O desenvolvimento da historiografia acerca de Brasil permitiu que fossem revistas, aprimoradas e diversificadas as análises de vários momentos e processos de nossa História. Um deles é o da independência do Brasil.
A separação entre Brasil e Portugal, com a subsequente construção do Estado Brasileiro no século XIX, é apresentada como um processo liderado por uma elite proprietária de escravos e terras, cujo maior interesse era o rompimento do monopólio português do comércio de produtos brasileiros.
A grande questão, no entanto, depois da vinda da corte portuguesa para o Rio de Janeiro em 1808 e, a subsequente abertura dos portos às Nações amigas (leia-se Inglaterra), era qual o modelo de sociedade e de Estado iria ser predominante. Quais as lideranças que iriam se afirmar como grupos dominantes após a separação da metrópole portuguesa.
Havia projetos de independência de outros grupos sociais que não aquele da elite proprietária. Sua meta era a separação de Portugal e a organização de um Estado republicano que era, à época, entendido como sinônimo de democracia e plena participação cidadã, acompanhada da abolição da escravidão.
Estes projetos de independência se expressaram em movimentos populares, como cita a afirmativa, na Bahia, no Maranhão, Piauí e Pará, ainda que não houvesse claramente um conceito de Nação Brasileira e os projetos fossem regionais
No Ceará e no Piauí, por exemplo, houve a expulsão de portugueses e a declaração de liberdade antes da independência oficial liderada por Pedro I a partir do Sudeste, em 1822.
Aliás, a adesão destes estados ao projeto de Brasil da elite proprietária se fez por imposição de tropas.
Mais do que adesão houve a derrota de uma proposta sócio–política.
Desta forma estabeleceu-se um Estado Liberal limitado e o regime monárquico que, ao garantir os interesses e a hegemonia da elite proprietária, sufoca outras demandas e projetos.
A afirmativa em pauta é, por conseguinte, correta.
RESPOSTA: CERTO