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Prova CESPE - 2017 - Instituto Rio Branco - Diplomata - Prova 2


ID
2501332
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A configuração territorial da América portuguesa colonial foi alcançada por meio de um processo histórico dinâmico, iniciado no século XVI. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.


No final do século XVI, os portugueses tinham posições fortificadas na foz do rio Amazonas e na margem oriental do rio da Prata.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Por 350 anos após a descoberta do Amazonas pelos europeus, a parte portuguesa da bacia do rio permaneceu um cenário abandonado, servindo exclusivamente como fonte de alimentos obtidos através da coleta e da agricultura pelos povos indígenas que haviam sobrevivido à chegada das doenças trazidas pelos europeus. 

  • A Colônia do Sacramento só foi fundada em 1680 (Séc. XVII) pelos portugueses, no lado oposto do Rio da Prata, a Buenos Aires

  • Boca do Amazonas: Forte Presépio (Belém): 1616; antecedida pela conquista de São Luís (1615). Daí derivou o projeto administrativo do Estado do Maranhão (1621; 1626-1654), separado do restante da América Portuguesa, o Estado do Brasil.

     

    Rio da Prata: Colônia de Sacramento: 1680

  • As fortificações erguidas na Amazônia nos séculos XVII e XVIII representaram a estratégia de portugueses e espanhóis, à sua maneira, de implantar eficientes políticas de defesa.

    Forte do Presépio/ Forte do Castelo (1616)

    Fortaleza do Tapajós – Santarém – Pará (1661)

    Forte de Nossa Senhora do bom Sucesso do Paru/Forte da Vila de Almeirim – Pará (1685-1690)

    Forte de Santo Antônio dos Pauxis de Óbidos – Pará (1697)

    Fortaleza de São José da Barra do Rio Negro – Manaus – AM (1669)

    http://www.revistanavigator.com.br/navig20/art/N20_art3.pdf

     

    A “Praça-forte Colônia do Sacramento” localizava-se na margem esquerda da foz do Rio da Prata, na atual cidade de Colonia del Sacramento, departamento de Colônia, no Uruguai. Remonta à fundação da Colônia do Santíssimo Sacramento por forças portuguesas em 1680. 

  • A maioria das fortificações no norte do país se deu durante o surto de bandeirismo na segunda metade da Uniçao Ibérica. 

    Quanto aos portugueses na margem oriental, sabemos que a data fundacional de Sacramento é 1680, e é tida como uma data histórica pois significou uma expansão sem precendetes das ambições territoriais portuguesas.

    Errado!

  • Gabarito: ERRADO

    "No final do século XVI, os portugueses ainda não tinham posições fortificadas na foz do Rio Amazonas, nem muito menos na margem oriental do Rio do Prata. A referência, aqui, é à fundação do Forte do Presépio, que se deu em 1616, e à fundação de Colônia do Santíssimo Sacramento, que somente ocorreu em 1680."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Para uma análise do processo de formação territorial do Brasil é preciso entender o processo de ocupação vinculado à lógica da colonização portuguesa. 
    A interiorização, ou não, no território, caminhou de acordo com as necessidades de defesa ou da economia da metrópole. Isto porque a lógica da colonização mercantilista estava vinculada à construção de fornecedor exclusivo de produtos que tivessem alto valor de revenda no mercado internacional. 
    Se o que é interessante é conseguido no  litoral, não há motivos para interiorização no território. Os portugueses conseguem lucros e riquezas nas  costas do território do que é o Brasil. Daí o que é dito acerca do dominador português na América: “ no litoral como caranguejos".
    A princípio o escambo de pau-brasil com os nativos satisfez a ânsia de lucro dos mercadores e da coroa. Com o esgotamento da atividade e a necessidade de novos lucros, até mesmo porque o comércio de especiarias com o oriente começou a ficar saturado e começou-se a plantar a cana. 
    O plantio da cana-de-açúcar também se fez em áreas costeiras, na região NE (atuais estados de Pernambuco e Alagoas) e, na capitania de São Vicente, região no atual estado de SP. A entrada do braço africano para ser escravizado e trabalhar nos engenhos de açúcar era feita majoritariamente pelo litoral da Bahia.  Não há uma maior interiorização no território, apesar das expedições das Entradas e Bandeiras saídas de SP. Elas não atingem a margem oriental do  rio da Prata nem a foz do Rio Amazonas (no norte). 
    Desta forma conclui-se que a afirmativa está incorreta. No século XVI, no princípio da aventura da colonização, não há, ainda a exploração do rio Amazonas e a região do Prata não é ocupada de forma efetiva nem mesmo por espanhóis.

    RESPOSTA: ERRADO
  • Gabarito: Errado

    Vamos destacar dois erros nesta questão. Primeiro, no período citado, houve uma unificação das Coroas Ibéricas, ou seja, em 1580, portanto, neste período, a América portuguesa estava sendo controlada pela Coroa espanhola. Ademais, Portugal só recuperaria sua independência formal frente à Espanha, em 1640. Este então é o primeiro erra da questão, usar o termo “portugueses” indevidamente.

    A União Ibérica foi a unidade política que teve o papel de reger a Península Ibérica, resultante da união dinástica entre as monarquias portuguesas e espanholas, ocorrida após a Guerra da Sucessão Portuguesa. Com isso, houve a junção das coroas, assim como de suas respectivas posses coloniais.

     

    Já em relação ao rio da Prata, importante informar que Portugal só teve presença em sua margem oriental formalmente legal na região após a assinatura do Tratado de Madri, ocorrida em 1750. Acrescente-se ainda que a colônia portuguesa de Sacramento, na margem oriental do Prata, foi fundada somente em 1680.

    Ao final do século XVI, estava em vigor o Tratado de Tordesilhas, de modo que a Coroa portuguesa não possuía jurisdição sobre a região do Prata. Lembrem-se ainda que Martim Afonso de Souza fundou a colônia de São Vicente na latitude determinada pela cartografia espanhola, que estava mui distante do Prata.

     

    Quanto à foz do rio Amazonas, esta, só se apresentou como um problema de fato, no século XVII por ocasião das expedições de proteção. Neste período, as Coroas estavam unificadas.

    Portanto, item ERRADO.

  • pmal 2021

  • PRIMEIRAS VILAS E FORTIFICAÇÕES

    - 1503: Cabo Frio (1ª feitoria do Brasil)(fundada por Américo Vespúcio)

    - 1532: São Vicente (fundada por Martin Afonso de Sousa) 

    - 1537: Olinda (elevada a vila em 1539)

    - 1549: Salvador (Bispado de SSA, pelo Pe Antônio da Nóbrega)

    - 1565: SS do RJ (Paz de Iperoig em 1563)

    - 1585: Nossa Senhora das Neves (João Pessoa)

    - 1612: São Luís (França Equinocial)

    - 1616: Forte do Presépio (Belém)

    - 1680: Sacramento 

    - 1711: Vila Rica (ouro de MG)

    - 1752: Vila Bela (400km de Cuiabá; ouro do Guaporé)

  • Em 1761, Portugal e Espanha assinaram o Tratado de El Pardo, anulando o Tratado de Madri. Voltava-se, assim, às incertezas da divisão de Tordesilhas, embora, na prática, nenhuma nação renunciaria a suas conquistas territoriais ou seus títulos jurídicos. Foi justamente nessa época – período pombalino – que se construíram os grandes fortes que até hoje balizam as fronteiras do Brasil: Macapá, São Joaquim, São José de Marabitanas, Tabatinga, Príncipe da Beira, Coimbra etc. O período pombalino se dá na segunda metade do século XVII, época em que Portugal fortificou suas posses na região amazônica. Assim, o erro na questão está em "no final do século XVI".

    Fonte: "Navegantes, bandeirantes e diplomatas", de Synesio Sampaio Goes Filho

    Gabarito: Errada.


ID
2501335
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A configuração territorial da América portuguesa colonial foi alcançada por meio de um processo histórico dinâmico, iniciado no século XVI. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.


Com a finalidade de garantir a efetiva ocupação da região de São Vicente, no atual litoral paulista, Martim Afonso de Souza deu início, por ordem da Coroa portuguesa, às concessões hereditárias de terras a portugueses que trazia, com esse objetivo, em sua expedição.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    O rei português D. João III, sucessor de D. Manuel, com o objetivo de incentivar a colonização das novas terras, nomeou Martim Afonso de Sousa e seu irmão, Pero Lopes de Sousa, para liderarem uma missão para explorar o litoral brasileiro, desde o Maranhão até o Rio da Prata. Eles também foram incumbidos de combater a presença de corsários franceses e de fundar núcleos de povoamento, criando uma embrionária estrutura político-administrativa.

    Para levar a efeito tais objetivos, o fidalgo Martim Afonso de Souza, por meio de três cartas régias, tornou-se capitão-mor da armada e de todas as terras que descobrisse, delas podendo tomar posse e nelas nomear autoridades e delegar competências; podia também nomear tabeliães e funcionários da justiça. Por fim, a terceira carta régia conferia a Martim Afonso de Souza o direito de doar “terras de sesmarias”, concedendo propriedades fundiárias às pessoas por ele trazidas e todas às outras que no Brasil desejassem viver. Importante ressaltar que pela “Lei das Sesmarias”, só poderia receber terras no Brasil quem tivesse posses para cultivá-las, o que, necessariamente, excluiria da colonização pessoas destituídas de renda.

  • Com a finalidade de garantir a efetiva ocupação da região de São Vicente, no atual litoral paulista, Martim Afonso de Souza deu início, por ordem da Coroa portuguesa, às concessões hereditárias de terras a portugueses que trazia, com esse objetivo, em sua expedição.

     

    ERRADA.

     

    Na verdade, era concedido o poder indireto através das Sesmarias:

     

    Para coibir pretensões territoriais desmesuradas, generalizou-se nessa época a utilização de uma variante do antigo instrumento greco-romano da enfiteuse, que ficou conhecida como sesmaria.

    A enfiteuse é um contrato de alienação territorial que divide a propriedade de um imóvel em dois tipos de domínio: o domínio eminente, ou direto, e o domínio útil, ou indireto. Ao utilizar um contrato enfitêutico, o proprietário de pleno direito de um bem não o transfere integralmente a terceiros. Apenas cede seu domínio útil, isto é, o direito de utilizar o imóvel e de nele fazer benfeitorias, retendo, entretanto, para si o domínio direto, a propriedade em última instância. Em troca do domínio indireto que lhe é repassado, o outorgado aceita uma série de condições que lhe são impostas, e obriga-se também a pagar uma pensão anual ao proprietário do domínio direto, razão pela qual transforma-se em foreiro do último. Não cumprindo o foreiro as condições do contrato, o domínio útil reverte ao detentor do domínio direto.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Sesmaria

  • CAPITANIAS HEREDIÁRIAS- organização/adminsitração do território pelos donatários(homens de confiança da coroa portuguesa) cuja propriedade era transferida por hereditariedade;

    Sesmaria- ocupação do território através da concessão de terras. Os donatários cediam pedaço de terra aos colonos para cultivo.

  • As semarias não eram hereditárias.

    Maria Yedda Linhares - 9. edição p. 58, "visando a promover o povoamento, tinham o direito de doar semarias, conforme o regimento de dom Fernando (1367-1383) e as Ordenações Manuelinas, de 1521, sem ônus para o sesmeiro, mas com a obrigação de cultivá-las no prazo máximo de cinco anos, sob pena de perda das terras"

  • Errado

    Boris Fausto - Historia do Brasil - pg 41

    Considerações políticas levaram a Coroa Portuguesa a convicção de que era necessário colonizar a nova terra. A expedição de Martim Afonso de Sousa (1530 - 1533) representou um momento de transição entre o velho e novo periodo. Tinha por objetivo patrulhar a costa, estabelecer uma colônia através da concessao NÃO HEREDITÁRIA de terras aos povoadores que trazia (São Vicente, 1532) e explorar a terra, tendo em vista a necessidade de sua efetiva ocupação.

  • Errado

    Martim Afonso foi o primeiro donatário da Capitania de São Vicente, mas não era um doador de capitanias hereditárias. Tampouco trazia consigo outros donatários, mas apenas aqueles que seriam, contrariamente a ele que era colonizados, os próximos colonos.

    Assim, a expedição de Martim Afonso de Souza tinha por objetivo patrulhar a costa, explorar a terra e estabelecer uma colônia por intermédio de concessões fundiárias não hereditárias (sesmarias). (...)

    Fonte: Como Passar - Diplomacia e Chancelaria 1600 questões comentadas.

  • Gabarito: Errado

    O envio de Martim Afonso de Souza para a colonização da América se deu num contexto de grande imprecisão cartográfica entre Portugal e Espanha. A questão afirma que Martim Afonso de Souza deu início, por ordem da Coroa Portuguesa, às concessões hereditárias de terras a portugueses que trazia. Agora retomemos o contexto de grande imprecisão cartográfica entre Portugal e Espanha, bem como as dificuldades de aferição da longitude que criavam mais dificuldades para determinar qual seria o paralelo mais ao sul a que os portugueses teriam direito na América.

    Para Portugal o meridiano de Tordesilhas cortaria o continente na altura do rio da Prata;

    Para os Espanhóis, o posicionamento estaria no litoral sul de São Paulo.

    Observando a incongruência entre os mapas e a sua missão de colonizar a margem oriental do Prata, Martim Afonso de Souza preferiu assentar a sua colônia na região apontada pelos cartógrafos espanhóis, fundando a vila de São Vicente em 1532.

     

    A expedição colonizadora de Martim Afonso de Sousa, enviada por D. João III(“O Colonizador”), tinha o objetivo de colonizar a recém-descoberta colônia. Só mais tarde, em 1533, quando Martim Afonso de Sousa retorna para Portugal, é que a Coroa portuguesa planeja um novo sistema administrativo para o Brasil, a fim de acelerar a ocupação do território: Este novo sistema será justamente as Capitanias Hereditárias.

    Portanto, item ERRADO.

  • PENSE NO BIXO BOM PRA DAR TERRAS ERA Martim Afonso de Souza (IRONIA)

  • Quem recebeu a capitania foi, de fato, Martim, só que o que foi concedido por ele chamava-se SESMARIAS.

  • concessões fundiárias não hereditárias (sesmarias).

  • Os primeiros anos da dominação portuguesa no território que será o Brasil, a ocupação foi limitada à uma estreita faixa do litoral, por conta das feitorias estabelecidas para que fosse feito o comércio de pau brasil, através de escambo com os nativos. As feitorias serviam também de postos de aguada nas viagens para o oriente.  E, também, porque os investimentos portugueses estavam dirigidos ao lucrativo comércio de especiarias no oriente – as índias .

    Foi a constante ameaça de piratas de outros estados europeus, aliada à necessidade de nova fonte de renda para a burguesia mercantil portuguesa manter seus lucros,  que levaria à efetiva ocupação do território. 

    O grande problema era a falta de recursos da coroa portuguesa. A coroa então utiliza o mesmo sistema de administração utilizado em ilhas do Atlântico : a divisão em capitanias hereditárias. Os lotes de terra serão doados a particulares, que deveriam ser responsáveis pelas despesas de ocupação. Os dois documentos que determinavam os direitos e deveres dos donatários que recebiam as terras eram a Carta de Doação e o Foral. 

    A doação das capitanias foi feita após a viagem de Martim Afonso de Souza, em 1530. As terras foram dominadas em nome da Coroa Portuguesa e só a ela cabia estabelecer o modo de administração ou quaisquer doações de direitos de uso ou de propriedade da terra . Por conseguinte , a divisão em capitanias hereditárias coube à coroa. Entretanto, entre os deveres , foi dado ao capitão donatário o direito de doar terras – sesmarias – de forma a estimular a ocupação do território e o  desenvolvimento de atividades que pudessem trazer lucros para Portugal. 

    Percebe-se, então, que a afirmativa apresentada está incorreta. O tema está presente em boas obras de História do Brasil como as de Boris Fausto ou, “Brasil: uma biografia" de Heloísa Starling e Lilia Schwarcz ou ainda manuais de Ensino Médio como o de Luis Koshiba . 

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • A expedição de Martim Afonso de Sousa (1530-1533), tinha o objetivo de patrulhar a costa, estabelecer uma colônia através da concessão não-hereditária de terra aos povoadores que trazia e explorar a terra, tendo em vista a necessidade de sua efetiva ocupação. Fonte: Boris Fausto


ID
2501338
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A configuração territorial da América portuguesa colonial foi alcançada por meio de um processo histórico dinâmico, iniciado no século XVI. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.


As capitanias hereditárias foram concedidas a militares portugueses, que recebiam as doações como reconhecimento por serviços prestados à Coroa, bem como para reforçar a defesa do território colonial e facilitar a sua exploração.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO. 

    Em 1534 foram criadas 14 capitanias hereditárias, divididas em 15 lotes. Os beneficiários, doze, eram elementos da pequena nobreza de Portugal. 

  • Alternativa ERRADA

    As Capitanias hereditárias foi um sistema de administração territorial criado por, D. João III, em 1534. Este sistema consistia em dividir o território brasileiro em grandes faixas e entregar a administração para particulares (principalmente nobres com relações com a Coroa Portuguesa). O objetivo era de colonizar o Brasil, evitando assim invasões estrangeiras. Ganharam o nome de Capitanias Hereditárias, pois eram transmitidas de pai para filho (de forma hereditária). Estas pessoas que recebiam a concessão de uma capitania eram conhecidas como donatários. Tinham como missão colonizar, proteger e administrar o território. Por outro lado, tinham o direito de explorar os recursos naturais (madeira, animais, minérios).

    Capitanias Hereditárias criadas no século XVI:

    Capitania do Maranhão, Capitania do Ceará, Capitania do Rio Grande, Capitania de Itamaracá, Capitania de Pernambuco, Capitania da Baía de Todos os Santos, Capitania de Ilhéus, Capitania de Porto Seguro, Capitania do Espírito Santo, Capitania de São Tomé, Capitania de São Vicente, Capitania de Santo Amaro, Capitania de Santana.

  • A idéia principal das capitanias hereditárias era distribuir a terra entre os principais nobres de Portugal e a eles caberia o ônus da colonização. Todavia, grande partes desses nobres julgaram desinterresante a proposta e então a terra foi dada aos fidalgos de segunda escala e aos militares.

  • Eu marquei errada principalmente pelo caráter generalizador da questão. Do jeito que está escrita, dá-se a entender que todas as capitinas seriam assim, o que não é verdade.

  • O fator que leva a questão ao erro, é a parte inicial, onde se fala que "militares" receberam essa doação de terras. A história não é tão clara quanto a isso, mas a questão trouxe uma ideia específica, falando que "militares" assumiram as capatanias hereditárias, isso não é uma verdade absoluta.

     

    Bons Estudos!!!!

     

  • "Os quinhões eram entregues aos chamados capitães-donatários. Eles constituíam um grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a Coroa" (Bóris Fausto - História do Brasil)

  • Após a expedição colonizadora de Martim Afonso, por parte de Portugal, este distribuiu terras para a produção agrícola, chamadas de Sesmarias, à pequena nobreza, à militares e à navegantes. Contudo, quando se fala de capitanias hereditárias, essas foram cedidas a cidadãos portugueses da pequena nobreza, sendo a primeira divisão política-administrativa no território, até então, colonial, por ter sido dividido em 15 capitanias no litoral, delimitadas por linhas paralelas.


    Houve uma tentativa de confundir o candidato.


    GAB: ERRADO

  • As capitanias foram cedidas pelo governo português a cidadãos de pequena nobreza, incluindo militares e navegantes.

    Questão meramente construída para confundir o candidato.

    ERRADO

  • Da pequena nobreza, não militares.

  • Capitanias hereditárias (de 1530 a 1777)

    Transferência para os donatários do ônus da colonização.

    • Experiência anterior nas ilhas da Madeira e Cabo Verde

    • Descentralização política

    • Obrigação de colonizar a capitania (ocupar, produzir

    e administrar).

    • Documentos

    (A) Carta de Doação: assegurava a posse da capitania

    ao donatário.

    (B) Foral: código tributário, direitos e deveres, doação

    de sesmarias

    Fracasso do sistema: elevados investimentos afugentando os donatários; conflitos com os indígenas; isolamento das

    capitanias em relação à metrópole e às demais capitanias.

  • O sistema de capitanias hereditárias aplicado pela coroa portuguesa no território colonial na América do Sul - no que será o Brasil – já havia sido anteriormente aplicado, com sucesso, em algumas de suas ilhas do Atlântico, como Açores e Cabo Verde.
    A terra a ser ocupada era dividida em lotes paralelos – as capitanias. Eram, então, doadas a particulares que teriam de arcar com as despesas de defesa e da montagem de alguma atividade lucrativa. Ao donatário – aquele que recebe a terra - era concedido o direito de doar terras de sua capitania, explorar economicamente a região e usar a mão-de-obra nativa. Se encontrados metais preciosos, um quinto seria imediatamente da Coroa. O restante pertenceria, em tese, ao donatário que, no entanto, tinha que pagar outros impostos à metrópole e comprar com exclusividade, da metrópole, o que não era produzido na colônia.

    O propósito deste sistema era livrar a coroa portuguesa dos gastos com a colonização, até mesmo porque o governo português não dispunha de capital suficiente para tal investimento na América.

    O sistema permitiria o lucro e, talvez, o alívio da pressão política feita pelos fidalgos, nobres portugueses com pouco acesso à terra por conta da escassez da mesma em Portugal!
    A afirmativa deve ser considerada errada porque estabelece ser a terra doada “a militares portugueses, que recebiam as doações como reconhecimento por serviços prestados à Coroa". Como visto acima, a terra era doada a particulares para que eles arcassem com os custos da ocupação, colonização e defesa.  Isto compromete a veracidade, mesmo sendo o restante verdadeiro.

    RESPOSTA:  ERRADO
  • Gabarito: Errado

    A respeito dos destinatários das capitanias, precisamos ter em mente o importante momento geoeconômico e geopolítico representado pelas Grandes Navegações portuguesas, do início do século XVI. Para além da “descoberta” de um território nas Américas, os portugueses já haviam estabelecido uma rota marítima entre a Europa e as Índias, com diversos entrepostos e colônias, que asseguravam uma grande e importante rede de apoios e de comércio para a realização das travessias. Havia aí importantes questões econômicas, no fluxo do comércio marítimo com as Índias, considerando que a lucratividade, muito mais expressiva para o mercado consumidor europeu, apresentava uma demanda muito acima da capacidade de oferta, sendo portanto, a prioridade da Coroa portuguesa. Ao mesmo tempo, a exploração do novo, porém distante e desconhecido território americano, demandava grandes investimentos sem uma garantia de retorno além do comércio do extrativismo vegetal, e cujos ganhos eram muito inferiores às rotas com as Índias.

    Deste modo, verifica-se que os territórios nas Américas ainda eram pouco atraentes nesse contexto. Assim, esses territórios ficaram para “figuras” de menor importância na vida da monarquia portuguesa; Estudos históricos nos mostram que os mais proeminentes militares e mercadores eram agraciados com postos dentro do comércio marítimo com as Índias e estes sim, eram considerados agraciamentos para “figuras” de maior proeminência. De modo que, os capitães-donatários, vindos para a América, exerciam, de fato, as funções de exploração e defesa territorial das novas terras, mas, no geral, eram oriundos da pequena nobreza. Independente do bom relacionamento que tivessem com a Coroa, estavam distantes de ser “figuras” importantes na vida portuguesa, e, por esse motivo, acabavam assumindo os postos menos atraentes fora da rota indiana.

    Portanto, item ERRADO.

  • (Bóris Fausto - História do Brasil) PAG 41

    "Os quinhões eram entregues aos chamados capitães-donatários. Eles constituíam um grupo diversificado, no qual havia gente da pequena nobreza, burocratas e comerciantes, tendo em comum suas ligações com a Coroa" (Bóris Fausto - História do Brasil)

  • ADM COLONIAL:

    1º CAPITANIAS HEREDTARIAS: A terra era doada a particulares para que eles arcassem com os custos da ocupação, colonização e defesa.

    2º GOVERNO GERAL : DAVA SUPORTE A ESSAS CAPITANIAS, QUE SE ESTABELECEU COM SEDE EM SALVADOR, E POR DIANTE NO RIO E BRASILIA . DESSA FORMA, NOTA-SE A CHEGADA DOS AFRICANOS PARA MÃO DE OBRA ESCRAVA, E DA IGREJA CATÓLICA. LOGO, ESSAS CAPITANIAS SÃO EXTINTAS NO SÉC. XVIII POR MEIO DE MARQUÊS DE POMBAL.

  • As capitanias hereditárias foi o primeiro sistema de administração do território, e teve suas responsabilidades transferidas aos capitães donatários.

  • Capitães Donatários.

    PMAL 2021

  • Tal questão se mostra tão equivocada que as capitanias hereditárias mostraram-se, em geral, um fracasso na administração e defesa de terras, havendo muitas invasões de países estrangeiros, como França e Holanda, nas terras inabitadas e não defendidas.

  • A colônia foi dividida em 15 lotes de terra, conhecidas como capitânias hereditárias, doadas a donatários MEMBROS DA CORTE, com o objetivo de colonizar a terra e defender de possíveis invasões.

    Entre essas capitanias somente a de São Vicente e Pernambuco tiveram êxito.

  • O sistema de capitanias hereditárias implicava na divisão de terras vastíssimas, doadas a capitães-donatários que seriam responsáveis por seu controle e desenvolvimento, e por arcar com as despesas de colonização. Foram doadas aos que possuíssem condições financeiras para custear a empresa da colonização, e estes eram principalmente "membros da burocracia estatal" e "militares e navegadores ligados à conquista da Índia" (Eduardo Bueno em "História de Brasil"). 

    "Como não é um fato 100% comprovado, não se pode afirmar com toda certeza, porém é sempre bom questionar".

    Bons estudos #pracima


ID
2501341
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A configuração territorial da América portuguesa colonial foi alcançada por meio de um processo histórico dinâmico, iniciado no século XVI. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.


A doação de terras pelos capitães-donatários a sesmeiros deu origem à formação de latifúndios.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Quando a conquista do território brasileiro se efetivou a partir de 1530, o Estado português decidiu utilizar o sistema sesmarial no além-mar, com algumas adaptações. A partir do momento em que chegam ao Brasil os capitães-donatários, titulares das capitanias hereditárias, a distribuição de terras a sesmeiros (em Portugal era o nome dado ao funcionário real responsável pela distribuição de sesmarias, no Brasil, o sesmeiro era o titular da sesmaria) passa a ser uma prioridade, pois é a sesmaria que vai garantir a instalação da "plantation"açucareira na colônia, dando origem à formação dos latifúndios.

  • No Brasil de 1536 foi instituído, pelo rei de Portugal, Dom João III, as capitanias hereditárias. No total foram instituídos 14 distritos, que foram partilhados em 15 lotes e repartidos entre 12 donatários, indivíduos que receberam as terras como doação do governo português e em contrapartida tornaram-se pessoas de confiança da realeza portuguesa.

     Desse modo, os donos das sesmarias (também chamados de “sesmeiros”) transformavam-se em peça-chave no desenho da colonização do Brasil, realizando a junção entre os interesses públicos e privados.

  • CERTO. O latifúndio, no Brasil do século XVI, se tornou a base da estrutura de produção. Seu surgimento ocorre logo com a ocupação efetiva do território, desde a formação das capitanias hereditárias e as doações de sesmarias (grandes áreas desmembradas de uma capitania).

  • * as terras não foram doadas.

  • Concordo com o Rodrigo.

    A terras realmente não foram doadas.

    Havia um contrato enfiteuse, nada mais nada menos que um arrendamento.

    Bons estudos!

  • Doação de TERRAS eram proibidos, consta nos direitos e deveres do Foral
  • Segundo a Lei das Sesmarias, se o proprietário não fertilizasse a terra para a produção e a semeasse, esta seria repassada a outro agricultor que tivesse interesse em cultivá-la.

    Somente aqueles que tivessem algum laço com a classe dos nobres portugueses em Portugal, os militares ou os que se dedicassem à navegação e tivessem obtido honrarias que lhes garantissem o mérito de ganhar uma sesmaria, tinham o direito de recebê-la.

     

    Fonte: Brasil escola

    Selva!

  • Certo 

    Boris Fausto - Historia do Brasil - pagina 44 

    A atribuição de doar sesmarias é importante, pois deu origem à formação de vastos latifúndios. A sesmaria foi conceituada no Brasil como uma extensão de terra virgem cuja propriedade era doada a um sesmeiro, com a obrigação de cultivá-la no prazo de cinco anos e de pagar o tributo devido à Coroa.

  • Latifúndio corresponde a uma extensa propriedade agrícola privada, geralmente não exploradas economicamente, portanto improdutivas. Quando exploradas são destinadas ao cultivo de um único produto agrícola (), com finalidade de abastecer, comumente, o mercado externo, devido à produção em larga escala.

  • Exato. Esta prática, de doação de grandes terras dos donatários para os sesmeiros, é apontada como uma das origens do nosso sistema desigual de distribuição de terras. 

    Gabarito: Certo

  • Gabarito: Certo

    Os latifúndios, ou seja, as grandes propriedades rurais, formaram-se nesse período. A produção da cana-de-açúcar também contribuiu para a vinculação dependente do país em relação ao exterior, a monocultura de exportação e a escravidão e suas consequências. A colônia portuguesa de exploração prosperou graças ao sucesso comercial da produção da cana-de-açúcar.

    Ainda sobre a formação dos latifúndios, o regime de sesmarias foi sobreposto às capitanias hereditárias para que se viabilizasse uma defesa e ocupação mais efetiva do território. Nessa perspectiva, o capitão-donatário (a quem cabia a capitania hereditária) possuía a capacidade de doar de forma unilateral, terras virgens, aos sesmeiros, agindo deste modo em nome do projeto de colonização. A ideia era a de que houvesse uma maior estabilização da situação fundiária, por constituírem unidades menores que as capitanias e assim, impusesse uma nova dinâmica à vida colonial, facilitando a empreitada colonialista. Deste modo, os sesmeiros responderiam tanto à autoridade do capitão-donatário quanto trabalhariam em nome da exploração, ocupação e defesa das suas sesmarias. O grande problema é foi a não realização de nenhuma exigência em contrapartida da doação, e assim, as terras doadas permaneceram improdutivas ao mesmo tempo em que se criava um novo estamento social com os sesmeiros, e estes iam acumulando terras, poderes e capacidade de influência política e social sobre a vida colonial.

