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ID
2422984
Banca
PR-4 UFRJ
Órgão
UFRJ
Ano
2016
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

“Balta Nunes apareceu num encontro de comunicadores da Frente Povo Sem Medo, em junho passado, querendo ‘colaborar’. Aproximou-se dos militantes, pedia informações das lutas e queria visitar a Escola Florestan Fernandes, experiência pedagógica do MST (Movimento dos Sem-Terra). Seus métodos de aproximação foram descritos com detalhes em artigo recente publicado pela Mídia Ninja.


No que se refere ao texto dado, é INCORRETO afirmar que o termo Balta Nunes (linha 1) é retomado/substituído, entre outros, pelos seguintes recursos de coesão:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO C

     

    Foram descritos  ----> os métodos

  • Locuções Verbais

     

    Outro tipo de conjugação composta - também chamada conjugação perifrástica - são as locuções verbais, constituídas de verbos auxiliares mais gerúndio ou infinitivo.

     

    São conjuntos de verbos que, numa frase, desempenham papel equivalente ao de um verbo único.

     

     

     

    Nessas locuções, o último verbo, chamado principal, surge sempre numa de suas formas nominais; as flexões de tempo, modo, número e pessoa ocorrem nos verbos auxiliares.

    Observe os exemplos:

    Estou lendo o jornal.

     

    Marta veio correndo: o noivo acabara de chegar.

     

    Ninguém poderá sair antes do término da sessão.

     

    A língua portuguesa apresenta uma grande variedade dessas locuções, conseguindo exprimir por meio delas os mais variados matizes de significado.

     

    Ser (estar, em algumas construções) é usado nas locuções verbais que exprimem a voz passiva analítica do verbo. 

     

    Poder e dever são auxiliares que exprimem a potencialidade ou a necessidade de que determinado processo se realize ou não. Veja:

     

    Pode ocorrer algo inesperado durante a festa.

     

    Deve ocorrer algo inesperado durante a festa.

     

    Outro auxiliar importante é querer, que exprime vontade, desejo.

     

    Por exemplo:

    Quero ver você hoje.

     

    Também são largamente usados como auxiliares: começar adeixar de, voltar acontinuar apôr-se airvir e estar, todos ligados à noção de aspecto verbal.

  • Emprego do Infinitivo Impessoal e Pessoal

     

    Infinitivo Impessoal

    Quando se diz que um verbo está no infinitivo impessoal, isso significa que ele apresenta sentido genérico ou indefinido, não relacionado a nenhuma pessoa, e sua forma é invariável. Assim, considera-se apenas o processo verbal.

     

    Por exemplo:

    Amar é sofrer.

     

    O infinitivo pessoal, por sua vez, apresenta desinências de número e pessoa.

     

    Veja:

    -Eu

    falar-esTu

    vender-Ele

     

    partir-mosNós

     

    -desVós

     

    -emEles

     

    Observe que, embora não haja desinências para a 1ª e 3ª pessoas do singular (cujas formas são iguais às do infinitivo impessoal), elas não deixam de referir-se às respectivas pessoas do discurso (o que será esclarecido apenas pelo contexto da frase).

     

    Para ler melhor, eu uso estes óculos. (1ª pessoa)
    Para ler melhor, ela usa estes óculos. (3ª pessoa)

     

    Note: as regras que orientam o emprego da forma variável ou invariável do infinitivo não são todas perfeitamente definidas. Por ser o infinitivo impessoal mais genérico e vago, e o infinitivo pessoal mais preciso e determinado, recomenda-se usar este último sempre que for necessário dar à frase maior clareza ou ênfase.

     

    Observações importantes:

     

    O infinitivo impessoal é usado:

    1. Quando apresenta uma ideia vaga, genérica, sem se referir a um sujeito determinado;

    Querer é poder. 
    Fumar prejudica a saúde. 
     

     

    2. Quando tiver o valor de Imperativo;

    Soldados, marchar! (= Marchai!)

     


    3. Quando é regido de preposição e funciona como complemento de um substantivo, adjetivo ou verbo da oração anterior;

    Eles não têm o direito de gritar assim. 
     

