de provimento em comissão, bem como a das concessões de aposentadorias, reformas e pensões, ressalvadas as melhorias posteriores que não alterem o fundamento legal do ato concessório.

     

     

    "Este Superior de Justiça, em consonância com o entendimento consolidado pelo Supremo Tribunal Federal, firmou a orientação no sentido de que o ato de aposentadoria consubstancia ato administrativo complexo, aperfeiçoando-se somente com o registro perante o Tribunal de Contas."

     

     

    Súmula Vinculante n° 3: Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

     

    A apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, via de regra, não precisa observar contraditório e ampla defesa. Se a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria se der em prazo superior a 5 anos (inércia, morosidade no registro), deve-se observar contraditório e ampla defesa.

     

     

    ANALISANDO AS ALTERNATIVAS

     

     

    a) No processo de registro da aposentadoria de Ítaca, é dispensável o contraditório e ampla defesa, visto que Ítaca estava aposentado há quatro anos e o prazo, para ser assegurado o contraditório e ampla defesa, deve ser superior a cinco anos.

     

     

    b) No processo de registro da aposentadoria de Josefine, deveria ter sido observado o contraditório, pois Josefine já estava aposentado há oito anos. Portanto, essa assertiva é a correta.

     

     

    c) O Tribunal de Contas da União possui competência, sim, para apreciar atos de concessão de aposentadoria.

     

     

    d) O Tribunal de Contas da União pode analisar, sim, o valor da aposentadoria. O TCU analisa a legalidade das concessões de aposentadorias e, portanto, pode verificar os valor da aposentadoria para fins de registro. Ademais, cabe destacar que o ato de concessão de aposentadoria é um ato administrativo complexo.

     

     

    * DICA: RESOLVER A Q849279.

     

     

    Fontes:

     

    https://www.espacojuridico.com/pfn-agu/?p=256

     

    http://www.conteudojuridico.com.br/artigo,sumula-vinculante-no-3-e-o-exercicio-do-contraditorio-e-da-ampla-defesa-antes-do-ato-de-registro-da-aposentado,45901.html

     

    http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1191

     

     

     

    => Meu Instagram para concursos: https://www.instagram.com/qdconcursos/

  • Ainda bem que eu fiz Direito, pq se tivesse feito enfermagem nunca ia passar nessa prova. 

    kkkkkkk.....

    Fala sério... enfermeiro precisa de saber disso?

  • Segundo jurisprudência do STF, a concessão de aposentadoria é ato complexo que se aperfeiçoa com o registro pelo Tribunal de Contas, não cabendo, portanto, a necessidade de contraditório e ampla defesa, vez que, independentemente de estarem recebendo o enefício, o ato ainda não se aperfeiçoou e não foi gerado direito adquirido.
    No entanto, pelo bem da segurança jurídica e da boa-fé, o próprio STF entende que a demora do Tribunal de Contas, por um prazo de 5 anos, gera obrigação de oferecer contraditório e ampla defesa, quando for possível a anulação do benefício.

  • Caracas. Demora oito anos pra apreciar ato de aposentadoria!

  • GAB B

    apenas organizando o pensamento.

    Conforme a Sumula Vinculante 3 do STF: 

    - Nos processos perante o TCU deve ser observado o contraditório e ampla defesa, com a exceção exposta a seguir:

    - excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão, porém;

    - Se essa analise da concessão inicial da aposentadoria, reforma e pensão ultrapassar 05 anos deverá ser oferecida o contraditório e ampla defesa. 

    .

    Súmula Vinculante 3

    Nos processos perante o Tribunal de Contas da União asseguram-se o contraditório e a ampla defesa quando da decisão puder resultar anulação ou revogação de ato administrativo que beneficie o interessado, excetuada a apreciação da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma e pensão.

    ..

    Necessidade de observância do contraditório e da ampla defesa após o prazo de cinco anos a contar da aposentadoria


    A inércia da Corte de Contas, por mais de cinco anos, a contar da aposentadoria, consolidou afirmativamente a expectativa do ex-servidor quanto ao recebimento de verba de caráter alimentar. Esse aspecto temporal diz intimamente com: a) o princípio da segurança jurídica, projeção objetiva do princípio da dignidade da pessoa humana e elemento conceitual do Estado de Direito; b) a lealdade, um dos conteúdos do princípio constitucional da moralidade administrativa (caput do art. 37). São de se reconhecer, portanto, certas situações jurídicas subjetivas ante o poder público, mormente quando tais situações se formalizam por ato de qualquer das instâncias administrativas desse Poder, como se dá com o ato formal de aposentadoria. (...) 5. O prazo de cinco anos é de ser aplicado aos processos de contas que tenham por objeto o exame de legalidade dos atos concessivos de aposentadorias, reformas e pensões. Transcorrido in albis o interregno quinquenal, a contar da aposentadoria, é de se convocar os particulares para participarem do processo de seu interesse, a fim de desfrutar das garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa (art. 5º, LV).
    [MS 25.116, rel. min. Ayres Britto, P, j. 8-9-2010, DJE 27 de 10-2-2011.]

    fonte: http://www.stf.jus.br/portal/jurisprudencia/menuSumario.asp?sumula=1191

  • Enfermeiro precisa saber as jurisprudências kkkkk veja bem...

  • questão desatualizada, Tema 445, STF. Repercussão Geral. “Os Tribunais de Contas estão sujeitos ao prazo de cinco anos para o julgamento da legalidade do ato de concessão inicial de aposentadoria, reforma ou pensão, a contar da chegada do processo à respectiva Corte de Contas, em atenção aos princípios da segurança jurídica e da confiança legítima”.


ID
2355472
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Legislação Federal
Assuntos

Nos termos do Decreto Federal nº 7.746/2012, quanto às contratações sustentáveis é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gab.D

    Art. 7o O instrumento convocatório poderá prever que o contratado adote práticas de sustentabilidade na execução dos serviços contratados e critérios de sustentabilidade no fornecimento dos bens.  

  • Decreto Federal nº 7.746/2012

     

    A) ErradaA comprovação das exigências contidas no instrumento convocatório deverá ser feita mediante certificação emitida por instituição pública oficial. 

     

    Art. 8o A comprovação das exigências contidas no instrumento convocatório poderá ser feita mediante certificação emitida por instituição pública oficial ou instituição credenciada, ou por qualquer outro meio definido no instrumento convocatório.

     

    B) Errada - A adoção de critérios e práticas de sustentabilidade deverá ser justificada nos autos, explicitando as razões para a suspensão do caráter competitivo do certame.

     

    Art. 2o A administração pública federal direta, autárquica e fundacional e as empresas estatais dependentes poderão adquirir bens e contratar serviços e obras considerando critérios e práticas de sustentabilidade objetivamente definidos no instrumento convocatório, conforme o disposto neste Decreto.

    Parágrafo Único. A adoção de critérios e práticas de sustentabilidade deverá ser justificada nos autos e preservar o caráter competitivo do certame. 

     

    C) Errada - É vedado à Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação cumular a função de Secretaria-Executiva da Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública

     

    Art. 15. § 2o A Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação exercerá a função de Secretaria-Executiva da CISAP. 

     

    D) CorretaO instrumento convocatório poderá prever que o contratado adote práticas de sustentabilidade na execução dos serviços contratados e critérios de sustentabilidade no fornecimento dos bens

     

    Art. 7o O instrumento convocatório poderá prever que o contratado adote práticas de sustentabilidade na execução dos serviços contratados e critérios de sustentabilidade no fornecimento dos bens. 

  • PRÁticas > de Sustentabilidade > na execução dos SERviços

    CRItérios > de Sustentabilidade > no fornecimento de BEns

    "PRÁ SER CRI BE" (lembrar da frase "Pra ser quibe")

    Gabarito: D

  • ERROS:

    A) "no instrumento convocatório deverá". O correto é "poderá", haja vista que na ausência de certificação é possível proceder diligências que certifiquem o cumprimento das exigências. 

    B) "suspensão do caráter competitivo do certame." Nunca e nenhuma hipotese a competição poderá ser afetada. 

    C) "É vedado". Não é vedado, uma vez que a Secretaria de Logística e Tecnologia da Informação exercerá a função de Secretaria-Executiva da CISAP. 

     

  • LETRA D CORRETA 

    DECRETO 7746

    Art. 7o O instrumento convocatório poderá prever que o contratado adote práticas de sustentabilidade na execução dos serviços contratados e critérios de sustentabilidade no fornecimento dos bens.  

  • Enquanto isso, para cargo de nível médio, cobram a composição da Comissão Interministerial de Sustentabilidade na Administração Pública. 

  • Questão desatualizada. A letra D foi revogada pelo decreto nº 9178 de 2017.

  • QUESTÃO DESATUALIZADA

    LETRA D 

    Art. 8º  A comprovação das exigências apresentadas no instrumento convocatório poderá ser feita por meio de certificação emitida ou reconhecida por instituição pública oficial ou instituição credenciada ou por outro meio definido no instrumento convocatório.                       (Redação dada pelo Decreto nº 9.178, de 2017)

  • Desatualizada.


ID
2355715
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Medo e preconceito

      O tema é espinhoso. Todos somos por ele atingidos de uma forma ou de outra, como autores ou como objetos dele. O preconceito nasce do medo, sua raiz cultural, psíquica, antropológica está nos tempos mais primitivos – por isso é uma postura primitiva –, em que todo diferente era um provável inimigo. Precisávamos atacar antes que ele nos destruísse. Assim, se de um lado aniquilava, de outro esse medo nos protegia – a perpetuação da espécie era o impulso primeiro. Hoje, quando de trogloditas passamos a ditos civilizados, o medo se revela no preconceito e continua atacando, mas não para nossa sobrevivência natural; para expressar nossa inferioridade assustada, vestida de arrogância. Que mata sob muitas formas, em guerras frequentes, por questões de raça, crença e outras, e na agressão a pessoas vitimadas pela calúnia, injustiça, isolamento e desonra. Às vezes, por um gesto fatal.

      Que medo é esse que nos mostra tão destrutivos? Talvez a ideia de que “ele é diferente, pode me ameaçar”, estimulada pela inata maldade do nosso lado de sombra (ele existe, sim).

     Nossa agressividade de animais predadores se oculta sob uma camada de civilização, mas está à espreita – e explode num insulto, na perseguição a um adversário que enxovalhamos porque não podemos vencê-lo com honra, ou numa bala nada perdida. Nessa guerra ou guerrilha usamos muitas armas: uma delas, poderosa e sutil, é a palavra. Paradoxais são as palavras, que podem ser carícias ou punhais. Minha profissão lida com elas, que desde sempre me encantam e me assombram: houve um tempo, recente, em que não podíamos usar a palavra “negro”. Tinha de ser “afrodescendente”, ou cometíamos um crime. Ora, ao mesmo tempo havia uma banda Raça Negra, congressos de Negritude... e afinal descobrimos que, em lugar de evitar a palavra, podíamos honrá-la. Lembremos que termos usados para agredir também podem ser expressões de afeto. “Meu nego”, “minha neguinha”, podem chamar uma pessoa amada, ainda que loura. “Gordo”, tanto usado para bullying, frequentemente é o apelido carinhoso de um amigo, que assim vai assinar bilhetes a pessoas queridas. Ao mesmo tempo, palavras como “judeu, turco, alemão” carregam, mais do que ignorância, um odioso preconceito.

      De momento está em evidência a agressão racial em campos esportivos: “negro”, “macaco” e outros termos, usados como chibata para massacrar alguém, revelam nosso lado pior, que em outras circunstâncias gostaríamos de disfarçar – a grosseria, e a nossa própria inferioridade. Nesses casos, como em agressões devidas à orientação sexual, a atitude é crime, e precisamos da lei. No país da impunidade, necessitamos de punição imediata, severa e radical. Me perdoem os seguidores da ideia de que até na escola devemos eliminar punições do “sem limites”. Não vale a desculpa habitual de “não foi com má intenção, foi no calor da hora, não deem importância”. Temos de nos importar, sim, e de cuidar da nossa turma, grupo, comunidade, equipe ou país. Algumas doenças precisam de remédios fortes: preconceito é uma delas.

      “Isso não tem jeito mesmo”, me dizem também. Acho que tem. É possível conviver de forma honrada com o diferente: minha família, de imigrantes alemães aqui chegados há quase 200 anos, hoje inclui italianos, negros, libaneses, portugueses. Não nos ocorreria amar ou respeitar a uns menos do que a outros: somos todos da velha raça humana. Isso ocorre em incontáveis famílias, grupos, povos. Porque são especiais? Não. Simplesmente entenderam que as diferenças podem enriquecer.

      Num país que sofre de tamanhas carências em coisas essenciais, não devíamos ter energia e tempo para perseguir o outro, causando-lhe sofrimento e vexame, por suas ideias, pela cor de sua pele, formato dos olhos, deuses que venera ou pessoa que ama. Nossa energia precisa se devotar a mudanças importantes que o povo reclama. Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.

                                             (LUFT, Lya. 10 de setembro, 2014 – Revista Veja.)