    Este foi o embrião dos latifúndios brasileiros, que foram se conformando juntamente à divisão da terra segundo privilégios e forças políticas, aliás, tal prática, de forma reiterada e contínua, consagrou a concentração fundiária na história do Brasil, ao longo dos séculos.

    Portanto, item CERTO.

  • inicio da colonização. Boris fasto pag;41

    A ATRIBUIÇÃO DE DOAS SESMARIAS É IMPORTANTE, POIS DEU ORIGEM à FORMAÇÃO DE VASTO LATIFÚNDIOS.

  • Doação? arrendamento é a palavra certa.

  • O território da América pertencente, assim dizia o Tratado de Tordesilhas, à coroa portuguesa começou a ser efetivamente ocupado a partir de 1530. Até lá havia feitorias em determinados pontos do litoral atlântico , que funcionavam como postos de aguada e entrepostos do comércio de pau brasil, organizado a partir de escambo com os nativos. 

    Em 1534 a coroa instituiu o sistema de capitanias hereditárias , que já havia sido implantado nas ilhas atlânticas de colonização portuguesa. Os donatários receberam da coroa portuguesa a posse perpétua destas capitanias, além de títulos de capitão e governador. Ao todo, 12 donatários receberam capitanias, que poderiam ser transferidas hereditariamente ao filho mais velho.

    Os documentos que estabeleciam os direitos e deveres dos donatários eram a Carta de Doação e o Foral. Entre os deveres constava a obrigação de, lutar contra possíveis invasores europeus, lutar contra nativos que atrapalhassem a ocupação e, a garantir o monopólio da coroa, fundar vilas e vigiar as atividades econômicas da sua capitania para que fosse mantido o monopólio da coroa. 

    Entre os direitos constava a possibilidade de escravizar os nativos para que fossem mão de obra, exercer o poder político e de justiça. Além disso tinha o direito de doar sesmarias – faixas de terra -e cobrar impostos dos moradores. 

    Portanto, é possível inferir que a afirmativa está correta. O tema faz parte do currículo de História do Brasil tanto no Ensino Fundamental quanto no Médio. É uma questão fácil no contexto de avaliações para entrada no curso do Instituto Rio Branco. Não há necessidade de estudos mais específicos , além daqueles temas clássicos da História política do Brasil.

    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2501344
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere a fatores que contribuíram para a configuração do território da América portuguesa colonial, julgue (C ou E) o item a seguir.


Sertanistas de São Paulo penetraram no interior da América do Sul nos séculos XVI e XVII, viabilizando a ocupação da região pelos portugueses.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Bandeirantes é a denominação dada aos sertanistas do período colonial, que, a partir do início do século XVI, penetraram nos sertões da América do Sul em busca de riquezas minerais, sobretudo o ouro e a prata, abundante na América espanhola, indígenas para escravização ou extermínio de quilombos. Contribuíram, em grande parte, para a expansão territorial do Brasil além dos limites impostos pelo Tratado de Tordesilhas, ocupando o Centro Oeste e o Sul do Brasil. E foram os descobridores do ouro em Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso. Os mais famosos bandeirantes nasceram no que é hoje o estado de São Paulo.

  • Sertanista era uma pessoa que se embrenhava nos sertões à caça de riquezas, como os bandeirantes. Em seu sentido atual, a palavra designa alguém que é grande conhecedor do sertão e dos hábitos sertanejos, como os irmãos Villas-Bôas.

  • No enunciado,a banca colocou 'América do Sul',os sertanistas de São Paulo desbravaram o Brasil,no que hoje conhecemos como entradas e bandeiras,de onde vem o termo bandeirante.

  • Tal se deve à União ibérica de Felipe II e à consequente relativização do tratado de Tordesilhas.
  • Sandro Costa,

    não existia o "Brasil" que conhecemos hoje e as terras que os bandeirantes desbravaram não seriam de Portugal, considerando o tratado de Tordesilhas. Se o enunciado fosse "...penetraram no interior do Brasil...", ele seria anacrônico.

    Bons estudos!

  • Patrocinados por fazendeiros ou comerciantes, os bandeirantes partiam para descobrir novas terras, arranjar escravos e descobrir depósitos minerais. Eram viagens arriscadas, e muitas vezes sangrentas, organizadas para explorar o território brasileiro à procura de riquezas minerais, novas terras e escravos.

    Insta: @missaopmal

  • Movimento de entradas e bandeiras(bandeirantes) que tinha como objetivo adentrar o interior brasileiro, em busca de novos produtos, escravos/índios fugidos, novas terras, etc. Movimento de deu inicio ao ciclo do ouro, o ouro de aluvião, este encontrado à margem do rio com facilidade.

  • América do Sul é um termo que generaliza a questão: Brasil, Paraguai, Uruguai, Argentina, Venezuela etc. O correto seria o Brasil!


ID
2501347
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere a fatores que contribuíram para a configuração do território da América portuguesa colonial, julgue (C ou E) o item a seguir.


Pelo Tratado de Madri, de 1750, a Espanha aceitou a posse portuguesa do Mato Grosso, da Amazônia e da margem oriental do rio da Prata.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Tratado de Madrid foi um tratado firmado na capital espanhola entre os reis João V de Portugal e Fernando VI de Espanha, em 13 de Janeiro de 1750, para definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas, pondo fim assim às disputas. O objetivo do tratado era substituir o Tratado Tordesilhas, o qual já não era mais respeitado na prática. Pelo tratado, ambas as partes reconheciam ter violado o Tratado de Tordesilhas na América e concordavam que, a partir de então, os limites deste tratado se sobreporiam aos limites anteriores.

    Pelo tratado, Portugal cedia a Colônia do Sacramento e as suas pretensões ao estuário do Prata, e em contrapartida receberia o atual estado do Rio Grande do Sul, partes de Santa Catarina e Paraná (território das missões jesuíticas espanholas), o atual Mato Grosso do Sul, a imensa zona compreendida entre o Alto-Paraguai, o Guaporé e o Madeira de um lado e o Tapajós e Tocantins do outro, regiões estas desabitadas e que não pertenceriam aos portugueses se não fossem as negociações do tratado.

    O tratado estabeleceu que a paz sempre reinaria entre as colônias, até quando as capitais das províncias se encontrassem em guerra; a Capital brasileira foi transferida de Salvador para o Rio de Janeiro; a posse da Amazônia foi cedida para Portugal e o Rio Uruguai foi escolhido como fronteira entre o Brasil e a Argentina.

  • Pelo Tratado de Madri, de 1750, a Espanha aceitou a posse portuguesa do Mato Grosso, da Amazônia e da margem oriental do rio da Prata.

     

    ERRADA. 

     

     

    Na verdade foi do Rio Uruguai:

     

    O Tratado de Madrid trouxe como consequências imediatas: a revogação do Tratado de Tordesilhas; a consagração do princípio do uti possidetis (quem tem a posse tem o domínio); a mudança da Colônia do Sacramento pelo território dos Sete Povos das Missões; e a definição do rio Uruguai como fronteira oeste do Brasil com a Argentina.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Tratado_de_Madrid_(1750)

  • No Tratado de Madrid a Amazônia passou a ser de Portugal.

  • Larissa, isso está dito na questão e é correto. O erro está na afirmação acerca da margem oriental do Rio da Prata, que não ficou para Portugal/Brasil.

  • Está errada pois O Tratado de Madrid de 1750 determina que o Rio Uruguai pertenceria a Espanha. O que hoje equivaleria a o Uruguai e o Rio da Prata se encontrava em posse da Espanhol e a Amazônia sim pertenceria a Portugal.

  • O Tratado fala de Mato Grosso?

  • Isadora Mattos, o Tratado de Madri utilizou o Mapa das Cortes que deixava um buraco na área do Mato Grosso, mas esta já era ocupada desde a época das moções (expedições fluviais iniciadas em 1718 com a descoberta de ouro por sertanistas no Rio Cuiabá), o que pelo princípio utis possidetis dava a Portugal o território.

     

    "Mas os princípios básicos tinham sido aceitos: a posse efetiva (uti possidetis) e o respeito das fronteiras naturais, como rios e divisores de água. E nesse meio tempo Portugal continuou e acentuou a política de ocupação do território, transferindo a capital do Mato Grosso para Vila Bela da Trindade (1752) e a instalação de fortes ao longo da nova linha de fronteira: Jesus Maria e José (1754), São Gabriel da Cachoeira (1761), São José das Marabitanas (1763), Tabatinga (1766), Conceição (1769), Coimbra (1775), São Joaquim (1775), Príncipe da Beira (1776) e outros, continuando a obra de fatos consumados. Houve modificações, mas nossas fronteiras atuais seguem basicamente aquilo que foi definido em Madri, triplicando aproximadamente a área de nosso país."

     

    Fonte: http://www.scielo.br/pdf/bcg/v18n3/05.pdf

  •  O Tratado de Madrid de 1750 determina que o Rio Uruguai pertenceria a Espanha. O Tratado de Madri, firmado em 13 de janeiro de 1750 entre os reinos de Portugal e Espanha, tinha o intuito de substituir o Tratado de Tordesilhas (1494), o qual dividia as terras conquistadas no Novo Mundo, estabelecendo assim, novas fronteiras de exploração.

  • Gabarito: ERRADO

    "Pelo Tratado de Madri de 1750, a Espanha aceitou a posse portuguesa do Mato Grosso e da Amazônia, mas não da margem oriental do Rio do Prata, isto é, Coônia de Sacramento. Foi esta, precisamente, uma concessão feita por Alexandre de Gusmão em troca de vastos ganhos territoriais na América do Sul e, ainda, como confissão quanto à impossibilidade de consolidar-se a posse pacífica da margem oriental do rio da Prata. Poucas décadas depois, o Marquês de Pombal reverteu a permuta sulina, o que ficou plasmado no Tratado de El Pardo, de 1761."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • - Bula "Inter Coetera" do Papa Alexandre VI -1493. Concedeu à Espanha as terras descobertas ou que se descobrissem a partir de um meridiano distante 100 (Cem) léguas a Ocidente de qualquer das ilhas de Açores e Cabo Verde. 
    - Tratado de Tordesilhas - 1494. Anulando a Bula Alexandrina, estabeleceu a divisão do globo terrestre em dois hemisférios por um meridiano localizado 370 (Trezentos e Setenta) léguas a Oeste das ilhas de Cabo Verde. (A localização correta das Linhas de Tordesilhas revelou-se impraticavel, na época, pela impossibilidade da determinação de longitudes, o que só foi possível cerca de dois séculos após)
    - Convenção de Saragoça - 1529. Escritura da venda feita pelo Rei da Espanha ao de Portugal da região onde se encontravam as ilhas Molucas. (Estabelecido também na base de um meridiano localizado à Leste dessas ilhas, passando pelas ilhas denominadas "las Velas e de Santo Thome"). 
    - Primeiro Tratado de Utrecht - 1713. Firmado entre Portugal e a França para estabelecer os limites entre os dois paises na costa norte do Brasil. Estas disposições serviram, quase dois séculos após, para defender a posição brasileira na questão do Amapa. 
    - Segundo Tratado de Utrecht - 1715. Firmado entre Portugal e a Espanha, restabelecendo a posse da Colônia de Sacramento para Portugal. 
    - Tratado de Madri - 1750. Também entre Portugal e a Espanha, esbabeleceu os limites entre as colônias dos dois, na America do Sul, respeitando a ocupação realmente exercida nos territórios e abandonando inteiramente a "linha de Tordesilhas". (A Colônia de Sacramento passaría para o domínio da Espanha). Com esse Tratado o Brasil ganhou já um perfil próximo ao de que dispõe hoje. 
    - Tratado do Pardo - 1761. Tornou nulas todas as disposições e feitos, decorrentes do Tratado de Madri. 
    - Tratado de Santo Ildefonso - 1777. Ainda entre Portugal e Espanha. Seguiu em linhas gerais os limites estabelecidos pelo Tratado de Madri, embora com prejuizo para Portugal no extremo sul do Brasil. 
    - Convenção (ou Paz) de Badajoz - 1801. Estabelece as condições de paz na Península Ibérica (sem fazer menção aos limites das colônias de Portugal e da Espanha na América do Sul). Com isto tornou nulas, na prática, todas as disposições a respeito - entre estes dois países -, permitindo a expansão da ocupação gaúcha até o rio Uruguai.

    Fonte: http://info.lncc.br/tratados.html

  • INCORRETA

    QUESTÃO: Pelo Tratado de Madri, de 1750, a Espanha aceitou a posse portuguesa do Mato Grosso, da Amazônia e da margem oriental do rio da Prata.

    EXPLICAÇÃO: Aceitou apenas a posse portuguesa do Mato Grosso, da Amazônia

  • Portugal cede Colônia do Sacramento (parte oriental do Rio da Prata) à Espanha e consolida as fronteiras do norte e do centro-oeste do Brasil mediante o Tratado de Madri de 1750.

  • O Tratado de Madrid foi um acordo firmado na capital espanhola – Madrid - entre os reis João V de Portugal e Fernando VI de Espanha, a 13 de Janeiro de 1750, para definir os limites entre as respectivas colônias sul-americanas, de forma a dar fim às disputas entre as duas coroas ibéricas e entre os que efetivamente ocupavam as áreas coloniais de Espanha e Portugal. 

    Ele foi seguido pelos Tratados de Santo Ildefonso, firmado em 1777 e o de Badajóz em 1801. São eles que estabelecem o formato territorial do Brasil, afora algumas questões específicas entre Brasil e Bolívia, ou com países do Prata, assim como com a Guiana Inglesa. No entanto, tais questões não são do período colonial 

    O Tratado de Madri teve como objetivo principal a substituição do Tratado de Tordesilhas, completamente obsoleto, primordialmente por conta da União Ibérica, de 1580 a 1640, quando a coroa espanhola passa a ter o controle do Império Português, na medida em que o trono português passou a ser ocupado pelo monarca espanhol. 

    Com o suposto sumiço do Rei Dom Sebastião, na Batalha de Alcácer Quibir (1578), em Marrocos, Portugal ficou sem um herdeiro que pudesse ocupar o trono. Assim, o rei Felipe II alegou que era herdeiro do trono português como Felipe III. A partir daí, a Península Ibérica ficou nas mãos do Rei da Espanha. Durante o período da União os colonizadores espanhóis e portugueses alargaram suas áreas de atuação. Portugueses, principalmente, ocupam vários territórios considerados de domínio espanhol.

    Além da delimitação das fronteiras, o tratado de Madrid também decidiu pela troca de territórios entre os reinos. Os portugueses cederam a Colônia de Sacramento, no Uruguai, para os espanhóis e, em troca, receberam o território ocupado pelo Sete Povos das Missões, no atual estado do Rio Grande do Sul. As delimitações de fronteiras estabelecida pelo Tratado de Madri, até hoje, desenham boa parte do território brasileiro a oeste. 

    A afirmativa apresentada da questão está incorreta. E, a bibliografia para que o tema seja estudado é bastante vasta. Especial destaque pode ser dado à coleção História Geral do Brasil, com organização de Boris Fausto( entre outros ) , além de outras do próprio Boris Fausto , “Brasil: uma biografia" de Heloísa Starling e Lilia Schwarcz ou ainda manuais de Ensino Médio como o de Luis Koshiba.

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501350
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere a fatores que contribuíram para a configuração do território da América portuguesa colonial, julgue (C ou E) o item a seguir.


Com o Tratado de Badajoz, de 1801, a posse da região dos Sete Povos, no oeste gaúcho, passou à Espanha, mas o território foi retomado pelos portugueses em 1816.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO. 

    Tratado de Badajoz, também referido como Paz de Badajoz, foi celebrado na cidade espanhola de Badajoz, em 6 de junho de 1801, entre Portugal, por uma parte, e a Espanha e a França coligadas, pela outra. Este diploma colocava fim à chamada Guerra das Laranjas, embora tenha sido assinado por Portugal sob coação, já que o país encontrava-se ameaçado pela invasão de tropas francesas estacionadas na fronteira, em Cidade Rodrigo.

    O Tratado de Badajoz não estabeleceu a soberania portuguesa sobre os Sete Povos das Missões (nome que se deu ao conjunto de sete aldeamentos indígenas fundados pelos Jesuítas espanhóis no Continente do Rio Grande de São Pedro, atual Rio Grande do Sul), que seria tomado manu militari aos espanhóis pela população colonial, sem conhecimento da Coroa, alguns dias depois do tratado ser assinado. Somente em 1804 um acordo entre o vice-rei do Rio da Prata e o governador do Rio Grande reconheceria a soberania portuguesa na área.

  • ERRADA!! 

     O Tratado de Badajoz, assinado pelo Príncipe Regente de Portugal D. João VI e pelo rei da Espanha Carlos IV.

    O acordo exigia que Portugal fechasse os portos aos navios da Grã-Bretanha e se responsabilizasse pelos prejuízos decorrentes do comércio lusitano com os britânicos. Em troca, a Espanha restituía os territórios conquistados de Jeromenha, Arronches, Portalegre, Castelo de Vide, Barbacena, Campo Maior e Ouguela, lhes devolvendo todas as munições de guerra que estavam sob supervisão dos espanhóis.

    Porém, a região fronteiriça de Olivença, que antes fazia parte do território português, permaneceria como trunfo da Espanha.

    Só que a França ainda retomaria as exigências do tratado para lhe garantir mais influência política e dominação territorial, culminando no Tratado de Madri. Em setembro de 1801, forçou Portugal a lhe conceder metade do território do Amapá, que fazia parte de sua colônia, o Brasil, para a criação da fronteiriça colônia da Guiana Francesa. Além de manter o Tratado de Badajoz com a Espanha e ceder parte de sua colônia, Portugal ainda teve que pagar uma quantia de 20 milhões de francos para os franceses, a mando de Napoleão Bonaparte.

  • Está errado pois o Tratado de Badajoz tratava de terras de Portugal e Espanha e nas colonias houve a entrega posterior de parte do Amapa para a criação da Guiana Francesa no ano de 1816 apresentou conflito entre Portugal com o príncipe regente no Brasil para a reconquista da área.

  • Errado, pois o Tratado de Badajoz imita o de Madri neste ponto: Sete Povos fica com Portugal; Sacramento, com Espanha.

  •  

    A Questão do Prata

    Com a assinatura do Tratado de Badajoz, em 1801, que deu a Portugal a posse dos Sete Povos das Missões e à Espanha a colônia de Sacramento, a paz na região parecia ter sido selada.

     

  • Não se esqueçam de que Badajoz praticamente não modificou o Tratado de Madrid.

  • Tratado de Badajós, de 1801, acabou oficializando o domínio português nos Sete Povos das Missões.

  • "Ao se restabelecer a paz, nesse mesmo ano [1801], pelo Tratado de Badajoz, não se revalidou nenhum acordo anterior." (Synesio Sampaio Goes Filho - Navegantes, Bandeirantes, Diplomatas)

    O Tratado que praticamente retomou as fronteiras propostas por Gusmão pelo Tratado de Madri foi o Tratado de Santo Ildefonso (1777), que foi anulado no mesmo ano do Tratado de Badajoz, 1801 e não o de Badajoz como a colega falou acima. O Tratado de Badajoz era um tratado de paz entre França e Espanha de um lado e Portugal de outro pela Guerra das Laranjas, portanto, não tinha relação com o que acontecia na América. 

  • O tratado de Badajós, datado de m 1801, na prática, ratificou as decisões do tratado de Madri. O que significa dizer que Portugal retomou a região de Sete povos das missões, e a Espanha, a colônia de Sacramento. Portanto, o item está errado.

  • Em 1776, aproveitando da mudança na correlação de forças propiciada pela Guerra dos Sete Anos e o consquente declínio português, o vice-Rei do Prata, Cevallos, conquista Santa Catarina, as Missões e Sacramento.
    Em Santo Idelfonso (1777), há apenas a confirmação do poder espanhol sobre Missões e Sacramento e a devolução da ilha de Santa Catarina.
    É só em 1801 que as Missões são recuperadas pelos lusitanos, sem muito esforço, uma vez que a colonização da área de fato se deveu às atividades dos estancieiros lusitanos. Já Sacramento, por sua vez, não era, e nunca havia sido, território de povoamento lusitano. O que aconteceu foi que Pombal era inimigo do Tratado de Madrid, já que esse firmava a permuta Sacramento-Missões, o que não era condizente com o expansionismo português, que via na margem oriental do Prata o "limite natural" do seu império.

    Logo, questão ERRADA.

  • Excelentes comentários dos colegas, mas deixo aqui minha contribuição com trecho extraído do livro Navegantes, Bandeirantes, Diplomatas de Synesio Sampaio Goes Filho:

    "Ocorre que em 1801 se inicia entre as nações ibéricas a “Guerra de las Naranjas”, pela qual Portugal perde, na Europa, a região de Olivença, porém, na América, retoma, em definitivo, a região dos Sete Povos das Missões. No mesmo ano é assinado o Tratado de Paz de Badajóz, que mantém Olivença com a Espanha e os Sete Povos das Missões com Portugal. Além disso, algumas microrregiões da Amazônia não incluídas no Brasil pelo Tratado de Santo Ildefonso, permanece no território brasileiro. O Tratado de Badajoz não revalidou o de Santo Ildefonso, nem qualquer outro anterior, omissão que contrariava a prática habitual entre as nações ibéricas."

    Sendo assim, de acordo com esse livro, o Tratado de Badajoz:

    ·      É um tratado de paz

    ·      Sete povos com Portugal

    ·      Colônia com a Espanha

    ·      A guerra das laranjas ocasionou a perda da praça Forte de Olivença que ficou com a Espanha. Em retaliação, Portugal anexou Sete Povos.

    O Tratado de Badajoz não revalidou o de Santo Ildefonso, nem qualquer outro anterior, omissão que contrariava a prática habitual entre as nações ibéricas.

    O erro da questão é afirmar que a posse de Sete Povos passou para a Espanha. Imagino que a posse de fato deve ter passado somente em 1804, conforme afirmado pelo Daniel, mas o tratado já estabelecia isso.

    Espero ter contribuído. Bons estudos!

  • O Trat. de Badajóz apenas e tão somente pôs fim à Guerra das Laranjas (1801), entre Portugal e Espanha.

    Seu impacto na América decorre do fato de ele não ter reestabelecido o status quo ante bello , como era praxe de cláusula explícita à época. Consequentemente, os territórios ocupados durante a guerra não seriam restituídos. Assim:

    • A Espanha não restituiu Olivença a Portugal, na Europa;
    • Portugal, na América, não restituiu Sete Povos (ocupada pelos gaúchos após notícia da guerra na Europa)

  • Após a União Ibérica ( 1580/ 1640) e, a ocupação do território ultramarino correspondente ao Brasil, verificou-se a necessidade de um novo tratado que propiciasse uma nova demarcação dos territórios que estavam sob o domínio da Espanha e quais estavam sob o domínio de Portugal. Os limites coloniais precisavam ser redesenhados e isso implicava em mudanças na estrutura social, política, econômica e territorial não só das nações interessadas, mas também dos governos e das elites locais. Na primeira metade do século XVIII os acordos começaram a ser desenhados. 
    De acordo com a demanda da questão vamos nos ater aos acordos estabelecidos que tinham foco na região sul do país. No ano de 1715 foi firmado um acordo entre a Espanha e Portugal na cidade de Utrecht. Nele ficou decidido que a colônia de Sacramento pertencia aos portugueses. Os castelhanos não aceitaram este acordo e assim fundaram a colônia de Montevidéu no ano de 1726. Os portugueses, então, criaram a colônia do Rio Grande com o objetivo de garantir o seu controle da Região sul do território. Em 1750 foi assinado o Tratado de Madri. 

    Este acordo reivindicava o princípio da posse útil da terra (“uti possidetis") para que as fronteiras entre Portugal e Espanha fossem definidas. Com relação à região sul foi estabelecido que a colônia de Sacramento ficaria com os espanhóis, em troca da região dos Sete Povos das Missões. As Guerras Guaraníticas, entre os anos de 1753 e 1756, ocorreram em decorrência do tratado de Madrid, pois os jesuítas que habitavam a região dos Sete Povos das Missões não desejavam estar sob o domínio de Portugal. 

    Este conflito gerou a necessidade de outro acordo no ano de 1777, o Tratado de Santo Ildefonso. Neste novo acordo os portugueses ficariam com as regiões de Rio Grande e Santa Catarina , e os espanhóis teriam o domínio das colônias do Sacramento e a região dos Sete Povos das Missões. Os portugueses se mantiveram na região dos Sete Povos, mesmo com esta determinação do Tratado de Ildefonso. Esta decisão de Portugal acabou culminando no Tratado de Badajós, em 1801, que entregou os Sete Povos das Missões oficialmente aos portugueses. 

    Esta afirmativa está incorreta, pois a região dos Sete Povos passou a Portugal após o Tratado de Badajoz. Portanto, este território permaneceu sob o domínio português. 

    Gabarito do Professor:  ERRADO.

ID
2501353
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

No que se refere a fatores que contribuíram para a configuração do território da América portuguesa colonial, julgue (C ou E) o item a seguir.


A linha divisória entre Portugal e Espanha estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas não abrangia o Pacífico, mas apenas o Atlântico.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Tratado de Tordesilhas, assinado na povoação castelhana de Tordesilhas em 7 de junho de 1494, foi um tratado celebrado entre o Reino de Portugal e a Coroa de Castela para dividir as terras "descobertas e por descobrir" por ambas as Coroas fora da Europa. Este tratado surgiu na sequência da contestação portuguesa às pretensões da Coroa de Castela, resultantes da viagem de Cristóvão Colombo, que um ano e meio antes chegara ao chamado Novo Mundo, reclamando-o oficialmente para Isabel, a Católica (1474-1504).

    O Oceano Pacífico somente foi avistado pelos europeus no início do século XVI, inicialmente pelo explorador espanhol Vasco Núñez de Balboa, que cruzou o Istmo do Panamá em 1513 e nomeou-o como Mar del Sur(Mar do Sul), e depois pelo explorador português Fernão de Magalhães, que navegou o Pacífico durante a sua circum-navegação entre 1519 e 1522.

  • Questão CORRETA, baseada nas páginas páginas 71-72 da obra "Navegantes, bandeirantes, diplomatas", do embaixador Synesio Sampaio Goes Filho:

    "A verdade é que o tratado [de Tordesilhas] foi concebido exclusivamente para o Atlântico, o 'mar oceano', como então se chamava, pois o Pacífico não existia para os europeus daquela época. Só anos depois de sua assinatura, com o estabelecimento dos portugueses e espanhóis no Oriente, é que o antimeridiano de Tordesilhas passou a ser considerado também o divisor das terras nas 'Índias', região que, durante o século XVI, tem muito mais importância para Portugal do que o Brasil. Em 1529, pela chamada Escritura de Saragoça, estabeleceu-se que Carlos V cedia a D. João III, por 350 mil ducados, os direitos que pretendia ter sobre as Molucas e se estabelecia que a linha divisória entre as duas nações coloniais seria o antimeridiano que passava a 17º a oriente das referidas ilhas."

    Fonte: http://funag.gov.br/loja/download/1118-Navegantes_bandeirantes_diplomatas%20_(08-06-15).pdf 

  • Excelente referência Joaquim Prado! E obrigado por mencionar a fonte.

  • CORRETO. A extensão do meridiano para o Pacífico só foi feita mais tarde, por meio da Capitulação de Saragoça.

  • Polêmico!

     

  • E eu que fiz essa prova, errei, e aí o próximo livro que fui ler era do Synesio. Que tristeza, hahah

  • Realmente, o Tratado de Tordesilhas não ia até o Pacífico, mas o Atlântico sim, pelo menos parte dele.

  • Gabarito: CERTO

    "A linha divisória estabelecida pelo Tratado de Tordesilhas dizia respeito apenas ao Atlântico. O antimeridiano desta linha constitui marco divisório entre Espanha e Portugal apenas na década de 1520, com o Tratado de Saragoça. Recorda-se que o Tratado de Tordesilhas se deu sem intervenção papal e estendeu a divisão Leste/Oeste para o meridiano situado a 370 léguas de Cabo Verde. Assim, a parte do território do atual Brasil passou a constituir os domínios ultramarinos portugueses."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Gabarito: Certo

    O Tratado de Tordeselhas foi firmado entre Portugal e Espanha, no ano de 1494, sendo o principal documento sobre as fronteiras entre as colonias dos dois países até meados do século XVIII. Determinou-se que a divisão das terras conhecidas ou não do Oceano Atlântico seriam divididas entre Portugal e Espanha segundo um meridiano a 370 léguas da ilha de Cabo Verde. Coube a Portugal tudo o que estava a leste do meridiano e a Espanha tudo que estivava além.

     

    Décadas depois, Portugal e Espanha se lançariam nas "Questões Moluscas", onde discutiriam os seus direitos de posse na Ásia, bem como nos domínios do Oceano Pacífico. Assim, foi assinado o Tratado de Saragoça em 1529, estabelecendo uma divisão semelhante à realizada no Atlântico, só que agora no Pacífico.

    Portanto, item CERTO.

  • O Tratado de Tordesilhas foi um documento assinado em junho de 1494, na vila espanhola de Tordesilhas. Os protagonistas foram Portugal e Espanha, que delimitaram, através de uma linha imaginária, as posses portuguesa e espanhola no território da América do Sul, chamado de “Novo Continente”.

  • Safadeza perguntar uma parada dessa !