     

    No entanto, na voz passiva dos verbos "contentar", "tomar" e "ouvir", por exemplo, o Infinitivo (verbo auxiliar) deve ser flexionado.

    Eram pessoas difíceis de serem contentadas. 

     

     

    6. Com os verbos causativos "deixar", "mandar"e "fazer" e seus sinônimos que não formam locução verbal com o infinitivo que os segue;

    Por exemplo:

    Deixei-os sair cedo hoje.

     

    7. Com os verbos sensitivos "ver", "ouvir", "sentir" e sinônimos, deve-se também deixar o infinitivo sem flexão.

     

    Por exemplo:

    Vi-os entrar atrasados. 
    Ouvi-as dizer que não iriam à festa.

     

    Observações:

    a) É inadequado o emprego da preposição "para" antes dos objetos diretos de verbos como "pedir", "dizer", "falar" e sinônimos;

     

    Pediu para Carlos entrar. (errado) 
    Pediu para que Carlos entrasse. (errado) 
    Pediu que Carlos entrasse. (correto)

     

    b) Quando a preposição "para" estiver regendo um verbo, como na oração "Este trabalho é para eu fazer", pede-se o emprego do pronome pessoal "eu", que se revela, neste caso, como sujeito.

  • Colocação dos Pronomes Oblíquos Átonos nas Locuções Verbais

     

    As locuções verbais podem ter o verbo principal no infinitivo, no gerúndio ou no particípio.

     

    1) Verbo Principal no Infinitivo ou Gerúndio

    a) Sem palavra que exija a próclise:

    Geralmente, emprega-se o pronome após a locução.

    Por Exemplo:

    Quero ajudar-lhe ao máximo.

     

     

    b) Com palavra que exija próclise:

    O pronome pode ser colocado antes ou depois da locução.

    Exemplos:

    Nunca me 

    viram cantar. (antes)
    Não pretendo falar-lhe sobre negócios. (depois)

     

     

    Observações:

    1) Quando houver preposição entre o verbo auxiliar e o infinitivo, a colocação do pronome será facultativa.

    Por Exemplo:

    Nosso filho há de encontrar-

    se na escolha profissional.
    Nosso filho há de se encontrar na escolha profissional.

     

     

    2) Com a preposição "a" e o pronome oblíquo "o" (e variações) o pronome deverá ser colocado depois do infinitivo.

    Por Exemplo:

    Voltei a cumprimentá-

    los pela vitória na partida.

     

     

    2) Verbo Principal no Particípio

    Estando o verbo principal no particípio, o pronome oblíquo átono não poderá vir depois dele.

    Por Exemplo:

    As crianças tinham-se 

    perdido no passeio escolar.

     

     

    a) Se não houver fator que justifique a próclise, o pronome  ficará depois do verbo auxiliar.

    Por Exemplo:

    Seu rendimento escolar 

    tem-me surpreendido.

     

    b) Se houver fator que justifique a próclise, o pronome ficará antes da locução.

     

    Por Exemplo:

    Não me 

    haviam avisado da prova que teremos amanhã.

     

    Obs.: na língua falada, é comum o uso da próclise em relação ao particípio. Veja:

     

    Por Exemplo:

    Haviam 

    me convencido com aquela história.
    Não haviam me mostrado todos os cômodos da casa.

     

    1) Próclise

    Na próclise, o pronome surge antes do verbo. Costuma ser empregada:

    a) Nas orações que contenham uma palavra ou expressão de valor negativo.

    Ninguém o apoia.
    Nunca se esqueça de mim.
    Não me fale sobre este assunto.

     

    b) Nas orações em que haja advérbios e pronomes indefinidos, sem que exista pausa.

    Aqui se vive. (advérbio)
    Tudo me incomoda nesse lugar. (pronome indefinido)

     

    Obs.: caso haja pausa depois do advérbio, emprega-se ênclise.

    Aqui, vive-se.

     

    c) Nas orações iniciadas por pronomes e advérbios interrogativos.

    Quem te convidou para sair? (pronome interrogativo)
    Por que a maltrataram? (advérbio interrogativo)

     

    d) Nas orações iniciadas por palavras exclamativas e nas optativas (que exprimem desejo).