No período “O preconceito, é em muitos de nós que ele existe”, foi utilizado o recurso semântico da figura de linguagem, que consiste no emprego de um sentido figurado que surge de uma intenção ou da necessidade de expressão de forma criativa, inovadora. Assinale a alternativa correspondente à figura utilizada no trecho e sua definição correta.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: C

     

    Anacoluto ---> é a quebra da estruturação sintática, de que resulta ficar um termo sem função sintática no período.

     

    “O preconceito, é em muitos de nós que ele existe"

    perceba que o termo preconceito não tem função sintática nenhuma no período

  • a) Hipérbato: TROCA DA ORDEM DOS TERMOS.

    b) Apóstrofe INVOCAR COISA PERSONIFICADA

    c) Anacoluto que consiste na interrupção do plano sintático com que se inicia uma frase, alterando-lhe a sequência do processo lógico.

    d) Silepse   OMISSÃO DE TERMO

     

  • Simone Vieira, desculpa, mas você confundiiu SILEPSE com ELIPSE:

    ELIPSE: é sim a OMISSÃO de termo facilmente identificado (se assemelha à zeugma tbm). Ex.: A cada um o que é seu. (Deve se dar a cada um o que é seu.)

    SILEPSE: A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a ideia que ele representa. É uma concordância anormal, psicológica, espiritual, latente, porque se faz com um termo oculto, facilmente subentendido. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.

    Gênero:  A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso.

    Número: A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador.

    Pessoa: O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação.

  • A Consulplan foi boazinha nessa, pois se não botasse as definições ia derrubar 99% dos candidatos.

  • HIPÉRBATO - Em sentido corrente, é termo genérico para designar toda inversão da ordem normal das palavras na oração, ou da ordem das orações no período, com finalidade expressiva.

    Ex.: [As crianças] [acho] [que brincam melhor em grupo]. Ordem direta:[Acho] [que as crianças brincam melhor em grupo].

    APÓSTROFE

    - interrupção súbita do discurso que o orador ou o escritor faz, para dirigir-se a alguém ou a algo, real ou fictício (p.ex.: a seguir, leitor amigo, contarei a história tal como sucedeu).

    - palavra ou sintagma nominal que iniciam um enunciado, para indicar o destinatário da mensagem (p.ex.: bom dia, doutor; você , venha cá ; meu Deus , que devo fazer? ).

    ANACOLUTO - período iniciado por uma palavra ou locução, seguida de pausa, que tem como continuação uma oração em que essa palavra ou locução não se integra sintaticamente, embora esteja integrada pelo sentido; p.ex., no provérbio quem ama o feio, bonito lhe parece (que corresponde à frase canônica o feio parece bonito a quem o ama ); anacolutia, frase quebrada.

    SILEPSE - É a concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com o seu sentido, com a ideia que elas expressam (concordância ideológica).

    ▪Silepse de número: Ex.: Na rua, o povo manifestava-se. Gritavam por justiça. singular plural
    ▪Silepse de gênero: Ex.: Vossa Excelência parece muito indignado! feminino masculino

     

  • Hipérbato ou Inversão é uma figura de construção ou sintaxe caracterizada pela troca na sequência normal dos termos da oração. Neste caso, ocorre uma inversão ocasionando uma mudança, onde a ordem direta destes termos é alterada.

    Isto quer dizer que, a disposição usual do sujeito, verbo, complementos e adjuntos, fica diferenciada. O arranjo padrão destes elementos na oração não é considerado.

     

    Exemplos de Hipérbato

    Alguns exemplos típicos de Hipérbato são   encontrados na letra   do Hino Nacional   Brasileiro.

    Observe:

    “Ouviram do Ipiranga às margens plácidas, de um povo heroico o brado retumbante …”

     

    Notamos que houve troca na ordem de alguns dos elementos da oração. A sequência lógica seria:

    “Ouviram o brado retumbante de um povo heroico, às margens plácidas do Ipiranga.     

     

    Apóstrofe é a figura do chamamento, da invocação. É a forma de exteriorizar a voz que chama, que grita, que fala, enfatizando seu chamado. Dentre as figuras de Linguagem é uma das mais fáceis de se identificar, pois, não deixa dúvidas. Revela-se por meio do vocativo.

     

    Apóstrofe: Invocação, chamamento,  Interpelação.

    Observe o quanto de apelo e indagação, há no poema Vozes d’África, de Castro Alves, que evoca Deus em socorro da África, terra que sofre a invasão de mercadores de escravos.

     

    Vozes d’África

    “…Ó Deus! Onde estás que não respondes?

    Em que mundo, em que estrela, Tu t’escondes?

    […]Há dois mil anos te mandei meu grito,

    […]

    …Onde estás, Senhor Deus?”

    O poeta clama, apela, grita por Deus, implora que Ele venha em socorro da África e de seus filhos escravizados. No vocativo “Ó Deus” – temos Apóstrofe.

     

    ANACOLUTO - período iniciado por uma palavra ou locução, seguida de pausa, que tem como continuação uma oração em que essa palavra ou locução não se integra sintaticamente, embora esteja integrada pelo sentido; p.ex., no provérbio quem ama o feio, bonito lhe parece (que corresponde à frase canônica o feio parece bonito a quem o ama ); anacolutia, frase quebrada.

     

     

    SILEPSE - É a concordância que se faz não com a forma gramatical das palavras, mas com o seu sentido, com a ideia que elas expressam (concordância ideológica).

    ▪Silepse de número: Ex.: Na rua, o povo manifestava-se. Gritavam por justiça. singular plural
    ▪Silepse de gênero: Ex.: Vossa Excelência parece muito indignado! feminino masculino

     

     

     

     

     

  • PARA FIXAR DE FORMA OBJETIVA:

    HIPÉRBATO - INVERSÃO DE ORDEM DA FRASE

    APÓSTROFE - CHAMAMENTO/VOCATIVO

    SILEPSE - AUSÊNCIA DE CONCORDÂNCIA

    GABARITO: C


    FONTE: FLÁVIA RITA

  • Anacoluto <3

  • Anacoluto que consiste na interrupção do plano sintático com que se inicia uma frase, alterando-lhe a sequência do processo lógico.

  • GABARITO: LETRA C

    Anacoluto:
    É a quebra da estrutura lógico-sintática, ficando um termo sem função sintática na frase; normalmente no início dela, como um tópico.
    - A lua, os poetas sempre cantaram esse tema.
    - Nosso amor, tudo não passou de frenesi efêmero.
    - Revolução Francesa, hoje falaremos sobre insurreições ocorridas na França.
    - “O homem, chamar-lhe mito não passa de anacoluto.” (Carlos Drummond de Andrade).

    FONTE: A gramática para concursos públicos / Fernando Pestana. – 2. ed. – Rio de Janeiro: Forense; São Paulo: MÉTODO, 2015.

  • Anacoluto é o tal do objeto direto/indireto pleonástico =)


ID
2355721
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

A reescrita que NÃO altera o sentido fundamental do segmento “Nestes tempos de perseguição, calúnia, impunidade e desculpas tolas, só o rigor da lei pode nos impedir de recair rapidamente na velha selvageria. Mudar é preciso.” (7º§) é:

Alternativas

ID
2356069
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Conforme as Diretrizes Curriculares do Curso de Serviço Social formuladas pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social (1996), o assistente social convive diariamente com as mais amplas expressões da questão social. O assistente confronta-se com as manifestações mais dramáticas dos processos sociais ao nível dos indivíduos sociais, seja em sua vida individual, seja em sua vida coletiva. Sobre as mediações entre a questão social e o Serviço Social, segundo a perspectiva que embasa o projeto ético-politico profissional hegemônico na atualidade é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Gab. D

    Vide tbm qst 

    Q602883


    De fato, o tratamento analítico atribuído à “questão social” não se identifica com a “situação social problema” ou com os “problemas sociais”. Haja dito, a diferencialidade se faz não apenas na nomenclatura, como também na forma de abordar e interpretar o papel social da profissão em seus espaços sócio-ocupacionais. Pois, pensada como sinônimo de “problema social” ou fenômeno social, o conceito de “questão social” esvazia-se dos seus nexos constitutivos interpretados pela tradição marxista como sinônimo de luta de classe. E, assim, torna complexo e ambíguo não apenas o entendimento sobre seu significado e fundamento do novo projeto curricular, como, ainda, desvanece a pretensão de opor-se radicalmente à ação profissional como um processo de ajuda..

    http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c-v10n1_rosemari.htm



    Erro da A
     a)O Serviço Social surge no marco do capitalismo monopolista, quando as expressões da questão social tornaram-se objeto de uma intervenção contínua e sistemática por parte da profissão.  (DO ESTADO)


ID
2356072
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A seguridade social nos países capitalistas da Europa Ocidental e da América Latina estrutura-se tendo como referência a organização social do trabalho. Em decorrência do grau de desenvolvimento do capitalismo e da organização da classe trabalhadora, dentre outros aspectos, a seguridade social constitui-se de forma diferenciada em cada país. Acerca das diferentes formas como a Seguridade Social se estrutura, assinale a afirmativa correta.

Alternativas
Comentários
  • A) Bismarckiano

    B) Não são exclusivos dos empregados mas associação da contribuição dos empregados e dos empregadores;

    C) Correta

    D)  não há setor privado relacionado a saude e assistencia. 

  • Só pra completar o que a colega colocou, existe sistema privado de saúde sim, só que o modelo não é beveridgiano, pois precisa contribuir para ter acesso

  • A)  Segundo o modelo BEVERIDGIANO, a proteção social deve se dar, não somente ao trabalhador, mas também de modo universal a todo cidadão, independentemente de qualquer contribuição para o sistema. Segundo esta corrente, a responsabilidade do Estado é maior, com o orçamento estatal financiando a proteção social do cidadão.

    B) Já o modelo BISMARCKIANO, propunha que a proteção social ou previdenciária fosse destinada apenas aos trabalhadores que, de forma compulsória, deveriam verter  contribuições para o sistema. Para esta corrente a responsabilidade do estado deveria ser limitada à normatização e fiscalização do sistema, com pequeno aporte de recursos. O financiamento do sistema se dava com a contribuição dos trabalhadores e empregadores.

    C) Correta

    D) No Brasil, os princípios do modelo BISMARCKIANO predomina na previdência social (CORRETO) pois se exige uma contraprestação para se fazer jus aos benefícios do sistema. e o modelo BEVERIGDIANO predomina na assistência social e no sistema PÚBLICO de saúde (CORRETO) por causa da sua universalidade da cobertura e do atendimento oferecida pelo Estado, porém no setor privado de saúde (ERRADO) porque não é gratuita.

     

     

     

  • Bismarckiano ==> os seguros sociais são condicionados a uma contribuição direta anterior e o montante das prestações é proporcional à contribuição efetuada.

  • C)

    As primeiras iniciativas de benefícios previdenciários que vieram a constituir a seguridade social no século XX nasceram na Alemanha, no final do século XIX, mais precisamente em 1883, durante o Governo do Chanceler Otto Von Bismarck, em resposta às greves e pressões dos trabalhadores. O chamado modelo bismarckiano é considerado como um sistema de seguros sociais, porque suas características assemelham-se às de seguros privados: no que se refere aos direitos, os benefícios cobrem principalmente (e às vezes exclusivamente) os trabalhadores, o acesso é condicionado a uma contribuição direta anterior e o montante das prestações é proporcional à contribuição efetuada;

  • A) O financiamento da seguridade social, segundo o modelo beveridgiano é proveniente da contribuição de empregados e empregadores.

    Errado. O item descreveu as características do modelo bismarckiano.

    B) Em relação ao financiamento, no modelo bismarckiano, os recursos são provenientes exclusivamente da contribuição dos empregados, baseados na folha de salários.

    Errado. Esse modelo é caracterizado por um mix de contribuição dos empregados e dos empregadores.

    C) No modelo bismarckiano os seguros sociais são condicionados a uma contribuição direta anterior e o montante das prestações é proporcional à contribuição efetuada.

    Correto. No modelo securitário primeiro você contribui e quando necessário utiliza proporcional a sua contribuição.

    D) No Brasil, os princípios do modelo bismarckiano predomina na previdência social e o modelo beveridgiano predomina no sistema público e privado de saúde e na assistência social.

    Errado. No sistema privado de saúde é preciso que os cidadãos paguem para utilizar. Assim, não há nenhuma aproximação com o modelo beveridgiano.