  • O Tratado de Tordesilhas foi assinado por Portugal e Espanha no dia 7 de junho de 1494. As duas nações dividiriam o Oceano Atlântico em com uma linha imaginária, localizada a 370 léguas a oeste das ilhas de Cabo Verde. O que estivesse a leste da linha de Tordesilhas pertenceria a Portugal e a oeste pertenceria à Espanha. 

    O Objetivo era que não houvesse mais disputas territoriais no continente “descoberto". No Século XVIII houve a necessidade de outros acordos territoriais, pois o Tratado de Tordesilhas não estava mais funcionando na prática. O tratado de Tordesilhas somente fala das águas entre as ilhas de Cabo Verde e a América, portanto o Oceano Atlântico. Esta afirmativa está correta, pois não há menção sobre as águas do Oceano Pacífico. 

    É o tratado de Saragoça, assinado entre os dois países em 1529 que divide as possessões na Ásia , “ dividindo" o oceano Pacífico 

    Gabarito do Professor:  CERTO.
  • Esse gabarito foi uma forçada de barra, já que o tratado de Tordesilhas dividiu o mundo a ponto do rei francês, no período da França Antártica dizer: "gostaria de ler o testamento de Adão no qual ele deixa o mundo para portugueses e espanhóis."

  • Tratado de Saragoça (1529) - delimitava as zonas de influência portuguesa e castelhana na Ásia.

    • solucionava a chamada "Questão das Molucas", em que ambos os reinos reclamavam para si aquelas ilhas, considerando-as dentro da sua zona de exploração estabelecida n Tratado de Tordesilhas de 1494. O conflito nascera em 1520, quando as explorações de ambos os reinos atingiram o Oceano Pacífico, dado que não fora estabelecido um limite a leste.

ID
2501356
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de independência do Brasil resultou de um contexto complexo, determinado por fatores externos e internos. Com relação a esse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.


Fez parte da estratégia política em favor da independência brasileira o esvaziamento da influência das cortes legislativas portuguesas, por meio da criação de uma corte similar no Brasil.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    A reengenharia política da independência implicava esvaziar a influência das Cortes legislativas portuguesas, criando uma similar nacional. A medida deu certo e foi auxiliada por algumas iniciativas recolonizadoras dos constituintes portugueses. A elas deve em grande parte ser atribuído o sucesso do Grito do Ipiranga, gesto que, se não contasse com o inestimável apoio das elites do Rio de Janeiro, Minas Gerais e São Paulo, passaria para a história como mais um berro inconsequente do autoritário d. Pedro. A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. 

  • Daniel, 

    ao dizer que " A independência, porém, pregou uma peça nessas elites. " você está se referindo aos desencontros que levaram à crise do primeiro reinado e à abdicação?

  • O esvaziamento da influência das cortes legislativas portuguesas resultou de uma manobra do Partido Brasileiro, temeroso de uma recolonização do Brasil. O primeiro passo nesse sentido foi opor-se energicamente ao retorno de D. Pedro I a Portugal. Tendo uma formação  absolutista, D. Pedro não aceitava as ordens das Cortes; não foi difícil ao Partido Brasileiro jogá-lo contra elas.

  • TAMBÉM ERREI. PENSEI IGUAL O DANIEL. MAS O ADEMAR PEGOU O PONTO. 

  • Boa tarde @Daniel Gonçalves,

    Se houve apoio das elites do RJ, MG e SP na Independência do Brasil, porque você diz, no final do seu comentário, que "A independência, porém, pregou uma peça nessas elites" ? 

    Aproveito a oportunidade para agradecê-lo pela excelente qualidade dos seus comentários.

  • Em relação a "pregar uma peça na elite do Brasil", acredito que o Daniel quis falar sobre o que aconteceu mais tarde com a dissolução da Assembléia Constituinte e a prisão de vários deputados, dentre eles os irmãos Andrada, figuras centrais da política. 

  • Bóris Fausto, História do Brasil, EDUSP, 2012, p. 113: "Foram os militares descontentes que iniciaram o movimento de 1820 em Portugal. Foi também entre os militares que ocorreram as primeiras repercussões do movimento no brasil. As tropas se rebelaram em Belém e em Salvador, instituindo aí as juntas governativas. No Rio de Janeiro, manifestações populares e das tropas portuguesas forçaram o rei a reformular o ministério, a criar juntas onde elas não existiam e a preparar eleições indiretas para as cortes."

  • A tal da "Assembleia Brasílica", convocada a 3 de junho de 1822. Junto com o "Manifesto às Nações Amigas", da pena de Bonifácio e publicado a 6 de agosto daquele ano (ou seja, a um mês menos um dia do grito do Ipiranga), com um Brasil que já se endereçava às nações como um ente autônomo perante o mundo — posto que ansiava, palavras do Pedro, pela "autonomia completa" —, temos os dois mais relevantes momentos políticos daquele Brasil que nascia entre o Fico, de 9/1, e a Independência, de 7/9, naquele ano tumultuado que se encerrou com a aclamação a 12 de outubro, dia do aniversário do jovem imperador, sagrado e — em ruptura simbólica à antiga metrópole, ainda presa a sebastianismos — também coroado a 1º de dezembro. Viria ainda a guerra.

  • Troca o disco desse Boris Fausto ...Amelie Poulante !!!!!

  • O processo de independência do Brasil, no início do século XIX, pode ser inserido em um contexto além da região colonial. Ele pode ser entendido como uma das revoltas ou revoluções de caráter liberal acontecidas na Europa e na América. Todas elas caudatárias do pensamento iluminista, da Revolução Americana (1776) e da Revolução Francesa (1789).
    A luta é por comércio livre das limitações do “ exclusivo colonial". Ou seja, do monopólio português. E, pela construção de um Estado constitucional, que é o fundamento do liberalismo político. Estruturar o Estado a partir do texto de uma constituição é a peça chave para a ruptura com o Absolutismo, o Antigo Regime e seus derivados. E, nessa constituição devem ser estabelecidos três poderes: executivo, legislativo e judiciário. 
    Esta é a demanda da Revolução do Porto, de 1820, de Portugal. Os revolucionários, além de demandar a volta de D. João VI para Lisboa, já que ele estava no Rio de Janeiro desde 1808, estabeleceram, entre outras medidas, cortes legislativos em Portugal. A proposta era a de elaborar leis a partir da sociedade e não da Corte.
    A Revolução do Porto terá eco nas regiões coloniais no Brasil. Em muitas delas, principalmente naquelas mais próximas ao Rio de Janeiro, serão criadas cortes ao exemplo das portuguesas. A ideia é fortalecer o poder local e minimizar a influência de Portugal, dentro de uma lógica de maior autonomia e, depois, independência.
    É preciso lembrar que a Revolução do Porto, embora liberal para Portugal, tinha propostas recolonizadoras para o Brasil, com a retirada de avanços conseguidos durante a estadia de D. João VI. Portanto, havia a séria intenção, nas regiões onde predominavam os interesses brasileiros, de dificultar a atuação das cortes portuguesas.
    Assim sendo, por tudo que foi acima descrito, podemos concluir que a afirmativa está correta. Ela apresenta uma ideia de História adequada ao processo de independência do Brasil .

    OBS : É preciso não esquecer as diferenças entre as várias regiões do Brasil colonial. Há aquelas que apoiam e aquelas que são contra a independência. Por isso é que há as guerras de independência após o 7 de setembro. 

    RESPOSTA : CERTO
  • A questão exige tão simplesmente o conhecimento acerca da convocação da Assembleia Constituinte, em junho de 1822, e que tal convocação fez parte dos eventos que desencadearam a independência. As Cortes lusitanas, convocadas em 1820, tinham também por finalidade a elaboração de uma carta constitucional, por isso faz sentido falar em " criação de uma corte similar no Brasil". Ajuda saber que, desde o segundo semestre de 1821, críticas à atuação das Cortes, até então unanimemente celebradas pelas elites, tornam-se frequentes, sobretudo pela elite coimbrã, aquela facção comandada por José Bonifácio, daí o ímpeto por seu esvaziamento.

  • Bóris Fausto, História do Brasil, EDUSP, 2012, p. 113: "Foram os militares descontentes que iniciaram o movimento de 1820 em Portugal. Foi também entre os militares que ocorreram as primeiras repercussões do movimento no brasil. As tropas se rebelaram em Belém e em Salvador, instituindo aí as juntas governativas. No Rio de Janeiro, manifestações populares e das tropas portuguesas forçaram o rei a reformular o ministério, a criar juntas onde elas não existiam e a preparar eleições indiretas para as cortes."


ID
2501359
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de independência do Brasil resultou de um contexto complexo, determinado por fatores externos e internos. Com relação a esse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.


Ao promoverem a industrialização de Portugal, as reformas pombalinas atingiram os interesses da elite mercantil brasileira, cujos ganhos estavam relacionados à importação de manufaturados da Inglaterra.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO!

    O Período Pombalino corresponde aos anos em que o Marques de Pombal exerceu o cargo de primeiro-ministro em Portugal (1750 a 1777), durante o reinado de Dom José I. Em meados do século XVIII, Portugal passava por um período de forte crise econômica. O Marques de Pombal adotou várias medidas administrativas, visando melhorar as condições de Portugal. Muitas destas medidas estavam relacionadas à sua principal colônia, o Brasil. Seria função do Brasil, dentro deste objetivo pombalino, suprir as necessidades materiais e comerciais da metrópole, a fim de transformar Portugal numa potência europeia. Assim as medidas de Pombal visavam aumentar o controle político, econômico e administrativo da metrópole sobre o Brasil. Objetivavam também aumentar a exploração dos recursos econômicos.

    Fonte: www.historiadobrasil.net

     

  • ERRADO.

    Durante a segunda metade do século XVIII, a Coroa Portuguesa sofreu a influência dos princípios iluministas com a chegada de Sebastião José de Carvalho aos quadros ministeriais do governo de Dom José I. Mais conhecido como Marquês de Pombal, este “super-ministro” teve como grande preocupação modernizar a administração pública de seu país e ampliar ao máximo os lucros provenientes da exploração colonial, principalmente em relação à colônia brasileira.

    fonte:http://brasilescola.uol.com.br/historiab/reformas-pombalinas.htm

  • Ainda mais que o monopólio comercial só foi levantado em 1808.

  • Errado:

    As reformas pombalinas não promoveram a industrialização de Portugal, ainda muito dependente da Inglaterra, por mais que Pombal tenha tentado alguma independência em relação a esta; as reformas atingiram sim os interesses da elite mercantil brasileira, pois operaram um maior controle sobre a colônia, mas os ganhos da elite mercantil brasileira não estavam relacionados à importação de manufaturados da Inglaterra, e sim a exportação de produtos agrícolas e ao tráfico de escravos.

  • Sabe aquelas questões que você nem sabe por onde começar a dizer que tá errado, só sabe que tá tudo errado?

  • Errado.

     

    Pombal buscou promover a diminuição da dependência histórica de Portugal com a Inglaterra, estimulando, entre outros, o desenvolvimento da manufatura. Porém, não havia comércio legal entre a elite mercantil brasileira e a Inglaterra, o que só viria a ocorrer em 1808 com a abertura dos portos às nações amigas, que na prática formalizou o comércio via contrabando que já exisitia entre os dois, permitindo que Portugal auferisse impostos com ele. Não há assim que se falar em ameaça aos interesses dessa elite por conta da industrialização de Portugal. 

     

    "Entre as novas medidas estavam a afirmação da autoridade nacional na administração religiosa e eclesiástica, no estímulo a empreendimentos industriais e atividades empresariais; da autoridade para lançar impostos; criar novas capacidades militares e uma nova estrutura de segurança do Estado, além da estruturação de um novo sistema de educação pública para substituir o ensino dos jesuítas."

    "Ele alertava também que se Portugal não tivesse manufaturas, as colônias portuguesas iriam dar vantagem a outros povos, acreditava nisso porque as colônias tinham muita matéria-prima." 

     

    http://www.revistafenix.pro.br/PDF13/SECAO_LIVRE_ARTIGO_3-Sandra_Aparecida_Pires_Franco.pdf

  • "A política pombalina prejudicou setores comerciais do Brasil marginalizados pelas companhias privilegiadas (Companhia Geral do Comércio do Grão-Pará e Maranhão e Companhia Geral de Pernambuco e Paraíba), mas não teve por objetivo perseguir a elite colonial." (Bóris Fausto - Histótia do Brasil)

  • Lembremo-nos, colegas, de que não havia Revolução Industrial no período pombalino (1750-1777).

    Reclamem com o Hobsbawm: ele que fala nos anos 1780 como a década em que os indicadores da economia inglesa todos "decolam". Então não havia, ainda, essa manufatura toda vindo da Inglaterra pra cá, como claramente é o caso (e até demais: Ricupero fala em equipamentos de esqui exportados ao Brasil) quando da chegada da família real, na primeira década do século XIX.

  • ERRADA

    QUESTÃO: Ao promoverem a industrialização de Portugal, as reformas pombalinas atingiram os interesses da elite mercantil brasileira, cujos ganhos estavam relacionados à importação de manufaturados da Inglaterra.

    CORRETO

    Ao promoverem a industrialização de Portugal, as reformas pombalinas atingiram os interesses da elite mercantil brasileira, cujos ganhos não estavam relacionados à importação de manufaturados da Inglaterra.

  • NÃO TINHA INDÚSTRIA NO BRASIL NO PERÍODO COLONIAL!!!!

  • Período Pombalino (1750-1777)

    A entrada de produtos ingleses no mercado brasileiro promoveu o fim do monopólio português sobre a economia colonial. De 1500 até 1808, o Brasil deveria comercializar apenas com Portugal. A abertura dos portos promoveu, a priori, o rompimento dessa dependência brasileira em relação à metrópole portuguesa.

    Portanto, os produtos ingleses chegaram ao Brasil após o período pombalino e, portanto, não foram afetados pelas reformas pombalinas.


ID
2501362
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de independência do Brasil resultou de um contexto complexo, determinado por fatores externos e internos. Com relação a esse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.


Movimentos de revolta restritos ao ambiente regional, a Inconfidência Mineira, a Conjuração dos Alfaiates, na Bahia, e a Revolução Pernambucana de 1817 não visavam à emancipação de todo o território brasileiro.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito preliminar do Cespe: CERTO.

     

    Discordo do gabarito

     

    As revoltas emancipacionistas foram movimentos sociais ocorridos no Brasil Colonial, caracterizados pelo forte anseio de conquistar a independência do Brasil com relação a Portugal. Estes movimentos possuíam certa organização política e militar, além de contar com forte sentimento contrário à dominação colonial.

     

    Inconfidência Mineira

    Foi um movimento separatista ocorrido na cidade de Vila Rica (Minas Gerais) no ano de 1789. Teve como principal causa os altos impostos cobrados sobre o ouro explorado nas regiões das minas e também da criação da derrama. Teve como líderes intelectuais, poetas, militares, padres e até um alferes (Tiradentes). Tinha como objetivo, após a independência, implantar o sistema republicano no Brasil, criar uma nova Constituição e incentivar o desenvolvimento industrial. O movimento foi denunciado ao governo, que o reprimiu com violência. Os líderes foram condenados a prisão ou exílio. Tiradentes foi condenado a morte na forca. 

     

    Conjuração Baiana

    Foi uma rebelião popular, de caráter separatista, ocorrida na Bahia em 1798. Teve a participação de pessoas do povo, ex-escravos, médicos, sapateiros, alfaiates, padres, entre outros segmentos sociais. Teve como causa principal exploração de Portugal, principalmente no tocante a cobrança elevada de tributos. Defendiam a liberdade com relação a Portugal, a implantação de um sistema republicano e liberdade comercial. Após vários motins e saques, a rebelião foi reprimida pelas forças do governo, sendo que vários revoltosos foram presos, julgados e condenados. 

     

    Revolução Pernambucana

    Foi um movimento separatista ocorrido em Pernambuco em 1817. Teve como causas principais a exploração metropolitana e a cobrança de impostos sobre os colonos brasileiros. Teve a participação da classe média, populares, padres, militares e membros da elite. Motivados pelos ideais iluministas (liberdade e igualdade), os revoltosos pretendiam libertar o Brasil do domínio português e instalar o sistema republicano no país. Assim como os outros movimentos, foi reprimido fortemente pelas forças militares do governo. Os líderes foram presos e alguns participantes condenados à morte. 

  • não todo / so as suas provincias 

  • A Essencia da questão é se possuiam uma UNIDADE A NÍVEL NACIONAL que visasse uma EMANCIPAÇÃO DE TODO TERRITÓRIO! CERTÍSSIMO!!! Eram apenas movimentos ao nível REGIONAL!!!

  • Como disse o colega Ademar,é um equívoco pensar em "unidade a  nível nacional" na América Latina em pleno  processo de consolidação dos estados nacionais.Essa questão evoca a ideia de Brasil "preexistente" para induzir ao erro. Em comentários de wikipedia ou de apoio escolar, é comum encontrar referências a esse ideal de um "Brasil"  que não existia no período ao qual a questão se refere.

    Nem mesmo em 1817 havia unidade social, política ou cultural que respaldasse uma suposta percepção de pertencimento a um país que abrangesse todo o território nacional, muito menos em 1798 ou 1789.

    A Revolução Farroupilha comprova que mesmo em 1845, ou seja, após a Independência em relação a Portugal, essa ideia de vínculo político e identitário ao Brasil ainda não estava claramente definida; o pertencimento era regional.

  • gabarito errado a revolta nativista de 1817 timha sim carater de emancipaçao era uma revolta separatista 

  • Revoltas Separatistas: Questionam o poder da Coroa. Visam a emancipação do território brasileiro.

    Inconfidência Mineira

    Conjuração Baiana(Revolta dos Alfaiates)

    Conjuração Carioca

    Revolução Pernambuna

  • Acredito que a questão não foi bem formulada. Os movimentos de rebeldia referidos na questão tiveram caráter regional e não nacional; mas isso não significa que seus ideários não apregoassem a emancipação de todo o território brasileiro, como de fato o fizeram.

  • As Revoltas Separatistas (Inconfidência Mineira, a Conjuração dos Alfaiates e a Revolução Pernambucana) questionam o poder da Coroa e visam a emancipação de alguns estadosnão a de todo o território brasileiro.

    Gabarito: CERTO

  • Gab. C

    Visavam a "Emancipação de alguns estados" e não a "todo" território brasileiro.

  • Tô passada.

  • Gabarito: ERRADO

    Como bom Pernambucano vou discordar do Gabarito, de forma alguma a Revolução Pernambucana de 1817 tinha carater separatista pelo contrário a ideia era formar uma união das provincias, as quais chegaram a serem agregadas ao movimento a Paraíba e o Rio Grande do Norte. A ideia da revolução chegava até a trazer o Rio de Janeiro, sede da coroa no Brasil a também aderir a revolução. o objetivo era se livra do julgo da Coroa Portuguesa.

  • O comentário do Daniel não faz sentido pois naquele momento a ideia de um Brasil - estado-nação - não tinha ainda.

  • Eram movimentos separatistas, não de independência..

  • Boris Fausto, em "A historia do Brasil", diz exatamente isso e em seguida problematiza a questão da identidade brasileira.

  • GAB-C

  • Colegas, esse é um tema que sempre me causa confusão. Vou usar um raciocínio que provavelmente alguns de vocês vão considerar simplista, talvez até errado, mas tem me ajudado a estudar.

    Primeiramente, agradeço ao colega Daniel Gonçalves pelos diversos excelentes comentários que tem colocado nas questões para a Diplomacia. Porém, conforme outros colegas já mencionaram, é bastante controversa a afirmação de que movimentos como a Inconfidência Mineira, por exemplo, assim como outras revoltas do período, tinham o propósito de libertar o Brasil ou, como diz o enunciado "emancipação de todo o território brasileiro". Pode até ser que a historiografia esteja errada, mas parece que realmente essa ideia de Brasil, como unidade nacional, só veio a se consolidar muito depois da própria Independência. Tanto é que muitas províncias foram "forçadas" a declarar lealdade a D. Pedro I (e não à Portugal) mesmo após o "Grito do Ipiranga".

    A noção de brasilidade parece ter sido construída posteriormente como um sentimento que, primeiramente, significava não ser português e, até o momento da Independência, a elite em terras brasileiras sem dúvidas possuía vínculos de sangue ou culturais muito fortes com Portugal. Culturalmente, essa elite resistiu à brasilidade até meados do século XX, como afirmam alguns autores. Assim, qualquer movimento de revolta pelo menos até meados de 1800 precisaria, necessariamente, assegurar a própria capacidade de manter uma posição contrária à Portugal (o que nenhuma província ou união delas possuía) e, posteriormente, "convencer" as demais províncias a se unirem ao movimento. E por mais que alguns líderes talvez até usassem essa ideia como propósito, naquele tempo, nenhum deles tinha capacidade real de promover essa união.

    E por essa razão a figura de D. Pedro I foi tão importante: como herdeiro legítimo da dinastia portuguesa, representava o vínculo de continuidade com o sistema vigente e, principalmente, poderia congregar os interesses dos portugueses que permaneceriam no Brasil; e ao mesmo tempo, ainda que contraditoriamente, representaria a quebra do vínculo institucional com Portugal (que naquele momento queria restabelecer o vínculo colonial com o Brasil) podendo, portanto, representar também a separação com a antiga metrópole. Era como se a dinastia portuguesa tivesse se dividido em duas: uma corte em Portugal e outra no Brasil. Era uma contradição que foi habilmente usada para criar uma separação oficial, mas manter os interesses dinásticos de Portugal intactos. Tanto assim o foi que D. Pedro chegou a ser Pedro IV, em Portugal, quando foi necessário.

  • Estudei tanto essa parte, quando errei quase rasguei a apostila, porém consegui entender. O erro está em vermelho.

    Movimentos de revolta restritos ao ambiente regional, a Inconfidência Mineira, a Conjuração dos Alfaiates, na Bahia, e a Revolução Pernambucana de 1817 não visavam à emancipação de todo o território brasileiro.

    Visto que a Inconfidência Mineira e a Conjuração Baiana visavam apenas a independência de SEUS ESTADOS APENAS, NÃO DO BRASIL TODO.

    GAB. CORRETO

  • quem é de Pernambuco acertou pela seguinte frase, ''Pernambuco meu país''.

  • Isso mesmo, até porque queria que Pernambuco fosse um país, portugueses forma lá e tome lapada…
  • Só caráter regional!

  • Isso mesmo

  • Inconfidência Mineira

    Foi um movimento separatista ocorrido na cidade de Vila Rica (Minas Gerais) no ano de 1789. Teve como principal causa os altos impostos cobrados sobre o ouro explorado nas regiões das minas e também da criação da derrama. Teve como líderes intelectuais, poetas, militares, padres e até um alferes (Tiradentes). Tinha como objetivo, após a independência, implantar o sistema republicano no Brasil, criar uma nova Constituição e incentivar o desenvolvimento industrial. O movimento foi denunciado ao governo, que o reprimiu com violência. Os líderes foram condenados a prisão ou exílio. Tiradentes foi condenado a morte na forca. 

     

    Conjuração Baiana

    Foi uma rebelião popular, de caráter separatista, ocorrida na Bahia em 1798. Teve a participação de pessoas do povo, ex-escravos, médicos, sapateiros, alfaiates, padres, entre outros segmentos sociais. Teve como causa principal exploração de Portugal, principalmente no tocante a cobrança elevada de tributosDefendiam a liberdade com relação a Portugal, a implantação de um sistema republicano e liberdade comercial. Após vários motins e saques, a rebelião foi reprimida pelas forças do governo, sendo que vários revoltosos foram presos, julgados e condenados. 

     

    Revolução Pernambucana

    Foi um movimento separatista ocorrido em Pernambuco em 1817. Teve como causas principais a exploração metropolitana e a cobrança de impostos sobre os colonos brasileiros. Teve a participação da classe média, populares, padres, militares e membros da elite. Motivados pelos ideais iluministas (liberdade e igualdade), os revoltosos pretendiam libertar o Brasil do domínio português e instalar o sistema republicano no país. Assim como os outros movimentos, foi reprimido fortemente pelas forças militares do governo. Os líderes foram presos e alguns participantes condenados à morte. 

  • GABARITO: B

    Esses movimentos tinha como objetivo final a emancipação de caráter regional, ou seja, os territorios os quais estavam empenhados para tal finalidade.


ID
2501365
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O processo de independência do Brasil resultou de um contexto complexo, determinado por fatores externos e internos. Com relação a esse assunto, julgue (C ou E) o item que se segue.


A determinação para que se procedesse à abertura dos portos brasileiros às nações amigas, em 1808, foi uma das medidas tomadas pela Inglaterra com o objetivo de favorecer o desenvolvimento de práticas e de instituições liberais no Brasil.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Decreto de Abertura dos Portos às Nações Amigas foi uma carta régia promulgada pelo Príncipe-regente de Portugal Dom João de Bragança, no dia 28 de janeiro de 1808, em Salvador, na Capitania da Baía de Todos os Santos, no contexto da Guerra Peninsular. Foi a primeira Carta Régia promulgada pelo Príncipe-regente no Brasil, o que se deu apenas quatro dias após sua chegada, com a família real e a nobreza portuguesa, em 24 de janeiro de 1808. Por esse diploma era autorizada a abertura dos portos do Brasil ao comércio com as nações amigas de Portugal, do que se beneficiou largamente o comércio britânico. Foi a primeira experiência liberal do mundo após a Revolução Industrial. Portanto, tal medida não foi tomada pela Inglaterra (mas sim por Portugal). A Inglaterra foi favorecida com a abertura dos portos

  • ERRADO.

     

    Na minha opinião, o erro da assertiva se encontra no fato de afirmar que a abertura dos portos às nações amigas visava "favorecer o desenvolvimento de práticas e de instituições liberais no Brasil."

     

    O tratado realmente visava facilitar as relações econômicas do Brasil com as chamadas nações amigas (como Inglaterra), mas de maneira alguma tinha como objetivo favorecer instituições liberais no Brasil. Ao contrário! A ideia era que o Brasil permanecesse submisso à Portugal como uma colônia politicamente e dependente economicamente da Inglaterra.

  • "Logo ao chegar, durante sua breve estada na Bahia, Dom João decretou a aberutra dos portos do Brasil às nações amigas (28 de janeiro de 1808). Mesmo sabendo-se que naquele momento a expressão "nações amigas" era equivalente à Inglaterra, o ato punha fim a trazentos anos de sistema colonial." FAUSTO, Boris. História do Brasil.

  • Errado

     

    Embora tenha se beneficiado da medida, dado o seu avanço industrial frente às demais, para a Inglaterra não era interessante a abertura dos portos a todas as nações, mas sim um porto exclusivo, de preferência em Santa Catarina. Ela irá buscar contornar essa situação de paridade e garantir para si privilégios exclusivos, o que foi obtido com os tratados de 1810, que garantiram tratamento alfandegário privilegiado a seus produtos. 

  • A inglaterra benefciar o Brasil? Mata a questão.

  • Quem fez a abertura dos portos foi D.Pedro I e não a Inglaterra!

  • ERRADO Breno Patez, Quem fez (declarou) a abertura dos portos foi D. João VI e não D. Pedro.

  • Quem tomou a medida de abertura dos portos brasileiros às nações amigas, em 1808, foi Dom João. Ou seja, Portugal. E não a Inglaterra, como afirma a questão.

    Resposta: Errado

  • Quem tomou a medida de abertura dos portos brasileiros às nações amigas, em 1808, foi Dom João. Ou seja, Portugal. E não a Inglaterra, como afirma a questão.

    Resposta: Errado

  • Ao meu ver, a questão tem dois erros:

    1. A abertura dos portos foi uma medida decretada pelo Dom João e não pela Inglaterra.
    2. abertura dos portos promoveu, a priori, o rompimento dessa dependência brasileira em relação à metrópole portuguesa. Porém, isso não significou liberdade econômica para o Brasil, mas sim uma nova dependência, mas dessa vez para a Inglaterra.
  •  Dom João e não pela Inglaterra.

  • Quando a Família Real chegou, o Dom I fez isso.

  • A questão proposta se insere dentro do tema  processo de independência do Brasil. É clássico nos currículos de História dos Ensinos Fundamental e Médio. A bibliografia disponível é vasta e de boa qualidade. No que se refere à publicações não especificamente didáticas podemos destacar Brasil: uma biografia, de autoria de Heloisa Sterling e Lilia Moritz Schwarcz ou História Concisa do Brasil de Boris Fausto. 
    Um dos momentos fundamentais para construção da independência foi a abertura dos portos às nações amigas de Portugal e colônias em 1808.
    À época vários países europeus estavam sob domínio de Napoleão Bonaparte, fazendo parte do Império Francês. Por conta de sua rivalidade com a Inglaterra Napoleão decreta o Bloqueio Continental, cujo objetivo era o de estrangular o comércio britânico, através da proibição de relações comerciais com a Inglaterra, sob pena de invasão das tropas napoleônicas. 

    Portugal tinha estreitas relações comerciais com a Grã- Bretanha desde a assinatura do Tratado de Methuen, também conhecido como Tratado de Panos e Vinhos, em 1703. A dependência da economia portuguesa em relação à inglesa vinha se tornando, a partir de então, cada vez maior. Portanto, Portugal não tinha condições de obedecer ao bloqueio. Daí a vinda da cúpula do governo português para o Rio de Janeiro, ideia já anteriormente cogitada em Lisboa. 

    Uma das demandas dos ingleses em troca de proteção do território português e da coroa foi a abertura dos portos para o comércio direto de mercadorias inglesas. Isso atendia às necessidades de ampliação de mercado da Inglaterra face ao bloqueio continental. A proposta não era, ao menos naquele momento, de desenvolver práticas liberais no Brasil. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • QUEM DECLAROU A ABERTURA DOS PORTOS FOI D. JOÃO VI.

