O Brasil está entre os países que votaram a favor da medida, que precisava apenas de maioria simples para ser aprovada. A maior oposição veio de EUA e Israel, que estão entre os nove membros que votaram contra. Os países que se abstiveram somam 41.
O pleito se segue a uma fracassada tentativa dos palestinos de integrar a ONU como membros permanentes, em 2011, quando não obtiveram apoio do Conselho de Segurança da ONU. O presidente palestino Mahmoud Abbas disse mais cedo que essa seria a "última chance" de uma solução para o conflito com Israel. Ele havia solicitado que a comunidade internacional desse uma "certidão de nascimento" para a Palestina.
A decisão desta quinta dá aos palestinos o status de "Estado observador não-membro", semelhante ao do Vaticano perante a ONU.
O novo status é principalmente simbólico, mas a liderança palestina argumenta que ele ajudará a delimitar o território que quer para seu Estado próprio - gradativamente tomado pelo avanço dos assentamentos israelenses. Também pode ajudar que essa delimitação de território ganhe reconhecimento formal.
O embaixador palestino na ONU, Riyad Mansour, havia dito que a aprovação é "um passo muito importante para salvar a solução de dois Estados".
A mudança também significa que palestinos poderão participar dos debates da Assembleia Geral da ONU, aumentando suas chances de de integrar agências e entidades ligadas à ONU.
Talvez o maior temor de Israel seja o de que palestinos usem seu novo status para entrar no Tribunal Penal Internacional e tentar acionar Israel judicialmente por supostos crimes de guerra cometidos em territórios ocupados, como na Cisjordânia.
Israel classifica a iniciativa palestina de uma violação dos Acordos de Oslo (1993), que traçam caminhos para a negociação bilateral (atualmente interrompida) de paz.
Fonte: https://ultimosegundo.ig.com.br/mundo/2012-11-29/entenda-que-significa-o-novo-status-palestino-na-onu.html