    RESPOSTA: LETRA C


ID
2356075
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A reestruturação produtiva no capitalismo tardio, com trânsito à flexibilização e as transformações que lhes são conexas a partir da década de 1970, processa-se no Brasil mediadas pela inserção subalterna do país no sistema capitalista mundial e pelas particularidades de sua formação econômico-social. Acerca do mercado de trabalho do assistente social e suas tendências de desenvolvimento a partir da década de 1990, analise as afirmativas a seguir.
I. Surge a “terceirização”, aumentando o quadro de técnicos com vínculos empregatícios com as empresas e instituições estatais.
II. Ocorre a desregulamentação das políticas públicas e dos direitos sociais deslocando a atenção da pobreza para a iniciativa privada ou individual.
III. Ocorre uma crescente segmentação das atividades profissionais e a diferenciação progressiva das condições de trabalho nas instituições “estatais” e nas da “iniciativa privada”.
IV. Na maioria das instituições estatais o que essencialmente rebate do capitalismo tardio em busca da “flexibilização” é a alteração rápida das atribuições e papéis profissionais; nas instituições da iniciativa privada é a restrição de coberturas.
Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • A reestruturação produtiva no capitalismo tardio, com trânsito à flexibilização e as transformações que lhes são conexas a partir da década de 1970, processa-se no Brasil mediadas pela inserção subalterna do país no sistema capitalista mundial e pelas particularidades de sua formação econômico-social. Acerca do mercado de trabalho do assistente social e suas tendências de desenvolvimento a partir da década de 1990:

    II. Ocorre a desregulamentação das políticas públicas e dos direitos sociais deslocando a atenção da pobreza para a iniciativa privada ou individual.

    III. Ocorre uma crescente segmentação das atividades profissionais e a diferenciação progressiva das condições de trabalho nas instituições “estatais” e nas da “iniciativa privada”.


ID
2356078
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Na transição das décadas de 1970 e 1980, a categoria profissional, por meio de suas organizações, inicia o processo de construção do projeto ético-político profissional hegemônico na contemporaneidade. Constituem elementos do projeto ético-político do Serviço Social, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Elementos Constitutivos do Projeto ético-político do Serviço Social

     

    Com o advento do Movimento de Reconceituação na década de 1960, a direção teórica e política do Serviço Social passam a mudar. Houve a construção de uma nova moralidade profissional atrelada à participação política em oposição ao tradicionalismo 3 apontando para origem de uma nova ética profissional. A intenção de ruptura dá início a uma direção comprometida com as classes trabalhadoras e, com isso, pauta-se em valores que dão sustentabilidade à construção do projeto ético – político da profissão. Sob a influência das críticas operadas no bojo do Movimento de Reconceituação Latino Americano e da aproximação com o marxismo, origina-se uma nova ética profissional com novos rumos e direcionamentos, construindo assim uma nova moralidade pautada na participação política e no trabalho com movimentos populares. Além do engajamento político junto aos movimentos sociais democráticos, o Serviço Social começa a estudar e produzir uma literatura crítica, voltada à busca de compreensão do significado da profissão, participa do debate e das entidades latino-americanas, busca elementos para a superação crítica dos equívocos, questiona as teorias tradicionais, denuncia a neutralidade profissional e anuncia seu compromisso com as classes trabalhadoras. Movendo-se pela intenção de ruptura e acreditando na liberdade, uma parcela de profissionais que optou por encontrar novas bases de legitimação para o Serviço Social, resiste à ditadura fazendo escolhas pautadas em valores emancipatórios num momento de repressão e hegemonia conservadora na profissão. (BARROCO, 2008). Este período revela a busca dos profissionais do Serviço Social por referências teórico-metodológicas que sustentassem a nova proposta de profissão. Havia uma aproximação equivocada com o marxismo e na década de 1970 as formas de incorporação desta corrente adquirem condições de ser reavaliadas. Nesta época estendeu-se uma crítica ao voluntarismo, ao messianismo, ao revolucionarismo. Portanto, é no período de reabertura política brasileira que a direção social dos órgãos de representação da categoria de assistentes sociais, até então conservadora em sua hegemonia, é alterada.

     

    http://www.cress-mg.org.br/arquivos/simposio/PROJETO%20ÉTICO%20POLÍTICO_%20QUAIS%20OS%20FIOS%20PARA%20A%20SUA%20CONSOLIDAÇÃO_%20UMA%20ANÁLISE%20DA%20EFETIVA

  • As matrizes teórico-metodológicas fundamentadas na perspectiva histórico-crítica e na perspectiva pós-moderna.

     

  • Elementos do projeto ético-político do Serviço Social:

    - Os princípios e valores ético-políticos contidos no Código de Ética de 1993.

    - A crítica radical à ordem vigente que produz e reproduz as desigualdades sociais. 

    - As lutas e os posicionamentos políticos acumulados pela categoria através de suas formas coletivas de organização política em aliança com os setores mais progressistas da sociedade brasileira. 


ID
2356081
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Acerca dos fundamentos históricos, teórico-metodológicos, ético-políticos e técnico-operativos do Serviço Social no Brasil, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) A interlocução com os problemas e as polêmicas no conjunto das ciências sociais é um traço do processo de renovação do Serviço Social brasileiro.
( ) As bases da laicização do Serviço Social encontram-se nas condições novas postas à formação profissional pela autocracia burguesa. Neste período instauram-se as condições para a renovação do Serviço Social.
( ) O pluralismo profissional, radicado nos procedimentos diferentes que embasam a prática e a validação teórica, bem como nas matrizes teóricas a que elas se prendem é um traço que se instaura no Serviço Social brasileiro com o projeto ético-político hegemônico na contemporaneidade.
( ) Até a primeira metade da década de 1950, o Serviço Social brasileiro não apresentava polêmicas de relevo, mostrava uma relativa homogeneidade nas suas projeções interventivas fundamentadas no arranjo teórico constituído pelo neotomismo, pela doutrina social da igreja católica e pelo funcionalismo.
A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • Indiquem para comentário, por favor!

  • Também vou ficar de olho nesta questão, pois as palavras usadas na primeira alternativa "A interlocução com os problemas e as polêmicas no conjunto das ciências sociais é um traço do processo de renovação do Serviço Social brasileiro." me deixaram na dúvida, apesar de concordar com a ideia da alternativa.

  • Pensei que fosse o contrário !
  • Essa informações encontrará no livro de Netto Ditadura e Serviço Social.

    I - O SS, no começo, pegou um pouco das Ciências Sociais e da Psicologia, pois a nossa profissão queria se profissionalizar, laicizar (acabar com a visão/viés religioso em que a profissão originou-se). Item CORRETO. Netto, Ditadura e SS, pág. 132.

    II - A laicização é um ponto tocado pelo Netto. Foi uma forma encontrada pelos profissionais para tornar o Serviço Social melhor visto. Item CORRETO.  Netto, Ditadura e SS, pág. 128.

    III - Projeto profissional hegemônico significa que é um projeto dominante na nossa profissão. Pode ser aceito pela maioria, mas não exatamente por todos. O código de ética tem uma posição ideológica e política muito clara. Nos princípios fundamentais, VII, afirma: "Garantia do PLURALISMO, através do respeito às correntes profissionais DEMOCRÁTICAS existentes e suas expressões teóricas, e compromissão com o constante aprimoramento intelectual". Ou seja, defendemos o pluralismo profissional, porém não será qualquer teoria que será aceita, por exemplo, uma teoria nazista, ou alguma que veja a discriminar alguém não será aceita. Acredito que por isso o item se torna ERRADO. Netto, Ditadura e SS, pág. 128.

    IV - até metade da década de 1960 (e não 1950) o SS não apresentava polêmicas de relevo. O item ERRADO. Netto, Ditadura e SS, pág. 128.

  • Acerca dos fundamentos históricos, teórico-metodológicos, ético-políticos e técnico-operativos do Serviço Social:

    - A interlocução com os problemas e as polêmicas no conjunto das ciências sociais é um traço do processo de renovação do Serviço Social brasileiro.

    - As bases da laicização do Serviço Social encontram-se nas condições novas postas à formação profissional pela autocracia burguesa. Neste período instauram-se as condições para a renovação do Serviço Social.

  • O pluralismo profissional esta ligado a teorica que embasam a prática e não os procedimentos (como afirma a questão)

  • Indiquem para comentário, por favor! (2)

  • Em relação ao Item III apenas uma observação, O termo radicado, indica raíz, ou seja, quando o Pluralismo profissional nasceu, é do Livro Ditadura e Serviço social cito abaixo.

    Pergunte-se: O pluralismo profissional contemporâneo é igual ao pluralismo profissional de 1964 na sua origem em função da renovação?

    O pluralismo profissional, radicado nos procedimentos diferentes que embasam legitimam a prática e a validação teórica, bem como nas matrizes teóricas a que elas se prendem NETTO. não é um traço que se instaura no Serviço Social brasileiro com o projeto ético-político hegemônico na contemporaneidade.

    Este pluralismo, contudo, não esbate o cariz comum às suas vertentes, inédito em face da evolução profissional anterior: nesta, o fundamento da instituição profissional era frequentemente deslocado para bases ético-morais, a legitimação prática fluía da intencionalidade do agente, e a validação teórica não possuía relevo ou não se registrava a simultaneidade destas duas dimensões.

    É próprio do processo de renovação a coexistência de legitimação prática e de validação teórica quando a profissão busca definir-se como instituição.

    Nesta ótica, a renovação do Serviço Social aparece, sob todos os aspectos, como um avanço: mesmo nas vertentes em as concepções herdadas do passado não são medularmente postas em causa, registra-se uma articulação que lhes confere uma arquitetura que procura oferecer mais consistência à ordenação dos seus componentes internos.

  • Não compreendi o que deixou o último item como falso.


ID
2356084
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Elaborar, implementar, executar e avaliar políticas sociais junto a órgãos da administração pública, direta ou indireta, empresas, entidades e organizações populares constitui uma competência profissional do assistente social. São aspectos importantes na avaliação de políticas sociais, segundo a perspectiva crítica, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Por favor, alguem pode explicar o erro da letra A.

  • A indicação desses aspectos neste texto não esgota a variedade de possibilidades que pode ser explorada no processo de análise e avaliação de políticas sociais, de acordo com os objetivos e intenções da avaliação.


    Sua adoção, contudo, se revela como caminho profícuo no sentido de:


    1) buscar analisar a política em sua totalidade, a partir da incorporação analítica dos principais aspectos que a constituem;

    2) revelar o caráter contraditório existente entre as determinações legais e a operacionalização da política social; em outros termos, verificar até que ponto os conceitos fundantes das normas
    legais são estruturadores da política social;

    3) articular tanto os determinantes estruturais que conformam a política social quanto as forças sociais e políticas que agem na sua formulação e execução.

    CFESS 2009 - BOSCHETTI

  • Acredito que o erro é que a análise sobre a tomada de decisão faz parte da etapa inicial do planejamento e não da análise.


  • Analisar o processo de tomada de decisão que resulta na adoção de determinado tipo de política social.

    gabarito: A


ID
2356087
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No Brasil, particularmente na década de 1990, as transformações geradas pela nova divisão internacional do trabalho foram de grande intensidade. Tais transformações em países de industrialização dependente fundam-se na superexploração da força de trabalho. Estas transformações impactam o mundo do trabalho no capitalismo contemporâneo e produzem indicadores cada vez mais altos de acidentes e doenças profissionais. São características constitutivas deste processo, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Acredito que o que tornou a alternativa A errada foi a redução da jornada de trabalho, pois na reestruturação produtiva há o aumento da jornada de trabalho.

  • O que torna a alternativa A errada são dois termos: redução da jornada de trabalho e pluriemprego.
  • Erlânia Freitas o que ivalida é a redução da jornada (o que tornou fácil de idetificar a alterativa errada).

     

     

    O pluriemprego (situação de uma pessoa que presta serviçosprofissionais a duas ou mais entidades empregadoras) também esta o roll que impacta o mudo do trabalho negativamete afetado diretamete a saúde do trabalhador..


ID
2356090
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O significado do Serviço Social, na perspectiva crítica, somente pode ser apreendido no processo de produção e reprodução das relações sociais na sociedade capitalista. Segundo esta perspectiva, analise as afirmativas a seguir.
I. A dimensão contraditória das demandas e requisições sociais que se apresentam à profissão é expressão do movimento do capital.
II. O exercício profissional do assistente social é necessariamente polarizado pela trama das relações e interesses sociais vigentes na sociedade.
III. A reprodução das relações sociais na sociedade capitalista é tão somente à reprodução da força viva do trabalho e dos meios materiais de produção.
IV. A particularidade do Serviço Social na divisão social e técnica do trabalho coletivo se encontra vinculada às configurações estruturais e conjunturais da questão social e as formas históricas de seu enfrentamento.
Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Erro da "A"

    Reafirma-se a dimensão contraditória das demandas e requisições sociais que se apresentam à profissão, expressão das forças sociais que nelas incidem: tanto o movimento do capital quanto os direitos, valores e princípios que fazem parte das conquistas e do ideário dos trabalhadores (Iamamoto, in Iamamoto e Carvalho, 1982; Abess, 1986)

    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282014000400002

  • O significado do Serviço Social somente pode ser apreendido no processo de produção e reprodução das relações sociais:

    II. O exercício profissional do assistente social é necessariamente polarizado pela trama das relações e interesses sociais vigentes na sociedade.

    IV. A particularidade do Serviço Social na divisão social e técnica do trabalho coletivo se encontra vinculada às configurações estruturais e conjunturais da questão social e as formas históricas de seu enfrentamento.

  • Questão complexa que tem que ter bastante atenção aos enunciados. Gostei!


