Questão 2421922

• Banca: CESPE / CEBRASPE
• Órgão: Prefeitura de São Luís - MA
• Ano: 2017
• Provas: CESPE - 2017 - Prefeitura de São Luís - MA - Técnico Municipal Nível Superior/Nível IX-A- Engenharia Civil
• Disciplina: Engenharia Civil
• Assuntos: Edificação; Materiais de Construção na Engenharia Civil; Orçamento no Planejamento e Controle de Obras na Engenharia Civil; Planejamento e Controle de Obras

Os materiais constituintes, para efeito de escavação e execução dos cortes, são classificados em categorias, caracterizadas em função da maior ou menor dificuldade ou resistência que oferecem ao desmonte. A necessidade de se classificarem os materiais de escavação em categorias provém do simples fato de que os mais resistentes, que oferecem maior dificuldade ao desmonte, demandam emprego de um maior número de horas de equipamento ou obrigam o seu uso de modo mais intensivo, gerando, obviamente, maiores custos de escavação.

Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes. Diretoria Executiva. Instituto de Pesquisas Rodoviárias. Manual de implantação básica de rodovia. 3.ª ed. Rio de Janeiro, 2010. p. 253 e 271 (com adaptações).

Considerando-se o texto apresentado, é correto afirmar que o material que apresenta maior custo para a realização de escavação de corte em rodovia é o de

• A. 2.ª categoria.
• B. 3.ª categoria.
• C. 4.ª categoria.
• D. 5.ª categoria.
• E. 1.ª categoria.

Gabarito: B

Comentários

• 3ª Categoria

  
    - Resistência à extração equivalente à da rocha sã
    -  Blocos de rocha: V < 2 m³; Φmédio > 1 m
    -   Uso contínuo de explosivos

  
  2ª Categoria

  
   -   Resistência à extração inferior à da rocha sã
     - Uso contínuo de escarificador pesado
     - Uso eventual de explosivos ou processos manuais
     - Blocos ou  matacões: V < 2 m³; 15 cm < Φmédio < 1 m

  
  1ª Categoria

  
   -  Material incoerente (solos, em geral)
   -  Seixos rolados ou não: Φmáx < 15 cm.
   -  Qualquer teor de umidade

   

   

   

   

                                                                                 Vá e vença, que por vencido não os conheça!

• A terraplenagem, também conhecida como terraplanagem, trata-se de serviço cujo intuito é, por meio da movimentação de terra, preparar a topografia de um terreno para a execução de uma obra.

   

  Conforme exposto pelo enunciado, em função da dificuldade do desmonte, os materiais são classificados como de 1ª, 2ª e 3ª categoria. Acerca de tais categorias, a norma DNIT 106/2009 – ES (DNIT, 2009) apresenta as seguintes definições:

   

  “3.9 Materiais de 1ª categoria

   

  Compreende os solos em geral, residuais ou sedimentares, seixos rolados ou não, com diâmetro máximo inferior a 0,15 m, qualquer que seja o teor de umidade apresentado. O processo de extração é compatível com a utilização de “Dozer" ou “Scraper" rebocado ou motorizado.

   

  3.10 Material de 2ª categoria

   

  Compreende os solos de resistência ao desmonte mecânico inferior à da rocha não alterada, cuja extração se processe por combinação de métodos que obriguem a utilização do maior equipamento de escarificação exigido contratualmente; a extração eventualmente pode envolver o uso de explosivos ou processo manual adequado. Estão incluídos nesta categoria os blocos de rocha de volume inferior a 2 m³ e os matacões ou pedras de diâmetro médio compreendido entre 0,15 m e 1,00 m;

   

  3.11 Material de 3ª categoria

   

  Compreende os materiais com resistência ao desmonte mecânico equivalente à rocha não alterada e blocos de rocha diâmetro médio superior a 1,00 m, ou de volume igual ou superior a 2 m³, cuja extração e redução, a fim de possibilitar o carregamento, se processe com o emprego contínuo de explosivos".

   

  Tendo em vista o apresentado, o material com maior dificuldade de desmonte é o de 3ª categoria, visto que são os mais volumosos e demandam o uso contínuo de explosivos. Assim, a alternativa B está correta.

   

  Gabarito do Professor: Letra B.

   

  DNIT – Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (2009). DNIT 106/2009-ES – Terraplenagem – Cortes – Especificação de serviço. Rio de Janeiro, 2009.