SóProvas


ID
2390848
Banca
VUNESP
Órgão
ODAC
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                  Por que achamos que ser magro é bonito?


      Dieta da sopa, da lua, do pepino, da batata doce, para secar a barriga. Em um passeio rápido pela internet, não é nada difícil pinçar alguns exemplos de uma obsessão pela magreza. Mas por que queremos tanto emagrecer? Por que achamos que “magreza = beleza”?

      A preocupação com o ponteiro da balança está longe de ser apenas uma preocupação com a saúde. Essa neura com o peso não vem dos tempos mais remotos. Basta espiar as obras de arte dos séculos passados e ver que a figura feminina idealizada ali concentrava mais gordura do que as modelos de hoje. O quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas. Ainda que o padrão em si tenha mudado, a lógica permanece. “Os padrões de beleza que aparecem ao longo da história são, como regra, acessíveis a poucos”, aponta a psicóloga Joana de Vilhena Novaes.

      Quando fazer as três refeições básicas diariamente era um luxo e morrer de fome era um destino comum para as pessoas, a gordura era um privilégio. Agora, já que temos mais comida à disposição, mais jeitos de conservá-la, comer é fácil. Portanto, não é de estranhar que as modelos extremamente magras sejam colocadas em um pedestal. É mais difícil ser muito magra com tantas calorias à disposição. O corpo magro e jovem também exige cada vez mais procedimentos estéticos e cirurgias para atingir a dita “perfeição” — exige dinheiro, mais um obstáculo.

      Só no Brasil, um terço das meninas que estão no 9° ano do Ensino Fundamental já se preocupam com o peso, de acordo com uma pesquisa de 2013 do IBGE. Em âmbito global, a probabilidade de que uma moça com idade entre 15 e 24 anos morra em decorrência de anorexia é 12 vezes maior que por qualquer outra causa. E não é à toa que as vítimas mais comuns sejam as mulheres. A nutricionista Paola Altheia explica a tendência: “Enquanto a moeda de valor masculina na sociedade é dinheiro, poder e influência, a das mulheres é a aparência”.

(Ana Luísa Fernandes, Priscila Bellini. http://super.abril.com.br. 08.07.2015. Adaptado)

De acordo com o texto, a preocupação com o corpo magro é

Alternativas
Comentários
  • a preocupação com o corpo magro é recente, já que o padrão de beleza dos séculos passados valorizava os corpos mais gordos.

     

    GABARITO: B

  • Diante das demais alternativas, o item menos errado é a letra B, mais é claro a ideia de extrapolação quando o texto fala somente em corpos e rostos mais cheinhos e a alternativa fala de corpos mais gordos.

    O fato é que nenhuma alternativa esta correta, mais...

    Resposta letra B

  • Recente, pois hoje em dia valoriza o corpo magro. Antigamente valorizava as mais cheinhas.O que derrubou quem errou essa questão é que pergunta sobre a preocupação com o corpo magro, se é recente ou antiga, e não a preocupação com o peso...essa sim é antiga (histórica).

  • Entre (b) e (d), ficamos com a menos errada. Magreza não é atributo EXCLUSIVO dos mais ricos.

     

    Gabarito (b)

  • A letra D extrapola o que diz o texto. Na letra B temos as palavras-chave que tornam a resposta correta:

     

    O corpo magro é recente: ''não vem dos tempos remotos''.

    No século passado valorizava-se os corpos mais gordos: ''o quadril largo, as coxas generosas, o rosto mais cheinho eram traços valorizados nas musas''.

     

  • GABARITO: B

     

    Com toda certeza a preocupação  com o corpo magro é RECENTE!

     

    "Essa neura com o peso NÃO VEM dos tempos mais remotos" Linha 3.

     

    Com a  internet, a coisa piorou. Aplicativos, Facebook, Instagram, Twitter e as outras tantas redes sociais colaboram para a obsessão por corpos cada vez mais magros. Eles espalham com uma velocidade assustadora ideias sobre a imagem corporal que atingem pessoas do mundo todo, de todas as idades. Até a gravidez entrou no jogo rsrsrs.. A nova moda é a “mãe fitness”, com barriga pequena e sarada.