ID
2356093
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social

Segundo a Portaria nº 3.252/2009, a vigilância em saúde constitui-se de ações de promoção da saúde da população, vigilância, proteção, prevenção e controle das doenças e agravos à saúde. A vigilância em saúde do trabalhador no Sistema Único de Saúde é definida como:

Alternativas

ID
2356096
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Acerca do mercado de trabalho e os espaços sócio-ocupacionais do assistente social, segundo a perspectiva da direção estratégica do projeto ético-político profissional, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O espaço profissional do assistente social é uma demanda histórica, produto das ações de benemerência.
( ) O trabalho do assistente social inscreve-se predominantemente em relações do universo do capital na sua forma produtiva de mais valia.
( ) O espaço profissional do assistente social é condicionado pelo tipo de respostas teórico-práticas densas de conteúdo político dada pela categoria profissional.
( ) O espaço profissional do assistente social é condicionado pelo nível de luta pela hegemonia que se estabelece entre as classes fundamentais e suas respectivas alianças.
A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • Em outro momento (IAMAMOTO, 1992), salientei ser o espaço profissional um produto histórico, condicionado tanto: a) pelo nível de luta pela hegemonia que se estabelece entre as classes fundamentais e suas respectivas alianças; b) pelo tipo de respostas teórico-práticas densas de conteúdo político dadas pela categoria profissional. Essa afirmativa fundava-se no reconhecimento de ser o trabalho profissional tanto
    resultante da história quanto dos agentes que a ele se dedicam. 

    Se a correlação de forças entre as classes e grupos sociais cria, nas várias conjunturas, limites e possibilidades em que o profissional pode se mover, suas respostas se forjam a partir das marcas que perfilam a profissão na sua trajetória, da capacidade de análise da realidade acumulada, de sua capacitação técnica e política em sintonia com os novos tempos. Assim o espaço profissional não pode ser tratado exclusivamente na ótica da demandas já consolidadas socialmente, sendo necessário, a partir de um distanciamento crítico do panorama ocupacional, apropriarse das demandas potenciais que se abrem historicamente à profissão no curso da realidade

    https://www.unifesp.br/campus/san7/images/servico-social/Texto_introdutorio_Marilda_Iamamoto.pdf

     

     

  •  ( f) O espaço profissional do assistente social é uma demanda histórica, produto das ações de benemerência.

     ( f) O trabalho do assistente social inscreve-se predominantemente em relações do universo do capital na sua forma produtiva de mais valia. 

    ( v) O espaço profissional do assistente social é condicionado pelo tipo de respostas teórico-práticas densas de conteúdo político dada pela categoria profissional. 

    ( v) O espaço profissional do assistente social é condicionado pelo nível de luta pela hegemonia que se estabelece entre as classes fundamentais e suas respectivas alianças.


ID
2356099
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Acerca dos fundamentos ontológicos que embasam o Código de Ética de 1993 é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • B - Sendo inseparável da propriedade privada, a teoria liberal implica na relação entre liberdade, cidadania e propriedade. Ser cidadão é ter propriedade, o que se entende, leva à liberdade. Ainda que Locke fosse otimista quanto à função do trabalho como meio para a aquisição da propriedade privada e que acreditasse que o capitalismo seria capaz de assegurar potencialmente essa condição, sua teoria continha uma contradição que o desenvolvimento do capitalismo iria desvelar: a impossibilidade de realização universal dessa liberdade (ibidem).

    C - A ação ética é um processo de ‘ generalização’, de mediação progressiva entre o primeiro impulso e as determinações externas; a moralidade torna-se ação ética no momento em que nasce uma convergência entre o eu e a alteridade, entre a singularidade individual e a totalidade social. O campo da particularidade exprime justamente esta zona de mediações onde se inscreve a ação ética (Lukács apud Tertulian, 1999, p. 134).



    http://www2.marilia.unesp.br/revistas/index.php/novosrumos/article/download/3442/2663
     

  • Os valores não são determinados apenas pela questão moral.


  • GAB: A

    O valor não é uma decorrência apenas da subjetividade humana; ele é produto da práxis.

    “Assim se coloca o caráter objetivo dos valores; eles sempre correspondem a necessidades e possibilidades sócio-históricas dos homens, em sua práxis.” (BARROCO, 2005, p. 29).

    Os valores são construídos e evoluem de acordo com as necessidades humanas em sua práxis. 

  • Os valores são criados pela subjetividade dos indivíduos, determinados pelos aspectos morais que permeiam as relações sociais.

     Trata‐se da fundamentação que – ao explicitar o processo de (re) produção do ser social e dos valores na história – dá suporte para a concepção ética do Código de Ética Profissional dos Assistentes Sociais (1993). A explicitação dos 

    fundamentos da ontologia social de Marx pode ser encontrada em Lukács (1978; 1979); Netto e Braz (2006); Lessa (2002).

    Sendo assim compreendo que o erro está em colocar como a ontologia do ser social como algo subjetivo, quando na verdade ele é objetivo baseado na teleologia do ser social - que é a capacidade de pensar imaginar objetivamente o resultado e a forma que se alcançará durante um processo de reprodução ou produção do trabalho.


ID
2356102
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social

A orientação a indivíduos e aos grupos de diferentes segmentos sociais, segundo os fundamentos teórico e ético-político do projeto ético-político profissional do Serviço Social hegemônico na contemporaneidade circunscreve-se:
I. A orientação a indivíduos e dos grupos vincula-se aos estudos de caso e grupo.
II. A identificação dos recursos e ao uso dos mesmos no atendimento e na defesa dos direitos dos indivíduos e grupos que demandam o Serviço Social.
III. A orientação a indivíduos e aos grupos de diferentes segmentos sociais vincula-se a processos político-organizativos, ao processo de planejamento e gestão e aos processos socioassistenciais.
IV. A orientação a indivíduos e aos grupos vincula-se às necessidades socioinstitucionais, fundamentalmente às exigências em torno das condicionalidades contidas nos programas e projetos sociais.
Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas

ID
2356105
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Código de Ética é um instrumento educativo e orientador do comportamento ético profissional do assistente social. Acerca das exigências e possibilidades da materialização do Código de Ética no cotidiano do trabalho profissional do assistente social na contemporaneidade, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Código de Ética do Assistente Social Comentado (Barroco e Terra):

    " (...) a ética é parte da práxis. É evidente que essa práxis não faz parte da cotidianidade".Pág 71

    "A vida cotidiana é o espaço de reprodução do trabalho do assistente social". Pág 73

  • Gabarito--> A

    A moral é que faz parte da vida cotidiana.


ID
2356108
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O exercício profissional do assistente social realiza-se pela mediação do trabalho assalariado. Sobre a relação entre o Serviço Social e as instituições, analise as afirmativas a seguir.
I. A base de sustentação da relativa autonomia no trabalho profissional do assistente social encontra-se no atendimento das requisições institucionais.
II. Verifica-se uma tensão entre projeto profissional, que afirma o assistente social como um ser prático-social dotado de liberdade e capacidade teleológica e a condição de trabalhador assalariado.
III. O Estado é o maior empregador dos assistentes sociais, atribuindo uma característica de servidor público a esse profissional. Dentre os elementos que incidem sobre o trabalho profissional nos espaços sócio-ocupacionais das instituições públicas encontra-se a burocracia.
IV. A relação que o assistente social estabelece com o seu objeto de trabalho – as situações problemas, tal como se expressam na vida dos sujeitos com os quais trabalha – dependem do prévio recorte das políticas definidas pelos organismos empregadores, que estabelecem demandas e prioridades a serem atendidas.
Estão corretas apenas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • Itens 2 e 3 corretos. Os erros do item 1 e 4: 1. A relativa autonomia tem relação direta com a condição de trabalhador assalariado e não com o atendimento das requisições das instituições. 4: as instituições não recortam previamente as políticas sociais.
  • letra c)  I. A base de sustentação da relativa autonomia no trabalho profissional do assistente social encontra-se no atendimento das requisições institucionais. III. O Estado é o maior empregador dos assistentes sociais, atribuindo uma característica de servidor público a esse profissional. Dentre os elementos que incidem sobre o trabalho profissional nos espaços sócio-ocupacionais das instituições públicas encontra-se a burocracia.

  • Erlânia Freitas, os erros dos itens I e IV podem ser encontrados no texto "Os espaços socio-ocupacionais do assistente social".

     

    I -  ERRADA: A base de sustentação da relativa autonomia no trabalho profissional do assistente social encontra-se no próprio caráter contraditório das relações sociais. (pág. 15)

    II - CERTA

    III - CERTA

    IV - ERRADA: A relação que o assistente social estabelece com o seu objeto de trabalho – as multiplas expressões da questão social, tal como se expressam na vida dos sujeitos com os quais trabalha – dependem do prévio recorte das políticas definidas pelos organismos empregadores, que estabelecem demandas e prioridades a serem atendidas. (pág. 13)

     

    https://www.unifesp.br/campus/san7/images/servico-social/Texto_introdutorio_Marilda_Iamamoto.pdf 

     

    Complementando o item IV... 

    "O tratamento analítico atribuído à “questão social” não se identifica com a “situação social problema” ou com os “problemas sociais”. Haja dito, a diferencialidade se faz não apenas na nomenclatura, como também na forma de abordar e interpretar o papel social da profissão em seus espaços sócio-ocupacionais. Pois, pensada como sinônimo de “problema social” ou fenômeno social, o conceito de “questão social” esvazia-se dos seus nexos constitutivos interpretados pela tradição marxista como sinônimo de luta de classe. E, assim, torna complexo e ambíguo não apenas o entendimento sobre seu significado e fundamento do novo projeto curricular, como, ainda, desvanece a pretensão de opor-se radicalmente à ação profissional como um processo de ajuda".

     

    http://www.uel.br/revistas/ssrevista/c-v10n1_rosemari.htm

     

    Bons estudos! 

     


ID
2356111
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O planejamento estratégico é a forma contemporânea de planificação. Constituem procedimentos interrelacionados do planejamento estratégico, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    O planejamento estratégico absorve a categoria estratégia e lhe dá visibilidade por agregar ao processo a noção de mobilização, de negociação, de movimento, de manejo de técnicas, recursos, enfim, todos os meios (táticos) necessários para enfrentar o(s) oponente(s) ou uma situação complexa. Daí que os seguintes procedimentos, interrelacionados, passam a fazer parte do exercício de planejar:

     

    1 - Identificação do “terreno” ou “cenário” em que se desenvolverá a ação e suas tendências.

     

    2 - Identificação de “aliados”, “oponentes”, “interessados”, “neutros” e, em alguns casos, até “inimigos”, mapeando a natureza e consistência de seus vínculos.

     

    3 - Identificação do perfil das forças em confronto, seus recursos, suas técnicas, suas alianças (em magnitude e qualidade), sua capacidade operacional.

     

    4 - Identificação do tempo disponível (de luta).

     

    Referência:

    Formulação, administração e execução de políticas públicas

    Joaquina Barata Teixeira

  • Conforme nos estudamos:

    1.       Identificação do terreno ou cenário;

    2.      Identificação de aliados, oponentes, interessados, neutros e até inimigos;

    3.       Identificação do perfil das forças em confronto, seus recursos, suas técnicas, suas alianças, sua capacidade operacional;

    4. Identificação do tempo disponível.

    RESPOSTA: LETRA B


ID
2356114
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Dentre as requisições colocadas para o trabalho profissional do assistente social pelas instituições públicas na atualidade encontram-se o planejamento, a gestão e a formulação de políticas públicas nos marcos jurídico-políticos da Constituição de 1988. Acerca destas requisições, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O planejamento se expressa por meio de sistemas, planos, programas e projetos.
( ) No interior de sistemas estruturam-se ações às quais os cidadãos recorrem para o atendimento de necessidades sociais.
( ) O plano é um documento que indica um conjunto de projetos cujos resultados permitem alcançar o objetivo maior de uma política pública.
( ) O projeto é a menor unidade do processo de planejamento. Trata-se de um instrumento técnico-administrativo de execução de empreendimentos específicos, direcionados para as mais variadas atividades interventivas e de pesquisa no espaço público e no espaço privado.
A sequência está correta em 

Alternativas
Comentários
  • Seguem as afirmativas de acordo com o texto de Joaquina Barata Teixeira - Formulação, administração e execução de políticas públicas-:

     

    (F) O planejamento é muitas vezes confundido com o plano, programa ou projeto, os quais são apenas os meios pelos quais o planejamento se expressa (p.4)

     

    (V) É no interior dos sistemas que se estruturam ações às quais os cidadãos recorrem para o atendimento de necessidades sociais (Educação, Saúde, Previdência e Assistência). (p.5)

     

    (F) PLANO – É o documento mais abrangente e geral, que contém estudos, análises situacionais ou diagnósticos necessários à identificação dos pontos a serem atacados, dos programas e projetos necessários, dos objetivos, estratégias e metas de um governo, de um Ministério, de uma Secretaria ou de uma Unidade. (p.4)

     

    (V) PROJETO - É a menor unidade do processo de planejamento. Trata-se de um instrumento técnico-administrativo de execução de empreendimentos específicos, direcionados para as mais variadas atividades interventivas e de pesquisa no espaço público e no espaço privado.(p.4)

     

     

    Fonte: TEIXEIRA, Joaquina Barata. Formulação, administração e execução de políticas públicas. in: Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais (CFESS, 2009).


