SóProvas


ID
2429335
Banca
EDUCA
Órgão
CRQ - 19ª Região (PB)
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

Os Incríveis Poderes de Odin



                 O maior dos deuses vikings ajudou a criar o mundo, era capaz de

                  mudar de aparência e tinha uma lança que nunca errava o alvo.


                    Por Da Redação 30 set 2006, 22h00 - Atualizado em 31 out 2016, 18h23  


      Odin está para a mitologia nórdica assim como Zeus para o panteão grego – e, por que não, como Deus para o cristianismo moderno. Cultuado como entidade suprema por antigas tribos do norte da Germânia (atual Alemanha) e toda a população escandinava medieval (sobretudo onde hoje estão Noruega, Suécia e Dinamarca, incluindo também os povos que se estabeleceram na Islândia), possuía o dom da onisciência, tendo o conhecimento de tudo o que acontecia tanto no mundo dos vivos quanto dos mortos, além de dominar a arte das magias.  

      Segundo a crença pré-cristã dos escandinavos, no início havia somente o mundo do gelo (Niflheim) e o mundo do fogo (Musphelhein). Entre eles, uma abertura completamente vazia, chamada Ginungagap, onde nada havia e nada vivia. E foi justamente ali, no vácuo, que, num belo dia, se encontraram o fogo e o gelo. O fogo lambeu o gelo até este tomar a forma de um gigante, batizado de Ymir, e de uma enorme vaca, Audumbla, cujo leite alimentava Ymir. A vaca também lambeu o gelo e criou o primeiro deus, Buri, que foi pai de Bor, que por sua vez gerou Odin e seus dois irmãos, Vili e Vé. 

      Ymir era hermafrodita e procriou sozinho a raça dos gigantes. Mas foi morto por Odin e seus irmãos. Da carne do gigante, o trio formou a terra. De seu sangue, o mar. Dos ossos, as montanhas. Dos cabelos, as árvores, e de seu crânio, a abóbada celeste. Fizeram, ainda, de dois troncos de árvores, o primeiro par de humanos: Ak e Embla.


Fonte de Sabedoria

      Além de criar o mundo, Odin era venerado como deus da sabedoria. O que nem sempre foi assim. Reza a lenda que ele, ávido por conhecer todas as coisas da vida, feriu-se com a própria lança e suspendeu-se de cabeça para baixo na árvore Igdrasil, um freixo gigante que se eleva por cima dos nove mundos da mitologia nórdica, estendendo suas raízes por todos eles. Foi assim, oferecendo a si mesmo como sacrifício, que Odin recebeu a sabedoria das runas, símbolos mágicos do antigo alfabeto germânico, com os quais os homens podem prever o futuro. Depois, quis beber da “fonte da sabedoria”, mas houve um novo preço a pagar: seu tio Mimir, guardião da fonte, exigiu que Odin atirasse um de seus olhos no poço para ter direito a um gole. Feito isso, ele obteve tanto conhecimento que trouxe Mimir de volta à vida, após este ser morto na guerra entre os Aesir e os Vanir, duas famílias rivais dentro do panteão nórdico. Mas somente a cabeça de Mimir foi revivida. Embalsamada, ela continuou na fonte do conhecimento, sendo capaz de responder a qualquer pergunta que lhe fizessem.

      Odin mantinha-se informado dos  acontecimentos graças aos dois corvos que levava nos ombros, Hugin (pensamento) e Munin (memória), que viajavam por toda a parte e lhe sussurravam o que se passava no mundo. Tornou-se deus da poesia, após ter roubado o hidromel, bebida favorita dos deuses, feito de mel e do sangue do sábio Kvasir. Seu cavalo de pêlo cinza, Sleipnir, tem oito pata e anda pela terra, pelo ar e pelos infernos.

      Dependendo do dialeto, Odin pode aparecer com diferentes nomes, sendo o principal deles Wotan. Sua esposa, a deusa Friga, algumas vezes é confundida com Freia, deusa guerreira, a primeira das Valquírias - que significa, nas primitivas línguas germânicas, as que escolhem os mortos. Na mitologia, eram virgens armadas e formosas. Seu número habitual era três. Escolhiam os mortos em combate e levavam suas almas ao épico paraíso de Odin, chamado Valhala, cujo teto era de ouro e iluminado não por lâmpadas, mas espadas. Sob a crescente influência do cristianismo, o nome Valquíria degenerou. Um juiz na Inglaterra medieval mandou queimar uma pobre mulher acusada de ser uma Valquíria; ou seja, uma bruxa. 

