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Silepse
A silepse é a concordância que se faz com o termo que não está expresso no texto, mas sim com a ideia que ele representa. É uma concordância anormal, psicológica, espiritual, latente, porque se faz com um termo oculto, facilmente subentendido. Há três tipos de silepse: de gênero, número e pessoa.
Silepse de Gênero
Os gêneros são masculino e feminino. Ocorre a silepse de gênero quando a concordância se faz com a ideia que o termo comporta. Exemplos:
1) A bonita Porto Velho sofreu mais uma vez com o calor intenso.
Nesse caso, o adjetivo bonita não está concordando com o termo Porto Velho, que gramaticalmente pertence ao gênero masculino, mas com a ideia contida no termo (a cidade de Porto Velho).
2) Vossa excelência está preocupado.
Nesse exemplo, o adjetivo preocupado concorda com o sexo da pessoa, que nesse caso é masculino, e não com o termo Vossa excelência.
Silepse de Número
Os números são singular e plural. A silepse de número ocorre quando o verbo da oração não concorda gramaticalmente com o sujeito da oração, mas com a ideia que nele está contida. Exemplos:
A procissão saiu. Andaram por todas as ruas da cidade de Salvador.
Como vai a turma? Estão bem?
O povo corria por todos os lados e gritavam muito alto.
Note que nos exemplos acima, os verbos andaram, estão e gritavam não concordam gramaticalmente com os sujeitos das orações (que se encontram no singular, procissão, turma e povo, respectivamente), mas com a ideia de pluralidade que neles está contida. Procissão, turma e povo dão a ideia de muita gente, por isso que os verbos estão no plural.
Silepse de Pessoa
Três são as pessoas gramaticais: a primeira, a segunda e a terceira. A silepse de pessoa ocorre quando há um desvio de concordância. O verbo, mais uma vez, não concorda com o sujeito da oração, mas sim com a pessoa que está inscrita no sujeito.
Exemplos:
O que não compreendo é como os brasileiros persistamos em aceitar essa situação.
Os agricultores temos orgulho de nosso trabalho.
"Dizem que os cariocas somos poucos dados aos jardins públicos." (Machado de Assis)
Observe que os verbos persistamos, temos e somos não concordam gramaticalmente com os seus sujeitos (brasileiros, agricultores e cariocas que estão na terceira pessoa), mas com a ideia que neles está contida (nós, os brasileiros, os agricultores e os cariocas).
FONTE: http://www.soportugues.com.br/secoes/estil/estil8.php
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Zeugma e elipse possuem características parecidas. Enquanto na elipse existe a omissão de um termo não mencionado antes, na zeugma ocorre a omissão de um termo ou expressão anteriormente mencionada. Veja os exemplos:
“Um deles queria saber dos meus estudos; outro, se trazia coleção de selos (...)” (José Lins do Rego).
“A manhã estava ensolarada; a praia, cheia de gente”.
“A vida é um grande jogo e o destino, um parceiro temível (...)” (Érico Veríssimo)
Na primeira sentença, ocorre a omissão da expressão “queria saber”, já mencionada na primeira frase. Na segunda, está omisso o verbo “estava”, também presente na primeira afirmação. Na de Érico Veríssimo, está omisso o termo “é”, também mencionado na frase anterior.
Esta figura de linguagem, apesar de seu nome nada convencional, é bastante utilizada na modalidade escrita, pois é um recurso que possibilita não repetir o que já foi dito.
“Maria comprou um lápis; Antônio, um livro”.
“Quem me compra este
formigueiro?”
E este sapo, que é jardineiro?”
(Leilão de jardim - Cecília Meireles)
“Pensaremos em cada menina
que vivia naquela janela;
uma que se chamava Arabela,
outra que se chamou Carolina.”
(As meninas – Cecília Meireles)
Fontes
Literatura em Minha casa: Meus primeiros versos. Vol. 4. Rio de Janeiro, Nova Fronteira, 2001.
SAVIOLE, Francisco Platão. Gramática em 44 lições. 15 ed. São Paulo, Ática, 405.
TUFANO, Douglas. Estudos de Língua Portuguesa – Minigramática. São Paulo, Moderna, 2007.
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GABARITO C
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O pleonasmo → também chamado de redundância, se caracteriza pelo uso excessivo de palavras na transmissão de uma mensagem, ocorrendo repetição de ideias.
Exemplo de pleonasmo: Morrer de morte morrida.
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Anacoluto → frequentemente utilizado na linguagem falada, o anacoluto provoca uma interrupção na frase, antecipando e enfatizando um termo que se desliga da restante oração.
Exemplo de anacoluto: Dietas, como ter força de vontade para as fazer?
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O zeugma → é caracterizado pela omissão de termos da oração já anteriormente mencionado, não prejudicando assim o entendimento da mensagem.
Exemplo de zeugma: Minha filha cursou letras; meu filho, economia.
Disponível em: https://www.normaculta.com.br/figuras-de-sintaxe/
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Na silepse → há concordância da ideia e não do termo utilizado. São classificadas em:
Silepse de Gênero, quando ocorre discordância entre os gêneros (feminino e masculino);
Silepse de Número, quando ocorre discordância entre o singular e o plural;
Silepse de Pessoa, quando ocorre discordância entre o sujeito, que aparece na terceira pessoa, e o verbo, que surge na primeira pessoa do plural.
Exemplos:
São Paulo é suja. (silepse de gênero)
Um bando (singular) de mulheres (plural) gritavam assustadas. (silepse de número)
Todos os atletas (terceira pessoa) estamos (primeira pessoa do plural) preparados para o jogo. (silepse de pessoa)
Disponível em: https://www.todamateria.com.br/figuras-de-sintaxe/
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Bons estudos a todos!
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Silepse de número, já que se alternam entre as expressões o singular e o plural.
“Perpassei o olhar no povo. (os olhos)Fitavam o toucinho...
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Cai no TJ-SP Interior?
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Não , Fernando. Figuras de linguagem não estão de maneira expressa presentes no Edital, pode cair algo relacionado a metáfora, ironia( sentido próprio e figurado das palavras) , mas nesse ponto da questão, não.
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As chances da Vunesp cobrar esse assunto específico é raro.
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Sujeito oculto ====> elipse.
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depois de mais de 200 questões respondidas aparece esse tal de Silepse, que nunca nem ví.
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Silepse de Número, quando ocorre discordância entre o singular e o plural;
povo - fitava , e não fitavam. Podemos dizer que houve uma discordância entre o singular e o plural
LETRA:C
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silepse
foge da concordância e segue o que o autor entendeu sobre:
exemplo: o povo , ele entende que é plural.
o correto seria "fitava" para concordar com " O povo".
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gab c!
É uma figura de construção ou sintática que trata da concordância que acontece não com o que está explícito na frase, mas com o que está mentalmente subentendido, com o que está oculto. É, portanto, uma concordância ideológica, irregular ou figurada, que ocorre com a ideia que o falante quer transmitir.
Pode ocorrer erro de concordância de número (singular\plural) ou pessoa (flexões dos verbos)