  • A abertura dos portos foi determinada por D. João VI, não pela Inglaterra. A medida era inevitável, de modo que os britânicos nem precisaram fazer qualquer pressão para que fosse tomada. Após o bloqueio continental determinado por Napoleão, as potências europeias ficaram impossibilitadas de comerciar com Portugal. Era, portanto, essencial que D. João VI pusesse fim ao exclusivo colonial abrindo os portos brasileiros às nações amigas. Contudo, não se pode negar que a nação mais favorecida por essa medida foi a Inglaterra, praticamente a única a fazer negócios com o Brasil até a queda de Napoleão, em 1815.

    Gabarito: Errada.


ID
2501368
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o Primeiro Reinado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com diversos países. Acerca desse período da história do Brasil, julgue (C ou E) o item subsequente.


O Senado era fator de estabilidade política no Império, tanto pelo caráter vitalício dos mandatos dos senadores, quanto por ter prerrogativas constitucionais como a de aprovar a nomeação de presidentes das províncias e a de assinar tratados internacionais.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Os senadores eram eleitos pelo Imperador. E, embora, os mandatos dos senadores tivessem caráter vitalício, NÃO detinham as prerrogativas constitucionais de aprovar a nomeação de presidentes das províncias e a de assinar tratados internacionais. Competências essas que eram restritas ao Imperador, conforme a Constituição de 1824:

     

    "Art. 40. O Senado é composto de Membros vitalicios, e será organizado por eleição Provincial."

    "Art. 165. Haverá em cada Provincia um Presidente, nomeado pelo Imperador, que o poderá remover, quando entender, que assim convem ao bom serviço do Estado."

    "Art. 102. O Imperador é o Chefe do Poder Executivo, e o exercita pelos seus Ministros de Estado. São suas principaes attribuições: (...) VIII. Fazer Tratados de Alliança offensiva, e defensiva, de Subsidio, e Commercio, levando-os depois de concluidos ao conhecimento da Assembléa Geral, quando o interesse, e segurança do Estado permittirem."

  • A assinatura de tratados internacionais cabia à pessoa do Imperador, assim como a nomeção dos Presidentes das Províncias.

     

    Como se pode perceber, a Constituição de 1824 concentrava bastante os poderes nas mãos de Dom Pedro I. Sendo competente para celebrar os tratados internacionais, o monarca negociou pessoalmente algumas das condições para o reconhecimento, por Portugal e Reino Unido, do Brasil como país independente. Em geral, as disposições desses acordos eram vantajosas para Dom Pedro e seus interesses dinásticos, mas não necessariamente para o Brasil, que desde logo se viu subordinado aos interessess ingleses, por vontade do Imperador.

     

    Essa situação causou sérios atritos entre o Império e a Câmara Legislativa, eleita para, em tese, representar os interesses do povo brasileiro. Junto a outros fatores, essa oposição mais tarde contribuiria para a crise que levou à abdicação de Dom Pedro I, em 1831.

  • É preciso ficar atento que, em uma hipótese, a constituição de 1824 previa a necessidade de anuência da Assembleia Geral para aprovar tratados antes que fossem concluídos:

     Art. 102. O Imperador é o Chefe do Poder Executivo, e o exercita pelos seus Ministros de Estado.

     VIII. Fazer Tratados de Alliança offensiva, e defensiva, de Subsidio, e Commercio, levando-os depois de concluidos ao conhecimento da Assembléa Geral, quando o interesse, e segurança do Estado permittirem. Se os Tratados concluidos em tempo de paz envolverem cessão, ou troca de Torritorio do Imperio, ou de Possessões, a que o Imperio tenha direito, não serão ratificados, sem terem sido approvados pela Assembléa Geral.

  • A República chegou no período do Brasil império, tínhamos presidentes e não imperadores kkkkkk

ID
2501371
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o Primeiro Reinado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com diversos países. Acerca desse período da história do Brasil, julgue (C ou E) o item subsequente.


Nas negociações para o reconhecimento da independência brasileira pela Grã-Bretanha, foi importante o interesse de Pedro I em preservar sua dinastia.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    O primeiro passo para a independência do Brasil aconteceu em Portugal. Depois da Revolução do Porto, em 1820, D. João VI não teve escolha a não ser voltar para seu país natal. Para não deixar o país abandonado, deixou seu filho, D. Pedro I (que ainda não tinha esse nome). Prevendo uma possível revolta no Brasil, desse jeito ele garantiria que a sua dinastia continuasse no poder.

    A independência do Brasil depois disso foi conquistada de um modo relativamente rápido. O apoio da Inglaterra nessa independência foi crucial, usando sua diplomacia. O uso de mercenário ingleses sufocando rebeldes e guerras foi decisivo. Depois disso, ela foi seguindo naturalmente. Inicialmente assustados com a ideia, os comerciantes e funcionários portugueses aceitaram a ideia, já que seus interesses seriam mantidos, já que o imperador era da dinastia de Bragança e herdeiro da Coroa Portuguesa.

    Apesar da importância dos Estados Unidos reconhecerem o desenvolvimento da independência do Brasil, o recente país teria que fazer com que Portugal, na condição de antiga metrópole, reconhecesse o surgimento da nova nação. Nesse instante, a Inglaterra apareceu como intermediadora diplomática que viabilizou a assinatura de um acordo. No dia 29 de agosto de 1825, o Tratado de Paz e Aliança finalmente oficializou o reconhecimento lusitano.

    Na condição de nação recém-formada, o Brasil não tinha condições de pagar a pesada indenização estabelecida pelo tratado de 1825. Nesse momento, os ingleses emprestaram os recursos que asseguraram o pagamento deste valor. Na verdade, o dinheiro nem chegou a sair da própria Inglaterra, já que os portugueses tinham que pagar uma dívida equivalente aos mesmos credores.

  • Correto.

     

    Pelo tratado de reconhecimento, a independência era considerada uma transferência de soberania sobre o Brasil por d. João VI ao seu filho d. Pedro. Isso permitiria que a casa de Bragança herdasse o trono de Portugal e do Brasil, situação essa que ocorreria com a morte de d. João VI em 1826 e desencadearia a luta entre d. Pedro I e seu irmão d. Miguel, absolutista, pelo trono português. Esse envolvimento com assuntos portugueses catalisou o descontentamento contra o imperador, que renunciou em 1831.

  • D. Pedro I continou com a dinastia no Brasil. A Inglaterra, como grande fornecedora de produtos manufaturados ao país, tinha grande interesse em reconhecer a independência do Brasil. Entretanto, a ação política e diplomática britânica temia que tal posição viesse a estabelecer uma crise nas relações entre Portugal e Inglaterra. De tal modo, os britânicos se organizaram a fim de intermediar um acordo de reconhecimento entre autoridades portuguesas e brasileiras. Portugueses e brasileiros assinaram o Tratado de Paz e Amizade. Segundo o acordo firmado, o governo português reconhecia a independência do Brasil a partir do pagamento de uma indenização no valor de dois milhões de libras esterlinas.

  • Grã-Bretanha=Inglaterra

    Pais que Apiaram o brasil na independência 

    Inglaterra

    EUA

    Portugual 


ID
2501374
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o Primeiro Reinado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com diversos países. Acerca desse período da história do Brasil, julgue (C ou E) o item subsequente.


Originalmente uma questão concernente apenas ao eixo das relações simétricas entre os Estados envolvidos, a Guerra da Cisplatina encerrou-se com a interferência de uma potência externa ao conflito.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    guerra da Cisplatina (ou campanha da Cisplatinafoi um conflito ocorrido entre o Império do Brasil e as Províncias Unidas do Rio da Prata, no período de 1825 a 1828, pela posse da Província Cisplatina, a região da atual República Oriental do Uruguai. Na historiografia argentina é denominada como Guerra do Brasil ou Guerra Contra o Império do Brasil.

    Dado o impasse em terra (Montevidéu e Colônia do Sacramento, as duas maiores cidades do Uruguai permaneceram sob o controle do Brasil durante todo o conflito), o bloqueio naval brasileiro (que impunha consequências econômicas severas às Províncias Unidas), e mar, os altos custos para os beligerantes da continuação da guerra, a pressão britânica para que um acordo fosse firmado, além da precariedade militar e política dos países em conflito, a paz começou a ser negociada, com a mediação da Grã-Bretanha.

    Obs.: Há registros que informam a participação da França na mediação para pôr fim ao conflito.

  • Inglaterra

  • CERTO.

    As Províncias Unidas e o Brasil reconheciam a independência do território que haviam disputado e comprometiam-se a garantir-lhe a integridade.
    Diante do empate paralisador entre os dois adversários, uma questão teoricamente pertencente ao eixo das relações simétricas terminava pela interferência do eixo assimétrico de poder. A solução viria pelas mãos da potência hegemônica na região e no mundo, a Inglaterra. O principal mediador foi o visconde de Ponsonby, representante dos interesses britânicos, primeiro, em Buenos Aires e, em seguida, no Rio de Janeiro, que assim descreveria o desfecho: “Pusemos um algodão entre dois cristais”

    A DIPLOMACIA NA CONSTRUÇÃO DO BRASIL- Rubens Ricupero- P. 139

  • Mediado pela França e pela Inglaterra, que tinham interesses econômicos na região.

  • O Brasil havia anexado a Província Cisplatina. Em 1825  A província declarou guerra ao Brasil e aliou-se à Argentina. 1828  Com o apoio da Inglaterra a Cisplatina conseguiu vencer o Brasil. formado um novo país independente: o Uruguai. Essa guerra causou grandes gastos para economia brasileira. Não podendo pedir ajuda à Inglaterra, utilizouse dos cofres públicos

  • A Inglaterra interfere e dá a independência ao Uruguai, encerrando assim o conflito.

    Gabarito: Certo

  • C

    A Inglaterra entrou na guerra e o Uruguai se torna um país independente.

  • A Inglaterra era boazinha ajudando na independência do Uruguai? que nada! era tudo milimetricamente pensado... seria mais um país para consumir seus produtos industrializados

    Inglaterra sua fafada

  • Podemos considerar que a Guerra da Cisplatina teve dois momentos. O primeiro foi em 1816 quando, por ordem de D. João VI , em represália pelos espanhóis terem permitido a passagem de tropas francesas para a invasão de Portugal, ordenou a invasão da região da colônia de Sacramento, região disputada por espanhóis e portugueses no sul da América do Sul.

    A região passa a fazer parte do Reino de Portugal , Brasil e Algarves, com o nome de Cisplatina, sendo as tropas brasileiras comandadas por Francisco Frederico Lecor. A ocupação da Cisplatina por Portugal aumentou a tensão e o desgaste que existiam na região platina, porque o comandante Lecor indispôs-se bastante com a população local, agindo de maneira autoritária. Além disso, o desgaste do Reino de Portugal com as Províncias Unidas do Prata , sobretudo com a elite de Buenos Aires, aumentou consideravelmente. 

    O segundo momento do conflito aconteceu em 1825, quando, por conta das sempre presentes , e crescentes, tensões na Cisplatina, estourou uma rebelião, em 1825, organizada por Juan Antonio Lavalleja. Nessa rebelião, Lavalleja e seus aliados declararam a separação da Cisplatina do Brasil e a sua vinculação com as Províncias Unidas. 

    Essa atitude de Lavalleja aconteceu porque ele e seus aliados estavam sendo apoiados material e financeiramente pelos portenhos. D. Pedro I intervém para não perder a estratégica província. Em dezembro inicia-se a guerra . As tropas e a marinha brasileiros foram sucessivamente derrotados entre 1825 e 1827. Assim sendo, o Brasil concordou em iniciar negociações para tratar da cessão definitiva da Cisplatina para os uruguaios. O resultado dessa negociação foi a assinatura da Convenção Preliminar de Paz em 27 de agosto de 1828. Nesse momento, o Brasil assinou o fim das suas pretensões territoriais sobre a Cisplatina e aceitou a derrota militar.

    No entanto, a Argentina, apesar de sua intervenção, não atingiu seus objetivos pois a região não se tornou parte das Províncias Unidas do Prata. Tornou-se um Estado independente: o Uruguai. ]

    A afirmativa está correta. A Guerra da Cisplatina teve a interferência de estrangeiros, além dos portenhos : os ingleses que tinham interesses econômicos na região. Foram eles os que articularam a formação da República da Banda Oriental do Uruguai, com controle de uma das margens do estuário do Prata. 

    Gabarito do Professor: CERTO.
  • Guerra da Cisplatina: foi um conflito que ocorreu de 1825 até 1828, envolvendo os países Brasil e Argentina. O motivo desta batalha era pelo domínio da Província de Cisplatina, atual Uruguai, uma região que sempre foi cobiçada pelos portugueses e espanhóis. No ano de 1680, Portugal fundou a região Colônia do Sacramento, que foi o primeiro nome dado à região de Cisplatina. Em 1777, o território passou a ser posse da Espanha. Em 1816, a coroa Portuguesa, que estava no Brasil, ocupou novamente a região, nomeando-a como Província da Cisplatina. No ano de 1825, um novo movimento surge em prol da libertação da província. Mas os moradores de Cisplatina se recusam a fazer parte do Brasil, e João Antonio Lavalleja, organiza um movimento para declarar independência da região. A Argentina por interesse no território da Cisplatina, ajuda no movimento, ofertando, força política, armas, alimentos, etc. O Brasil se revoltou declarando guerra à Argentina e aos revoltosos da região de Cisplatina. Foram muitos conflitos entre os combatentes, e com tudo isso muito dinheiro público foi gasto, desequilibrando a economia brasileira. E além de tudo, o Brasil foi vencido na batalha. No ano de 1828, sob interferência da Inglaterra, foi firmado um acordo entre Brasil e Argentina, que foi marcado pela independência da Província da Cisplatina. Com isso, a situação do Brasil se complicou mais, e os brasileiros ficaram mais insatisfeitos com o governo.

  • Que foi a Inglaterra, que tinha o único objetivo de lucrar em cima das nações


ID
2501377
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o Primeiro Reinado consolidou-se a independência nacional, construiu-se o arcabouço institucional do Império do Brasil e estabeleceram-se relações diplomáticas com diversos países. Acerca desse período da história do Brasil, julgue (C ou E) o item subsequente.


Contribuíram para a consolidação da independência brasileira importantes ações militares contra tropas leais a Lisboa.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Após o emblemático Grito do Ipiranga, Dom Pedro I teria de tomar diversas ações que pudessem assegurar a autonomia política da nação brasileira. Primeiramente, teve que enfrentar vários levantes militares em algumas províncias que se mantinham fiéis a Portugal. Para tanto, chegou a contratar mercenários ingleses que asseguraram o controle dos conflitos internos. Desse modo, foi sufocada a resistência portuguesa na província da Bahia, na do Maranhão, na do Piauí e na do Pará. O processo militar estava concluído já em 1823, restando encaminhar a negociação diplomática do reconhecimento da independência com as monarquias europeias.

  • Resolvi essa questão errada duas vezes. 

  • Certo.

    A Independência do Brasil teve confronto entre torpas leais ao Reino de Portugal e aos "revolucionários" leais a D.Pedro I. Destacam-se as campanhas do Piauí, Maranhão e Bahia. A batalha de Jenipapo (campanha do Piauí) ficou marcada por ser uma das mais violentas batalhas travadas pela Independência do Brasil.

  • O primeiro grande desafio de D. Pedro I foi enfrentar a difícil situação criada por algumas províncias onde as Juntas Governamentais eram dominadas por portugueses que ainda eram fieis a Portugal. Nestas províncias, a separação entre o Brasil e Portugal não era aceita, e estas ainda se declaravam-se fieis às Cortes de Lisboa, não reconhecendo Dom Pedro I como governante.

    A situação, inclusive, fez a historiografia recente desmontar a tese que mostrava a independência do Brasil como movimento pacífico. Por conta do processo de independência, houve embates armados que duraram meses em regiões da Bahia, do Piauí, do Maranhão, do Pará e na Cisplatina. A fragilidade do projeto de independência vencedor em 1822 ficou demonstrada pelos conflitos no período regencial que se desenvolveram após a abdicação de Dom Pedro I.

    Gabarito Certo

  • D. Pedro I Criou tropas e botou p fuder em Portugal, meu flho!!!! Ele era danadinho! PRESTE ATENÇÃO!!!!!!!!!!!!!!!!!

  • No momento em que declarou a independência do Brasil, os governos e tropas de algumas províncias foram levadas a expressar sua incondicional fidelidade ao governo lusitano. Na Bahia, um violento conflito se desenrolou entre 7 de setembro de 1822 e 2 de julho de 1823. Na região do Grão-Pará, a resistência contra o domínio imperial acabou deixando cerca de 1300 mortos, sendo uma parte destes mortos por asfixia no porão de navios capturados pelas forças de Dom Pedro I.

    A vitória do governo brasileiro na Bahia foi de importância fundamental para que outros levantes de menor proporção também fossem sufocados. Nas províncias do Maranhão, Piauí, Alagoas, Sergipe e Ceará aconteceram outras tentativas de resistência que não conseguiram de fato ameaçar a ordem instituída. Além disso, os moradores da Cisplatina, atual Uruguai, também viram na transição uma oportunidade de se livrar do julgo brasileiro.

    Para obter tantas vitórias militares em território nacional, Dom Pedro I não tinha condições de organizar um exército que pudesse cumprir todos esses expedientes. Não por acaso, nosso primeiro imperador recorreu ao auxílio financeiro da Inglaterra e contratou os serviços de mercenários ingleses que tiveram importante papel nestes conflitos. Entre os principais nomes britânicos a serem grifados nas guerras de independência, podemos citar John Pascoe Grenfell e Lord Cochrane.


ID
2501380
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período do Segundo Reinado foi marcado pelo crescimento econômico, que se baseou, sobretudo, no setor agrário. Considerando essa informação, julgue (C ou E) o próximo item.


O setor agrícola era fundamental para a economia brasileira e, em algumas regiões do país, a produção era destinada, de modo predominante, ao mercado interno.


Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Durante o período imperial, a agricultura no Brasil detinha um papel extremante importante: 80% das pessoas em atividade dedicavam-se ao setor agrícola, 13% ao de serviços e 7% ao industrial. No interior do país havia uma agricultura realizada pelos próprios produtores (sem a utilização de escravos), abastecendo o mercado local. Na região norte e nordeste ocorria o cultivo de algodão em conjunto com culturas de alimentos (para a própria subsistência e venda nos mercados locais), que era produzido por pequenos e médios lavradores. As grandes distâncias, que encareciam o custo do transporte, mais os impostos interprovinciais para o trânsito de mercadorias, restringiam consideravelmente a capacidade de distribuição por parte dos produtores destes setores voltados ao mercado interno.

  • A força econômica do café foi tamanha que garantiu o superávit da balança comercial brasileira entre 1861 e 1885.

  • Certo.

    Entre as regiões do Brasil cuja a agricultura estava com foco o mercado interno podemos destacar a região do charque do Rio Grande do Sul e a região serrana do Rio de Janeiro.

  • CERTO. 

     

    "O extremo sul do Brasil desenvolveu uma economia regional que não se voltou para o mercado externo. Desde o século XVIII, sua organização produtiva baseou-se no abastecimento da região mineratória. Mais tarde, no século XIX, o Rio Grande do Sul vai se especializar, sobretudo, na produção de alimentos para o mercado interno". (PAULA, João Antônio de. O Processo Econômico. In: SCHWARCZ, Lilia. História do Brasil Nação:1808-2010. Vol. 2. A construção nacional: 1830-1889).

  • Apesar de a agricultura brasileira, historicamente, ter se caracterizado como uma produção voltada para o mercado exterior, no Segundo Reinado já havia colônias de imigrantes europeus que cultivavam bens para o consumo próprio no sul do país.

    Gabarito: Certo.

  • Questao ambigua demais ein, e generalista. Do ponto de vista economico, a exportacao era pauta principal ate porque deveria manter a balanca favoravel.

  • APRENDIR COM ESSA QUESTÃO QUE DEVE-SE CONFERIR O ENUNCIADO MESMO QUE ELE NÃO TE ACRESCENTE EM NADA . SEGUNDO REINADO, JÁ NÃO HAVIA MAIS PACTO COLONIAL , SÓ NISSO MATAVA A QUESTÃO

  • Em algumas regiões. A questão não generalizou!


ID
2501383
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período do Segundo Reinado foi marcado pelo crescimento econômico, que se baseou, sobretudo, no setor agrário. Considerando essa informação, julgue (C ou E) o próximo item.


Lei de Terras, editada em meados do século XIX, foi um instrumento jurídico destinado a proteger a propriedade do Estado sobre terras devolutas a ele pertencentes.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    No Brasil, a Lei de Terras (lei nº 601 de 18 de setembro de 1850) foi uma das primeiras leis brasileiras, após a independência do Brasil (1822), a dispor sobre normas do direito agrário brasileiro. Trata-se de uma legislação específica para a questão fundiária. Esta lei estabelecia a compra como a única forma de acesso à terra e abolia, em definitivo, o regime de sesmarias. Ou seja, com essa nova lei, nenhuma nova sesmaria poderia ser concedida a um proprietário de terras e também não seria reconhecida a posse por meio da ocupação das terras (usucapião). As chamadas “terras devolutas”, que não tinham dono e não estavam sob os cuidados do Estado, poderiam ser obtidas somente por meio da compra junto ao governo.

  • Correto.

     

    LEI No 601, DE 18 DE SETEMBRO DE 1850.

    Dispõe sobre as terras devolutas do Império.

    Dispõe sobre as terras devolutas no Império, e acerca das que são possuídas por titulo de sesmaria sem preenchimento das condições legais. bem como por simples titulo de posse mansa e pacifica; e determina que, medidas e demarcadas as primeiras, sejam elas cedidas a titulo oneroso, assim para empresas particulares, como para o estabelecimento de colonias de nacionaes e de extrangeiros, autorizado o Governo a promover a colonisação extrangeira na forma que se declara.

    D. Pedro II, por Graça de Deus e Unanime Acclamação dos Povos, Imperador Constitucional e Defensor Perpetuo do Brasil: Fazemos saber a todos os Nossos Subditos, que a Assembléa Geral Decretou, e Nós queremos a Lei seguinte: 

    Art. 1º Ficam prohibidas as acquisições de terras devolutas por outro titulo que não seja o de compra.

     

  • O que foi

     

    A Lei de Terras, sancionada por D. Pedro II em setembro de 1850, foi uma lei que determinou parâmetros e normas sobre a posse, manutenção, uso e comercialização de terras no período do Segundo Reinado.

     

    Objetivos da Lei de Terras

     

    - Estabelecer a compra como única forma de obtenção de terras públicas;

    - O governo imperial pretendia arrecadar mais impostos e taxas com a criação da necessidade de registro e demarcação de terras;

    - Dificultar a compra ou posse de terras por pessoas pobres, favorecendo o uso destas para fins de produção agrícola voltada para a exportação;

    - Favorecer os grandes proprietários rurais, que passavam a ser os únicos detentores dos meios de produção agrícola;

    - Tornar as terras um bem comercial (fonte de lucro), tirando delas o caráter de status social derivado da simples posse.

     

    Consequências

     

    - Possibilitou a manutenção da concentração de terras no Brasil.

    - A Lei de Terras regulamentou a propriedade privada, principalmente na área agrícola do Brasil.

    - Aumentou o poder oligárquico e suas ligações políticas com o governo imperial.

    - Dificultou o acesso de pessoas de baixa renda às terras.

    - Aumentou os investimentos do governo imperial na política de estimulo à entrada de mão-de-obra estrangeira, principalmente europeia, no Brasil.

    - Favoreceu a expansão da economia cafeeira no Brasil, na medida em que a Lei de Terras favoreceu a elite agrária brasileira, principalmente da região Sudeste.

     

     

     

     

    https://www.historiadobrasil.net/resumos/lei_terras.htm

  • Beleza. de acordo com as argumentações sobre o conceito da Lei de Terras. Porém, moçada, vocês consideram 1850 (ano da aprovação de tal lei) meados do século XIX ? Eu evito brigar com a prova, mas às vezes aparecem umas jabuticabas dessas.

  • Raphael Guerreiro, MEADOS = meio, não?

  • substantivo masculino plural

    O que se situa ao meio ou, aproximadamente, na metade de: ela se casará em meados de setembro; o ator viveu em meados do século XIX.

  • PM-AL 2021

  • LEI DE TERRAS (1850)

    *instituiu/ regulamentou a propriedade privada no império.

    *as terras devolutas pertenciam ao governo, e só podiam ser adquiridas por compra.

    Dispõe sobre as terras devolutas no Império( teriam que ser vendidas, não doadas), e acerca das que são possuídas por titulo de sesmaria sem preenchimento das condições legais. bem como por simples titulo de posse mansa e pacifica; e determina que, medidas e demarcadas as primeiras, sejam elas cedidas a titulo oneroso, assim para empresas particulares, como para o estabelecimento de colonias de nacionais e de estrangeiros, autorizado o Governo a promover a colonização estrangeira na forma que se declara.

    * dificultava a aquisição de terras no Brasil, só através da compra, o que dificultava a aquisição por parte de pessoas desprovidas de capital como os imigrantes ( as terras deixaram de ser doadas).

    *legitimaram/ legalizaram as terras dos grandes latinfundiarios.

    aumentou o poderio dos latifundiários porque legitimou suas posses e reduziu as possibilidades de acesso à terra aos pequenos porque estabeleceu a venda das antigas terras devolutas, e não sua doação, por exemplo

    *foi a primeira iniciativa

    no sentido de organizar a propriedade privada no Brasil. 


ID
2501386
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período do Segundo Reinado foi marcado pelo crescimento econômico, que se baseou, sobretudo, no setor agrário. Considerando essa informação, julgue (C ou E) o próximo item.


O rápido desenvolvimento da lavoura cafeeira no Vale do Paraíba tornou viável a utilização de mão de obra de imigrantes europeus nesse trabalho, no referido período.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito preliminar do Cespe: ERRADO.

     

    Discordo do gabarito.

     

    Durante o Primeiro Reinado a grande elite agrária (barões da cana) do Brasil era concentrada no Nordeste. Mas, nessa mesma época, o café começava a ser introduzido na Baixada Fluminense e no Vale do Paraíba, e começou a fazer um rápido sucesso, no séc XIX. Com o fim da era do ouro brasileiro, os pioneiros do café perceberam que era um investimento altamente rentável, pois as terras da região eram muito baratas (por vezes gratuitas), a mão de obra era escrava e, após ser plantada, o cafezal era produtivo por vinte anos. O mercado consumidor internacional também era próspero, e a venda de café era quase certa. Assim, em alguns anos uma nova elite começou a surgir no sudeste brasileiro. A elite cafeeira, em pouco tempo, se tornava mais poderosa e mais rica do que a elite nordestina. O desenvolvimento do comércio internacional baseado na exportação do café deveu-se a fatores externos e internos.

    Internamente, o que mais favoreceu o crescimento econômico foi a solução do problema da mão-de-obra através da imigração europeia; a expansão do crédito, através de uma reforma bancária, a qual forneceu recursos para a formação de novas lavouras cafeeiras; e a expansão das redes ferroviárias em São Paulo, as quais reduziram o custo de transporte para os proprietários das novas lavouras, localizadas no interior paulista. 

  • A mão-de-obra imigrante vai passar a ser utilizada na produção do café no Oeste Paulista. Enquanto ela se concentrava na Baixada Fluminense e no Vale do Paraíba, a mão-de-obra escrava predominava. 

  • Daniel Gonaçlaves,

     

    Acho que o erro está na causa e consequência, ou seja, quando a questão afirma que o  rápido desenvolvimento da lavoura cafeeira no Vale do Paraíba tornou viável a utilização de mão de obra de imigrantes europeus nesse trabalho 

    Nos  primórdios da cafeicultura (Vale do Paraíba),  a mão-de-obra continuava sendo a escrava, já que as lavouras de café nesse momento ainda não haviam substituído a mão-de-obra escrava por trabalhadores livres e/ou assalariados. Isto só viria ocorrer de forma paulatina. Estruturada a princípio na grande propriedade agroexportadora e na mão-de-obra escrava, a economia cafeeira, a partir da segunda metade do século XIX, passou a adotar progressivamente o trabalho livre. O tráfico negreiro foi extinto em 1850, e a expansão da lavoura cafeeira no Oeste Paulista aumentava a necessidade de mão-de-obra. Com o objetivo de atrair imigrantes para o Brasil, o governo lançou campanhas na Europa.

  • A lavoura cafeeira do Vale do Paraíba se desenvolveu acentuadadamente após a implementação das ferrovias na região, em meados dos anos 1880, e como o trafico negreiro já tina sido abolido desde 1850, tornava-se cada vez mais custosa a aquisição e manutenção da mão-de-obra escrava, dessa forma fazendo com que a demanda por mão-de-obra migrante e imigrante aumentasse.

    Não entendi a razão do gabarito estar errado...

  • O erro da questão está em dizer que a mão-de-obra europeia foi usada no Vale do Paraíba, quando na verdade ela foi utilizada de forma viável no Oeste Paulista, já em um segundo momento. As terras do Vale, até por estarem produzindo desde antes da proibição definitiva do tráfico negreiro (1850), foram trabalhadas por escravos, e dentro de poucas décadas tornaram-se relativamente decadentes.

  • É bom lembrar que, independente de algumas poucas e, na maioria delas, fracassadas tentativas de introdução de imigrantes nos cafezais do Vale, o fazendeiro da região, em geral, era refratário a isso e tinha cristalizado a convicção, também altamente conservadora, de que café se plantava com escravos. Ao contrário, no “Oeste” paulista, em um primeiro momento concomitantemente a utilização de escravos, foi sendo introduzida na lavoura a mão-de-obra livre de imigrantes, em especial italianos.

     

  • A base da economia do Período Regencial era o café e, para preservá-la, os regressistas, que defendiam o regime de produção latifundiário-escravista, criticavam a política do governo baseada nos princípios do liberalismo econômico.  Opunham-se, dessa forma, aos tratados comerciais livre-cambistas, propondo sua substituição por tarifas alfandegárias mais elevadas, de acordo com os princípios protecionistas. Adotavam, assim, uma posição de enfrentamento à política inglesa de repressão ao tráfico negreiro intercontinental. Essa postura está ligada ao desenvolvimento da cultura cafeeira no país, uma vez que os cafezais estavam se espalhando rapidamente pelo Vale do Paraíba, fazendo a fortuna de fazendeiros e comissários de café e enriquecendo os cofres do Tesouro Imperial.