      Embora possuísse a lança Gungnir, que jamais errava o alvo e em cujo cabo havia runas que ditavam a preservação da lei, a figura de Odin não era exatamente a de um guerreiro, mas inspirava combatentes a se lançarem freneticamente na batalha, sem nenhum sentimento ou temor. Nos últimos séculos pagãos, os vikings, povos nórdicos dados a luta e guerras, foram os derradeiros a combater invocando o nome de Odin. Os abatidos nesses confrontos, chamados de einherjars (mortos gloriosos), eram reunidos no salão da Valhala, a grande fortaleza do deus. Os rituais de enforcamento também faziam parte da veneração a Odin, sendo que o suicídio por essa prática era considerado um atalho para Valhala. Loucura? Não se fizermos um paralelo com a atual Jihad islâmica e seus homens-bomba...


Disponível em http://super.abril.com.br/historia/os-incriveis-poderes-de-odin/. Texto adaptado para uso nesta avaliação.

“Escolhiam os mortos em combate e levavam suas almas ao épico paraíso de Odin, chamado Valhala, cujo teto era de ouro e iluminado não por lâmpadas, mas espadas”.

A palavra cujo faz referência a outro termo ou expressão dentro do texto, identifique-o:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO: D

     

    A palavra "cujo" se refere ao paraíso, chamado Valhala. Vejam:

     

    “Escolhiam os mortos em combate e levavam suas almas ao épico paraíso de Odin, chamado Valhala, cujo teto era de ouro e iluminado não por lâmpadas, mas espadas”.

     

    Ou seja: o teto pertence ao paraíso de Odin.

  • Cujo aponta para trás (Paraíso) e concorda com a frente, cujOOO teto (palavra masculina) !!!!

  • Gabarito é letra A, pois "cujo" e um recurso catafórico e faz referência ao termo da frente "teto".  

  • deveria ser "paraiso de Odin"

     

  • BANQUINHA CHULA!

  • pronome relativo cujo é usado para indicar posse. Relaciona dois substantivos, indicando que o substantivo anterior tem a posse do substantivo posterior:

    O uso do pronome relativo cujo permite a não repetição dos termos da oração, relacionando-os e sintetizando-os. Pode atuar como adjunto adnominal ou complemento nominal, introduzindo orações subordinadas adjetivas.

    O pronome cujo concorda em gênero e número com o termo posterior, ou seja, com a coisa possuída.

    Masculino singular: cujo livro

    Masculino plural: cujos livros

    Feminino singular: cuja revista

    Feminino plural: cujas revistas

    As construções com o pronome relativo cujo seguido de um artigo definido estão erradas, porque o próprio pronome cujo sofre a flexão em gênero e número, não sendo necessária a presença do artigo definido.

    Construções erradas:

    Construções corretas:

    Cujo (cujo + o):

    Cujos (cujo + os):

    Cuja (cujo + a):

    Cujas (cujo + as):

    É possível a presença de preposições antes do pronome cujo:

    SE FOR FAZER PROVA EDUCA PB, RASGUE SUA GRAMÁTICA.

  • pronome relativo cujo é usado para indicar posse. Relaciona dois substantivos, indicando que o substantivo anterior tem a posse do substantivo posterior:

    O uso do pronome relativo cujo permite a não repetição dos termos da oração, relacionando-os e sintetizando-os. Pode atuar como adjunto adnominal ou complemento nominal, introduzindo orações subordinadas adjetivas.

    O pronome cujo concorda em gênero e número com o termo posterior, ou seja, com a coisa possuída.

    Masculino singular: cujo livro

    Masculino plural: cujos livros

    Feminino singular: cuja revista

    Feminino plural: cujas revistas

    As construções com o pronome relativo cujo seguido de um artigo definido estão erradas, porque o próprio pronome cujo sofre a flexão em gênero e número, não sendo necessária a presença do artigo definido.

    Construções erradas:

    Construções corretas:

    Cujo (cujo + o):

    Cujos (cujo + os):

    Cuja (cujo + a):

    Cujas (cujo + as):

    É possível a presença de preposições antes do pronome cujo:

    SE FOR FAZER PROVA EDUCA PB, RASGUE SUA GRAMÁTICA.

  • Paraíso Gab.: D