SóProvas


ID
2356381
Banca
CONSULPLAN
Órgão
TRF - 2ª REGIÃO
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Mentes livres 


    Atualmente, já está muito claro que nossas experiências mentais estão sempre criando estruturas cerebrais que facilitam a resposta rápida a futuras demandas semelhantes. O tema mais importante, no entanto, não é que as estruturas se ampliem sempre, é a liberdade natural da mente, que opera além das estruturas.

    Um motorista não é seu carro, nem por onde circula. Ele tem a liberdade de deixar o carro e seguir por outros meios e também de repensar seus trajetos. Ainda assim, se as estradas ficarem bloqueadas ou o carro quebrar, ele terá dificuldade em andar a pé e usará o tempo arrumando o carro ou colocando a estrada em condições de uso. Só ao final de um tempo ele conseguirá ultrapassar as fixações estruturais internas e refazer suas opções.

    Em verdade, a liberdade do motorista é tal que nem mesmo motorista ele é. Ele é um ser livre. A prática espiritual profunda conduz a essa liberdade, naturalmente presente. As fixações são o carma. As experiências comuns no mundo, eventos maiores e menores, vão se consolidando como trajetos e redes neurais internas e estruturas cármicas que balizam a operação da mente, estruturando recursos limitados como se fossem as únicas opções, ainda que, essencialmente, a mente siga livre.

    As estruturas grosseiras como os espaços das cidades, as ruas físicas, e em um sentido mais amplo tudo o que aciona nossos sentidos físicos, surgem também como resultado das atividades mentais repetitivas, assim como a circulação da energia interna, que é o aspecto sutil. Um automobilista precisa de uma transformação interna e externa complexa para se tornar um ciclista; não é fácil. Já o tripulante do sofá tem dificuldade em incluir exercícios, novos hábitos de alimentação e mudanças na autoimagem – os desafios são idênticos.

   Nossos melhores pensamentos constroem mundos melhores e também cérebros melhores. Já os pensamentos aflitivos constroem mundos piores e cérebros com estruturas que conduzem à aflição e à doença.

   Tanto os aspectos grosseiros como os sutis flutuam; é visível. A única expressão incessantemente presente e disponível é a liberdade natural silenciosa dentro de nós mesmos. É dessa natureza que surge a energia que, livre de condicionamentos, cria novos caminhos neurais e novas configurações de mundo. Os mestres de sabedoria apontam-na como sempre disponível, mesmo durante experiências como a doença e a morte. É dessa região inabalável que irradiam sua sabedoria, compaixão e destemor.

                                (SAMTEN, Padma – Revista “Vida simples” – agosto 2014 – Ed. Abril.) 

Nas alternativas a seguir há um exemplo de figura de linguagem denominada “elipse”. Assinale-a.

Alternativas
Comentários
  • Para Décio Terror, cabe recurso na questão, tendo em vista que a letra A também pode estar correta:

    "A elipse é a omissão de palavra facilmente subentendida no texto, o que ocorreu na alternativa (A).

    Note que o verbo "constroem" ficou subentendido na oração "e também (constroem) cérebros melhores".

  • QUESTÃO CABE RECURSO LETRAS (A) e (D) ESTÃO CORRETAS.  HÁ OMISSÃO DO VERBO "CONSTRUIR" NA LETRA (A) E NA LETRA (D) HÁ OMISSÃO DO VERBO "CONSEGUIR". NOS DOIS CASOS OCORRE Zeugma

     

    LETRA (D) : “Só ao final de um tempo ele CONSEGUIRÁ ultrapassar as fixações estruturais internas E (CONSEGUIRÁ ) refazer suas opções.”              OBS: ESTÁ CLARO QUE O VERBO "CONSEGUIR" ESTÁ ELÍPTICO NA ORAÇÃO APÓS A CONJUNÇÃO (E)

     

    Zeugma:

    Zeugma é uma forma de elipse. Ocorre quando é feita a omissão de um termo JÁ MENCIONADO anteriormente. 

     

     

    Elipse:

    Consiste na omissão de um ou mais termos numa oração que podem ser facilmente identificados, tanto por elementos gramaticais presentes na própria oração, quanto PELO CONTEXTO

  • No gabarito oficial preliminar da banca, esta mesma questão consta como sendo a resposta letra "A".

  • elipse é a omissão de um termo facilmente identificado.

     

    falaram que a alternativa A é elipse, não não... vejam: Nossos melhores pensamentos constroem mundos melhores e também cérebros melhores

     

    a omissão foi do verbo, controem, porém ele já foi mencionado anteriormente, neste caso é zeugma

  • Tanto letra A quanto a letra B são casos de ZEUMA, já que ambos têm omissão de um termo já mencionado anteriormente. Na minha opinião  o enunciado errou em pedir exemplo de figura de linguagem denominada “elipse”. 

    Exemplo de Elipse: "Saímos cedo do trabalho", temos a elipse do pronome pessoal nós, que está subentendido na flexão verbal. 

     

    Fonte: http://conversadeportugues.com.br/2011/04/elipse-e-zeugma-duas-figuras-bem-parecidas/

  • Meninas, ZEUGMA é o cara chato, que quando você menos espera está atráz te seguindo. 

    ELIPSE é o príncipe encantado que você não sabe quem é , mas ele existe.

     

    A diferença é que o Sr. Zeugma já apareceu alguma vez e o príncipe não.