ID
2356117
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Entre as competências profissionais registradas na Lei de Regulamentação da Profissão do Assistente Social consta: “planejar, executar e avaliar pesquisas que possam contribuir para a análise da realidade social e para subsidiar ações profissionais”. (Lei nº 8.662, de 7 de junho de 1993, inciso VII do Artigo 4º). Sobre o método e o processo de conhecimento da realidade é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Letra "A" -> "A totalidade é mais do que a soma das partes que o constituem"
  • A totalidade é mais do que a soma das partes que a constituem. 

    No trabalho, por exemplo, dez pessoas bem entrosadas produzem mais do que a soma das produções individuais de cada uma delas, isoladamente considerada. Na maneira de se articularem e de constituírem uma totalidade, os elementos individuais assumem características que não teriam, caso permanecessem fora do conjunto.

    http://orientacaomarxista.blogspot.com.br/2008/07/totalidade-leandro-konder.html

  • Para Marx, a sociedade burguesa é uma totalidade concreta. Não é um “todo”

    constituído por “partes” funcionalmente integradas.

    Introdução ao método da teoria social

    José Paulo Netto

    LIVRO COMPLETO 2009

  • Essa totalidade acredito que seja abstrata


ID
2356120
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Constitui atribuição privativa do assistente social “treinamento, avaliação e supervisão direta de estagiários em Serviço Social”. Segundo a Política Nacional de Estágio, formulada pela Associação Brasileira de Ensino e Pesquisa em Serviço Social, são princípios norteadores da realização do estágio em Serviço Social:
I. A articulação entre formação e exercício profissional.
II. A articulação entre universidade e movimentos sociais.
III. Os valores ético-políticos contidos no Código de Ética do Assistente Social de 1993.
IV. A indissociabilidade entre a dimensão interventiva, a supervisão direta e a dimensão formativa.
Estão corretas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Letra B.

    Segundo a Política Nacional de Estágio, alguns dos princípios são:

    A materialização do estágio curricular supervisionado deve ocorrer em consonância como os princípios ético-políticos, explicitados no Código de Ética dos assistentes sociais de 1993, que se constituem como os valores norteadores do projeto profissional do Serviço Social brasileiro e a articulação entre Formação e Exercício Profissional

    Fonte: https://www.unifesp.br/campus/san7/images/misc/Politica_Nacional_de_Estagio_da_ABEPSS.pdf

  • Um desses princípios refere-se à indissociabilidade entre as dimensões teórico-metodológica, ético-política e técnico-operativa, que deve ser garantida na experiência de estágio, evitando a tendência de autonomização da dimensão operativa em detrimento das demais, especialmente quando se trata da vivência no campo ou da supervisão de campo. 

    http://www.cfess.org.br/js/library/pdfjs/web/viewer.html?pdf=/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf

  • A materialização do estágio curricular supervisionado deve ocorrer em consonância como os princípios ético-políticos, explicitados no Código de Ética dos assistentes sociais de 1993, que se constituem como os valores norteadores do projeto profissional do Serviço Social brasileiro. Além dos valores ético-políticos profissionais, outros princípios devem nortear arealização do estágio no Serviço Social. São eles:

     

    - indissociabilidade entre as dimensões tóerio-metodológicas, ético-política e técnico-operativa:

    que deve ser garantida na experiência de estágio, evitando a tendência de autonomização da dimensão operativa em detrimento das demais, especialmente quando se trata da vivência no campo ou da supervisão de campo. A garantia da ética como elemento transversal a formação do(a) assistente social deve ser observada com relevância e prioridade no processo do estágio supervisionado;

     

    -articulação entre Formação e Exercício Profissional:

    expressa e potencializada por meio da interlocução entre estudantes, professores(as) e assistentes sociais dos campos de estágio. Possibilita, portanto, a identificação e análise das demandas, desafios e respostas mobilizadas no cotidiano de trabalho dos(as) assistentes sociais e fomenta a construção/socialização de conhecimentos e reflexões, bem como o desenvolvimento de competências profissionais;

     

    -indissociabilidade entre estágio e supervisão acadêmica e de campo:

    em que o estágio, enquanto atividade didático-pedagógica, pressupõe a supervisão acadêmica e de campo, numa ação conjunta, integrando planejamento, acompanhamento e avaliação do processo de ensino-aprendizagem e do desempenho do(a)estudante, na perspectiva de desenvolvimento de sua capacidade de investigar, apreender criticamente, estabelecer proposições e intervir na realidade social.

     

    -articulação entre universidade e sociedade

    uma vez que o estágio se constitui como um elemento potencializador desta relação, fomentando o conhecimento acerca da realidade e contribuindo na identificação e construção de respostas às demandas e desafios contemporâneos;

     

    -unidade teoria-prática:

    na medida em que o estágio, como atividade acadêmica, a evidencia como processo dialético entre dimensões que não se equalizam, mas são indissociáveis;

     

    -interdisciplinaridade:

    tendo em vista que o estágio supervisionado se efetiva por meio da inter-relação das diversas áreas de conhecimento trabalhadas ao longo da formação profissional, bem como com a vivência, no espaço sócio-institucional, compartilhada com diferentes categorias profissionais, num mesmo processo coletivo de trabalho.

     

    -articulação entre ensino, pesquisa e extensão:

    uma vez que ao se efetivar,nos diversos espaços de intervenção profissional, o estágio possibilita a articulação entre ensino, pesquisa e extensão, numa perspectiva de totalidade.

     

     

    Fonte: http://www.cfess.org.br/js/library/pdfjs/web/viewer.html?pdf=/arquivos/pneabepss_maio2010_corrigida.pdf

  • "Segundo a Política Nacional de Estágio da ABEPSS, são princípios norteadores da realização do estágio além dos princípios do Projeto Ético-Político do Serviço Social (contidos no Código de Ética do Serviço Social) e também:

    1- Indissociabilidade entre as dimensões teórico-metodológico, ético-político e técnico-operativo, sendo a ética um princípio transversal;

    2- Articulação entre formação e exercício profissional (interlocução entre estudante, professores e assistentes sociais);

    3- Indissociabilidade entre estágio e supervisão acadêmica e de campo;

    4- Articulação entre universidade e sociedade;

    5- Unidade teoria-prática;

    6- Interdisciplinaridade;

    7- Articulação entre pesquisa, ensino e extensão numa perspectiva de totalidade."

    Com isto, o gabarito é letra B


ID
2356123
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sobre as abordagens quanti-qualitativas na pesquisa social, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • De acordo com Minayo:

     

    a)      Num embate frontal com o Positivismo, a Sociologia Compreensiva propõe a subjetividade como o fundamento do sentido da vida social e defende-a como constitutiva do social e inerente à construção da objetividade nas ciências sociais. (p.24);

     

    b)      Os autores que seguem tal corrente não se preocupam em quantificar, mas, sim, em compreender e explicar a dinâmica das relações sociais que, por sua vez, são depositárias de crenças, valores, atitudes e hábitos. Trabalham com a vivência, com a experiência, com a cotidianidade e também com a compreensão das estruturas e instituições como resultados da ação humana objetivada. Ou seja, desse ponto de vista, a linguagem, as práticas e as coisas são inseparáveis (p.24);

     

    c)      A principal influência do Positivismo nas ciências sociais foi a utilização dos termos de tipo matemático para a compreensão da realidade. Sua consequência é a apropriação da linguagem de variáveis para especificar atributos e qualidades do objeto de investigação. Os fundamentos da pesquisa quantitativa nas ciências sociais são os próprios princípios clássicos utilizados nas ciências da natureza (p.23);

     

    d)     A abordagem da Dialética faria um desempate nas correntes colocadas anteriormente. Ela se propõe a abarcar o sistema de relações que constrói, o modo de conhecimento exterior ao sujeito, mas também as representações sociais que traduzem o mundo dos significados. A Dialética pensa a relação da quantidade como uma das qualidades dos fatos e fenômenos. Busca encontrar, na parte, a compreensão e a relação com o todo; e a interioridade e a exterioridade como constitutivas dos fenômenos.(p.25).

     

     

    Fonte: MINAYO, Maria Cicília de Souza (org); DESLANDES, Suely Ferreira; NETO, Otávio Cruz; GOMES, Romeu. Pesquis Social: teoria, método e criatividade. Petrópolis, RJ, Vozes, 1994.

  • Ainda sobre a sociologia compreensiva, interessante retormar o texto de Behring e Boschetti:

     

     

    (...)a sociologia compreensiva – será a marca do pensamento de um autor cuja influência no debate contemporâneo é fundamental: Max Weber. Seu trabalho realiza uma aproximação dos processos sociais a partir da compreensão das intencionalidades e ações dos sujeitos, que se sobrepõem às condições objetivas que as circunscrevem. Nesse sentido, as preocupações weberianas estarão voltadas para a captação da relação de sentido da ação humana. Para ele, “conhecer um fenômeno social seria extrair o conteúdo simbólico da ação ou ações que o configuram” e não apenas “o aspecto exterior dessas mesmas ações” (Tragtenberg, 1980:VIII e IX). Mas a análise do sentido dos comportamentos humanos submete-se à prova, à validação objetiva.

     

    (...)Ele enfrentou a problemática da relação entre valores e ciência num momento histórico diferente de Durkheim(...)ele reconhece essa relação, mas os valores aqui não estão relacionados aos projetos societários, às classes sociais, mas a culturas, nações, religiões. São os valores que permitem selecionar, “no caos infinito dos fenômenos sociais” aquilo que é significativo. Para Weber, a vida cultura e os fenômenos sociais existem sempre relacionados aos pontos de vista, que são uma condição indispensável para lhes atribuir significado e relevância. Os valores orientam a escolha do objeto, a direção da investigação empírica, aquilo que é importante e acessório, o aparelho conceitual utilizado e a problemática da pesquisa e questões que se colocam ou não à realidade. Weber criticava a transposição da lógica das ciências naturais para as ciências sociais e, nessa linha, a perspectiva weberiana é totalmente antipositivista. Contudo, se os valores orientam a eleição das questões, Weber postula a necessidade da neutralidade axiológica quando do encaminhamento das respostas: elas devem ser neutras, já que a pesquisa deve caminhar por regras objetivas e universais. Os pressupostos da pesquisa são subjetivos, mas os resultados devem ser válidos e objetivamente aceitáveis. 

     

    Weber desenvolve a metodologia do tipo ideal (...)permitindo situar os fenômenos sociais em sua relatividade, em relação ao tipo ideal – um sistema compreensivo de conceitos - , o que permite formular na sequência hipóteses explicativas. O tipo ideal não existe na realidade, que é fluida, ou seja, não se encontra na realidade o tipo puro, de modo que ela não pode ser classificada como rígida.(p.33 a 35).

     

     

     

    Fonte: BEHRING, Elaine rossetti; BOSCHETTTI, Ivanete. Política Social: fundamentos e história. -9ed.-São Paulo: Cortez, 2011 (Biblioteca Básica de Serviço Social; v.2)


ID
2356126
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

No período de meados da década de 1960 a década de 1980 destacam-se, no Serviço Social brasileiro, as seguintes perspectivas teórico-metodológicas e ideo-polítcas, EXCETO:

Alternativas

ID
2356129
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A questão da relação entre teoria e prática é parte da agenda de debates dos assistentes sociais no Brasil. Sobre esta relação, segundo a direção estratégica do projeto-ético-político profissional, analise as afirmativas a seguir.
I. A instância de verificação da teoria é a prática social e histórica.
II. A teoria é a construção de enunciados discursivos sobre os quais a comunidade científica pode ou não estabelecer consensos intersubjetivos.
III. A teoria é um modelo peculiar de conhecimento. O conhecimento teórico é o conhecimento do objeto tal como ele é em si mesmo, na sua existência real e efetiva, independentemente das aspirações e das representações do pesquisador.
IV. A teoria se reduz ao exame das formas dadas de um objeto, com o pesquisador descrevendo-o detalhadamente e construindo modelos explicativos para dar conta – à base de hipóteses que apontam para relações de causa/efeito – de seu movimento visível.
Estão corretas apenas as afirmativas

Alternativas
Comentários
  • Todas as afirmativas da questão foram retiradas no livro de José Paulo Neto "Introdução ao estudo do método de Marx". A banca,como tantas outras, recortou simplesmente partes do livro. Pra mim, esses recortes podem influenciar sobremaneira as avaliações durante a realização da prova, ainda mais quando se trata de uma tema tão complexo. Por exemplo, ao ler o livro, percebemos realmente a afirmativa III, tal como cobrada na prova, mas a continuidade da discussão traz elementos que superam/elucidam em muito essa afirmação. Essa afirmação solta poderia ser confundida até com a afirmação IV, que se diz respeito aos empiristas, até mais quando se afirma que independe das aspirações do pesquisador, podendo remeter à neutralidade. Mas no livro fica claro que "o conhecimento do objeto tão como ele é em si mesmo" implica um processo extremamente complexo e isso só é compreendido páginas adiante da afirmação anterior. Também deixa mais nítido no decorrer da leitura o quer quer dizer com "independe das representações do pesquisador",reafirmando que o objeto de pesquisa de Marx é a sociedade burguesa e que, portanto,a pesquisa e a teoria que dela resulta exclui qualquer pretensão de neutralidade.

