Predomínio do absolutismo foi somente até as Invasões Napoleónicas (1808), ou seja, menos de um década do século XIX.
A invasão de Portugal pelas tropas napoleónicas, em 1807, provocou a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821). O país viu-se numa posição muito frágil: sem corte a residir no país e na condição de protetorado.
A Revolução do Porto, também referida como Revolução Liberal do Porto, foi um movimento de cunho liberal que ocorreu em 1820 e teve repercussões tanto na História de Portugal quanto na História do Brasil. O movimento resultou no retorno (1821) da Corte Portuguesa, que se transferira para o Brasil durante a Guerra Peninsular, e no fim do absolutismo em Portugal, com a ratificação e implementação da primeira Constituição portuguesa (1822).
A Monarquia Constitucional em Portugal foi um sistema governativo que vigorou entre 1820 e terminou com a queda da monarquia em 1910.
No ano de 1808, em função da chegada das tropas napoleônicas lideradas pelo general Junot à fronteira de Portugal com Espanha, a cúpula do Estado Português veio para o Brasil. A corte portuguesa instalou-se no Rio de Janeiro e a cidade passou a ser a sede do Império Português.
Foram três as investidas dos franceses contra Portugal e em todas elas foram derrotados por tropas britânico portuguesas. A partir daí começam a atuar forças liberais no país em busca de modificações do aparelho de Estado , de forma a construir um Estado de moldes liberais.
Em 1820 a Revolução do Porto tinha, como uma de suas propostas a elaboração de uma constituição para Portugal e , que ela fosse jurada por D. João VI. Para não perder o trono D. João volta para a Europa e aceita a constituição. A morte do rei, em 1826, abre um período de instabilidade pois seu filho Pedro era imperador do Brasil e não podia assumir o trono de Portugal. Daí Pedro abdica em nome de sua filha Maria da Glória, de 7 anos, com a regência seu tio D. Miguel.
Em 1831, Pedro I renuncia ao trono brasileiro e volta para Portugal. Conhecido como Pedro IV, luta pelas forças constitucionalistas contra as forças absolutistas lideradas por D. Miguel, considerado o herdeiro legítimo do trono e não Maria da Glória. Entre 1832 e 1834 acontecem as Guerras Liberais , também conhecida como Guerra dos Dois Irmãos ou Miguelista. As partes envolvidas foram o partido constitucionalista progressista liderado pela rainha D. Maria II de Portugal com o apoio de seu pai, D. Pedro IV, e o partido absolutista de D. Miguel. O Reino Unido, a França, a Espanha e a Igreja Católica participaram indiretamente no conflito.
Em abril de 1834 a aliança entre constitucionalistas, Reino Unido e Espanha abre uma ofensiva conjunta e decisiva contra os absolutistas miguelistas . A paz assinada na Convenção de Evoramonte determinou o regresso da rainha D. Maria II à coroa e o exílio do então já ex-infante D. Miguel para a Alemanha.
Depois da derrota dos absolutistas nas Guerras Liberais, a política portuguesa do século XIX esteve marcada pelas ideias liberais, ainda que também não conseguiu a tranquilidade desejada devido a vários movimentos anárquico-republicanos. Apesar de tudo o período foi marcado por crescimento econômico de maneira geral, com maior desenvolvimento industrial. Além disso há também progresso nos setores militar, cultural e a construção política de um Estado de moldes liberais.
Portanto, percebe-se que a afirmativa está incorreta. Há necessidade, no entanto , de conhecimento acerca da história de Portugal para avaliar a afirmativa apresentada. A bibliografia fornecida aos candidatos pelo Instituto Rio Branco atende às necessidades do estudante. É importante , na preparação, não “valorar" as obras listadas como “ mais importante" e “ menos importante". É preciso atenção a toda ela !
Gabarito do Professor: ERRADO.