    Como te admiro! (oração exclamativa)
     

     

    e) Nas conjunções subordinativas:

    Ela não quis a blusa, 

    embora lhe servisse.
    É necessário que o traga de volta.
     

     

    f) Com gerúndio precedido de preposição "em".

    Em se tratando de negócios, você precisa falar com o gerente.

     

    g) Com a palavra "só" (no sentido de "apenas", "somente") e com as conjunções coordenativas alternativas.

    Só se lembram de estudar na véspera das provas.
    Ou se diverte, ou fica em casa.

     

    h) Nas orações introduzidas por pronomes relativos.

    Foi aquele colega 

    quem me ensinou a matéria.

  • 2) Mesóclise

    Emprega-se a mesóclise quando o verbo estiver no futuro do presente ou no futuro do pretérito do indicativo, desde que não se justifique a próclise. O pronome fica intercalado ao verbo.

     

    Exemplos:

    Falar-lhe-ei a teu respeito. (Falarei + lhe)
    Procurar-me-iam caso precisassem de ajuda. (Procurariam + me)

     

    Observações:

     

    a) Havendo um dos casos que justifique a próclise, desfaz-se a mesóclise.

    Por Exemplo:

    Tudo lhe emprestarei, pois confio em seus cuidados. (O pronome "tudo" exige o uso de próclise.)

     

    b) Com esses tempos verbais (futuro do presente e futuro do pretérito) jamais ocorre a ênclise.

    c) A mesóclise é colocação exclusiva da língua culta e da modalidade literária.

     

     

    3) Ênclise

    A ênclise pode ser considerada a colocação básica do pronome, pois obedece à sequência verbo-complemento. Assim, o pronome surge depois do verbo. Emprega-se geralmente:

    a) Nos períodos iniciados por verbos (desde que não estejam no tempo futuro), pois, na língua culta, não se abre frase com pronome oblíquo.

    Exemplos:

    Diga-me apenas a verdade.
    Importava-se com o sucesso do projeto.

     

    b) Nas orações reduzidas de infinitivo.

    Exemplos:

    Convém confiar-lhe esta responsabilidade.
    Espero contar-lhe isto hoje à noite.

     

    c) Nas orações reduzidas de gerúndio (desde que não venham precedidas de preposição "em".)

    Exemplos:

    A mãe adotiva ajudou a criança, dando-lhe carinho e proteção.
    O menino gritou, assustando-se com o ruído que ouvira.

     

    d) Nas orações imperativas afirmativas.

    Exemplos:

    Fale com seu irmão e avise-o do compromisso.
    Professor, ajude-me neste exercício!

     

    Observações:

    1) A posição normal do pronome é a ênclise. Para que ocorra a próclise ou a mesóclise é necessário haver justificativas.

     

    2) A tendência para a próclise na língua falada atual é predominante, mas iniciar frases com pronomes átonos não é lícito numa conversação formal. Por Exemplo:

    Linguagem Informal: Me alcança a caneta.
    Linguagem Formal: Alcança-me a caneta.
     

    3) Se o verbo não estiver no início da frase, nem conjugado nos tempos Futuro do Presente ou Futuro do Pretérito, é possível usar tanto a próclise como a ênclise.  
     

    Exemplos: 
    Eu me machuquei no jogo.
    Eu machuquei-me no jogo.
    As crianças se esforçam para acordar cedo.
    As crianças esforçam-se para acordar cedo.

  • alguem poderia me ajudar e dizer pq a letra b está errada????

  • José, não tem muito o que te explicar nesse caso. Vou usar exemplos:

    Ex: Eu josé moro no Brasil. MEUS pais também moram comigo. ( Mudei o pronome possessivo, mas por ai vc nota que ele se refere ao autor do texto).

    Ex2: José mora no Brasil. SEUS pais também moram com ele. ( Agora com o mesmo pronome possessivo da questão e pelo contexto dá pra notar que se refere tbm a José). - Se refere ao protagonista da história.

    Agora na questão:
    “Balta Nunes apareceu num encontro de comunicadores da Frente Povo Sem Medo.....Seus métodos de aproximação foram descritos com detalhes...

    De quem são os métodos de aproximação? Balta Nunes.


    GABARITO C