     

    Esses fazendeiros eram aqueles novos colonos – e seus descendentes – que, com a vinda da família real para o Brasil, tinham se instalado nas proximidades da corte, onde ganharam sesmarias de D. João. 

     

     

    http://multirio.rio.rj.gov.br/index.php/estude/historia-do-brasil/brasil-monarquico/91-per%C3%ADodo-regencial/8941-a-%C3%A1frica-civiliza-,-a-pol%C3%ADtica-saquarema,-a-escravid%C3%A3o-e-a-expans%C3%A3o-cafeeira-no-vale-do-para%C3%ADba

  • Gabarito: ERRADO.

    "Muito paulatinamente, a partir de a Lei do Ventre Livre (1871), os proprietários do Oeste Paulista, e não do Vale do Paraíba, passaram a encorajar o adensamento da entrada de mão de obra livre europeia, embora se valeram do cativeiro até as vésperas da Proclamação da República.

    Na bacia do Paraíba, os cafezais tinham frequentemente mais de trinta anos de idade, o que significava menores possibilidades de produção, fator agravado pela erosão do solo. O capital empatado no escravo era, sobretudo, uma garantia de empréstimos para renovar a já euxarida produção. Não restava, portanto, disponibilidade para arcar com os custos de entrada de mão de obra imigrante.

    O cenário do Oeste Paulista era distinto. Caracterizava-se por maior disponibilidade e fertilidade de terras do que as regiões cafeicultoras mais antigas. Por ser região de fronteira agrícola, o preço da terra era mais baixo, o que, malgrado alguma especulação fundiária, incidia favoravelmente na inserção global do café paulista. Acumulavam-se lucros, empregados no financiamento de imigrantes."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Errada. Bóris Fausto, História do Brasil, EDUSP, 2013, p. 173: "A área cafeeira do Vale do Paraíba nasceu mais cedo, tendo como horizonte o sistema escravista. Só quando ela chegou ao apogeu, veio a extinção do tráfico. Na medida em que a produtividade declinava, a dificuldade de encontrar uma alternativa para o problema da mão de obra tornou-se maior e não foi conseguida. Formaram-se assim duas classes regionais com destino diverso. Os fzendeiros do vale sustentaram a Monarquia e dela foram se separando quando se aprovaram medidas tendentes a abolir gradualmente a escravatura. Esse processo de afastamento completou-se com a Abolição, em 1888, mas já aí os barões do vale nã tinham grande peso social e político."

  •  

    ERRADO.

    Enquanto no período da independência o número de escravos era aproximadamente o mesmo no Nordeste e na região cafeeira, o total de escravos nesta última já era 75% mais elevado em relação ao Nordeste em 1872, e cerca de 133% mais elevado em 1886-87.

    O que tornou viável de fato a utilização de mão-de-obra imigrante estrangeira na lavoura cafeeira do vale do Paraíba foi a autorização, por parte da Assembleia provincial de São Paulo, no início de 1884, do pagamento do custo integral das passagens do imigrante,  favorecendo definitivamente a substituição do trabalho escravo pelo trabalho livre europeu.

    Alguns números; o governo da província despendeu, no início da década de 1880, algo em torno de 50 contos por ano com imigração. No final da década, o gasto anual já ultrapassava 1000 contos.

    Costa (1966)

  • O importante aqui é saber as diferenças entre a produção do Vale do Paraíba x Oeste Paulista.
  • Vale do Paraíba: técnicas rudimentares, planteis de escravos e esgotamentos de terras.

    Oeste Paulista: clima e solo favoráveis, novas técnicas, ferrovias e mão de obra livre.

  • Vale do ParaíbaMão de obra escrava.

    Oeste Paulista: Mão de obra livre assalariada.

  • Vale do Paraíba: Mão de obra escrava.

    Oeste Paulista: Com a Lei Euzébio de Queiroz, passou a ter mão de obra livre e assalariada.


ID
2501389
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

O período do Segundo Reinado foi marcado pelo crescimento econômico, que se baseou, sobretudo, no setor agrário. Considerando essa informação, julgue (C ou E) o próximo item.


Entre os principais problemas que afligiram a lavoura de cana-de-açúcar no Nordeste destacaram-se a falta de créditos e a ausência de infraestrutura adequada.

Alternativas
Comentários
  • Falta e infraestrutura. Cert
  • Da forma curta como foi colada essa questão ficou bem discutível.

    Um dos fatores responsáveis por essa situação foi o aumento da concorrência externa, seja do açúcar de beterraba europeu, seja do açúcar de cana produzido em larga escala nas Antilhas, com destaque para Cuba. A considerável ampliação da oferta resultou em uma tendência para baixo nos preços do produto.

    A perda de competitividade da lavoura açucareira brasileira deve também ser associada à maneira pela qual se organizou a produção. Em Pernambuco, principal polo açucareiro do Império, a estrutura produtiva se baseava na grande disponibilidade de terras e de mão de obra e em métodos rotineiro de trabalho. Poucos foram os lavradores que investiram em inovações técnicas que pudessem representar ganhos de produtividade, como por exemplo o uso do vapor como força motriz para movimentar as moendas. Outros problemas alegados pelos produtores eram o alto custo do crédito e a falta de infraestrutura adequada para o escoamento da produção.

  • Atentar-se para o marco temporal estabelecido no cabeçalho: Segundo Reinado!!!

    Nesse momento, a infraestrutura da lavoura de cana-de-açúcar no Nordeste já não era adequada. Da mesma maneira, não havia investimentos suficientes, uma vez que o eixo dinâmico da economia brasileira era a cultura do café.

  • Corretíssimo, faltou grana pra portugal, sendo os holandeses os financiadores

     

  • Inicialmente pensei que a questão estivesse errada, mas lendo com calma está correta o enunciado traz: "Entre os principais problemas" a concorrencia tb foi um deles!

    Está Certa a questão!

  • a questão fala do segundo reinado, não tem a ver com a concorrência da produção de cana dos holandeses nas Antilhas, mas sim com a economia voltada para a produção de café do segundo reinado, faltando assim investimentos e condições para produção de cana.


ID
2501392
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sabendo que o Segundo Reinado se caracterizou por uma política externa ativa, sujeita a vários desafios, como os referentes à definição de fronteiras e às relações com os países vizinhos republicanos e com as grandes potências, julgue (C ou E) o seguinte item.


O contexto da negociação da fronteira entre Brasil e Uruguai, em meados da década de 50 do século XIX, caracterizou-se pela presença em território uruguaio de tropas do Exército Imperial brasileiro, cujos objetivos incluíam, ainda, a contenção da política expansionista de Juan Manuel de Rosas, líder da Confederação Argentina.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    A Guerra do Prata, também conhecida como Guerra contra Oribe e Rosas, foi um episódio numa longa disputa entre Argentina, Uruguai e Brasil pela influência do Paraguai e hegemonia na região do Rio da Prata. A guerra foi travada no Uruguai, Rio da Prata e nordeste argentino de agosto de 1851 a fevereiro de 1852, entre as forças da Confederação Argentina e as forças da aliança formada pelo Império do Brasil, Uruguai e províncias rebeldes argentinas de Entre Rios e Corrientes.

    A ascensão de Juan Manuel de Rosas como ditador argentino e a guerra civil no Uruguai após sua independência do Brasil geraram instabilidade na região do Prata, devido ao desejo argentino de ter Uruguai e Paraguai em sua esfera de influência, e posteriormente recriar o antigo Vice-reinado do Prata. Esses objetivos eram contrários à soberania brasileira, uma vez que o antigo vice-reinado era formado por terras pertencentes à província do Rio Grande do Sul, e aos interesses brasileiros de influência na região, que já haviam gerado a Guerra da Cisplatina e instigariam ainda outras duas guerras.

    A Guerra do Prata terminou com a vitória aliada na Batalha de Monte Caseros em 1852, estabelecendo a hegemonia brasileira na região do Prata e gerando estabilidade política e econômica no Império do Brasil. Porém, a instabilidade nos outros países da região permaneceria, com as disputas internas entre partidos no Uruguai e uma guerra civil na Argentina pós-Rosas. Este conflito faz parte das chamadas Questões Platinas na História das Relações Internacionais do Brasil e como parte integrante da Guerra Grande nos países hispanófonos.

  • O erro é afirmar que havia negociações fronteiriças entre Brasil e Uruguai na década de 1850. As fronteiras estavam decididas desde 1828, ao fim da Guerra da Cisplatina. O Brasil não tinha questões fronteiriças com os uruguaios durante a Guerra contra Oribe e Rosas, o interesse era derrubar o caudilho argentino e assegurar um Uruguai sob esfera de influência do Império brasileiro.

  • Quando o Brasil negociou limites com o Uruguai, o governo já estava nas mãos dos Colorados (Rivera), e Rosas havia sido derrotado. Não havia, pois, motivos para negociar um tratado sob ocupação militar. 
    Segundo Doratioto:
    "A derrota de Rosas permitiu à diplomacia imperial alcançar importantes objetivos no Rio da Prata. O governo do Uruguai, dependente financeira e politicamente do Império, assinou um tratado que definiu limites nos termos desejados pelo Rio de Janeiro, bem como assinou outros acordos que tornaram o Estado Oriental dependente do Brasil.
     " História das Relações Internacionais do Brasil

     

  • Errado.

     

    O único erro da afirmativa está em meados da década de 50. O tratado é de 12 de outubro de 1851, 4 dias depois do fim da guerra civil no Uruguai (Guerra Grande), ou seja, as tropas brasileiras ainda estavam em território uruguaio. Ainda era necessário derrotar Rosas, o que só ocorreu em 3 de fevereiro de 1852, ano seguinte, na batalha de Monte Caseros. 

     

    "El 12 de octubre se firman los cinco tratados entre el gobierno brasilero y el de "la Defensa", con motivo del apoyo brindado por el Brasil.

    Tratado de límites: se establecía como límite norte el río Cuareim, lo que significaba la renuncia definitiva a los territorios de las Misiones Orientales.

    Tratado de "perpetua alianza": del Brasil al gobierno legal (es decir, colorado). Consagrándole al Brasil derecho de intervención en los asuntos internos. Objetivo: resguardar a independência do Uruguai frente a Argentina. 

    Tratado de extradición: Uruguay debía devolver a los esclavos brasileros fugados.

    Tratado de socorro: Brasil daba un subsidio y tomaba como garantía las rentas uruguayas, especialmente las aduaneras.

    Tratado de comercio y navegación: daba la libre navegación a Brasil del río Uruguay. El Estado debía abolir los impuestos aduaneros para todas las exportaciones de ganado en pie.

    Finalizado el conflicto en el Uruguay, la coalición atacó directamente a Rosas. El 3 de febrero de 1852 se libró la Batalla de Caseros"

     

    https://es.wikipedia.org/wiki/Guerra_Grande#La_ca%C3%ADda_de_Oribe_y_la_llegada_al_poder_de_Rivera

  • Gabarito: Errado

    ...cujos objetivos incluíam, ainda, a contenção da política expansionista de Juan Manuel de Rosas, líder da Confederação Argentina.

    Segundo Doratioto:
    "A derrota de Rosas permitiu à diplomacia imperial alcançar importantes objetivos no Rio da Prata. O governo do Uruguai, dependente financeira e politicamente do Império, assinou um tratado que definiu limites nos termos desejados pelo Rio de Janeiro, bem como assinou outros acordos que tornaram o Estado Oriental dependente do Brasil.
     " História das Relações Internacionais do Brasil

  • Na verdade, o erro consta em afirmar que houve a presença de tropas no território uruguaio quando da negociação dos tratados de fronteiras. Em verdade, o Marquês do Paraná, não acompanhado de tropas brasileiras, foi até o Uruguai e assinou os respectivos tratados ensejando a hegemonia brasileira no Prata. A ocupação de tropas brasileiras em territótio uruguaio se dá em outro contexto. 

  • Gabarito: ERRADO

    "Em meados da década de 1850, Juan Manuel de Rosas, líder da Confederação Argentina, já havia sido derrotado, especificamente, na Batalha de Monte Caseros (3 de fevereiro de 1852). A derrota de Rosas permitiu à diplomacia imperial alcançar importantes objetivos no Rio do Prata. O governo do Uruguai, notadamente, dependente financeira e politicamente do Império, assinou um tratado que definiu limites nos termos desejados pelo Rio de Janeiro, bem como assinou outros acordos que tornaram o Estado Oriental dependente do Brasil."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Analisando o História das Relações Internacionais do Brasil, do Doratioto e do Vidigal, penso que o erro da questão é sugerir que um dos propósitos das tropas do Brasil que estavam no Uruguai era o de usar a força para conseguir a assinatura de um tratado de fronteiras.

    Os fatos sobre a questão são:

    História das Relações Internacionais do Brasil, do Doratioto e do Vidigal:

    FATO: O TRATADO DE LIMITES ENTRE BRASIL E URUGUAI DE 1828 ERA PROVISÓRIO: p. 24 "Em 1851, Brasil e Uruguai ainda não tinham, de fato, um tratado de limites, como mostram Doratioto e Vidigal: "A situação mais delicada que o chanceler Soares de Souza tinha de cuidar no Rio da Prata era a do Uruguai, dado o caráter provisório do Tratado de 1828, que ainda não fora substituído por um definitivo, o que ampliava as suspeitas sobre as intenções de Rosas quanto ao estado oriental, além de manter indefinidos os limites entre essa república e o Império".

    FATO: HAVIA TROPAS DO BRASIL NO URUGUAI, MAS O PROPÓSITO DELAS ERA O DE CONTER O ROSAS (E NÃO, penso eu, DE NEGOCIAR FRONTEIRAS) Em 21 de setembro de 1851, o Império, o governo uruguaio e as províncias de Entre Rios e Corrientes assinam o tratado de aliança contra Rosas. (...) O exército de Urquiza era composto de cerca de 20 000 homens, enquanto os uruguaios somavam 1800 e os brasileiros, 4020".

    A NEGOCIAÇÃO DE FRONTEIRAS OCORREU MAIS COMO RESULTADO DO BALANÇO DE PODER NA REGIÃO p. 26: "A derrota de rosas permitiu à diplomacia imperial alcançar importantes objetivos no Rio da Prata. O governo do Uruguai, dependente financeira e politicamente do Império, assinou um tratado que definiu limites nos termos desejados pelo Rio de Janeiro...".

     

  • Não houve presença de tropas. Pelo Tratado de 1851, o Uruguai renunciava aos territórios ao Norte do rio Quaraí e ao direito de navegação da Lagoa Mirim, no rio Jaguarão, fronteira natural com o Império.

  • CUIDADO!!!! O único comentário certo é o de Matheus Luna. - Havia SIM tropas do Brasil no Uruguai. - Foi assinado SIM um tratado de limites em 1851 com o Uruguai (Rio Jaguarão e Lagoa Mirim sob domínio brasileiro, denotando a assimetria nas negociações, já que a prática internacional é a divisão pelo talvegue e condomínio da navegação). - O objetivo da intervenção era SIM conter Rosas. Isso só foi possível pelo fim do imobilismo da PEB (termo de Ricupero), em razão da Lei Euzebio de Queiroz (1850), que libera a Armada Brasileira - antes concentrada na Corte, a fim de conter a atuação britânica contra o tráfico (constantes incursões em águas territoriais). O ERRO ESTÁ NA PALAVRA “MEADOS”, PORQUE O TRATADO É DE 1851, ISTO É, INÍCIO DA DÉCADA DE 1850!!! É bizarro? Sim! Mas a questão é do Concurso do IRB, então é bizarro mesmo. Parem de comentar coisas aleatórias, vocês confundem os colegas e fazem a gente perder tempo.
  • Erro- não havia tropas com o objetivo de definir fronteiras

  • "O contexto da negociação da fronteira entre Brasil e Uruguai, em meados da década de 50 do século XIX, caracterizou-se pela presença em território uruguaio de tropas do Exército Imperial brasileiro, cujos objetivos incluíam, ainda, a contenção da política expansionista de Juan Manuel de Rosas, líder da Confederação Argentina." ERRADO

  • O tratado é assinado em 1851, não em meados da década de 1850.

    "Em meados da década de 1850, Juan Manuel de Rosas, líder da Confederação Argentina, já havia sido derrotado, especificamente, na Batalha de Monte Caseros (3 de fevereiro de 1852)." Logo, não há como a presença em território uruguaio nesse período ter como objetivo a contenção de Rosas.

    Fonte:1.6000 Questões Comentadas - Concursos de Diplomacia e Chancelaria

  • Atenção, só o comentário da Pam Concurseira e do Mateus estão corretos. Essa também é a explicação do professor Luigi Bonafé!

  • De fato, parece a questão da palavra "meados" ser o maior problema, por incrível que pareça.

    Sobre a contenção de Rosas - Doratioto/Vidigal, em "História das Relações Internacionais do Brasil", fala em "suspeitas sobre as intenções de Rosas quanto ao Estado Oriental". Isso demonstra um temor imperialista de Rosas em direção ao Uruguai (p.24). Cervo/Bueno, em "História da Política Exterior do Brasil" também mencionam que "na avaliação brasileira, Rosas saíra tão fortalecido do confronto com os europeus que não hesitaria em levar adiante seu expansionismo regional." Por fim, Synesio Sampaio, em "Navegantes, Bandeirantes, Diplomatas" diz que "como se acreditava que Rosas pretendia invadir Montevidéu, e, depois, quem sabe, atacar o Rio Grande do Sul, o Brasil intensificou seu apoio ao Governo uruguaio(...).

    Sobre a presença de tropas imperiais brasileiras no Uruguai - De fato, tropas brasileiras e de Entre Ríos (Urquiza) uniram-se na guerra civil uruguaia entre colorados (Rivera) e blancos (Oribe, apoiado por Rosas). Ricupero, em "A Diplomacia na Construção do Brasil), diz que o Uruguai havia-se tornado um "semiprotetorado" brasileiro. Apesar de o tratado de fronteira de 1851 ter sido assinado no Rio de Janeiro, pelo simples fato de o Brasil continuar em guerra contra Rosas até 1852 me parece apontar para o fato de tropas brasileiras continuarem, ainda que residualmente, em território uruguaio. Se algum colega tiver alguma indicação na bibliografia mais explícita, agradeço.

  • Questão: Errada!

    O erro está em ´´meados da década 50´´ o correto é na década 51.

    PMAL 2021

  • então o comentário da professora está errado


ID
2501395
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sabendo que o Segundo Reinado se caracterizou por uma política externa ativa, sujeita a vários desafios, como os referentes à definição de fronteiras e às relações com os países vizinhos republicanos e com as grandes potências, julgue (C ou E) o seguinte item.


A maior parte dos recursos para financiar a participação brasileira na Guerra do Paraguai adveio de empréstimos internacionais, principalmente do banco Rothschild, de Londres.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    O tesouro real indicou um gasto de 614 mil contos de réis na Guerra do Paraguai, provindos das seguintes fontes:

    Empréstimo Estrangeiro: 49 (em milhares de contos de Réis)

    Empréstimo Interno: 27

    Emissão de dinheiro: 102

    Emissão de títulos: 171

    Imposto: 265

    O conflito custou, pois, ao Brasil, quase onze anos do orçamento público anual, em valores de pré-guerra, o que permite compreender melhor o persistente "déficit" público nas décadas de 1870 e 1880. Também chama a atenção, nos números sobre as fontes dos recursos gastos na luta, a participação proporcionalmente pequena de empréstimos externos.

  • Obrigado, Daniel, ótimo comentário!

  • O Brasil saiu da Guerra do Paraguai em péssima situação financeira, cumprindo‑se infelizmente o terrível vaticínio de Mauá, ainda em 1860: como ele bem profetizara ao ministro plenipotenciário do Uruguai no Rio de Janeiro, a “maldita guerra” seria a “ruína do vencedor e a destruição do vencido”. As principais fontes de financiamento do governo para o excesso de despesas eram a emissão de moeda, os empréstimos internos e os empréstimos externos de mais longo prazo. A maior parte dos déficits foram cobertos dentro do próprio país, seja pela emissão de papel‑moeda, seja, prioritariamente, pela emissão de títulos públicos (geralmente obrigações a 6% ao ano).

    Paulo Roberto de Almeida
    Formação da diplomacia econômica no Brasil, p. 304

  • ERRADO

    É verdade que o banco Rothschilds, agente exclusivos junto ao governo brasileiro, emitiu para o Brasil, na década de 1850, cinco empréstimos que iam de meio milhão a dois milhões de libras; dois empréstimos em 1863, que totalizavam 3,8 milhões de libras; e um de sete milhões de libras em 1865 – este último muito provavelmente para financiar a guerra com o Paraguai. Porém, segundo o historiador econômico argentino Carlos Marichal, os empréstimos estrangeiros, principalmente britânicos, representaram apenas 15% e 20% do total dos gastos incorridos pelo Brasil e pela Argentina, respectivamente, na Guerra do Paraguai. Ou seja, houve empréstimo e alto por parte da instituição financeira inglesa, porém os gastos do império brasileiro foram muito maiores, não sendo aquela a principal responsável por suportar financeiramente a guerra. 

  • Gabarito: ERRADO

    "A maior parte dos recursos para financiar a participação brasileira na Guerra do Paraguai adveio do orçamento imperial, que, tão somente após o término conflito, teve de recorrer a empréstimos internacionais, especialmente dos bancos britânicos."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Os gastos foram do Império Português, que após a guerra prejudicou bastante sua economia.

  • Esse empréstimo foi feito pelo ESTODOS ÚNIDOS DA AMRERICA, NA ERA VARGAS.

  • A Guerra do Paraguai, entre os aliados Brasil, Argentina e Uruguai contra o Paraguai, trouxe consequências desastrosas não apenas para o Paraguai - por ter sido o perdedor – mas também para os Aliados, entre eles o Brasil. 

    Por um lado foram incorporados ao Mato Grosso territórios que antes pertenciam ao Paraguai e, pela assinatura do Tratado de Loizaga - Cotegipe, a 9 de janeiro de 1872, o Brasil obteve liberdade de navegação no rio Paraguai. No entanto, a guerra custou caro. Registros apresentados por Francisco Doratioto, na obra Maldita Guerra, de 2002, demonstram que os gastos alcançaram milhares de réis – moeda da época .

    A questão que se coloca é: quem financiou a guerra? Normalmente, por conta dos benefícios indiretos obtidos pela Inglaterra com o comércio de insumos para a guerra , tanto para os aliados quanto para o Paraguai, entendia-se que ela teria, na verdade, financiado a guerra. Aliás, durante bastante tempo a historiografia entendeu que a guerra teria acontecido, acima de tudo, por conta de interesses da grande potência do século XIX – a Grã-Bretanha. Não eram devidamente levados tomados em consideração os interesses dos países envolvidos. A potência europeia teria forçado os aliados à guerra, o que na verdade não tem evidência documental.

    O financiamento da guerra , no caso do Brasil , teve fontes variadas apresentadas de acordo com a ordem de importância: impostos, emissão de títulos públicos, emissão de papel moeda, empréstimos domésticos e , em último lugar, empréstimos estrangeiros. Fato é que empréstimos externos não eram, à época, grandes fontes de recursos para os Estados. Por conta dos gastos o déficit nas contas do Estado brasileiro, entre 1870 e 1880 foi significativo. 

    A crise econômica se estabelece após a guerra por conta não só dos gastos com a guerra em si mas, também, pela necessidade de indenização de proprietários que haviam enviado escravos para a frente de batalha . Ademais, há falta de mão de obra escrava em muitas fazendas por conta da alforria pós guerra, mortes e fugas estimuladas pelo crescente movimento abolicionista. 

    Pelo acima exposto percebe-se que a afirmativa apresentada é incorreta. É importante , para uma análise mais acurada da Guerra do Paraguai o trabalho de Francisco Doratioto, acima destacado. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501398
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sabendo que o Segundo Reinado se caracterizou por uma política externa ativa, sujeita a vários desafios, como os referentes à definição de fronteiras e às relações com os países vizinhos republicanos e com as grandes potências, julgue (C ou E) o seguinte item.


Na década de 70 do século XIX, eram cordiais as relações entre o Império do Brasil e os Estados Unidos da América, o que se comprova pela visita de Pedro II à Exposição Universal do Centenário da Independência dos EUA, em 1876

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    A Exposição Universal de 1876, primeira Exposição mundial nos Estados Unidos, aconteceu na Filadélfia, Pennsylvania, para comemorar o centenário da assinatura da declaração de independência do país, que também aconteceu na Filadélfia. Foi montada em Fairmount Park, ao longo do rio Schuylkill. As instalações foram projetadas por Hermann Schwarzmann. Contou com mais de 10 milhões de visitantes, o equivalente a 20% da população do país na época.

    Para anunciar a abertura da Exposição do Centenário, sinos soaram sobre toda a Filadélfia. Estavam presentes à cerimonia o presidente dos Estados Unidos, Ulysses Grant e sua esposa e o Dom Pedro II Imperador do Brasil com sua esposa. A cerimônia terminou no pavilhão de maquinas e equipamentos com Grant e Dom Pedro dando a partida no motor a vapor Corliss Steam Engine que fornecia energia para a maioria dos outros equipamentos da Exposição.

  • Questão CORRETA.

    As relações entre Brasil e Estados Unidos passaram por um baixo na década de 1860, quando do apoio de determinados setores da elite agrária aos sulistas durante a guerra de Secessão.

  • item: CERTO

     

    Curiosidade:

     

    No livro 1889, Laurentino Gomes narra que D. Pedro II esteve presente nessa Exposição Universal do Centenário da Independência dos EUA e mais, nessa ocasião Alexander Graham Bell demonstrou a sua nova invenção - o telefone. Consta que Graham Bell estava largado num canto na referida exposição quando D. Pedro II demonstrou curiosidade no tal do telefone e chamou os presentes para ver a fantástica invenção. 

     

    De certa forma D. Pedro II ajudou Graham Bell a divulgar o que hoje consideramos impossível viver sem - o telefone.

     

    Dá-lhe D. Pedro II !

     

    Bons estudos!!!

  • Se essas relações não fossem cordiais, não haveria essa federação toda copiada deles.



    PM_ALAGOAS_2018

  • Como você é inteligente Talita Larissa 

  • Em que pese a boa relação entre as duas nações, foram os EUA que mais pressionaram o Brasil para abrir o rio Amazonas à navegação.


ID
2501401
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Sabendo que o Segundo Reinado se caracterizou por uma política externa ativa, sujeita a vários desafios, como os referentes à definição de fronteiras e às relações com os países vizinhos republicanos e com as grandes potências, julgue (C ou E) o seguinte item.


No final da década de 40 do século XIX, foi adotada a doutrina de limites a ser seguida pelo Império a fim de proteger o status quo territorial, a qual estabelecia: o princípio do uti possidetis; a restrição da validade do Tratado de Santo Ildefonso aos casos em que não houvesse ocupação efetiva do território; a negociação bilateral; e o arbitramento em última instância.

Alternativas
Comentários
  • Correto!

    Tratado de Santo Ildefonso, assinado entre Portugal e Espanha, no dia 1 de outubro de 1777, na cidade de Ildefonso, na província de Segóvia, na Espanha, faz parte de uma série de tratados geopolíticos assinados entre os dois estados europeus no decorrer do período colonial. Seu intuito era finalizar os conflitos geopolíticos que ocorriam há três séculos entre as duas nações. O tratado restaurava grande parte do Tratado de Madri (1750) que havia sido anulado com a assinatura do Tratado de El Pardo (1761), resultante do fracasso na promoção da paz nas fronteiras coloniais. Estabelecia novos limites para os territórios localizados ao sul, região de fronteiras entre o Estado do Rio Grande do Sul e o Uruguai, indicando novas extensões geopolíticas. A Colônia Portuguesa do Sacramento e os Sete Povos das Missões estavam no meio do litígio.

  • CORRETO- Embora o Tratado de Santo Ildefonso não houvesse sido revalidado pela Paz de Badajoz em 1801, segundo a doutrina de limites definida por Paulino Soares de Souza em 1849  o tratado de Santo Ildefonso poderia ser adotado como referência apenas onde não houvesse ocupação efetiva, de modo a suplementar o princípio do uti possidetis, ou da ocupação efetiva.

    Cronologia das Relações Internacionais do Brasil,  Eugênio Vargas Garcia, p.71

     

  • Uti possidetis ou uti possidetis iuris é um princípio de direito internacional segundo o qual os que de fato ocupam um território possuem direito sobre este. A expressão advém da frase uti possidetis, ita possideatis, que significa "como possuís, assim possuais".

    Tratado de Santo Ildefonso ou Tratado dos Limites

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Uti_possidetis

  • Fernanda, é importante diferenciar o uti possidetis de facto e o uti possodetis Iuris. O primeiro foi adotado pelo Brasil que tem como base a posse efetiva do território. A América espanhola adotou o segundo que tem como base a posse jurídica, ou seja, eles reclamam como parte de seus territórios os territórios que antes eram ocupados pelos espanhóis. É o argumento da Argentina até hoje sobre a posse das Malvinas.
  • Certo

    p. 23 História das Relações Internacionais Doratioto e Vidigal, Saraiva, 2015: "Com a Justificativa de que os Tratados de Madrid (1750) e de Santo Ildefonso (1777), assinados pelos impérios português e espanhol para estabelecer seus limites coloniais, não foram capazes de fazê-lo de modo inquestionável e permanentem tanto que eventos posteriores à sua assinatura os tornaram obsoletos, o Império Brasileiro defendeu o critério do uti possidetis na demarcação de fronteiras, em lugar desses tratados."