     

    I-a teoria tem uma instância de verificação de sua verdade, instância que é a prática social e histórica.(p.23)

     

    II-Para ele, a teoria não se reduz ao exame sistemático das formas dadas de um objeto, com o pesquisador descrevendo-o detalhadamente e construindo modelos explicativos para dar conta - à base de hipóteses que apontam para relações de causa/efeito - de seu movimento visível, tal como ocorre nos procedimentos da tradição empirista e/ou positivista. E não é, também, a construção de enunciados discursivas sobre os quais a chamada comunidade científica pode ou não estabelecer consensos intersubjetivos, verdadeiros jogos de linguagem ou exercícios e combates retóricos, como querem alguns pós-modernos (Lyotard, 2008; Santos, 2000, cap. 1).(p.20)

     

    III-Para Marx, a teoria é uma modalidade peculiar de conhecimento, entre outras (como, por exemplo, a arte, o conhecimento prático da vida cotidiana, o conhecimento mágico-religioso- cf. Marx, 1982, p. 15). Mas a teoria se distingue de todas essas modalidades e tem especificidades: o conhecimento teórico é o conhecimento do objeto - de sua estrutura e dinâmica - tal como ele é em si mesmo, na sua existência real e efetiva, independentemente dos desejos, das aspirações e das representações do pesquisador. A teoria é, para Marx, a reprodução ideal do movimento real do objeto pelo sujeito que pesquisa: pela teoria, o sujeito reproduz em seu pensamento a estrutura e a dinâmica do objeto que pesquisa. E esta reprodução (que constitui propriamente o conhecimento teórico) será tanto mais correta e verdadeira quanto mais fiel o sujeito for ao objeto. (...)Assim, a teoria é o movimento real do objeto transposto para o cérebro do pesquisador - é o real reproduzido e interpretado no plano ideal (do pensamento). (p.20-21)

     

    IV-Vide II

  • ótima observação Danny

  • I. A instância de verificação da teoria é a prática social e histórica. 

    III. A teoria é um modelo peculiar de conhecimento. O conhecimento teórico é o conhecimento do objeto tal como ele é em si mesmo, na sua existência real e efetiva, 


ID
2356132
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sobre as concepções e a atenção à saúde do trabalhador no Brasil é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • A expressão saúde do trabalhador, com a conotação de campo de conhecimentos, vinculado a uma área ou programa de saúde, é relativamente recente, podendo-se demarcar seu surgimento no final dos anos 1970, quando ela é recepcionada pelo discurso da saúde coletiva, especialmente após o início dos debates da reforma sanitária brasileira, influenciada pelo movimento da reforma sanitária italiana, de forte inspiração operária, e moldada nos pilares da medicina social latino-americana (Lacaz, 1997; Fadel de Vasconcelos, 2007).

     

    Até então, as referências técnico-científicas e político-institucionais sobre as questões da relação saúde-trabalho repousavam, exclusivamente, sobre os campos da Medicina do Trabalho e da Saúde Ocupacional, compreendida nesta última a própria Medicina do Trabalho e outros campos afins, como a Engenharia de Segurança, principalmente, e, por extensão, a Ergonomia, que também pode ser considerada campo de conhecimentos incluído no espectro da Saúde Ocupacional (idem).

     

    O campo político da saúde do trabalhador e o Serviço Social

    Mônica Simone Pereira Olivar


    http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282010000200007


ID
2356135
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

Com a crise estrutural do capital instaurada na década de 1970, os países capitalistas seguiram as orientações do Banco Mundial e instituíram contrarreformas no âmbito do Estado social. Estas orientações do Banco Mundial foram incorporadas com maior ou menor intensidade pelos países capitalistas, sob três direções essenciais, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil! gab b

  • O Estado de bem-estar social ou Estado Providência ( Welfare State em inglês ) foi construído a partir da severa crise detonada pelo crack da bolsa de Nova York em 1929. A proposta de um Estado que ajude a manutenção da saúde do mercado consumidor como forma de evitar novas crises, tem como base as observações críticas do Liberalismo feitas pelo britânico John Keynes. Não é à toa que, muitas vezes, diz-se que a base teórica do Estado de Bem estar é o keynesianismo. As críticas a essa proposta resultaram da crise da década de 1970 que encareceu em demasia os Estados e forçou a alta dos juros no mercado financeiro internacional. 

    Daí as novas diretrizes do Banco Mundial, no sentido de evitar novas crises com o mesmo teor. Para responder a questão é preciso ter clareza acerca das características do Estado de Bem Estar e as mudanças propostas na década de 1970, o que é possível em boas publicações de História e Sociologia para o Ensino Médio

    As alternativas indicam a direção de tais medidas, com a exceção de uma, que deve ser apontada. Atenção pois o que se pede é a direção que NÃO corresponde às propostas do Banco Mundial. 

    A) INCORRETA – Os sistemas públicos de previdência oneram o Estado. Portanto, devem diminuir. 
    B) CORRETA – O acesso à “prestações sociais contributivas (seguros) e assistenciais" é uma característica do Estado de Bem Estar e não uma solução de sua crise . 
    C) INCORRETA- Sistemas privados de poupança são, de acordo com as diretrizes do Banco Mundial importantes para desonerar o Estado e diminuir sua estrutura. 
    D) INCORRETA- A redução do financiamento e qualificação do sistema público de saúde é uma das ´propostas do Banco Mundial dentro de um projeto liberal. 

    Gabarito do Professor: Letra B.

ID
2356138
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

O processo de reestruturação produtiva impacta as políticas de recursos humanos nas empresas, no Brasil, principalmente a partir dos anos de 1990, em alguns aspectos. Acerca desses aspectos, assinale a alternativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Deus abençoe o Brasil! gab b

  • Escrava Isaura é um romance escrito por Bernardo Guimarães


ID
2356141
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Acerca do estudo socioeconômico com os usuários que demandam o Serviço Social, segundo a perspectiva histórico-crítica, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) O estudo socioeconômico pressupõe a manipulação de variáveis empíricas.
( ) O estudo socioeconômico articula conhecimentos da dimensão teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política da profissão.
( ) O estudo socioeconômico vincula-se ao estudo de caso e circunscreve-se ao conhecimento de uma determinada situação vivida por um sujeito no contexto de sua relação familiar.
( ) Realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades é uma atribuição privativa do assistente social.
A sequência está correta em 

Alternativas
Comentários
  •    Apenas sabendo a resposta da ultima alternatica responde-se a questão. Todavia, acho uma questão complexa pois há diferentes visões acerca da letra A.  

     

            Art. 4º Constituem competências do Assistente Social:

         XI - realizar estudos sócio-econômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades. (Lei 8662/93)

  • Alguém poderia explicar porque a alternativa A estaria certa?

     

  • Vamos indicar para cometario ...

  • ( v) O estudo socioeconômico pressupõe a manipulação de variáveis empíricas. ( v) O estudo socioeconômico articula conhecimentos da dimensão teórico-metodológica, técnico-operativa e ético-política da profissão. ( f) O estudo socioeconômico vincula-se ao estudo de caso e circunscreve-se ao conhecimento de uma determinada situação vivida por um sujeito no contexto de sua relação familiar. ( f) Realizar estudos socioeconômicos com os usuários para fins de benefícios e serviços sociais junto a órgãos da administração pública direta e indireta, empresas privadas e outras entidades é uma atribuição privativa do assistente social.

  • Thaís Santos Oliveira Rossine, ESTUDO SOCIAL é atribuição privativa do assistente social. ESTUDO SOCIOECONÔMICO não.

  • Explicar o que seria manipulação de variáveis empíricas em poucas palavras é trair toda uma linha de raciocínio do José Paulo Netto, maaaas resumindo de modo grosseiro, seria a mobilização da dimensão técnico-operativa para alcançar a eficácia da intervenção profissional.

    Me siga no insta @estudantedecarreira


ID
2356144
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Os dados da violência contra a mulher no Brasil comprovam a persistência do patriarcado no país, além de atestarem a ausência de políticas capazes de prevenir e enfrentar a violência. São 5 espancamentos a cada dois minutos (Fundação Perseu Abramo/2010); 1 estupro a cada 11 minutos (9º Anuário da Segurança Pública/2015); 1 feminicídio a cada 90 minutos (Violência contra a mulher: feminicídios no Brasil, Ipea/2013); 179 relatos de agressão por dia (Balanço Ligue 180 – Central de Atendimento à Mulher/jan-jun/2015) e 13 homicídios femininos por dia em 2013 (Mapa da Violência 2015/Flasco). A Lei nº 11.340, de 7 de agosto de 2006, institui as medidas de prevenção da violência contra a mulher. Acerca dessas medidas assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  • Para responder à questão é importante fazer uma comparação entre as questões, desse modo, apenas a letra A não parece como uma medida de prevenção como a questão pede e pra quem gosta da letra da lei, no capítulo sobre Medidas Integradas de Proteção da Lei 11.340/06 está:

     

    I – a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência
    social, saúde, educação, trabalho e habitação;

    II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às consequências e à frequência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas;

    IX – o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à equidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.

  • A letra "A" é medida protetiva de urgência.
  • CAPÍTULO I

    DAS MEDIDAS INTEGRADAS DE PREVENÇÃO

    Art. 8o  A política pública que visa coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher far-se-á por meio de um conjunto articulado de ações da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios e de ações não-governamentais, tendo por diretrizes:

    I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação;

    II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas;

    III - o respeito, nos meios de comunicação social, dos valores éticos e sociais da pessoa e da família, de forma a coibir os papéis estereotipados que legitimem ou exacerbem a violência doméstica e familiar, de acordo com o estabelecido no inciso III do art. 1o, no inciso IV do art. 3o e no inciso IV do art. 221 da Constituição Federal;

    IV - a implementação de atendimento policial especializado para as mulheres, em particular nas Delegacias de Atendimento à Mulher;

    V - a promoção e a realização de campanhas educativas de prevenção da violência doméstica e familiar contra a mulher, voltadas ao público escolar e à sociedade em geral, e a difusão desta Lei e dos instrumentos de proteção aos direitos humanos das mulheres;

    VI - a celebração de convênios, protocolos, ajustes, termos ou outros instrumentos de promoção de parceria entre órgãos governamentais ou entre estes e entidades não-governamentais, tendo por objetivo a implementação de programas de erradicação da violência doméstica e familiar contra a mulher;

    VII - a capacitação permanente das Polícias Civil e Militar, da Guarda Municipal, do Corpo de Bombeiros e dos profissionais pertencentes aos órgãos e às áreas enunciados no inciso I quanto às questões de gênero e de raça ou etnia;

    VIII - a promoção de programas educacionais que disseminem valores éticos de irrestrito respeito à dignidade da pessoa humana com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia;

    IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher.

  • COMENTÁRIO DA QUESTÃO: 
    Esse é um tipo de questão que devemos ter bastante atenção. Porque além de ter um enunciado extremamente longo, temos que nos atentar ao que se pede, no caso a alternativa incorreta, a que não corresponda  as mediadas de prevenção da violência contra a mulher. Medidas estas que estão  elencadas no artigo Art. 8o  do  inciso I ao IV  da Lei Maria da Penha.
    “Encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento” – a alternativa A - NÃO corresponde a uma mediada integrada de prevenção, pois trata-se  de uma medida protetiva de urgência à ofendida. Logo, a afirmativa INCORRETA é a letra “A”.Sim, as demais alternativas  B,  C  e D  são medidas integradas de prevenção.

    Gabarito: (LETRA A)

    DICA:
    Quem estuda para concurso sabe da importância que é a leitura de lei seca. A dica é pratique bem essa leitura. E aqui vão alguns motivos:
    1-    Muitas questões cobram a literalidade das normas;
    2-    Familiarização com termos e com uma leitura mais densa e;
    3-    Ótima oportunidade  para revisar aquilo que foi estudado.


    Estudando para os concursos de Serviço Social? 
    Então, siga-nos nas redes sociais!
    Instagram: @euassistentesocial
    Fanpage: facebook.com/euassistentesocial/
    Blogger: euassistentesocial01.blogspot.com.br/ 
    Twitter: @Euassistenteso1
    Visite o site: www.euassistentesocial.com.br
     

  • Seção III

    Das Medidas Protetivas de Urgência à Ofendida

    Art. 23.  Poderá o juiz, quando necessário, sem prejuízo de outras medidas:

    I - encaminhar a ofendida e seus dependentes a programa oficial ou comunitário de proteção ou de atendimento;

    II - determinar a recondução da ofendida e a de seus dependentes ao respectivo domicílio, após afastamento do agressor;

    III - determinar o afastamento da ofendida do lar, sem prejuízo dos direitos relativos a bens, guarda dos filhos e alimentos;

    IV - determinar a separação de corpos.

