NEODESENVOLVIMENTISMO
Os limites do neodesenvolvimentismo expõem um paradoxo curioso: governos pós-neoliberais, comprometidos programaticamente com o crescimento da economia e com a redistribuição de renda, preservaram e reforçaram nos últimos dez anos, os pilares do Estado neoliberal no Brasil. Na verdade, a persistência do Estado neoliberal no Brasil se contrasta com a perspectiva de mudança social alimentada pelo capitalismo neodesenvolvimentista. Nesse sentido, algumas observações metodológicas tornam-se necessárias: primeiro, distinguir heuristicamente, de um lado, governo e, de outro lado, Estado político do capital. Depois, caracterizar o Estado político em sua etapa desenvolvida como sendo constituído por um Estado restrito ou sociedade política, incluindo nessa dimensão restrita, sua estrutura burocrática; e por um Estado ampliado ou sociedade civil e seu sociometabolismo. Estas ferramentas conceituais são importantes para desvelarmos criticamente os limites e os paradoxos do neodesenvolvimentismo, primeiro, como novo padrão de desenvolvimento capitalista no Brasil e depois, como frente política inspirada na ideologia do lulismo.
Nossa hipótese é que nos últimos dez anos de Lula e Dilma tivemos governos pós-neoliberais propriamente ditos que adotaram programas de crescimento da economia com aumento do gasto público e redistribuição de renda.
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