    Synesio Sampaio, em Navegantes, Bandeirantes e Diplomatas traz, na p. 207: " O princípio do uti possidetis só passou a ser a norma geral da diplomacia imperial a partir de 1849, quando assumiu a pasta de Negócios Estrangeiros Paulino José de Souza (...). Tornou-se, então, a colua básica de uma costrução doutrinária, assim exposta em 1857 pelo Visconde do Rio Branco: "(...) O governo S.M. o Imperador do Brasil, reconhecendo a falta de direito escrito para a demarcaçãod e suas ris com os Estados vizinhos, tem adotado e proposto as únicas bases razoáveis e equitativas que podem ser invocadas: uti possidetis onde esse existe e as estipulações do Tratado de 1777, onde elas se conformam ou não vão de encntro às possessões atuais de uma ou outra parte contratante".

  • FAMOSA QUEM TEM POSSE É DONO.

    GABARITO= CERTO


ID
2501404
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os militares tiveram, no Brasil, papel fundamental na passagem do Império para a República e, como consequência, os generais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto presidiram os primeiros governos republicanos brasileiros. Acerca desse período da história brasileira, julgue (C ou E) o item que se segue.


Devido a sua política econômica e ao caráter antiliberal de seu governo, Floriano Peixoto enfrentou a má disposição dos Estados Unidos da América em apoiar os pleitos comerciais e políticos brasileiros.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    De fato, o marechal Floriano Peixoto encarnava uma visão da República não identificada com as forças econômicas dominantes. Pensava construir um governo estável, centralizado, nacionalista, baseado sobretudo no exército e na mocidade das escolas civis e militares. Essa visão chocava-se com a da chamada "República dos Fazendeiros", liberal e descentralizada, que via com suspeitas o reforço do Exército e as manifestações da população urbana do Rio de Janeiro.

    Porém, impulsionados por membros da marinha, revoltosos com o governo da época, deu-se início a chamada Revolta Armada, que supostamente tentara reinstalar a monarquia em 1893 e fora vencida pelo governo de Floriano Peixoto, com apoio naval norte-americano, conforme descreve Joaquim Nabuco, em seu livro “A intervenção estrangeira durante a Revolta de 1893”.

    No ano seguinte, Floriano e o exército brasileiro obtiveram apoio da marinha de guerra norte-americana no rompimento do bloqueio naval imposto pela marinha brasileira. Assim, o movimento desencadeado pela marinha de guerra brasileira no Rio de Janeiro terminou em 1894, com a derrota e fuga dos revoltosos para Buenos Aires.

  • Lembrar da questão de Palmas e do Tratado de Reciprocidade entre Brasil e os Estados Unidos. 

  • Floriano Peixoto teve apoio dos EUA. Com a ascensão dos governos nacionalistas nos países da América do Sul, os Estados Unidos, sentiram-se fortemente ameaçados por uma possível adoção do comunismo nesses países. Em aliança com forças opositoras e conservadoras dos países latinos, os americanos financiaram as diversas ditaduras que na época oprimiram e mataram milhares de pessoas.

  • ERRADA

    Doratioto e Vidigal, História das Relações Internacionais, Saraiva, 2015, p. 39: "O acordo de 1891 mostra que as relações entre o Brasil e os Estados Unidos eram privilegiadas, pois o governo brasileiro recusara pedidos de assinatura de convênios idênticos propostos por países europeus. Essas relações beneficiaram o governo Floriano, quando este teve de enfrentar a Revolta da Armada, iniciada em 1893, para depô-lo, sob a acusação de permanecer inconstitucionalmente no poder. (...) As forças legalistas do Rio de Janeiro não dispunham de meios para enfrentar a artilharia dos navios sublevados. Os Estados Unidos atuaram nessa revolta com o duplo bjetivo de exercer maior influência nasua solução do que países europeus e manter Floriano Peixoto no poder. "

  • anticomunista com força era floriano

  • Floriano recebeu apoio dos EUA contra a revolta armada.

    PMAL 2021

  • Quanto à sua política econômica, é impreciso falar que foi antiliberal, já que tinha como meta central o saneamento das contas públicas e o fim da política monetária expansionista.


ID
2501407
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os militares tiveram, no Brasil, papel fundamental na passagem do Império para a República e, como consequência, os generais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto presidiram os primeiros governos republicanos brasileiros. Acerca desse período da história brasileira, julgue (C ou E) o item que se segue.


A rebelião do Contestado teve caráter tanto social, com a demanda dos revoltosos pelo reconhecimento das terras ocupadas secularmente, quanto político, de reação ao não cumprimento da Constituição de 1891 na sucessão de Deodoro da Fonseca.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    A Guerra do Contestado foi um conflito armado entre a população cabocla e os representantes do poder estadual e federal brasileiro travado entre outubro de 1912 a agosto de 1916, numa região rica em erva-mate e madeira, disputada pelos estados brasileiros do Paraná e de Santa Catarina. Originada nos problemas sociais, decorrentes principalmente da falta de regularização da posse de terras e da insatisfação da população hipossuficiente, numa região em que a presença do poder público era pífia, o embate foi agravado ainda pelo fanatismo religioso, expresso pelo messianismo e pela crença, por parte dos caboclos revoltados, de que se tratava de uma guerra santa.

    Outro motivo para o conflito se deveu ao fato da construção da estrada de ferro que ligaria São Paulo ao Rio Grande do Sul ter deixado muitas pessoas em más condições de vida em detrimento dos interesses dos coronéis e da empresa norte-americana Brazil Railway Company. Com o objetivo de construir a estrada de ferro, a Brazil Railway Company precisava de mão-de-obra, levando, assim, muitas pessoas para a região. Ao mesmo tempo, o governo cedeu uma grande extensão de terra, cerca de 15 mil metros, nos limites do Estado do Paraná e de Santa Catarina, mas aproveitou o pretexto e desapropriou as terras dos camponeses porque descobriu que poderia lucrar com a erva-mate, bem como com a madeira existente na localidade. Quando a linha férrea ficou pronta, a empresa não garantiu o regresso das pessoas que tinham se deslocado para a região, permanecendo ali sem qualquer apoio; acresce ainda o fato de os camponeses terem ficado desempregados e sem as suas terras para trabalhar, situações que provocaram o empobrecimento da população dessa região.

     

    Porém, não houve caráter político em relação ao não cumprimento da Constituição de 1891 na sucessão de Deodoro da Fonseca.
     

  • A guerra do contestado não foi no periode de deodoro nem de floriano e sim posterior a esse periodo.

  • Daniel bicho, primeiramente parabéns. Você poderia citar a fonte que você usa? Obrigado desde já,

  • ERRADA

    A Guerra Sertaneja do Contestado (1912-1916) ocorreu numa região disputada (“contestada”) entre os estados do Paraná e Santa Catarina. A região, que totalizava cerca de 40 mil metros quadrados, era ocupada desde o final do século XIX por uma comunidade liderada por José Maria, de origem italiana, um “monge” – termo que, no Sul, corresponde ao “beato” do Nordeste.

     

    O governo federal, entretanto, nos primeiros anos do século XX, autorizou a instalação de empresas estrangeiras na região, como a serraria Southern Brazil Lumber and Colonization, de capital norte-americano. O projeto previa desapropriações para dar lugar à exploração da madeira e à construção de uma ferrovia ligando o Rio Grande do Sul a São Paulo.

     

    Muitos posseiros foram expulsos e passaram a vagar pelas zonas rurais, formando pequenas comunidades chefiadas por líderes religiosos. As elites locais, temendo o fortalecimento desses grupos, pediram a intervenção dos governos estaduais.

     

    Quando um desses povoados era destruído, outro ressurgia em seu lugar. O monge José Maria, que morreu em combate, foi sucedido por outros líderes, como a “virgem Maria Rosa” – uma comandante militar mística de apenas 15 anos de idade – e o negro Adeodato.

     

    Os focos de resistência reuniam milhares de sertanejos. Assim como os seguidores de Antônio Conselheiro, os fiéis do Contestado, sertanejos pobres e explorados nas fazendas e nas empresas estrangeiras de colonização, acreditavam na vinda de um salvador dom Sebastião. O rei português, desaparecido em combate, traria seu exército

     

    Em 1916, depois de muitos enfrentamentos entre os rebeldes e as forças policiais do Paraná e de Santa Catarina, o então governo do presidente Wenceslau Brás debelou a comunidade do Contestado com tropas federais e a recém-criada Aeronáutica. Calcula-se que tenham morrido cerca de 20 mil pessoas nos combates. Adeodato foi morto quando tentava fugir da prisão.

     

    https://www.coladaweb.com/historia-do-brasil/o-contestado

  • Errado.

    Penso que a questão quis confundir o candidato com relação a Revolução Federalista na qual Floriano Peixoto se envolveu em alguma medida.

    De 1893 a 1895, as terras do sul serviram de cenário aos violentos combates da Revolução Federalista, travados entre os partidários de dois oligarcas gaúchos: de um lado, os federalistas (maragatos), liderados por Gaspar Silveira Martins; de outro, os republicanos (chimangos ou pica-paus), seguidores do positivista Júlio de Castilhos. Os federalistas defendiam a instalação de um regime parlamentarista nos moldes do que existiu no Segundo Reinado. Já os republicanos defendiam um presidencialismo forte, centralizador, no estilo do governo de Floriano Peixoto.[2]

    O confronto ultrapassou as fronteiras gaúchas, estendendo-se a Santa Catarina, ao Paraná e até ao Uruguai. Embora Floriano tivesse tropas federais nos estados sulistas, somente em 1895, no governo de Prudente de Morais é que seria assinado um acordo de paz na região.[2]

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Federalista

  • Não houve caráter político!!! Os interesses financeiros de grandes empresas e proprietários rurais ficavam sempre acima das necessidades da população mais pobre. Não havia espaço para a tentativa de solucionar os conflitos com negociação. Quando havia organização daqueles que eram injustiçados, as forças oficiais, com apoio dos coronéis, combatiam os movimentos com repressão e força militar.

  • A Guerra do Contestado (1912 – 1916) teve lugar na Região Sul do Brasil, entre as fronteiras do Paraná e Santa Catarina, e foi um conflito sócio-político causado pela disputa desses territórios, por isso, recebe o nome de contestado.

     

    gabarito E

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    ROGERIO CONCURSEIRO: MAPAS MENTAIS E QUESTÕES

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  • O não cumprimento da Constituição a que a questão se refere diz respeito à posse de Floriano. Com a renúncia de Deodoro, a Constituição previa um prazo para fazer novas eleições, porém Floriano (que era vice de Deodoro) assumiu o cargo e não realizou as tais eleições. Isso aconteceu na primeira década da Primeira República (a década do caos).

    Já a Guerra do Contestado aconteceu em época posterior, na segunda década, durante o governo de Wenceslau Brás.

    Gabarito: ERRADO

  • O item acerta quando diz que a rebelião do Contestado teve caráter social, com a demanda dos revoltosos pelo reconhecimento das terras ocupadas secularmente.

    O movimento, no entanto, não foi uma reação ao não cumprimento da Constituição de 1891 na sucessão de Deodoro da Fonseca.

    Este não cumprimento da Constituição diz respeito à posse de Floriano Peixoto na presidência da república, já que com a renúncia de Deodoro a Constituição previa a realização de novas eleições, o que não aconteceu.

    Este ponto, portanto, não foi levantado na Guerra do Contestado.

    Gabarito: Errado

  • A região denominada Contestado é o território de cultivo de erva mate e de ricas florestas entre os estados de Santa Catarina e Paraná, reivindicado por ambos. Sempre houve conflito na região durante o século XIX e, os grandes proprietários que lá estavam obrigavam posseiros e agregados a procurarem outras terras para se estabelecerem.

    A situação da região ficou pior quando da construção da estrada de ferro interligando os estados de São Paulo e Rio Grande do Sul. O empresário norte americano Percival Farquhar, da Brazil Railway Company comprou uma extensa área para construção desta estrada, onde diversas famílias já estavam instaladas. As terras foram desocupadas e atraídos 8000 operários para o trabalho de construção da estrada. Quando a estrada ficou pronta, a maior parte destes operários não foi aproveitada no novo empreendimento da empresa: exploração madeireira.

    Além destes desempregados, a questão social se agravou ainda mais com a compra de 180 mil hectares de terra e a expulsão de mais camponeses. São estes camponeses expulsos, em dois momentos, e os desempregados que seguem líderes “religiosos" que pregavam a justiça e a paz. O maior deles, José Maria, ainda atacava o governo republicano autoritário e dizia que sem ele haveria prosperidade e paz.

    Foram anos de revolta e de ataques de tropas do governo. De 1912 a 1916. Finalmente, os camponeses foram massacrados em 1916 A Revolta do Contestado é normalmente entendida como um movimento social. Ou seja: não tem exatamente um conteúdo ou objetivo político. O ataque à república não pode ser relacionado com o texto da constituição ou com qualquer outro projeto político. Ela é atacada por não promover a “paz e a igualdade"

    Portanto, não podemos considerar a afirmativa correta, apesar da primeira parte apresentar uma ideia certa (“A rebelião do Contestado teve caráter tanto social, com a demanda dos revoltosos pelo reconhecimento das terras ocupadas secularmente"). A segunda parte inviabiliza a correção da afirmativa.

    RESPOSTA: ERRADO
  • Venceslau Brás 1914-1918, Em seu governo temos a Guerra do Contestado e a I Grande Guerra.

  • Resumindo: A república é criticada, principalmente pelo monge, por não promover a paz e a igualdade. Logo, a revolta do contestado não tem exatamente um conteúdo com viés político, mas social e por isso a alternativa está errada ao falar na parte política. Porém, a primeira parte está correta: A rebelião do Contestado teve caráter social, com a demanda dos revoltosos pelo reconhecimento das terras ocupadas secularmente.


ID
2501410
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os militares tiveram, no Brasil, papel fundamental na passagem do Império para a República e, como consequência, os generais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto presidiram os primeiros governos republicanos brasileiros. Acerca desse período da história brasileira, julgue (C ou E) o item que se segue.


Uma das finalidades da impressão de dinheiro ordenada por Rui Barbosa durante sua gestão como ministro da Fazenda foi a de pagar indenizações a fazendeiros pela abolição da escravatura.

Alternativas
Comentários
  • ERRADA. Uma das finalidades da impressão de dinheiro ordenada por Rui Barbosa durante sua gestão como ministro da Fazenda foi a de pagar indenizações a fazendeiros pela abolição da escravatura.

     

    Historicamente associado ao nome do ministro da Fazenda Rui Barbosa, o programa buscava contornar o problema da falta de dinheiro para pagar os trabalhadores assalariados - cujo número havia aumentado sensivelmente com o fim da escravidão e a imigração de mão-de-obra livre - e viabilizar o processo de industrialização nacional.

     

    Fonte: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/encilhamento-politica-economica-tentou-impulsionar-a-industrializacao.htm

  • Errada.

    O máximo que Ruy Barbosa, como relator informal da constituição, ao vistoriar pelo executivo os trabalhos da constituinte, fez pelo trabalhador brasileiro foi mandar queimar os registros públicos sobre a escravidão, para desespero dos historiadores. Temia processos dos antigos proprietários que reclamassem indenização à República.
     

    No plano econômico, o encilhamento promovido pelo mesmo Ruy Barbosa, inundou o país com papel moeda recém-impresso por casas bancárias estimuladas pela dádiva creditícia do governo. Seu intuito modernizador era dotar de mais liquidez uma economia que com o fim da escravidão caminhava para o século XX com maior necessidade de meio circulante."

     

    Fonte: Manual do Candidato, História do Brasil,  João Daniel Lima de Almeida, pág 269.

     


     

  • Errada. Não houve indenização pela abolição (Princesa Isabel assinou sem indenização). Sobre Rui Barbosa, lembrem que ele fez caquinha imprimindo dinheiro como se não houvesse amanhã, a isso se deu o nome de encilhamento.

  • É verdade que Rui Barbosa, enquanto ministro da economia, dera ordem de aumento da emissão de papel-moeda que favoreceria o crescimento econômico, aliado à formação de um mercado consumidor, advindo do trabalho assalariado, categoria que se ampliou com o fim da escravidão. Esta bem, como  a facilidade de crédito para iniciativas de apoio à indústria eram parte de seu plano de modernização do país. Mais tarde o resultado dessa emissão imensurada de moedas provocaria a chamada crise do encilhamento. Porém longe dele a ideia de indenizar a antiga classe oligárquica por seus prejuizos com a perda dos escravos após a promulgação da Lei Áurea. Muito pelo contrário, em 14 de dezembro de 1890, por decreto , em proposta feita por Joaquim Nabuco no ano de 1888, Rui Barbosa,empossado em sua função de Ministro da Fazenda , solicita a destruição de todos os livros de matrícula, documentos e papeis referentes à escravidão existentes no Ministério da Fazenda, de modo a impedir qualquer pesquisa naquele momento e posterior a ele que visasse a indenização de ex-proprietários de escravos ( decisão só foi efetivada apenas em 1891, na gestão de Tristão de Alencar Arapipe). Rui Barbosa via na escravidão o maior dos problemas do Brasil, não tolerando meios-termos quanto ao seu fim, a exemplo das Leis do Ventre Livre e do Sexagenário: se é para deixar de existir a escravidão, que seja extinta por completo. O Ministro afirmava que, se era par alguém ser indenizado, deveriam ser os próprios ex-escravos. Porém, sabendo da impossibilidade desse acontecimento, a ideia de queimar seu acervo teve início

  • O Encilhamento foi uma política econômica implementada por um diplomata e escritor, Rui Barbosa, no período conhecido como República Velha.

     

    Figura destacada na política, Rui Barbosa exerceu o cargo de Ministro da Fazenda durante o Governo Provisório (1889 a 1891) do Marechal Deodoro da Fonseca, primeiro presidente da República, propondo assim, uma nova medida para impulsionar a economia do país, que favoreceu uma grande “bolha econômica”, constituindo uma das mais graves crises econômico-financeira de toda a História do Brasil.

     

    Com efeito, a escravidão do país havia sido abolida um ano antes, assinada pela Princesa Isabel, filha de Dom Pedro II, dia 13 de maio de 1888, fato que torna evidente a proposta de Rui Barbosa, para acelerar a economia do país, posto que pretendia pagar os trabalhadores que agora eram assalariados, sejam os ex-escravos ou ainda os emigrantes europeus que cada vez mais chegavam no país.

    YOU TUBE: PROF ROGERIO SILVA

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    ROGERIO CONCURSEIRO: MAPAS MENTAIS E QUESTÕES

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  • Rui Barbosa, então Ministro da Fazenda, permitiu que bancos privados emitissem papel-moeda e facilitou o acesso ao crédito como formas de impulsionar a economia. O seu objetivo era a modernização do país (e não o pagamento de indenizações para fazendeiros).

    Os resultados dessas medidas foram desastrosos para a economia brasileira, que passou a enfrentar desvalorização da moeda, aumento na especulação financeira e aumento da inflação.

    Gabarito: Errado

  • Errada, não era essa a finalidade, mas emitir papel moeda e fornecer créditos para industrializar o Brasil e para pagar os novos assalariados, imigrantes ou ex-escravos.

  • errado , ele imprimiu moeda para industrializar; atraves de emprestimos e pagar os assalariados ,imigrantes e ex escravos.

  • Desde quando indenizar??

  • errado , ele imprimiu moeda para industrializar; atraves de emprestimos e pagar os assalariados ,imigrantes e ex escravos.

  • O primeiro presidente do Brasil, quando da proclamação da república, foi o Marechal Deodoro da Fonseca, um dos líderes do movimento que havia derrubado a monarquia em 1889. Para ser o Ministro das Finanças foi escolhido Rui Barbosa, que já havia sido deputado provincial em 1878 e deputado geral de 1878 até 1884. Além disso, Rui Barbosa já era jornalista e brilhante orador. Ao assumir a pasta das Finanças propôs uma reforma econômica e financeira que ficaria na História com o apelido de “ Encilhamento".

    O Encilhamento baseou-se em uma emissão de moeda que desse conta dos salários de trabalhadores livres – o que havia aumentado muito com a abolição da escravidão -  fornecer meio circulante para os negócios e financiar a instalação de indústrias. 

    Em suma, a proposta era de promoção do progresso e solução da crise financeira da jovem república. O projeto foi um fracasso pois gerou efeitos políticos e econômicos negativos: especulação na bolsa de valores, financiamento de empresas fantasma e problemas com São Paulo por não ter permissão de um banco emissionista. Na verdade o que aconteceu foi a emissão descontrolada de papel moeda, gerando crise e inflação. 

    Quanto ao pagamento de indenização a fazendeiros que haviam perdido os escravos, Rui Barbosa era totalmente contra, como havia sido contra a escravidão. Incluso mandou queimar os registros de entrada, compra e venda de escravos. Segundo alguns, para “apagar a mancha da escravidão". Segundo outros, para destruir registros que pudessem ser usados para eventual cálculo de indenizações.

    A afirmativa apresentada da questão está incorreta. E, a bibliografia para o tema seja estudado é bastante vasta. Especial destaque pode ser dado à coleção História Geral do Brasil, com organização de Boris Fausto ( entre outros ) , além de outras do próprio Boris Fausto , “Brasil: uma biografia" de Heloísa Starling e Lilia Schwarcz ou ainda manuais de Ensino Médio como o de Luis Koshiba.
    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501413
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Os militares tiveram, no Brasil, papel fundamental na passagem do Império para a República e, como consequência, os generais Deodoro da Fonseca e Floriano Peixoto presidiram os primeiros governos republicanos brasileiros. Acerca desse período da história brasileira, julgue (C ou E) o item que se segue.


O governo de Floriano Peixoto obteve a simpatia das camadas médias urbanas e estimulou a indústria nacional por meio de auxílio financeiro.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    As políticas públicas no governo de Floriano Peixoto aglutinaram um setor de apoio ao governo denominado de “jacobino”, composto por militares de baixa patente, civis positivistas e parcela da classe média urbana. A adoção do nome “jacobino” era uma alusão à tendência política da Revolução Francesa aderida por republicanos proletarizados. O “jacobinismo florianista” consolidou-se durante as sublevações da Revolta da Armada e foi caracterizado pelo nacionalismo exacerbado e pelo militarismo. Inaugurando ações de cunho paternalista, que ainda marcam nossa cultura política, o novo presidente mandou construir casas, emitiu isenção sobre os impostos cobrados nos alimentos e reduziu o preço dos alugueis. Por meio dessas medidas popularescas, Floriano Peixoto construiu uma imagem de bom governante. Por fim, adotou medidas econômicas protecionistas, visando favorecer e obter apoio da emergente indústria brasileira. Neste sentido, possibilitou empréstimos às indústrias, além de adotar medidas de proteção alfandegária.

  • Por conta desses empréstimos obteve-se uma inflação altíssima 

  • CERTA 

    Fonte: https://atlas.fgv.br/verbetes/floriano-peixoto

    TRECHO: "O quadro econômico-financeiro espelhava a administração como um todo. Não deixou Floriano, praticamente, obra administrativa. Na síntese de José Maria Belo: “O governo, obrigado a defender-se por toda parte, não pode ter nenhum programa. Vive o dia a dia dos expedientes que lhe sugerem os seus improvisados conselheiros ou os seus efêmeros ministros”. Entretanto, ainda que sem seguir um programa, o governo procurou incentivar as ainda incipientes indústrias nacionais, concentradas majoritariamente na capital federal. Nesse sentido, conseguiu aprovar um decreto que concedia auxílios financeiros às empresas.

    Satisfez, também, necessidades prementes de setores urbanos pobres, ao menos da cidade do Rio de Janeiro. O governo federal e a prefeitura da capital, a ele alinhada, adotaram medidas − como a redução dos aluguéis de residências operárias, o barateamento da carne, o combate à especulação altista com gêneros de primeira necessidade e aos cortiços, apelidados de “cabeças de porco” – que os analistas identificam como o elemento que atraiu para a figura de Floriano um setor republicano radical. Constituído por militares, civis positivistas e membros das camadas médias urbanas, esse setor se autoproclamava “jacobino”, numa alusão ao “jacobinismo”, tendência política revolucionária surgida durante a Revolução Francesa, em fins do século XVIII. Os jacobinos brasileiros eram nacionalistas, chegando à xenofobia em relação à colônia portuguesa no país, associada ao monarquismo. E militaristas, vendo nos militares o verdadeiro repositório de patriotismo republicano."

  • Qual incentivo? O prolongamento o encilhamento?

  • Famoso Marechal de Ferro!

  • Em termos políticos Floriano Peixoto agiu de forma autoritária e centralizadora. Os que eram contra sua ascensão ao poder, quando da renúncia de Deodoro da Fonseca, foram perseguidos e neutralizados de forma radical. Quando assumiu, os deodoristas (apoiadores de Deodoro da Fonseca) posicionaram-se contra a posse de Floriano. No meio dessa disputa política, Floriano decidiu substituir os presidentes dos estados, retirando todos aqueles que eram apoiadores de Deodoro.

    O presidente ainda foi duro com 13 generais que assinaram um documento no qual se posicionavam contra Floriano e exigiam a realização de novas eleições.  Autorizou também a prisão de cerca de 50 pessoas que convocaram manifestações contra ele. Muitos desses foram enviados para a região amazônica como punição. Em todas essas ações Floriano contou com o apoio da maioria dos parlamentares, pois muitos acreditavam que o país precisava de um governo “ forte" Mas, durante todo o seu governo enfrentou oposição e revoltas, tais como a Revolta Federalista do Rio Grande do Sul e a Revolta da Armada. No entanto, Floriano adotou medidas econômicas protecionistas, visando favorecer e obter apoio da emergente classe  industrial  brasileira. 

    Dentro desta proposta possibilitou empréstimos às indústrias, além de adotar medidas de proteção alfandegária. Para obter apoio político das classes populares e médias, principalmente dos centros urbanos, adotou medidas visando baixar o preço de alimentos como, por exemplo, da carne bovina e do peixe. Tais medidas eram entendidas como favorecimento da população para sanar os efeitos negativos do Encilhamento – proposta econômica de Rui Barbosa no governo de Deodoro da Fonseca. 

    A afirmativa está correta e há necessidade de estudo do período para que se chegue à resposta . Há, porém, boa bibliografia a respeito como a obra tradicional “ República Velha" de Edgard Carone, e, boas obras de História do Brasil como as de Boris Fausto ou, “Brasil: uma biografia" de Heloísa Starling e Lilia Schwarcz ou ,ainda, manuais de Ensino Médio como o de Luis Koshiba . 
    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2501416
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Primeira República caracterizou-se pelo regime oligárquico e pela economia agroexportadora. Com relação a esses assuntos, julgue (C ou E) o item a seguir.


Na década de 20 do século XX, o movimento tenentista contou com importante participação de oficiais tanto do Exército como da Marinha, tendo apontado os males causados pelo poder excessivo da oligarquia e defendido a descentralização do poder político, além de uma política econômica nacionalista.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    tenentismo foi o nome dado ao movimento político-militar, e à série de rebeliões de jovens oficiais de baixa e média patente do Exército Brasileiro no início da década de 1920 descontentes com a situação política do Brasil. Propunham reformas na estrutura de poder do país, entre as quais se destacam o fim do voto aberto (fim do voto de cabresto), instituição do voto secreto e a reforma na educação pública.

     

    Creio que o erro da questão está relacionada à afirmação: "além de uma política econômica nacionalista", já que o foco do movimento era político e não econômico. 

  • Alternativa ERRADA

    Logo porque, o Tenetismo não teve relação com a politica econômica nacionalista como afirma a questão.

    O Tenetismo foi um movimento formado por jovens do exército, na sua maioria tenetes, que eram contrários às práticas corruptas da República Oligárquica. O propósito do tenentismo era reconquistar o poder perdido com a República Velha, e realizar outras propostas políticas como: o voto secreto, fim da corrupção, Estado mais forte, reforma escolar, independência do Poder Judiciário, entre outras...

  • Nos anos 1920, as oligarquias continuavam fazendo uso das fraudes eleitoras, da corrupção e da violencia para mante-se no poder.  Ao longo republica Velha essa situação opressiva  contribuiu para gerar revoltas no  campo e na cidade  e uma grande  insatisfação social.  Um grupo de militares  canalizou parte da insastifação com as oligarquias e liderou um  movimento conhecido como TENENTISMO.  O nome deve-se ao fato de seus lideres serem  jovens  oficias do exercito (capitões e tenentes) , chamados genericamente de  tenentes.

    O foco do movimento era político e não econômico, e nos meus livros não encontro a informação de que eles eram da Marinha tambem, se eram alguém comenta aí.

    Questão  ERRADA

    A humildade é o primeiro e o ultimo degrau da sabedoria.

     

    PM/MA 2017 

  • Eles lutavam pela CENTRALIZAÇÃO, entre outros fatores, e não pela DESCENTRALIZAÇÃO. #PMMA 2017
  • Gab: Errado.

    O tenentismo tinha ambições de reformas políticas, buscando o fim das práticas corruptas da república oligárquica. Reinvidicavam: o fim do voto de cabresto, fim do voto aberto e início do voto secreto e mudança na educação pública. 

    Não buscava mudanças na economia nacional.

    O movimento perdeu força com o fim da Coluna Prestes em 1927 e com a Revolução de 30, que levou Vargas ao poder (Getúlio conseguiu dividir o movimento, levando nomes importantes para atuar como interventores federais).

  • O poder político já era descentralizado. Não faz sentido falar em "luta pela descerntralização".

     

  • Eles defendiam a centralização do poder e algumas reformas sociais.


    Gabarito: Errado

  • TENENTISMO

    -Antes de 1930: movimento de rebeldia contra a república.

    OBS: o tenentismo não atingiu a cúpula do exército, ficando resumido aos tenentes e capitães. Era sobretudo um movimento do EXÉRCITO. Não teve grande aderência da marinha.

    O tenentismo protestava contra a república e seu sistema oligárquico. Não era antiliberal, mas pregava que o caminho para solucionar os problemas do país não era o “liberalismo autêntico”, baseado na constituição e novo secreto, mas em uma postura mais autoritária.

    Utilizava-se da luta armada.