  • LEI Nº 11.340/2006

     

    Art. 8º – ...

    I - a integração operacional do Poder Judiciário, do Ministério Público e da Defensoria Pública com as áreas de segurança pública, assistência social, saúde, educação, trabalho e habitação; (B)

    II - a promoção de estudos e pesquisas, estatísticas e outras informações relevantes, com a perspectiva de gênero e de raça ou etnia, concernentes às causas, às conseqüências e à freqüência da violência doméstica e familiar contra a mulher, para a sistematização de dados, a serem unificados nacionalmente, e a avaliação periódica dos resultados das medidas adotadas; (D)

    IX - o destaque, nos currículos escolares de todos os níveis de ensino, para os conteúdos relativos aos direitos humanos, à eqüidade de gênero e de raça ou etnia e ao problema da violência doméstica e familiar contra a mulher; (C)

     

    A alternativa A traz uma medida protetiva de urgência elencada no Art. 23, inciso I. Logo, apesar de ser uma afirmação correta, ela não corresponde ao que está sendo pedido no enunciado da questão.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: A

  • A banca acusa o pratriarcado como a causa da violência contra a mulher. É de doer o ovo.

ID
2356147
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Sobre as instâncias públicas de controle democrático instituídas pós Constituição Federal de 1988 e o Serviço Social, analise as afirmativas a seguir.
I. Os conselhos são concebidos pelos liberais como instrumentos ou mecanismos de colaboração.
II. As conferências são eventos que devem ser realizados periodicamente para discutir as políticas sociais de cada esfera e propor diretrizes de ação.
III. As instâncias públicas de controle democrático fundam-se nas premissas do controle social e da participação da sociedade civil nas decisões políticas.
IV. O assistente social pode inserir nas instâncias públicas de controle democrático por meio de sua participação enquanto conselheiro ou desenvolvendo ações de assessoria.
Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • Sobre a alternativa I:

    O debate sobre os conselhos como instrumento de exercício da democracia esteve presente entre setores liberais e da esquerda (em seus diferentes matizes). A diferença é que eles são pensados como instrumentos ou mecanismos de colaboração, pelos liberais; e como vias ou possibilidades de mudanças sociais no sentido da democratização das relações de poder, pela esquerda (GOHN, 2000:176). (https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/20750/20750_5.PDF).

     

    Sobre a alternativa IV:

    Os assistentes sociais podem ter uma dupla inserção nesses espaços: uma essencialmente política quando participam enquanto conselheiros e outra que caracteriza um novo espaço sócio-ocupacional quando desenvolvem ações de assessoria aos conselhos ou alguns de seus segmentos (usuários, trabalhadores e poder público). Vai-se ressaltar neste trabalho esta segunda inserção face às demandas colocadas na atual conjuntura.

    http://www.cressrn.org.br/files/arquivos/K27R5ULO0r1Qq31quL42.pdf.


ID
2356150
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Entre as estratégias da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, conforme a Portaria nº 1.823, de 23 de agosto de 2012, encontra-se a análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores que pressupõe, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • CAPÍTULO III

    DAS ESTRATÉGIAS

    Art. 9º São estratégias da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora:

    I - integração da Vigilância em Saúde do Trabalhador com os demais componentes da Vigilância em Saúde e com a Atenção Primária em Saúde, o que pressupõe:

    ...

    II - análise do perfil produtivo e da situação de saúde dos trabalhadores, o que pressupõe:

    a) identificação das atividades produtivas e do perfil da população trabalhadora no território em conjunto com a atenção primária em saúde e os setores da Vigilância em Saúde;

    b) implementação da rede de informações em saúde do trabalhador;

    c) definição de elenco de indicadores prioritários para análise e monitoramento;

    d) definição do elenco de agravos relacionados ao trabalho de notificação compulsória e de investigação obrigatória e inclusão no elenco de prioridades, nas três esferas de gestão do SUS;

    e) revisão periódica da lista de doenças relacionadas ao trabalho;

    f) realização de estudos e análises que identifiquem e possibilitem a compreensão dos problemas de saúde dos trabalhadores e o comportamento dos principais indicadores de saúde;

    g) estruturação das estratégias e processos de difusão e comunicação das informações;

    h) garantia, na identificação do trabalhador, do registro de sua ocupação, ramo de atividade econômica e tipo de vínculo nos seguintes sistemas e fontes de informação em saúde, aproveitando todos os contatos do/a trabalhador/a com o sistema de saúde:

    ...

    http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2012/prt1823_23_08_2012.html

  • Equidade é uma DIRETRIZ e não uma ESTRATÉGIA.


ID
2356153
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora foi instituída pelo Ministério da Saúde por meio da Portaria nº 1.823, de 22 de agosto de 2012. O estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social constitui uma estratégia em seu processo de implementação. Acerca do que esta estratégia pressupõe, marque V para as afirmativas verdadeiras e F para as falsas.
( ) Acolhimento e resposta às demandas dos representantes da comunidade e do controle social.
( ) Estímulo à participação de representação dos trabalhadores nas instâncias oficiais de representação social do SUS, a exemplo dos conselhos e comissões intersetoriais, nas três esferas de gestão do SUS.
( ) Busca de articulação com entidades, instituições, organizações não governamentais, associações, cooperativas e representações de categorias de trabalhadores inseridas exclusivamente em atividades com vínculos formais de trabalho.
( ) Capacitação de representantes dos trabalhadores nas instâncias oficiais de representação social do SUS voltada à aplicação de medidas básicas de promoção, prevenção e educação em saúde e às orientações quanto aos direitos dos trabalhadores.
A sequência está correta em

Alternativas
Comentários
  • V - estímulo à participação da comunidade, dos trabalhadores e do controle social, o que pressupõe:

    a) acolhimento e resposta às demandas dos representantes da comunidade e do controle social;

    b) buscar articulação com entidades, instituições, organizações não governamentais, associações, cooperativas e demais representações de categorias de trabalhadores, presentes no território, inclusive as inseridas em atividades informais de  trabalho e populações em situação de vulnerabilidade;

    c) estímulo à participação de representação dos trabalhadores nas instâncias oficiais de representação social do SUS, a exemplo dos conselhos e comissões intersetoriais, nas três esferas de gestão do SUS;

    d) apoiar o funcionamento das Comissões Intersetoriais de Saúde do Trabalhador (CIST) dos Conselhos de Saúde, nas três esferas de gestão do SUS;

    e) inclusão da comunidade e do controle social nos programas de capacitação e educação permanente em saúde do trabalhador, sempre que possível, e inclusão de conteúdos de saúde do trabalhador nos processos de capacitação permanente voltados para a comunidade e o controle social, incluindo grupos de trabalhadores em situação de vulnerabilidade, com vistas às ações de promoção em saúde do trabalhador;

    f) transparência e facilitação do acesso às informações aos representantes da comunidade, dos trabalhadores e do controle social;

     

  •  ( v ) Acolhimento e resposta às demandas dos representantes da comunidade e do controle social. 

    ( v ) Estímulo à participação de representação dos trabalhadores nas instâncias oficiais de representação social do SUS, a exemplo dos conselhos e comissões intersetoriais, nas três esferas de gestão do SUS. 

    ( f ) Busca de articulação com entidades, instituições, organizações não governamentais, associações, cooperativas e representações de categorias de trabalhadores inseridas exclusivamente em atividades com vínculos formais de trabalho. 

    ( f ) Capacitação de representantes dos trabalhadores nas instâncias oficiais de representação social do SUS voltada à aplicação de medidas básicas de promoção, prevenção e educação em saúde e às orientações quanto aos direitos dos trabalhadores. 


ID
2356156
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Como resposta do capital à sua crise estrutural várias mutações ocorreram na virada do século XX para o século XXI. As metamorfoses no processo de produção do capital repercutem no mundo do trabalho. Dentre as consequências destas metamorfoses no mundo do trabalho encontram-se:
I. Há a exclusão dos jovens e pessoas de meia idade do mercado de trabalho nos países centrais.
II. A classe trabalhadora fragmentou-se, heterogeneizou-se e complexificou-se ainda mais. Tornou-se mais qualificada em todos os setores.
III. Ocorre a inclusão precoce e criminosa de crianças no mercado de trabalho, particularmente nos países de industrialização intermediária e subordinada.
IV. Em decorrência do aumento do desemprego estrutural, dos avanços científicos e tecnológicos e da hegemonia neoliberal, a classe trabalhadora perde o seu papel central na produção de valores e na cena política.
Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • Questão baseada no Livro: "Adeus ao Trabalho" Antunes, R.

  • II- A classe trabalhadora fragmentou-se, heterogeneizou-se e complexificou-se ainda mais. Tornou-se mais qualificada em todos os setores.  (A dimensão mais qualficada é referente a do trabal multifucional, operar maquinas...)

     


ID
2356159
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Acerca do financiamento da assistência social, conforme dispõe a Lei Orgânica da Assistência Social, Lei Federal nº 8.742, de 7 de dezembro de 1993, assinale a afirmativa INCORRETA.

Alternativas
Comentários
  •         Art. 28. O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos nesta lei far-se-á com os recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das demais contribuições sociais previstas no art. 195 da Constituição Federal, além daqueles que compõem o Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

  • O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos na Lei anteriormente referida far-se-á, em sua totalidade, com do Fundo Nacional de Assistência Social.

     

     Art. 28. O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos nesta lei far-se-á com os recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das demais contribuições sociais previstas no art. 195 da Constituição Federal, além daqueles que compõem o Fundo Nacional de Assistência Social (FNAS).

  • Pessoal, perceba que a questão é anterior ao ano de 2019. Logo, nesse período a alienação dos bens imóveis da LBA constituía receita do FNAS. Logo, a letra “a” está correta.

    Vamos a letra “b”.

    O financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos na Lei anteriormente referida far-se-á, em sua totalidade, com do Fundo Nacional de Assistência Social.

    Errado. Como nós estudamos, o financiamento dos benefícios, serviços, programas e projetos estabelecidos na LOAS se dá por meio dos recursos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, das demais contribuições sociais previstas no art. 195 da Constituição Federal, que trata das contribuições da seguridade social que estudamos na aula passada, além daqueles que compõem o Fundo Nacional de Assistência Social.

    RESPOSTA: LETRA B


ID
2356162
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, a formação técnico-profissional dos adolescentes obedecerá aos seguintes princípios, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Art. 63. A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

    I - garantia de acesso e frequência obrigatória ao ensino regular ;

    II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente ;

    III - horário especial para o exercício das atividades ;

    ECA

  • Gabarito letra B

  • LEI Nº 8.069/1990

     

    Art. 63 – A formação técnico-profissional obedecerá aos seguintes princípios:

     

    I - garantia de acesso e freqüência obrigatória ao ensino regular;

    II - atividade compatível com o desenvolvimento do adolescente;

    III - horário especial para o exercício das atividades.

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: B


ID
2356165
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

As desigualdades que presidem o processo de desenvolvimento do Brasil têm sido uma de suas particularidades históricas. Acerca da questão social nas particularidades da formação sócio-histórica do Brasil, analise as afirmativas a seguir.
I. A transição do capitalismo competitivo ao monopolista no Brasil ocorre por caminhos do “modelo universal da democracia burguesa”.
II. Os princípios do liberalismo no Brasil, nas suas origens, foram definidos pelo universalismo, pela liberdade do trabalho e pela igualdade perante a lei – bases da cidadania liberal.
III. A modernização conservadora articula o progresso no marco da ordem e atribui um ritmo lento às transformações operadas, de modo que o novo surja como um desdobramento do velho.
IV. O amplo uso de instrumentos coercitivos por parte do Estado restringiu a participação política e o exercício da cidadania para os setores majoritários da população, derivando uma rede de relações autoritárias que atravessa a própria sociedade civil incorporada pelo Estado.
Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • I. A transição do capitalismo competitivo ao monopolista no Brasil ocorre por caminhos ( QUE FOGEM ) do “modelo universal da democracia burguesa”.

    II. Os princípios do liberalismo no Brasil ( NA EUROPA) , nas suas origens, foram definidos pelo universalismo, pela liberdade do trabalho e pela igualdade perante a lei – bases da cidadania liberal.

    https://prezi.com/svq1-4zxup-4/a-questao-social-no-brasil-particularidades-da-formacao-his/


ID
2356168
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Estatuto do Idoso regula os direitos assegurados às pessoas com idade igual ou superior a sessenta anos. Sobre estes direitos previstos na Lei Federal nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • ALTERNATIVA D - INCORRETA

     

    Artigo 34 da Lei nº 10.741/2003

     

    Art. 34. Aos idosos, a partir de 65 (sessenta e cinco) anos, que não possuam meios para prover sua subsistência, nem de tê-la provida por sua família, é assegurado o benefício mensal de 1 (um) salário-mínimo, nos termos da Lei Orgânica da Assistência Social - Loas. (Vide Decreto nº 6.214, de 2007)

     

    Parágrafo único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a LOAS.

