SóProvas


ID
2471497
Banca
VUNESP
Órgão
TJ-SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Serviço Social
Assuntos

A história não é uma abstração nem é constituída de forma independente dos homens. Embora o homem originalmente surja da natureza, suas capacidades essenciais são construídas por ele, em seu processo de humanização. Portanto, é correto afirmar que os modos de ser que caracterizam o ser social são construções sócio-históricas. A essa objetividade sócio-histórica, soma-se a ontologia do ser social que dá ao homem a possibilidade de se comportar como um ser ético, passando a construir mediações com a natureza e com os outros homens. Nessa perspectiva, inerente a todas as atividades humanas, compondo-se como um traço essencial do indivíduo, está

Alternativas
Comentários
  • A sociabilidade essencial, atributo da natureza humana, remete à prática do assistente social para duas instâncias: o indivíduo e a sociedade. Esta precisaria ser restaurada em seus ideais comunitários destruídos pelo ideário liberal e aquele deve ser elevado à condição de pessoa humana. A restauração da sociedade exige o conhecimento prévio de “sua estrutura, seus males, suas deficiências, suas possibilidades, as relações de ordem jurídica, as transformações de ordem econômica, a grande interdependência moral econômica e social existente no mundo (RAMOS, 1940, p.23)

     

  • "As mediações, capacidades essenciais postas em movimento através de sua atividade vital, não são dadas a ele; são conquistadas no processo de sua autoconstrução pelo trabalho. São elas: a sociabilidade, a consciência, a universalidade e a liberdade. "(pg.26)

    "O desenvolvimento da sociabilidade implica a (re)criação dasnecessidades e formas de satisfação, do que decorre a transformação do ser social e do mundo natural, isto é, do sujeito e do objeto"(pg.27)

    ETICA E SERVIÇO SOCIAL FUNDAMENTOS ONTOLÓGICOS. Maria Lucia Barroco.

  • O pensamento de Georg Lukács trata da ontologia do ser social. Ele não isola determinada categoria para precisar o ser social, mas usa o trabalho que já contém em si um complexo todo articulado. O homem é um ser que se faz sempre numa posição subjetiva, a qual só se dá em relação à objetividade. Ele se torna humano no meio dos humanos, por meio da sociabilidade, da linguagem e da teleologia. A ontologia do ser social supõe a relação dele com a natureza. Lessa (1997), um estudioso de Lukács apresenta três formas de seres, sendo: o ser inorgânico, o ser orgânico e o ser social. No primeiro, não há vida e diz respeito ao mundo mineral. “O ser inorgânico, acima de tudo, não possui vida. Seu processo de transformação, sua evolução, nada mais é senão um movimento pelo qual algo se transforma em um outro algo distinto” (LESSA, 1997, p. 14). Já a segunda esfera do ser é a orgânica, em que há a recolocação desse por um processo natural. “O mero recolocar do mesmo que caracteriza a reprodução biológica, ou o tornar-se outro da esfera inorgânica [...]” (LESSA, 1997, p. 14). O autor ressalta que em ambos o processo acontece de forma natural sem que haja planejamento de nada. Diferente do ser social que, como a história de Ikursk, o homem é capaz de obter na consciência algo que vai fazer posteriormente, ou seja, é capaz de criar um processo de ideação. E isso o diferencia dos demais seres, numa distinção ontológica.

     

    Uma reflexão sobre a emancipação humana pelo mundo do trabalho numa nova sociabilidade

    Ângela Maria Moura Costa Prates