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ID
2388046
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 4

Minha Alma (a paz que eu não quero) 

A minha alma tá armada e apontada
Para cara do sossego!
(Sêgo! Sêgo! Sêgo! Sêgo!)
Pois paz sem voz, paz sem voz
Não é paz, é medo!
(Medo! Medo! Medo! Medo!)

Às vezes eu falo com a vida,
Às vezes é ela quem diz:

“Qual a paz que eu não quero conservar,
Prá tentar ser feliz?”

As grades do condomínio
São pra trazer proteção
Mas também trazem a dúvida
Se é você que tá nessa prisão

Me abrace e me dê um beijo,
Faça um filho comigo!
Mas não me deixe sentar na poltrona
No dia de domingo, domingo!

Procurando novas drogas de aluguel
Neste vídeo coagido...
É pela paz que eu não quero seguir admitindo

É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir
É pela paz que eu não quero seguir admitindo

Marcelo Yuka, O Rappa

Assinale a alternativa que sintetiza a intenção da mensagem poética da letra de Minha Alma.

Alternativas
Comentários
  • GABARITO LETRA B

     

    "A minha alma tá armada e apontada

    Para cara do sossego! "

     

    "Mas não me deixe sentar na poltrona

    No dia de domingo, domingo! "

  • Alguns trechos indicam a alternativa B como gabarito. Tais trechos indicam que o indivíduo não quer ficar em um estado de comodismo.

    "Mas não me deixe sentar na poltrona no dia de domingo"
    "É pela paz que eu não quero seguir admitindo"

  • como falou em paz e grades do condomínio pensei em violência rs

  • "Mas não me deixe sentar na poltrona no dia de domingo"

    "Procurando novas drogas de aluguel"

    Ele busca o novo!!!

  • A letra dessa música é muito interpretativa, reflexiva, aborda vários pontos. 

    Vejam essa questão - Q515609 - da prova da FGV para o  TCE-SE em 2015.

    "As grades do condomínio / São prá trazer proteção / Mas também trazem a dúvida / Se é você que tá nessa prisão" - da música "Minha Alma (A paz que eu não quero)" de Marcelo Yuka - O Rappa" 

    O problema da vida moderna que é abordado nesse trecho da letra de Marcelo Yuka é:

     a) a ausência de policiamento nas ruas;

     b) o isolamento das pessoas;

     c) a crise de autoridade;

     d) a falta de segurança;

     e) a carência de relacionamentos afetivos.

     

    Resposta Foi Letra D. 

     

    Acho que a Banca deveria pedir para analisarmos um trecho da música como fez a FGV.

     

    Do jeito que a PR-4 colocou fica muito vago. Eu errei. Marquei D. Mas também concordo com os colegas que marcaram a letra B.

     

  • Para mim não tem mais certa entre a "b" e a "d". Ambas mesmo peso no contexto.

  • TEM DUAS OPÇOES CORRETAS, B e D

  • Incluir a questão da violência urbana é uma tendência natural nossa, a partir do conhecimento prévio, mas a menção a medo e as grades do condomínio são os únicos pontos de conexão diretos com violência urbana. Enquanto a ideia de acomodação perpassa praticamente toda letra: o desejo maior de sossego, o pedido de que "(...) não me deixe sentar na poltrona/No dia de domingo, domingo!" e a conclusão "é pela paz que não quero seguir admitindo" amarram uma ideia forte de reflexão e luta contra o próprio comodismo. Questão sutil, concordo que a letra B não está propriamente errada, mas é o clássico caso da "opção mais correta".

     

  • Pessoal, lendo várias vezes, passei a concordar com o gabarito ser a letra B, pois na minha opinião até o trecho que parece falar de violência traz também a ideia de fugir do comodismo, vejam:

    "As grades do condomínio

    São pra trazer proteção

    Mas também trazem a dúvida

    Se é você que tá nessa prisão"

    O MAS TAMBÉM aparece pra chamar a nossa atenção para algo mais importante na mensagem do que a proteção que as grades trazem, ou seja, nos faz atentar para a ideia de que ficar dentro do condomínio, atrás de suas grades de proteção, pode te prender, te estagnar, te parar, como se você estivesse em uma prisão, logo, pode te acomodar.

    Foi o que eu refleti aqui.