SóProvas


ID
2368369
Banca
FCC
Órgão
SABESP
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Toda conversa sobre Graciliano Ramos esbarra no cineasta Nelson Pereira dos Santos. E o inverso é mais do que verdadeiro.
 Tem sido assim desde 1963, quando Pereira levou ao cinema um dos clássicos do autor, Vidas Secas (1938). Quebrou na ocasião uma lei antiga: a de que livro bom rende filme ruim.
Vinte anos depois, repetiu a façanha, novamente com Ramos, ao adaptar o livro Memórias do Cárcere (1953). São os filmes mais famosos de Pereira, e, assim como as obras que lhes serviram de base, representam dois marcos da cultura brasileira no século 20. 
Além das transposições das duas obras de Graciliano para o cinema, Pereira adaptou escritores como Nelson Rodrigues e Guimarães Rosa. É o único cineasta a integrar a Academia Brasileira de Letras. 
Graciliano e Pereira tinham amigos em comum e frequentavam os mesmos ambientes, mas nunca chegaram a se falar. O cineasta viu o autor uma única vez, em 1952, num almoço em homenagem a Jorge Amado, mas ficou tão encabulado diante do ídolo que não teve coragem de puxar conversa. 
O contato mais intenso ocorreu por meio de carta. Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de Graciliano. Queria autorização do autor para mudar o destino de Madalena, que se mata no fim do romance. Nelson ficara encantado com a personagem e imaginava um desfecho positivo para ela. Mas Graciliano não gostou da ideia.  
A relação artística começaria de fato uma década depois, com o escritor já morto. "Queria fazer um filme sobre a seca. Criei uma história original, mas era muito superficial. Então me lembrei de Vidas Secas". Durante as filmagens, o mais difícil, diz, foi lidar com os bichos: papagaio, gado e, especialmente, a cachorra que "interpretava" Baleia. A cena em que Baleia morre é um dos momentos mais impressionantes da literatura e do cinema nacional.
(Adaptado de: ALMEIDA, Marco Rodrigo. Folha de S.Paulo, 26/06/2013) 

Pereira pretendia levar à tela o livro São Bernardo (1934), de Graciliano. (6º parágrafo)
O verbo flexionado nos mesmos tempo e modo que o grifado acima está empregado em: 

Alternativas
Comentários
  • Pretérito Imperfeito

    Imaginava

    E

  • O tradicional macete do VA-IA-NHA-ERA como Pretérito Imperfeito. Pretendia e Imaginava. Importante não confundir o começaria, neste caso a terminação é RIA e não IA.

  • Gabarito letra e).

     

    Segue um mnemônico para o Pretérito Imperfeito do Indicativo:

     

    "Era ele que vinha dando vaia" + punha + tinha

     

    Era = Verbo "Ser" passa a ser "era".

     

    Vinha = Verbo "Vir" passa a ser "vinha" (VÁLIDO PARA SEUS DERIVADOS).

     

    Va = Verbos terminados em "ar" ou "or" passam a ser terminados em "va". (Alcançar -> Alcançava)

     

    Ia = Verbos terminados em "er" ou "ir" passam a ser terminados em "ia" (NÃO CONFUNDIR COM "RIA" QUE É FUTURO DO PRETÉRITO DO INDICATIVO).

     

    Punha = Verbo "Pôr" passa a ser "punha" (VÁLIDO PARA SEUS DERIVADOS).

     

    Tinha = Verbo "Ter" passa a ser "tinha" (VÁLIDO PARA SEUS DERIVADOS).

     

    Ia = Verbos terminados em "er" ou "ir".

     

    Punha = Verbo "Pôr".

     

    Tinha = Verbo "Ter".

     

     

    QUESTÃO

     

    Pretender -> Pretendia (PRETÉRITO IMPERFEITO DO INDICATIVO)

     

    a) Criar -> Criava

     

    b) Ver -> Via

     

    c) Matar -> Matava

     

    d) Começar -> Começava

     

    e) Imaginar -> Imaginava

     

     

     

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  • Gabarito E

    *** Pretendia -> ideia que no passado era constante ou frequente, portanto: imperfeito. ***

    a) Criei uma história original... -> Criei - Fato consumado, pretérito perfeito.

    b) O cineasta viu o autor uma única vez... -> Viu - Fato consumado, pretérito perfeito.

    c) que se mata no fim do romance. Mata -> Simultaneidade, presente.

    d) A relação artística começaria de fato uma década depois... Começaria -> Possibilidade de execução, futuro do pretérito.

    e) e imaginava um desfecho positivo para ela. Imaginava -> Ideia que no passado era constante ou frequente, imperfeito