  • O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos exposto anteriormente NÃO será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a LOAS.

  • LEI Nº 10.741/2003

     

    Art. 34 – ...

    § único. O benefício já concedido a qualquer membro da família nos termos do caput não será computado para os fins do cálculo da renda familiar per capita a que se refere a LOAS.

     

    a) Art. 17;

    b) Art. 28, inciso I;

    c) Art. 29;

     

    Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa

    ------------------- 

    Gabarito: D


ID
2356171
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A avaliação e o monitoramento da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, pelas três esferas de gestão do SUS, devem ser conduzidos considerando-se:
I. A definição de interlocutor para o tema saúde do trabalhador nas três esferas de gestão do SUS.
II. A produção de protocolos, de linhas guias e linhas de cuidado em saúde do trabalhador, de acordo com os níveis de organização da vigilância e atenção à saúde.
III. O monitoramento e avaliação dos indicadores de saúde do trabalhador pactuados, bem como o acompanhamento da evolução histórica e tendências dos indicadores de morbimortalidade, nas esferas municipal, micro e macrorregionais, estadual e nacional.
IV. A definição dos fluxos de referência, contrarreferência e de apoio matricial, de acordo com as diretrizes clínicas, as linhas de cuidado pactuadas na Comissão Intergestores Regional (CIR) e na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), garantindo a notificação compulsória dos agravos relacionados ao trabalho.
Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • Art. 17. A avaliação e o monitoramento da Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora, pelas três esferas de gestão do SUS, devem ser conduzidos considerando-se:

    I a inserção de ações de saúde do trabalhador, considerando objetivos, diretrizes, metas e indicadores, no Plano de Saúde, na Programação Anual de Saúde e no Relatório Anual de Gestão, em cada esfera de gestão do SUS;

    II - a definição de que as ações de saúde do trabalhador, em cada esfera de gestão, devem expressar com clareza e transparência, os mecanismos e as fontes de financiamento;

    III - o estabelecimento de investimentos nas ações de vigilância, no desenvolvimento de ações na Atenção Primária em Saúde e na regionalização como eixos prioritários para a aplicação dos recursos de saúde do trabalhador;

    IV - a definição de interlocutor para o tema saúde do trabalhador nas três esferas de gestão do SUS;

    V - a inclusão na Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde (RENASES) de ações e serviços de saúde do trabalhador;

    VI - a produção de protocolos, de linhas guias e linhas de cuidado em saúde do trabalhador, de acordo com os níveis de organização da vigilância e atenção à saúde;

    VII - a capacitação dos profissionais de saúde, visando à implementação dos protocolos, das linhas guias e das linhas de cuidado em saúde do trabalhador;

    VIII - a definição dos fluxos de referência, contra-referência e de apoio matricial, de acordo com as diretrizes clínicas, as linhas de cuidado pactuadas na Comissão Intergestores Regional (CIR) e na Comissão Intergestores Bipartite (CIB), garantindo a notificação compulsória dos agravos relacionados ao trabalho; e

    IX - o monitoramento e avaliação dos indicadores de saúde do trabalhador pactuados, bem como o acompanhamento da evolução histórica e tendências dos indicadores de morbimortalidade, nas esferas municipal, micro e macrorregionais, estadual e nacional.

     

    PORTARIA Nº 1.823, DE 23 DE AGOSTO DE 2012

  •  Estão corretas todas as afirmativas


ID
2356174
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Acerca das classes sociais e sua relação com o Estado na formação sócio-histórica do Brasil, é INCORRETO afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • Essa questão foi toda baseada no texto Classes e lutas sociais de Celso Frederico:

     

    a) Numa perspectiva oposta (à marxista), a sociologia empírica prefere estratificar a sociedade, usando como critério o nível de renda e os padrões de consumo. Em assim fazendo, chamam de classes sociais o que a rigor são apenas camadas e segmentos da sociedade.(p.01)

     

    b)A presença do Estado manifestou-se plenamente nas relações de trabalho, através de uma impressionante criação de leis e decretos que se cristalizaram, em 1943, na Consolidação das Leis do Trabalho.(p.04) Portanto, foi no período getulista que o Estado se manifestou plenamente nas relações de trabalho, com a criação de diversas leis voltadas para o trabalho, e não na ditadura, conforme afirmado pela alternativa.

     

    c)Há diferentes modos de definir classes sociais. Para o marxismo, elas se definem a partir do lugar que os indivíduos ocupam nas relações de produção, mais precisamente pela posição perante os meios de produção (proprietários/não-proprietários). As classes, assim, são entendidas como um componente estrutural da sociedade capitalista e, ao mesmo tempo, como sujeitos coletivos que têm suas formas de consciência e de atuação determinadas pela dinâmica da sociedade. (p.01)

     

    d)Nessa nova configuração, a luta de classes ganha tons dramáticos e um novo campo de batalha. Ela não se trava apenas nas “plantas industriais”, no “chão da fábrica”, como gostam de dizer os sociólogos do trabalho, mas principalmente na completa captura dos aparatos estatais. Por isso, o que está em jogo hoje é o controle do fundo público, que compreende as verbas milionárias do PIS/PASEP, o Fundo de Amparo ao Trabalhador, o FGTS e o Sistema S. Segundo os cálculos de Salvadori Dedecca, esses fundos “correspondem a 3% do PIB brasileiro. Isto é, nós temos uma arrecadação anual de 3% para realizarmos políticas de emprego e proteção do emprego”. (p.11)

     

     

    Fonte: Celso Frederico, Classes e lutas sociais in: “Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais” (CFESS, 2009)


ID
2356177
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A Lei nº 8.080, de 19 de setembro de 1990, dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde e a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes. Entre os objetivos e atribuições do Sistema Único de Saúde encontram-se:
I. Avaliação do impacto que as tecnologias provocam à saúde.
II. Igualdade de assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie.
III. A ordenação da formação de recursos humanos na área da saúde pública e da saúde privada.
IV. A formulação da política de medicamentos, equipamentos, imunobiológicos e outros insumos de interesse para a saúde e a participação na sua produção.
Estão corretas as afirmativas 

Alternativas
Comentários
  • II. Igualdade de assistência à saúde, sem preconceitos ou privilégios de qualquer espécie. ( É um principio e diretriz)

    III. A ordenação da formação de recursos humanos na área da saúde pública e da saúde privada.( não possui essa distinção entre publico e privado na atribuição). 

    Lei 8080/90

  • Letra C

  • GABARITO C

     

    LEI 8.080

    Art. 5º São objetivos do Sistema Único de Saúde SUS:
    I - a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;
    II - a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, a observância do disposto no § 1º do art. 2º desta lei;
    III - a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas


ID
2356180
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

Acerca das particularidades do trabalho profissional do assistente social na área da saúde do trabalhador, segundo a direção estratégica do projeto ético-político profissional, é correto afirmar que:

Alternativas
Comentários
  • O trabalho profissional do assistente social se materializa na capacidade de trabalhar em equipes com formação interdisciplinar, buscando a intersetorialidade e a interface da saúde do trabalhador com as demais políticas sociais.


ID
2356183
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Estatuto da Pessoa com Deficiência - Lei nº 13.146 de 2015
Assuntos

Conforme o Decreto nº 3.298, de 20 de dezembro de 1999, constituem modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência, EXCETO:

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: Letra D

     

    Dec. 3298/99

    Art. 35.  São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:

     

    I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;

     

    II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e

     

    III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal.

  • LETRA D

     

    Macete para diferenciar  competitiva x seletiva

     

    colocação coMpetitiva:  iNdepende da adoção de procedimentos especiais

    colocação seletiva:  depende da adoção de procedimentos e apoios ESPECIAIS

     

    Galera, criei um perfil no instagram voltado para publicar os meus macetes , dicas e venda dos meus materiais. Sigam aí @qciano. Abraço e bons estudos! https://www.instagram.com/qciano/ .

  • GABARITO LETRA D

     

    GALERA,CRIEI UM CADERNO ''NOÇÕES DE DIREITOS DA PESSOA C/ DEFICIÊNCIA'' COM O MÁXIMO DE QUESTÕES QUE ACHEI(+ DE 300 QUESTÕES).AS LEIS E DECRETOS ESTAVAM MUITO ESPALHADOS.ACRESCENTAREI NOVAS QUESTÕES QUANDO FOR SAINDO.QUEM SE INTERESSAR BASTA ME SEGUIR AÍ E ACOMPANHAR A ATUALIZAÇÃO DO CADERNO PÚBLICO NO MEU PERFIL.

     

    BONS ESTUDOS,GALERA.NÃO DESISTAM!!!VALEEEU

  • Decreto 3298/99

    Art. 35.  São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:

    I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;

    II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e

    III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal.

    EXCETO:

    Art. 37.  Fica assegurado à pessoa portadora de deficiência o direito de se inscrever em concurso público, em igualdade de condições com os demais candidatos, para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência de que é portador.

  •  

    INSERÇÃO NO TRABALHO DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA (PCD)

     

     

    ESQUEMATIZANDO:

     

     

    1)COLOCAÇÃO COMPETITIVA

     

    >> INDEPENDENDE DA ADOÇÃO DE PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

    >> NÃO EXCLUI A POSSIBILIDADE DE USO DE APOIOS ESPECIAIS

     

     

    2)COLOCAÇÃO SELETIVA

     

    >> DEPENDE DA ADOÇÃO DE PROCEDIMENTOS ESPECIASI

    >> DEPENDE DO USO DE APOIOS ESPECIAIS

     

     

    3)PROMOÇÃO DO TRABALHO POR CONTA PRÓPRIA 

     

    >> ATRAVÉS DE FOMENTO DE AÇÕES DE PESSOAS, VISANDO A EMANCIPAÇÃO ECONÔMICA E PESSOAL

    >> MEDIANTE TRABALHO AUTONÔMO, COOPERATIVADO OU EM REGIME DE ECONOMIA FAMILIAR

     

     

    OBS(1): PROCEDIMENTO ESPECIAIS = REGIME DE CONTRATAÇÃO DIFERENTE. POR EXEMPLO: FLEXIBILIDADE DE HORÁRIO, JORNADA REDUZIDA VARIÁVEL ..

     

    OBS(2): APOIOS ESPECIAIS = TECNOLOGIAS ASSISTIVAS OU AJUDAS TÉCNICAS QUE AUXILIAM NA INSERÇÃO LABORAL DA PCD. POR EXEMPLO: MULETAS, CARROS DE MÃO MOTORIZADOS ...

     

     

     

    GAB D

  • pra memorizar em X:

    SEletiva - COM

    COMpetitiva - SEm

     

    O que adianta ser nomeado e perder a alma? Estude seu vade para a posse, mas salvação é na Bíblia, Leia.

  • Art. 35.  São modalidades de inserção laboral da pessoa portadora de deficiência:

    I - colocação competitiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que independe da adoção de procedimentos especiais para sua concretização, não sendo excluída a possibilidade de utilização de apoios especiais;

    II - colocação seletiva: processo de contratação regular, nos termos da legislação trabalhista e previdenciária, que depende da adoção de procedimentos e apoios especiais para sua concretização; e

    III - promoção do trabalho por conta própria: processo de fomento da ação de uma ou mais pessoas, mediante trabalho autônomo, cooperativado ou em regime de economia familiar, com vista à emancipação econômica e pessoal.

  • De acordo com o comentário do professor do qc, o erro da questão é por que  não tem previsão no decreto 3.298 da letra E. Ou seja, as letras a, b e c estão com previsão no decreto já a E não nada dispondo nesse sentido no decreto. Mas tem uma disposição em outra lei com a assertiva E.


ID
2356186
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

O Brasil se destaca no ranking mundial de acidentes trabalhistas, ocupando o quarto lugar. Os acidentes de trabalho no período de 2011 a 2013 totalizaram 2.152.524 registros. Destes, 1.649.192 foram efetuados por meio da Comunicação de Acidentes de Trabalho (CAT) e 503.332 sem CAT. Do total, 8.503 são óbitos, ou seja, em média, no Brasil, 2.800 pessoas morrem anualmente em decorrência de acidente de trabalho, o que significa 236 mortes ao mês, sete mortes diárias e uma a cada três horas. Contudo, estes dados, segundo Lourenço (2015) são incompletos frente às reais condições de trabalho. Acerca das dificuldades em desvelar a real situação em relação aos agravos à saúde dos trabalhadores encontram-se:
I. A subnotificação.
II. As dificuldades dos trabalhadores provarem a existência do sofrimento psíquico.
III. A forma de gestão do trabalho que impõe metas de produtividade e o maior envolvimento dos trabalhadores com os ideais das empresas.
IV. A adoção de estratégias empresariais de aportes toyotistas, que organizam o trabalho promovendo bonificações para o “presenteísmo” no universo laboral.
Estão corretas as alternativas 

Alternativas
Comentários
  • Referência: http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0101-66282015000300447&lng=pt&nrm=is&tlng=pt

  • Letra A

    Todas aternativas corretas de acordo com o texto de (Lorenço- 2015).