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ID
2464
Banca
NCE-UFRJ
Órgão
MPE-RJ
Ano
2007
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO II

Alcatrazes
Expedição ao Arquipélago Proibido
Johnny Mazzilli

O balanço do barco, o mar instável e a chuva
puseram parte de nosso efetivo enjoado e cabisbaixo,
durante as quatro horas de travessia. Com a visibilidade
prejudicada, avistamos Alcatrazes já relativamente
próximos, e bastou chegar um pouco mais perto para
esquecermos qualquer mal estar - a paisagem mudara por
completo e olhávamos impressionados as falésias
rochosas com 200, 300 metros verticais assomando
diretamente das águas e entremeadas por mantos de
vegetação tropical - muito, muito maiores do que
imaginávamos.
Ao contornar a ilha principal em busca do Ninhal das
Fragatas, nosso ponto de ancoragem, demos de cara com
a exuberância da fauna, uma espécie de "Galápagos" do
litoral paulista. Milhares de aves se empoleiravam nos
arbustos costeiros e centenas voavam gritando acima de
nós, num cenário que parecia nos remeter ao passado.
O desembarque é moroso - tudo tem que ser
transferido para um bote de borracha com motor de popa
que conduz as tralhas ao costão em sucessivas e lentas
baldeações. Não há praia ou cais e são necessárias
seguidas aproximações, recuos e reaproximações com o
bote, apenas para descer a carga de uma viagem.
A tralha era extensa - pilhas de mochilas,
equipamentos de mergulho e fotográfico, cordas, bolsas
impermeáveis e caixas, muitas caixas com itens para
pesquisa e coleta de animais. Chovia sem parar enquanto
subíamos carregados pela encosta rochosa escorregadia
em direção ao local do acampamento, a 50 metros dali.
Parou de chover quando montamos o acampamento.
Precisávamos de tempo para as pesquisas e
principalmente para a investida na parede rochosa -
trabalho inédito nas ilhas e que gerou grande expectativa
entre as equipes. Cada time composto por membros do
Projeto Tamar, Instituto Butantã, Fundação Florestal,
Biociências da USP e Projeto Alcatrazes faria, no curto
prazo de dois dias, suas próprias pesquisas com aves,
serpentes, répteis e batráquios.

Revista Planeta, out. 2006, p. 37 (fragmento).

"Não há praia ou cais..." (l. 21). O verbo utilizado nesse trecho obedece ao mesmo caso de concordância de:

Alternativas
Comentários
  • "Mesmos casos" abordados pela questão, referem-se aos:

    Verbos Impessoais que concordam na 3ª pessoa do singular.
    HAVER: no sentido de existir.
    FAZER: no sentido de tempo decorrido.

    Nestes casos não há sujeito nas orações.

    RESPOSTA: "B".
  • letra b.

    o caso "não há praia ou cais" é de verbo impessoal. haver no sentido de existir é impessoal, não tem sujeito.

    a- o verbo HAVER não é impessoal, pois nao esta no sentido de existir....ele se modificaria: hão de existir novas chances.
    b- resposta. verbo fazer com sentido de tempo decorrido.
    c- tem sujeito. o relógio
    d-concorda com vinte casos
    e- concordancia grande parte voltou
  • Ele pede o mesmo caso de concordância. Não há sujeito, no entanto,  na frase da linha 21. Logo não concordância, o verbo permanece invariável.

    Trata-se de um verbo impessoal.

    Sujeitos das frases.

    Uma nova chance...
    Verbo haver funciona como auxiliar, não pode ser, então, impessoal.

    O relógio....


    Perto de vinte casos....


    Grande parte....
  • O verbo haver é impessoal quando tem sentido de existir e também de tempo decorrido.

    Exemplo: Havia uma cadeira vaga na sala de aula.

    uma semana que não vejo minha irmã.

    O verbo fazer é impessoal quando indica tempo decorrido ou fenômeno natural.

    Exemplos: Faz sete dias que não vejo minha irmã.

    Faz muito calor na sala ao lado.