    OBJETIVO:

    ·         Estabelecer um governo centralizado

    ·         Política vagamente nacionalista

    ·         Via autoritária para a reforma do Estado e da sociedade

    ·         Faziam restrições as eleições diretas e ao sufrágio universal

  • O único erro é a defesa da descentralização (os tenentes defendiam o oposto), o restante do item está correto. De fato havia militares da Marinha que aderiram ao Tenentismo, eles eram nacionalistas e queriam a moralização da República com o fim das oligarquias. 

  • ERROS EM NEGRITO

     

    Na década de 20 do século XX, o movimento tenentista contou com importante participação de oficiais tanto do Exército como da Marinha (O movimento tenentista foi praticamente todo de oficiais de baixa patente do EB) , tendo apontado os males causados pelo poder excessivo da oligarquia e defendido a descentralização (o movimento tinha ímpeto centralizador e de ideologia nacionalista - união nacional) do poder político, além de uma política econômica nacionalista.

     

    GABARITO: ERRADO

  • A oposição dos oficiais militares ao governo no período de 1922 a 1930 se sustentava em reivindicações como o voto secreto, a justiça eleitoral, a não reeleição, etc. Essas requisições eram de caráter anti-oligárquico e se baseavam na idéia de respeito à Constituição. A Coluna Prestes foi um dos episódios mais importantes do movimento tenentista. Ocorreu entre julho de 1924 e março de 1927. A marcha que percorreu vinte e cinco mil quilômetros por quatorze estados brasileiros, reuniu um grupo de oficiais do Exército e da Marinha de Guerra. O objetivo desses militares era derrubar o presidente da República e instituir diversas mudanças na organização política brasileira.

    http://www.historica.arquivoestado.sp.gov.br/materias/anteriores/edicao19/materia03/

  • O movimento tenentista contou com jovens da oficialidade do Exércio Brasileiro. Possuiam um descontentamento com a política café com leite, sendo assim, eram opostos a Oligarquia até então imposta

  • O movimento tenetista defendia o fim do voto do cabresto, mudanças no sistema educacional e mudança no sistema de voto aberto para secreto. Então eram contra a República Velha (República Café com Leite).

  • ERRADO

    fonte: História do Brasil, Boris Fausto, EDUSP, p. 263: "Todos esses fatos precipitaram a eclosão do movimento tenentista, cujas raízes vão muito além deles. O movimento ficou assim conhecido porque teve como suas principais figuras oficiais de nível intermediário do Exército - tenentes em primeiro lugar e capitães. Por aí, já podemos perceber que as revoltas militares que marcaram os anos de 1922 a 1927 não arrastaram a cúpula das Forças Armadas. Apesar de suas queixas, o alto comando militar manteve-se alheio a uma ruptura pelas armas".

  • Movimento político-militar que se desenvolveu durante o período de 1920 a 1935, aproximadamente, sob a liderança dos “tenentes”, nome com que ficaram conhecidos os oficiais revolucionários da época, nem todos verdadeiros tenentes, mas em sua grande maioria oficiais de baixa patente. Constituiu um dos principais agentes históricos responsáveis pelo colapso da República Velha, ou seja, está inserido no processo de crise da sociedade agroexportadora e do Estado oligárquico no Brasil que culminou com a Revolução de 1930.

    Participando do movimento revolucionário aliado às oligarquias não vinculadas ao café e às classes médias, e contando com o apoio difuso das classes populares urbanas, o tenentismo contribuiu para destruir a hegemonia dos cafeicultores, mas não teve condições de permanência na nova estrutura de poder. Sem contar com bases sociais de sustentação, tendo uma visão golpista e militarista do processo revolucionário, e pretendendo implantar reformas econômico-sociais incompatíveis com os interesses agrários dominantes, os tenentes foram alijados do poder pelas oligarquias vitoriosas. Contribuiu para o insucesso do movimento sua escassa coesão interna e a retomada da hierarquia no Exército, imposta pelos oficiais superiores.

  • MOVIMENTO TENENTISTA: queriam a centralização do PODER.

    GABARITO= ERRADO COM FORÇA.

  • "...além de uma política econômica nacionalista." ERRADO

  • Defendiam o voto secreto, o compate à corrupção e um Governo central forte.

    Item errado

  • O Tenentismo foi um movimento que contou com a participação de militares de baixa e média patentes que estavam insatisfeitos com as estruturas políticas então vigentes, como a compra de votos, o voto de cabresto e a organização das oligarquias locais, que eram opressoras nos estados brasileiros.

    Resposta: Errado

  • CENTRALIZAÇÃO...

  • Descentralização = ERRO

    centralização = CERTO

  • Marinha? Não. Apenas Exército.

  • Queriam a CENTRALIZAÇÃO DO PODER

  • CENTRALIZAÇÃO DO PODER


ID
2501419
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Primeira República caracterizou-se pelo regime oligárquico e pela economia agroexportadora. Com relação a esses assuntos, julgue (C ou E) o item a seguir.


O sistema de colonato, adotado pelos fazendeiros do café para a utilização da mão de obra oriunda da imigração, fracassou em virtude da resistência dos imigrantes em submeterem-se a longas jornadas de trabalho e à falta de instrumentos agrícolas adequados.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Colonato, no contexto histórico brasileiro, refere-se ao processo de importação de mão de obra estrangeira, na segunda metade do século XIX e início do século XX. 

    Oriundos de diversos países, os imigrantes que chegaram no Brasil a partir da abolição da escravatura destinaram-se principalmente à atividade rural. Uma das nacionalidades mais presentes em terras brasileiras foi a italiana, que teve o ápice de desembarques entre 1880 e 1930. Fugidos das guerras e da miséria, muitos viram no Brasil um lugar de bom futuro e esperança.
    Os primeiros locais de destino foram nas terras do Sul do país. Agrupados em pequenas colônias quase exclusivamente de italianos, os imigrantes tentavam recriar nas novas terras um pouco da cultura do país de origem ao mesmo tempo que trabalhavam nas lavouras. A principal cultura foi e é até hoje a vitivinicultura.
    Com o sucesso da colonização da região Sul, os donos de terras do Sudeste começaram a atrair os imigrantes para suas plantações, principalmente nas de café de São Paulo. Muitos proprietários pagavam a viagem e o imigrante tinha que se propor a trabalhar nas fazendas para devolver o valor da passagem. As famílias imigrantes assinavam um contrato onde recebiam um adiantamento e em troca, concordavam em cuidar de um determinado número de pés de café. Porém, ao fim do contrato, os colonos, que recebiam um pagamento mínimo, teriam de pagar juros sobre o adiantamento, gerando uma dívida que os prendia às fazendas.
    As colônias, tanto italianas quanto de outras nacionalidades, se espalharam e se consolidaram. Hoje, não mais simples colonos, mas empresários da agricultura familiar, representaram em 2005 cerca de 9% do PIB brasileiro, tendo participação de cerca de 32% do PIB do agronegócio.

  • ERRADO. O sistema de colonato, adotado pelos fazendeiros do café para a utilização da mão de obra oriunda da imigração, fracassou em virtude da resistência dos imigrantes em submeterem-se a longas jornadas de trabalho e à falta de instrumentos agrícolas adequados.

     

    O sistema de colonato teve sucesso, o que fracassou o foi o sistema de parceria:

     

    A imigração iniciou-se no nosso país baseada em um sistema chamado “parceria”, idealizado por um grande fazendeiro, o Senador Vergueiro, na década de 1840. Por esse sistema, o fazendeiro pagava as despesas da viagem do imigrante, fornecia a alimentação a crédito, as ferramentas, alguns pés de café e um lote de terra para que plantasse gêneros de subsistência. Quando os pés de café começavam a produzir o imigrante deveria ressarcir o fazendeiro, pagando-lhe o capital investido com jurus, além de entregar metade de sua produção de café. [...]

     

    Entretanto, o problema mais grave da imigração residia no tratamento dispensado aos imigrantes pelos fazendeiros que, acostumados com a escravidão, tratavam os trabalhadores como se fossem escravos. Por isso tudo, várias revoltas eclodiram, o que aconteceu inclusive na fazenda Ibicaba, de propriedade do idealizador do sistema de parceria.

     

    Fonte: http://mestresdahistoria.blogspot.com.br/2011/04/saiba-mais-sobre-imigracao-para-o.html

  • Gab: Errado.

    O sistema de colonato não fracassou.

    Nele, a remuneração podia ocorrer de duas formas: por tarefa ou por produção. Os imigrantes recebiam pequenos salários. Alem do salário, os imigrantes podiam usar parte das terras para plantar alimentos para o consumo próprio.

  • Com a extinção do tráfico de escravos e a proximidade da abolição da escravatura, os fazendeiros de café, no começo da década de 1880, tiveram de utilizar o trabalho livre do imigrante e o sistema de colonato foi implantado. O sistema não fracassou.

    Gabarito: Errado.

  • O colato não foi um fracasso, foi um modelo inicial que foi progressivamente substituído. Uma das principais frustrações do modelo foi o fato de que, como os contratos eram assinados na Europa,  os fazendeiros muitas vezes recebiam velhos e inválidos em busca de emprego.Com o passar do tempo, o mdelo adotado pelo senador Vergueiro se mostrou mais eficiente: pagava-se os custos de viagem e os contratos eram assinados aqui no Brasil. Esse modelo era chamado de migração subvencionada ( ou parceria, como foi dito por alguém nos comentários ). 

    subvenção

    substantivo feminino

    1.

    ant. ação de socorrer; ajuda, socorro, auxílio.

    2.

    subsídio ou auxílio pecuniário, em geral conferido pelos poderes públicos; incentivo.

     

    A migração subvencioanda ( não imigração ) foi um modelo visível em Médice para com a Amazônia. 

    Forte abraço.

  • Se foi um sucesso porque não continuou?

    Questão deveria ter troca de gabarito

  • ERRADO. A questão confunde o sistema de colonato com o sistema de parceria. Conforme João Antônio de Paula, no vol 2 do História do Brasil Nação, p. 200: 

    "Ao longo do século XIX, a política imigrantista do Brasil assumiu três modalidades básicas:a política de núcleos coloniais, financiada pelo governo imperial e baseada na distriuição de lotes que seriam explorados pelo trabalho familiar; b) a política de colônias de parceria, financiada por particulares com ônus para os imigrantes; c) a política da subvenção, sob a responsabilidade dos governos provinciais e imperial, que subsidiavam parcialmente os custos da vinda de imigrantes e que foi a que prevaleceu."

     

  • Não confundir sistema de colonato com sistema de parceria

  • O sistema que submeteu os imigrantes a longas jornadas de trabalho e à falta de instrumentos agrícolas adequados foi o sistema de parceria. Esse, sim, fracassou. Esse sistema foi implementado inicialmente na década de 1850, logo após a proibição do tráfico de escravos, e era baseado na concessão, por parte do imigrante, de uma parte da colheita ao proprietário.

    O sistema de colonato, que foi financiada pelo governo imperial e era baseado na distribuição de lotes de terra que seriam explorados pelo trabalho familiar, teve sucesso.

    Esse sistema foi empregado principalmente nas primeiras décadas da Primeira República e previa um sistema de remuneração misto, já que o imigrante recebia um salário fixo e mais uma parcela da renda obtida com a venda da produção.

    Resposta: Errado

  • Antes mesmo da abolição do tráfico negreiro, a pressão inglesa a favor da abolição, a ação interna dos abolicionistas, a fuga constante dos cativos e o aprisionamento de navios negreiros aumentou sobremaneira o preço do braço cativo africano. Começa a haver, então, a busca por imigrantes europeus para trabalharem nas lavouras do café.

    A maior iniciativa, dentro do sistema de parceria, foi do senador Nicolau dos Santos Vergueiro. Ele financiou a vinda de suíços, alemães e italianos, principalmente para o trabalho em sua fazenda. O trabalho em parceria e o posterior colonato – mais utilizado quando o sistema de parceria não deu grandes resultados a longo prazo, não foram bem sucedidos como se esperava.

    Por que o sistema não funcionou?
    1- Em primeiro lugar os trabalhadores ficavam endividados com os proprietários pois tinha que comprar instrumentos de trabalho e itens de primeira necessidade em “vendas" dentro das fazendas. Normalmente a altos preços. Somando-se a isso o preço da passagem de vinda da Europa que tinham que pagar, pouco ou nada lhes sobrava. Não conseguiam, então, libertar-se do grande proprietário.

    2- A Lei de Terras de 1850 rezava que as terras devolutas deveriam ser vendidas e não doadas. A possibilidade de um imigrante tornar-se proprietário era difícil.

    3- As condições de trabalho oferecidas pelos proprietários eram bem ruins. Habituados a lidar com escravos, as casas cedidas aos europeus nada tinham.

    4- Acostumados com a exploração dos escravos, muitos cafeicultores impuseram condições de trabalho desvantajosas aos colonos.

    Então percebe-se que a questão não foi a resistência do imigrante ao trabalho difícil e sim as péssimas condições oferecidas. A situação chegou a tal ponto que governos europeus – como o da Suíça - passaram a não permitir a vinda de seus nacionais para o Brasil.  A afirmativa, portanto, está incorreta

    RESPOSTA: ERRADA
  • GABARITO= ERRADO

    IMIGRAÇÃO ASSALARIA= em certa parte deu certo.

  • O sistema que submeteu os imigrantes a longas jornadas de trabalho e à falta de instrumentos agrícolas adequados foi o sistema de parceria. Esse, sim, fracassou. Esse sistema foi implementado inicialmente na década de 1850, logo após a proibição do tráfico de escravos, e era baseado na concessão, por parte do imigrante, de uma parte da colheita ao proprietário.

    O sistema de colonato, que foi financiada pelo governo imperial e era baseado na distribuição de lotes de terra que seriam explorados pelo trabalho familiar, teve sucesso.

    Esse sistema foi empregado principalmente nas primeiras décadas da Primeira República e previa um sistema de remuneração misto, já que o imigrante recebia um salário fixo e mais uma parcela da renda obtida com a venda da produção.

    Resposta: Errado

  • essa daqui, ate quem assistia novela acertou!!!

  • novela terra nostra


ID
2501422
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Primeira República caracterizou-se pelo regime oligárquico e pela economia agroexportadora. Com relação a esses assuntos, julgue (C ou E) o item a seguir.


No governo de Epitácio Pessoa, a valorização do preço internacional do café, com o consequente ingresso de grande quantidade de moeda forte, desvalorizou o câmbio e causou inflação.

Alternativas
Comentários
  • O mandato de Epitácio Pessoa que aumentou a emissão de papel moeda e obteve empréstimos da Inglaterra para debelar o impacto da crise econômica internacional de 1920 nesse mercado. Entre os anos de 1922 e 1923, o mercado do café recuperou-se devido à proibição de bebidas alcóolicas no Estados Unidos da América, aumentando o consumo do produto brasileiro nesse país.

  • Gab: Errado.

    Ele continuou a defesa do setor cafeicultor, aumentando a emissão de papel moeda e por empréstimos da Inglaterra

  • Onde está o erro? Não houve a valorização do café, chamada terceira valorização? A emissão de papel moeda não causa inflação? Não houve desvalorização do câmbio?

  • Errado, o café estava desvalorizado no mercado internacional devido ao aumento da produção e excendentes gerados.

  • Ele promoveu a defesa do setor cafeicultor por meio de intervenção estatal, basicamente, emissão de papel moeda e aumento da oferta de crédito. Acredito que o erro da questão esteja na incompatibilidade da afirmativa " ingresso de grande quantidade de moeda FORTE, desvalorizou o câmbio".  

  • Fácil : se entrou moeda forte não tem como desvalorizar moeda nacional alguma, somente valorizar. Se estivesse escrito valorizar, tal fato seria verdadeiro, pois foi caracterísitca desse período economico favorável fruto dos ajustes ortodoxos de Campos Sales.

    Forte Abraço.

  • entrou moeda forte, valoriza moeda nacional.

  • Dá pra matar a questão com conhecimento de economia

  • Economia no governo de Epitácio Pessoa (1919 a 1922)

     

    No campo econômico, o Presidente, de início, mostrou-se contrário ao protecionismo alfandegário, às facilidades de crédito e às emissões de papel-moeda. Na realidade, Epitácio Pessoa pretendia reduzir as despesas públicas e realizar uma administração financeira marcada pela austeridade. No entanto, a queda das exportações brasileiras e dos preços mundiais do café obrigaram Epitácio Pessoa a intervir na defesa do nosso principal produto, realizando empréstimos internacionais no valor de 9 milhões de libras esterlinas, com os quais adquiriu consideráveis estoques de café, retendo-os nos portos nacionais de embarque.

     

    Fonte: https://www.educabras.com/ensino_medio/materia/historia/historia_do_brasil/aulas/o_governo_de_epitacio_pessoa

  • Lembrem-se o que tem demais é desvalorizado, na época a produção de café estava alta e acarretou problemas de excesso de produção

  • ERRADO. Lembrei que o Epitácio Pessoa assumiu após o fim da Primeira Guerra Mundial, que fez reduzir a demanda internacional do preço de café; logo, o preço do café estava desvalorizado no mercado internacional (demanda menor, sobra produto, reduz o preço).

  • Pessoal, tem muita gente postando informações erradas aqui. O erro da questão está apenas em dizer que houve desvalorização do câmbio. Se entrou moeda forte, houve valorização. No governo Epitácio Pessoas, que durou entre 1919 a 1922, ocorreu valorização do câmbio na primeira metade do mandato e desvalorização na segunda metade.

     

    Logo após o fim da guerra, há um período de crescimento da economia mundial. Isso levou ao aumento das exportações brasileiras, que também estavam reprimidas em razão da guerra. Ademais, houve aumento do preço do café em razão da geada de 1918, que diminui a safra. Em 1920, os produtores conseguiram vender os estoques de café, com lucros, do 2º Plano de Valorização do Café, de 1917. Tudo isso levou à entrada de divisas e à valorização do mil-réis.

     

    O momento de virada ocorreu no terceiro trimestre de 1920. Como a teoria clássica não via relação entre inflação e crescimento, a política econômica mundial é, em larga medida, contracionista, visando a combater a inflação gerada pela recuperação econômica do pós-guerra. Isso leva à forte queda do preço do café e à diminuição das exportações brasileiras.

     

    Além disso, com o retorno à normalidade da produção europeia, a situação da balança comercial brasileira inverteu-se, pois o país começou a importar artigos de luxo cuja importação não ocorria desde o início da guerra. O déficit no balanço de pagamentos gera desvalorização da moeda nacional, pois o câmbio era flutuante desde a quebra da caixa de conversão em 1914. Isso acentuou a queda de receita dos agricultores em moeda externa, levando à queda de arrecadação sobre importados. No entanto, os gastos se mantém, financiados com emissionismo monetário e gerando inflação.

     

    Pra terminar, também houve aumento da oferta de café, devido ao fim do 2º Plano de Valorização do Café na mesma época. 

     

    O resultado de tudo isso foi o 3º Plano de Valorização do Café, de 1921. 

  • Consequente ingresso de grande quantidade de moeda forte, desvalorizou o câmbio.

    PRONTO.

    GABARITO= ERRADO

  • Para acertar esta questão o aluno nem precisa saber o que aconteceu em cada mandato presidencial durante o Ciclo do Café.

    Ora, a questão afirma que o ingresso de grande quantidade de moeda forte desvalorizou o câmbio.

    No mundo real, porém, o ingresso de grande quantidade de moeda forte faz é VALORIZAR o câmbio de determinado país.

    Resposta: Errado

  • ERRADO. No governo de Epitácio Pessoa, a valorização do preço internacional do café, com o consequente ingresso de grande quantidade de moeda forte, desvalorizou o câmbio e causou inflação.

    Complementando os comentários dos colegas:

    1) a valorização do preço internacional do café: Em 1920, houve desvalorização do P do café. Tanto que Epitácio Pessoa promoveu o 3º Plano de Defesa do Café baseado em empréstimos externos.

    2) ingresso de grande quantidade de moeda forte: Houve inflexão europeia na metade de 1920, e retração do crescimento econômico no Brasil. Ou seja, não houve ingresso de grande quantidade de moeda forte.

    3) desvalorizou o câmbio e causou inflação: por fim, não faz sentido tem desvalorizado o câmbio e causado inflação.

    Fonte: apostila do Eliezer (professor de economia para o CACD).

    Bons estudos!


ID
2501425
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A Primeira República caracterizou-se pelo regime oligárquico e pela economia agroexportadora. Com relação a esses assuntos, julgue (C ou E) o item a seguir.


Embora os chamados coronéis constituíssem um grupo importante para a sustentação do sistema oligárquico, seus interesses concorriam com os de outros atores políticos cuja participação na condução do governo da Primeira República era também significativa.

Alternativas
Comentários
  • Outro ator importante eram os militares, o "poder desestabilizador" segundo o historiador José Murilo de Carvalho. Por exemplo, de 1910 - 14, no governo de Marechal Hermes da Fonseca, teve-se o "salvacionismo", um movimento que foi contra o sistema de poder das oligarquias.

  • CERTO.

    PM/MA 2017

     

  • Gab: Certo

    O poder dos coronéis interferia na vida política das cidades por eles controladas, criando os famosos currais eleitorais e também no chamado Voto de Cabresto (símbolo do Coronelismo).

     

    Com o avanço social, o regime de Coronelismo declina (ou seja, com o êxodo rural e fortalecimento das estruturas urbanas). O centro do poder político sai das mãos dos fazendeiros e cai nas mãos dos industriais e partidos que representam o proletariado urbano.


    Os meios de comunicação de massa (rádio inicialmente, e depois a TV) também ajudam a coibir as práticas coronelistas.

  • ·         Na República Oligárquica, a política era regida segundo o interesse “de poucos”. Em São Paulo, o setor cafeeiro. Em Minas Gerais, dos políticos profissionais. No nordeste, dos coronéis. No Rio Grande do Sul, dos militares.

  • Segundo Boris Fausto, apesar de sua influência significativa, os coronéis não dominaram a cena política da Primeira República. Dependiam dos Estados para manter seu poder, além do que havia outros grupos com papel significativo na condução da política.

  • Dá pra matar esse tipo de questão por causa da generalização. Nunca há somente um ator. A sociedade brasileira é complexa. Ele quer saber se você superou as aulas de história do fundamental, em que os tios ensinavam sobre os coronéis malvados, que dominavam tudo e eram os únicos culpados. Sempre pense em uma sociedade dinâmica, complexa, não dicotomizada, mesmo se você não souber exatamente os fatos (dica para outras questões)

  • tudo depende no Brasil, vai haver sempre alguém que é contra uma oposição então sempre ira haver concorrência de interesses.


    gabarito: certo

  • Dentre estes outros atores que queria ver os seus interesses sendo atendido podemos citar os industriais, os militares e o proletariado urbano.

    É inclusive a força desses outros segmentos sociais que contribuíram para o fim da República Oligárquica, em 1930.

    Resposta: Certo

  • "O sistema do colonato veio para substituir a experiência fracassada da parceria. Os colonos, ou seja, a família dos trabalhadores imigrantes, se responsabilizavam pelo trato do cafezal e pela colheita, recebendo basicamente dois pagamentos em dinheiro (...) O fazendeiro fornecia moradia e cedia pequenas parcelas de terra, onde os colonos podiam produzir gêneros alimentícios. O colonato era distinto da parceria porque, entre outras características, não existia divisão de lucros da venda do café. (...) O colonato estabilizou as relações de trabalho, o que não quer dizer que os problemas entre colonos e fazendeiros terminaram (...) Mas, como um todo, a oferta de mão de obra imigrante e as possibilidades relativas de ganho abertas pelo colonato garantiram a produção cafeeira e a relativa estabilidade das relações de trabalho na cafeicultura."

    Historia do Brasil, Boris Fausto. p. 243 e 244.

  • Sempre que analisamos o conteúdo político da Primeira República no Brasil fica clara a hegemonia política dos chamados “coronéis", os grandes proprietários de terra. A origem da força política dos proprietários de terra é longínqua. Remonta ao início da colonização portuguesa no Brasil. Mas, é possível afirmar que há dois elementos importantes que reforçam esta situação, desde o século XIX, durante o período monárquico

    O primeiro elemento é a Lei de Terras de 1850, que estabelece que o acesso a terras devolutas só seria feito através da compra. Tal lei reforça a grande propriedade. Imigrantes ou ex- escravos não teriam, portanto, condições de acesso à terra. Não há um mecanismo de estímulo à pequena e média propriedades.

    Em segundo lugar, o Brasil continua tendo uma estrutura econômica essencialmente agroexportadora. A exportação de produtos primários (no caso agrícolas) só é lucrativa se for feita em grandes quantidades. Desta forma justifica-se a estrutura latifundiária e monocultora. O lucrativo comércio exportador do café, do cacau, do açúcar e do algodão garantiam os ganhos e a força política dos coronéis.

    No entanto, os coronéis pouco saíam de suas fazendas e de seus municípios, onde tinham as bases de seu poder. Quem os representava nas esferas políticas? Eram os bacharéis. Médicos, advogados, professores que, muitas vezes, haviam estudado às custas dos proprietários. Ingressavam na vida política para defender os interesses de seus padrinhos. Havia ainda grupos sociais urbanos, como comerciantes por exemplo, cujas atividades em muito dependiam do movimento trazido pela importação e exportação dos chamados “ produtos-rei" da economia.

    A partir da década de 1910 há um esforço industrializante, primordialmente em SP. Nascem novos grupos sociais que, no entanto, ainda têm uma ligação estrutural com os coronéis. A infraestrutura da indústria nasce da exportação do café (estradas de ferro, bancos). Os empresários são familiares dos grandes proprietários e, o capital para o financiamento da indústria advém da exportação.

    Portanto, a afirmativa apresenta uma ideia de História correta.

    RESPOSTA : CERTO
  • Dentre estes outros atores que queria ver os seus interesses sendo atendido podemos citar os industriais, os militares e o proletariado urbano.

    É inclusive a força desses outros segmentos sociais que contribuíram para o fim da República Oligárquica, em 1930.

    Resposta: Certo

  • Podemos citar Vargas...

  • FAZIAM EM TROCA DE CARGOS.


ID
2501428
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A chamada Revolução de 30 levou ao poder Getúlio Vargas, cujo governo, caracterizado por importantes acontecimentos políticos e econômicos, se estendeu até 1945. A esse respeito, julgue (C ou E) o item subsecutivo.


No período entre 1930 e 1937, a política econômico-financeira do governo Vargas procurou atender a interesses de diversos setores, incluindo-se os agrários.

Alternativas
Comentários
  • Os comentários da questão estão sendo bem produtivos... 

  • Nesse periodo o brasil mudou bastante ; a industriallização avançou e as cidades cresceram; o Estado se fortaleceu, interveio na economia e  procurou estabelecer uma nova relaçao com os trabalhadores urbanos, também  vargas procurou atender a interesses de diversos setores, incluindo-se os agrários.

    PM/MA 2017

  • Gab: Certo

    A crise de 29 afetou profundamente a economia brasileira, puxada pela despencada do preço do café entre 29 e 31, levando a uma queda na capacidade de importar e das receitas fiscais do páis, além de ameaçar levar a cafeicultura á falência. também havia a interrupção dos fluxos financeiros internacionais, que invibializavam o financiamento da dívida externa dos governos.

    Para preservar as poucas reservas em moeda forte que o Brasil tinha em caixa, o governo Vargas impôs um rígido controle sobre o câmbio e passou a administrar com rigor as remessas de lucro por empresas estrangeiras. Na tentativa desesperada de compensar os cafeicultores, o governo Vargas aumentou as compras dos excedentes de café durante praticamente toda a década de 30.

     

  • Contribuindo...

    Vargas para combater a crise de 1929 apoiou o dinamismo da indústria sem deixar de lado a cafeicultura. (obs.: não sei se Vargas comprava excedentes. Acredito que ele queimava excedentes)

     

     Ele, como bom político, sabia da importância dos paulistas e a importância do café para a economia.

     

    Criou o Conselho Nacional do Café e a Política de Defesa do Café, o que permitiu  recuperação da economia interna. Com esse melhora, a procura por produtos industrializados aumenta. Logo, sem o fornecimento dos países que estão em crise, há a chamada Industrialização por Substituição de Importação.

     

    Um ciclo....

  • Os comentários de Lucas e Danielle são os que melhor respondem à questão. Acrescento apenas uma pequena dica: quando a questão menciona a conciliação de interesses diversos logo recordo de uma das principais características do populismo da época que era a mediação entre diferentes classes. Para ser fazer do Estado um mediador acima de classes ele adotou políticas que já não favoreciam apenas a oligarquia do café mas tinham em vista a emergente classe operária, a classe média urbana e a emergente burguesia nacional.
  • Devido ao escritos de Furtado, em seu clássico Formação Econômica do Brasil, de 1959, Vargas, a partir de 1930, com a Crise de 1929, ao tomar medidas de desvalorização cambial e de expansão monetária, acabou, ao antecipar os escritos de J. M. Keynes, de 1936, fomentando a industralização brasileira, apesar de sua intenção, em realidade, ser salvar a economia cafeicultora, dos quais foram comprados excedentes de café, para que houvesse, no mercado internacional, a manutenção dos preços do produto. Desse modo, o líder do então estado provisório acabou por atender aos interesses tanto dos cafeicultores, alinhados à economia ricardiana, clássica, quanto da nascente indústria nacional, que beneficiar-se-ia, em tese, do fechamento do mercado com o exterior. 

  • CERTO.

    Apesar de Getúlio Vargas ter sido um dos primeiros presidentes do Brasil a incentivar a industrialização do país, ele ainda assim manteve os investimentos no setor agrícola, visto esse ser, no período, a principal fonte de exportação brasileira (além de servir para abastecer o mercado interno). 

     

     

  • Pode-se lembrar a criação do Departamento Nacional do Café em substituição ao Conselho Nacional do Café como exemplo.

