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ID
2427745
Banca
Marinha
Órgão
Quadro Técnico
Ano
2012
Provas
Disciplina
Pedagogia
Assuntos

Segundo Aranha (2006), as teorias crítico-reprodutivistas, emergiram nas décadas de 1960 e 1970 num contexto de reflexão crítica à escola enquanto instituição discriminadora e repressiva.
Correlacione os teóricos críticos-reprodutivistas às suas respectivas teorias e assinale a opção que apresenta a sequência correta.
 
TEÓRICOS CRÍTICO- REPRODUTIVISTAS
I - Bourdieu e Passeron
II - Althusser
III- Baudelot e Establet 

TEORIAS 
( ) Não é possível haver uma escola única. Existem, na verdade, duas escolas radicalmente diferentes quanto ao número de anos de escolaridade, aos itinerários e aos fins da educação.
( ) O homem pode realizar a "ordem na anarquia", pois essa é a ordem natural, enquanto que nas instituições a ordem é artificial e, por isso, geradora de hierarquia e dominação.
( ) O homem é capaz de resolver por si só seus problemas, basta que tenha autocompreensão ou percepção do eu, sendo necessário apenas criar condições para o seu desenvolvimento.
( ) A escola limita-se a confirmar e reforçar um habitus de classe, uma formação durável e transportável, isto é, esquemas comuns de pensamento e percepção, de apreciação e ação.
( ) Toda produção precisa assegurar a r e ­ produção de suas condições materiais. Neste sentido, a escola exerce a fun­ção de reproduzir a ideologia dominante, como um aparelho ideológico de Estado. 

Alternativas
Comentários
  • Para Bourdieu e Passaron, a escola constitui um instrumento de violência simbólica porque reproduz os privilégios existentes na sociedade beneficiando os já socialmente favorecidos. O acesso a educação, o sucesso escolar, a possibilidade de escolaridade prolongada até a universidade estão reservados àqueles cujas famílias pertencem à classe dominante, ou seja, aos herdeiros de sistemas privilegiados. A escola limita-se a confirmar e reforçar um habitus de classe, uma formação durável e transportável, isto é, esquemas comuns de pensamento e percepção, de apreciação e ação. (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3ed. São Paulo: Moderna, 2006. Pág 189).

    Para Baudelot e Establet, se vivemos em uma sociedade dividida em classes, não é possível haver uma escola única. Existem, na verdade, duas escolas radicalmente diferentes quanto ao número de anos de escolaridade, aos itinerários e aos fins da educação. Trata-se não apenas de duas escolas diferentes, mas opostas, heterogêneas, antagonistas: SS (secundária superior) e a PP (primária profissional), correspondem a divisão da sociedade em burguesia e proletariado. (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3ed. São Paulo: Moderna, 2006. Pág 192).

    Para Altuhusser, toda produção precisa assegurar o AIE (Aparelho Ideológico do Estado)­ produção de suas condições materiais. Neste sentido, a escola exerce a função de reproduzir a ideologia dominante, como um aparelho ideológico de Estado. Para o autor, a classe trabalhadora é marginalizada quando a escola não oferece chances iguais para todos, mas, ao contrário, determina de antemão a reprodução da divisão das classes sociais. (ARANHA, Maria Lúcia de Arruda. Filosofia da Educação. 3ed. São Paulo: Moderna, 2006. Pág 191).