  • Getúlio Vargas, a fim de conseguir amplo apoio, estimulou tanto o dinamismo industrial quanto a atividade dos cafeicultores. Sob seu governo, por exemplo, foram criados o Conselho Nacional do Café e a Política de Defesa do Café.

    Gabarito CERTO

  • odeio questões assim! PQP! Vargas sequer fez reformas agrárias ou coisa do tipo! se vc pensar demais vc erra por bobagem!

  • Getúlio Vargas, a fim de conseguir amplo apoio, estimulou tanto o dinamismo industrial quanto a atividade dos cafeicultores. Sob seu governo, por exemplo, foram criados o Conselho Nacional do Café e a Política de Defesa do Café.

    Gabarito CERTO

  • Os efeitos da crise de 1929 chegam à tona em 1931. O café foi perdendo gradativamente seu valor, por isso: Vargas Incentivou à diversificação de culturas na agricultura, para diminuir a dependência da economia brasileira do café.

    Gabarito: Certo

  • ELE COMPROU TODO O CAFÉ DOS PRODUTORES ,ASSIM BENEFICIANDO A CLASSE, JÁ QUE ESTAVA TENDO A CRISE DO CAFÉ + DESVALORIZAÇÃO.

  • O movimento de 1930 , apesar de ter uma aparência de revolução radical na verdade não o foi. Significou, ao menos nos primeiros anos, um reordenamento oligárquico. São Paulo e Minas Gerais havia dominado a esfera federal durante o período conhecido como República Velha. 

    Com as sucessivas crises da produção e exportação do café, as oligarquias cafeicultoras paulista e mineira não tem condição de construir obstáculos à ascensão política de grupos dominantes de outros estados da federação – como o Rio Grande do Sul – que ainda podemos entender como oligarquias. Embora Vargas, ao subir ao poder, tivesse um projeto industrializante, não era possível abandonar a proteção à agricultura de exportação, fundamental para a entrada de divisas necessárias ao financiamento do crescimento industrial. 

    O trabalho de Boris Fausto sobre o movimento de 1930 e sua publicação História Concisa do Brasil explicitam bastante bem a conjuntura de época e as estruturas brasileiras. Assim é possível concluir que a afirmativa apresentada está correta 

    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2501431
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A chamada Revolução de 30 levou ao poder Getúlio Vargas, cujo governo, caracterizado por importantes acontecimentos políticos e econômicos, se estendeu até 1945. A esse respeito, julgue (C ou E) o item subsecutivo.


Em 1932, o levante armado de São Paulo contra Getúlio Vargas reuniu forças políticas que esperavam o retorno das formas oligárquicas de poder, bem como aquelas que reivindicavam uma democracia liberal para o país.

Alternativas
Comentários
  • Ao impor interventores, GV desagradou as elites estaduas. A nomeação do tenente João Alberto para SP, por exemplo, gerou forte ressentimento entre as elites paulistas. Estas então se uniram para formar uma FRENTE ÚNICA PAULISTA,  que exigia uma nova Constituição para o Brasil e a nomeação e um interventor civil e paulista para o governo de SP. Pressionado, G.V atendeu os paulistas, parcialmente, nomeando Pedro de Toledo para o governo de SP. Apesar disso, os paulistas  visando aumentar sua participação no poder, continuavam se  opondo a Vargas. CERTO. 

    PM/MA  2017

  • A Revolução Constitucionalista de 1932 representa o inconformismo de São Paulo em relação à ditadura de Getúlio Vargas. Podemos dizer que o Brasil teve quase uma guerra civil.
    Uma das principais causas do conflito foi a ruptura da política do café-com-leite - alternância de poder entre as elites de Minas Gerais e São Paulo, que caracterizou a República Velha (1889-1930). Sem poder, a classe dominante de São Paulo passou a exigir do governo federal maior participação.
    Como resposta, Getúlio Vargas não apenas se negou a dividir poder com os paulistas como ameaçou reduzir seu poder dentro do próprio Estado de São Paulo, com a nomeação de um interventor não paulista para governar o Estado. Os paulistas não aceitaram as arbitrariedades de Getúlio Vargas, o que levou ao conflito que opôs São Paulo ao resto do país.

     

    Fonte: https://educacao.uol.com.br/disciplinas/historia-brasil/revolucao-constitucionalista-de-1932-2-movimento-foi-contra-getulio-vargas.htm

     

    Gab: CERTO

  • Contribuindo...

     

    Em São Paulo, o Partido Democrático (aquelas que reivindicavam uma democracia liberal para o país) e o Partido Republicano (forças políticas que esperavam o retorno das formas oligárquicas de poder) se unem em uma frente única contra Vargas.

     

    Motivo? A perda da autonomia, já que Vargas centraliza o poder, acaba com o federalismo e intervém com o uso de interventores.

  • O texto refere-se à Frente Única Paulista (FUP), que foi a união do Partido Republicano Paulista (PRP)  com o Partido Democrático de São Paulo (PD), com o objetivo de enfrentar o governo provisório.

    Correto.

     

  • A famosa Revolução Constitucionalista Paulista de 1932.

  • O Partido Democrático Paulista, que ansiava por uma democracia liberal, e o Partido Republicano Paulista, que articulava pelo retorno das formas oligárquicas de poder, uniram-se em São Paulo por meio da Frente Única Paulista (FUP) para derrotar Vargas.

    Gabarito: Correto.

  • Em 1932, o levante armado de São Paulo contra Getúlio Vargas reuniu forças políticas que esperavam o retorno das formas oligárquicas de poder...

    Não entendi essa parte?!!!!!!!!

    Eu tinha conhecimento que a população queria uma nova República, mas o Retorno da Oligárquica está certo isso? Alguém sabe?

  • "A 'guerra paulista' teve um lado voltado para o passado e outro para o futuro. A bandeira da constitucionalização abrigou tanto os que esperavam retroceder às formas oligárquicas de poder como os que pretendiam estabelecer uma democracia liberal no país."

    História do Brasil, Boris Fausto. 2ª reimpressão, 2015. p.299

  • Chamada de Revolução Constitucionalista. Ocorreu em São Paulo, na qual vários policiais aderiram a revolução. Eles estavam insatisfeitos com o interventor nomeado por Vargas, queriam um paulista CIVIL e que fosse criada uma constituição.

    Militarmente eles foram derrotados, mas politicamente ascenderam. Foi cedido por Vargas um paulista CIVIL e determinada uma assembleia para a nova Constituição, em 1934.

  • O Movimento de 1932 ficou circunscrito ao estado de São Paulo embora tenha se estendido até a divisa com o estado de Minas Gerais. O motivo mais claro foi o autoritarismo de Vargas, que governava como presidente provisório. A constituição de 1891 havia sido anulada, governadores de estados foram retirados do poder e substituídos por interventores federais – civis ou militares - indicados por Vargas.


    Os paulistas, do estado mais rico e importante da federação, viram na escolha dos interventores uma interferência da presidência nos estados. A autonomia estava em risco, pois os governantes não eram escolhidos pelos seus políticos, mas sim pelo chefe do Governo Provisório – Vargas - que começou a fazer isso desde 1931, nomeando interventores militares (ou ligados aos militares).


    Euclydes de Figueiredo, participante do movimento de 1932, escreveu em seu livro, “Contribuição para história da Revolução Constitucionalista de 1932", que, até o início do confronto, São Paulo contava com o apoio e o envio de tropas de Mato Grosso e Rio Grande do Sul, estados que também demonstravam insatisfações com o autoritarismo de Vargas. No entanto, quando o combate começou ambos optaram pelo lado do governo Vargas, abandonando os paulistas. O governo de Minas Gerais também apoiava a luta em defesa da elaboração de uma Constituição, mas preferiu ficar do lado de Getúlio Vargas. A suspeita de que os paulistas estavam lutando pela independência do estado diminuiu o apoio de outros estados brasileiros ao movimento de 32.


    Os revolucionários organizaram uma intensa campanha publicitária pedindo apoio da população para que o conflito obtivesse sucesso. Os jovens foram convocados para lutarem nos campos de batalha, industriais suspenderam suas produções e iniciaram a fabricação de armamentos para o confronto. Para financiar os soldados paulistas foi criada a “Campanha do Ouro para o Bem de São Paulo", pela qual a população era convocada a doar seus objetos de valor em prol da causa constitucionalista. Foram forças diversas que atuaram em São Paulo : oligarquias descontentes com o comprometimento de sua autonomia, tipos sociais ligados à ideais liberais ou ainda ativistas democráticos.


    A afirmativa está correta. Além de publicações de História do Brasil , como Brasil: uma biografia ( Lilia Schwarcz e Heloísa Sterling) , Uma história concisa do Brasil (Boris Fausto) há publicações específicas sobre a Revolução Constitucionalista, tais como “1932: São Paulo em chamas: Como a revolução constitucionalista conquistou corações de estudantes, trabalhadores, donas de casa, empresários e quase derrubou Getúlio Vargas" de Luiz Octávio de Lima. Porém, a bibliografia fornecida pelo Instituto Rio Branco é , via de regra, bastante completa


    Gabarito do Professor: CERTO.

ID
2501434
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A chamada Revolução de 30 levou ao poder Getúlio Vargas, cujo governo, caracterizado por importantes acontecimentos políticos e econômicos, se estendeu até 1945. A esse respeito, julgue (C ou E) o item subsecutivo.


Conforme determinava a Constituição promulgada em 1934, Getúlio Vargas foi eleito presidente da República, nesse ano, por voto direto, tendo recebido o apoio de líderes sindicais e de elites regionais.

Alternativas
Comentários
  • Vargas foi eleito pelo voto direto apenas em 1950, foi o presidente mais votado, com vice presidente CAFÉ FILHO.

  • eleição presidencial brasileira de 1934 foi a décima-terceira eleição presidencial e a segunda indireta do país. No dia 3 de maio de 1933 foram eleitos os deputados para a Assembleia Nacional Constituinte, e após a votação final da nova constituição, os deputados reelegeram (indiretamente) Getúlio Vargas à Presidência da República em 17 de julho. A Constituição previa uma nova eleição presidencial em 1938 sendo ela direta, no entanto, ela não chegou a ser realizada, em virtude do golpede 10 de novembro de 1937, que implantou o Estado Novo, que ficou conhecido como uma fase autoritária do governo de Getúlio Vargas que durou até 29 de outubro de 1945, com a deposição do presidente.

     

    PMMA

    Força e honra!

  • MAIOR GALERA -- PM-MA--  2017-2018

    Conforme determinava a Constituição promulgada em 1934, Getúlio Vargas foi eleito presidente da República, nesse ano, por voto INDIRETO.

    SALMOS 34-7

  • O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra.

    Salmos 34:7

    Fiquei curioso e estou compartilhando huehue

  • História política de Vargas
    1930 --> Revolução
    1934 --> Eleito por voto INDIRETO.
    1937 --> Golpe
    1950 --> Eleito por voto direto

  • Foi eleito por voto INDIRETO. 

  • Conforme determinava a Constituição promulgada em 1934, Getúlio Vargas foi eleito presidente da República, nesse ano, por voto direto, tendo recebido o apoio de líderes sindicais e de elites regionais.

    Por voto INDIRETO.

  • Nesta eleição, Getúlio Vargas foi eleito indiretamente pelos Deputados da Assembleia Constituinte.

    Gabarito ERRADO

  • Nesta eleição, Getúlio Vargas foi eleito indiretamente pelos Deputados da Assembleia Constituinte.

    Gabarito ERRADO

  • Indiretamente

  • Bizu passado pela colega "Dafne":

    História política de Vargas

    1930 --> Revolução

    1934 --> Eleito por voto INDIRETO.

    1937 --> Golpe

    1950 --> Eleito por voto direto

  • gabarito errado.

    1934 foram eleições indiretas!!

  • Voto indireto.

  • De 1930 a 1945, Vargas só foi eleito indiretamente.

    Em 1950, ele foi eleito diretamente.

  • PARA GOVERNADOR E DEPUTADOS - DIRETA

    PRESIDENTE INDIRETA

  • O movimento de 1930 , apesar de ter uma aparência de revolução radical, na verdade não o foi. Significou, ao menos nos primeiros anos, um reordenamento oligárquico. São Paulo e Minas Gerais havia dominado a esfera federal durante o período conhecido como República Velha. 

    Após 1930 abre-se espaço para outros grupos entre as oligarquias, muitas vezes apoiadas por camadas médias e populares. Vargas assume o poder como presidente provisório. É um dos líderes do movimento de 1930 e por isso assume a presidência como representante das forças políticas que atuaram no movimento de 1930 e que levaram à renúncia de Washington Luís. Assim seria até a elaboração de uma nova constituição e convocação de eleições. 

    Este “provisório" durou até 1934. Em 1933 há modificação do código eleitoral e são feitas eleições para a Assembleia Nacional Constituinte. Ao término dos trabalhos de elaboração da nova constituição, a assembleia elege Vargas para a presidência da república. Foi uma eleição indireta. A constituição previa eleições diretas em 1938, o que não aconteceu por conta do golpe de Vargas em 1937.

    É então possível concluir que a afirmativa está incorreta.
    Há necessidade de estudo específico para responder a questão mas a bibliografia, acadêmica e para a Escola Básica é variada. O trabalho de Boris Fausto sobre o movimento de 1930 e sua publicação História Concisa do Brasil explicitam bastante bem a conjuntura de época e as estruturas brasileiras. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • Em 1934, VARGAS foi eleito indiretamente pelo Congresso, concorrendo contra BORGES DE MEDEIROS e GOES MONTEIRO.


ID
2501437
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A chamada Revolução de 30 levou ao poder Getúlio Vargas, cujo governo, caracterizado por importantes acontecimentos políticos e econômicos, se estendeu até 1945. A esse respeito, julgue (C ou E) o item subsecutivo.


A descoberta do plano Cohen, com provas de que os integralistas pretendiam tomar o poder por meio de um golpe de Estado e alinhar o Brasil ao fascismo italiano, foi a justificativa empregada por Vargas para a instalação da ditadura do Estado Novo, em 1937.

Alternativas
Comentários
  • Em setembro de 1937, o governo divulgou a existência de um falso plano comunista para assumir o poder no Brasil - o “Cohen”. Isso foi usado por Getúlio como pretexto para dar o golpe, que ocorreu em novembro de 1937.

    Gab: ERRADO

  • Questão ERRADA

    O erro da questão está em dizer: alinhar o Brasil ao fascismo italiano.

    O Plano Cohen foi um falso plano que foi habilmente usado para manipular a opinião pública de forma que um golpe COMUNISTA parecesse próximo. Nesse pretexto, Getúlio Vargas instala uma ditadura, chamada ESTADO NOVO, dizendo-o que iria salvar o Brasil da ameaça Comunista.

  • Gab: Errado

     

    O Plano Cohen foi um documento revelado pelo governo brasileiro onde continha um suposto plano para a tomada do poder pelos comunistas.

    Como a autenticidade do documento apresentado como prova do plano comunista não foi questionada, Getúlio Vargas solicitou ao Congresso Nacional a decretação do Estado de Guerra, e, em seguida, usando dos poderes que esse instrumento lhe atribuía, deu início a uma intensa perseguição aos comunistas e também a opositores políticos. No dia 10 de novembro, a ditadura do Estado Novo foi implantada.

    Algumas semanas depois, com o apoio de várias lideranças nacionais, com as quais havia se aliado desde a revelação do Plano Cohen, Getúlio autorizou o Exército a cercar o Congresso Nacional, no Rio de Janeiro. À noite, em pronunciamento ao país, o presidente anunciou a outorga da nova Constituição.

    Não havia relação com o fascismo.

  • "A descoberta do plano Cohen, com provas de que os integralistas pretendiam tomar o poder por meio de um golpe de Estado e alinhar o Brasil ao fascismo italiano, foi a justificativa empregada por Vargas para a instalação da ditadura do Estado Novo, em 1937."

    - Gab: Errado

     

    Plano Cohen consistiu em um documento forjado pelo general Olímpio Mourão Filho, membro da Ação Integralista Brasileira (AIB). Esse documento, falsamente atribuído à Internacional Comunista, relatava que os comunistas pretendiam tomar o Estado e assassinar diversos políticos. O Plano Cohen foi utilizado pelo governo para fechar o Congresso e decretar nova Constituição, próximo à eleição para a presidência da República que seria realizada em 1938, justificando a instalação da ditadura do Estado Novo de Getúlio Vargas.

     

    Ação Integralista Brasileira (AIB) foi um movimento político fascista nacionalista brasileiro criado em 7 de outubro de 1932, fundado por Plínio Salgado. O movimento integralista tinha adotado algumas características dos movimentos europeus de massa da época, especificamente do fascismo italiano, mas distanciando-se do nazismo porque o próprio Salgado não apoiava o racismo.

     

    Fonte: Wikipedia/ InfoEscola/ SoHistoria

     

  • FALSO.

     

    O Plano Cohen, na verdade, foi uma farsa arquitetada pelo governo Vargas para dar um golpe de Estado dentro de seu próprio governo, o que culminou no periodo do Estado Novo (1937-1945). Da forma como foi anunciado nos rádios da época, os supostos defensores do Plano Cohen pretendiam fazer com que o Brasil se tornasse um pais socialista, tal como a URSS.

  • Anos mais tarde, porém, ficaria comprovado que o documento foi falsificado com a intenção de justificar a instauração da ditadura do Estado Novo, em novembro de 1937.

  • não era alinhar o brasil ao facismo italiano. item errado.

  • Os integralistas tinham ideais FASCISTAS, bem distante do Comunismo, verdadeiro motivo para o PLANO COHEN e o Golpe do Estado Novo.

  • O Plano Cohen foi uma farsa baseado em documentos falsos. Assim, torna-se incabível utilizar a expressão “com provas de que...”. Ademais, a farsa não afirmava que haveria um alinhamento do Brasil ao fascismo italiano. O Plano, na verdade, tentou criar a impressão de que um golpe COMUNISTA estava na iminência de eclodir.

    Gabarito ERRADO

  • O golpe de Estado de Vargas, efetuado em 1937, já vinha sendo por ele preparado. Ele buscava apoio, ou ao menos a “não oposição", dos políticos importantes dos estados mais importantes do país. Além disso Vargas procurou neutralizar o general Flores da Cunha, que era contra a sua permanência no poder. E, certificou-se de que as Forças Armadas estariam coesas e seriam fiéis ao presidente: ele mesmo.

    Mas, qual a justificativa ideológica para o fechamento do congresso e o estabelecimento do “estado de guerra"? Desde 1935, quando houve a Intentona Comunista, desenvolvia-se intensa perseguição aos comunistas, acompanhada de propaganda amedrontadora acerca do que pretendia o partido. Segundo a propaganda, os comunistas iriam destruir as igrejas, perseguir e maltratar as senhoras e suas filhas, entre outros horrores.

    No dia 10 de novembro de 1937 acontece o golpe liderado por Vargas e apoiado pelo general Góis Monteiro, entre outros. O pretexto para justificar o “estado de guerra “ perante a população foi um suposto plano de tomada do poder pelos comunistas, o Plano Cohen, que fora encontrado pelas Forças Armadas e mostrado ao presidente, que o apresentou ao congresso.

    O plano, supostamente apreendido pelas Forças Armadas, anunciava uma nova insurreição armada, semelhante à Intentona de 1935. Sua veracidade não foi contestada. Na verdade o Plano Cohen foi elaborado por um militar integralista, Olímpio Mourão, exatamente para justificar o golpe de Estado.

    Em 1945, com o Estado Novo já em crise, o general Góes Monteiro isentando-se de qualquer culpa no caso, revelou que o Plano Cohen não passara de uma fraude Vamos então analisar a afirmativa. Está dito que o “plano Cohen, com provas de que os integralistas pretendiam tomar o poder por meio de um golpe de Estado e alinhar o Brasil ao fascismo italiano,"  havia sido o motivo para o golpe.

    O Plano Cohen foi, sim, o motivo ideológico que justificou o golpe. Porém, não era integralista e sim “ comunista" e, uma farsa. O fato não foi colocado em dúvida face ao movimento de 1935 e à propaganda anticomunista .

    RESPOSTA : ERRADO
  • O Plano Cohen foi uma farsa baseado em documentos falsos. Assim, torna-se incabível utilizar a expressão “com provas de que...”. Ademais, a farsa não afirmava que haveria um alinhamento do Brasil ao fascismo italiano. O Plano, na verdade, tentou criar a impressão de que um golpe COMUNISTA estava na iminência de eclodir.

    Gabarito ERRADO

  • Quem quis tomar o poder foi o grupo ANL (Aliança Nacional Libertadora), tendo seu líder Luis Carlos Prestes, comunista.

    ERRADO

  • Com provas = 1 Erro

    AINB = 2 Erro

  • Comunismo

  • Quem queria tomar o poder era a Aliança Nacional Libertadora (ANL) que era comunista. A Aliança Integralista Brasileira(AIB) apoiava Getúlio.

    Saliento que durante o Estado Novo ocorreu a Intentona Integralista, onde Getúlio resolveu extingui-los, já que ele detinha de uma política popular, enquanto a AI detinha de uma doutrina Dogmática e Inflexível à sua política.

  • Vargas que era simpatizante do fascismo

  • O Plano Cohen foi um documento forjado por militares brasileiros com a intenção de instaurar a ditadura do Estado Novo, em novembro de 1937. Uma das maiores falsificações da história brasileira e um exemplo eloquente da intersecção entre o antissemitismo e o anticomunismo no país, ele foi fraudulentamente atribuído à Internacional Comunista, que, pretensamente, buscaria derrubar o governo por meio de greves, do incêndio de prédios públicos e de manifestações populares que terminariam em saques, depredações e no assassinato de autoridades.

  • ANL- COMUNISTA

  • PLANO COHEN: escrito por Olympio Mourão Filho, militante da AIB, e elaborado com apoio e articulação da AIB, o plano descrevia didaticamente um projeto judaico-comunista de instaurar uma sociedade materialista e ateia, bem como sua ação, meios e propósitos. A veracidade do plano foi imediatamente questionada pela imprensa e dentro dos quartéis, mas bastou para que GV anunciasse um "golpe inexorável" no dia 10 de novembro de 1937.


ID
2501440
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1945, iniciou-se a redemocratização do Brasil e, no ano seguinte, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente da República por voto popular. No que se refere a esse assunto, julgue (C ou E) o item subsequente.


Durante o governo Dutra, lideranças do partido comunista conduziram diversas reivindicações sociais, estimuladas pela falta de reajustes do salário mínimo.

Alternativas
Comentários
  • O salário mínimo foi instituído por Getúlio Vargas em 1940. A cada 1º de maio é comemorado o dia do trabalhador e também o dia do salário mínimo. No governo de Gaspar Dutra, não foi concedido qualquer reajuste ao salário mínimo, que perdeu 40% do seu valor real.

    Ao longo do ano de 1963, o país foi palco de agitações sociais que polarizaram as correntes de pensamento de direita e esquerda em torno da condução da política governamental. Em 1964, a situação de instabilidade política se agravou, com o descontentamento do empresariado nacional e das classes dominantes. Por outro lado, os movimentos sindicais e populares pressionavam para que o governo implementasse reformas sociais e econômicas que os beneficiassem.

    Atos públicos e manifestações de apoio e oposição ao governo eclodiram por todo o paísEm 13 de março, ocorreu o comício da estação da Estrada de Ferro Central do Brasil, no Rio de Janeiro, que reuniu 300 mil trabalhadores em apoio a Jango. Uma semana depois, as elites rurais, a burguesia industrial e setores conservadores da Igreja realizaram a "Marcha da Família com Deus e pela Liberdade", considerado o ápice do movimento de oposição ao governo.

  • Nos ultimos anos do governo Dutra a economia brasileira alcançou um crescimento economiico expressivo, mesmo assim durante parte do governo lideranças do partido comunista conduziram diversas reivindicações sociais, estimuladas pela falta de reajustes do salário mínimo.

    CERTO.

    PM/MA 2017

  • Sei que houve falta de reajuste do salário mínimo, mas em nenhum lugar achei informação dizendo que: "lideranças do partido comunista conduziram diversas reivindicações sociais".

    Alguém poderia ajudar?

  • Antes da constituinte de 46 Dutra baixou o Dec. 9.070, no qual definiu atividades essenciais as quais ficavam impedidas do exercício do direito de greve, o que descontentou os comunistas, os quais, nesse período, às apoiavam e obtinham mais e mais simpatizantes. Dutra possuia concepções conservadoras enquanto os ideais e o partido comunista crescia. A mudança ocorre em âmbito internacional, onde a Rússia, comunista passa a ampliar seus domínios no Leste Europeu e na Ásia, o que desencadeou a GF. Os ideias comunistas foram considerados ofensivos à ordem democrática e como a CF de 1946 vedava a existência de partido cujo programa ou ação contrariassem ao Estado Democrático, por decisão apertada do STF, após denúncia de deputados do PTB, o PCB foi fechado. Como o PCB estava fortemente infiltrado nos sindicatos e fazia oposição ao PSD, provavelmente se valiam dos sindicados para movimentos reivindicatórios contrários aos do governo. Correta, portanto, a questão.

  • Com o avanço da redemocratização, representado pelo início do governo Dutra e a instalação da Constituinte no início de 1946, o movimento operário ganhou vigor, o número de sindicalizados cresceu e várias greves eclodiram no país. Para barrar o avanço do movimento sindical, que contava com forte apoio dos comunistas, Dutra, ainda no início do governo, antes da promulgação da nova Constituição (18 de setembro de 1946), baixou um decreto proibindo o direito de greve.

    No primeiro ano do governo Dutra, por conta de uma conjuntura internacional favorável à cooperação entre países capitalistas e socialistas, a atuação dos comunistas, apesar das restrições, foi tolerada. Prova disso é que, em janeiro de 1947, quando se realizaram eleições para governadores, deputados estaduais, prefeitos e vereadores, o PCB obteve boa votação, chegando a formar, com a eleição de 18 vereadores, a maior bancada da Câmara Municipal do Distrito Federal. Mas as mudanças ocorridas a partir de então no cenário internacional logo se fariam sentir. No início de 1947, a aliança entre os Estados Unidos e a União Soviética começou a ser desfeita. Era o início da chamada Guerra Fria. Segundo o presidente americano Harry Truman, as potência mundiais da época estavam divididas em dois sistemas nitidamente contraditórios: o capitalista e o comunista. E a política externa americana voltou-se para o combate ao comunismo.

    No Brasil, as repercussões da Guerra Fria foram imediatas. No dia 7 de maio de 1947, após uma batalha judicial, o PCB teve seu registro cassado. [...]

    http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas2/artigos/DoisGovernos/CassacaoPC

  • Felipe Silva, seu texto fala sobre reinvendicações sociais durante o governo de Jânio Quadros e a questão fala em Governo Dutra.

     

    Governo Dutra e a cassação do Partido Comunista Brasileiro

    O Partido Comunista do Brasil entre os anos 1945 e 1947 havia crescido com uma política moderada, obtendo algumas cadeiras no parlamento. A política externa de Dutra, em prol do Estados Unidos e contra a União Soviética, atingiu também o PCB que teve a legalidade cassada pelo Superior Tribunal Eleitoral e os sindicatos passaram a sofrer intervenção do governo Federal. Diante desses ataques, o PCB convocou a população à luta armada, contudo não conseguiu vasta adesão e perdeu expressão política.

     

    Fonte: https://www.infoescola.com/historia/governo-de-gaspar-dutra/

     

  • Gabarito: CERTO

    "Durante o governo de Dutra, lideranças do partido comunista, que havia sido recentemente legalizado, conduziram manifestações sociais, com vistas a reajustar o salário mínimo, então corroído pela inflação. Cabe recordar que o governo Dutra, tão logo se instituiu, regulamentou o direito à greve, inviabilizando a imensa maioria dos setores econômicos que legalmente poderiam exercer o direito. Não por acaso, o partido comunista, que apoiava as greves, sofreu dura repressão durante o governo de Dutra. Em maio de 1947, a partir de denúncias apresentadas por dois obscuros deputados do PTB, o Supremo Tribunal Federal decidiu cassar o registro do Partido Comunista. Pouco depois, as relações com a União Soviética foram rompidas." 

     

    Professor Rodrigo Goyena Soares

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Mesmo alcançando um expressivo crescimento econômico nos seus últimos anos de governo, Eurico Gaspar Dutra não reajustava o salário mínimo. Como resposta, as lideranças comunistas, principalmente por meio de movimentos sindicais, conduziram diversas reivindicações em busca de melhorias econômicas e sociais.

    Gabarito: Certo

  • Ainda no período do Estado Novo, em 1945, como um dos efeitos da participação brasileira na Segunda guerra mundial com os Aliados, Vargas  definiu um calendário eleitoral e anistiou os presos políticos. No mesmo período surgiram diversos partidos e, o PCB foi legalizado. Na legalidade o PCB conseguiu grande visibilidade e atingiu o maior crescimento de sua história.  Nas eleições de 2 de dezembro de 1945 conseguiu eleger 15 deputados federais e um senador. O PCB tornou-se a quarta força eleitoral, atrás do Partido Social Democrático (PSD), da União Democrática Nacional (UDN) e do Partido Trabalhista Brasileiro (PTB). 


    A redemocratização iniciada com o governo Dutra permitiu o crescimento do movimento operário , com forte apoio dos comunistas. O quantitativo de trabalhadores sindicalizados cresceu e o número de greves em prol de melhorias trabalhistas também aumentou. Reivindicações por conta de não ter sido dado aumento para o salário mínimo, criado durante o Estado Novo, foi uma das motivações mais importantes para manifestações. Para barrar o avanço do movimento sindical Dutra, ainda no início do governo, antes da promulgação da nova Constituição (18 de setembro de 1946), baixou um decreto proibindo o direito de greve.



    Paralelamente, em 1947 as relações entre os antigos aliados EUA e URSS começa a deteriorar de forma acelerada.  As tensões entre as potências levou à guerra fria. O mundo passou a viver à sombra da guerra e, pior, a partir de 1949 guerra nuclear.


    Em função do alinhamento do Brasil com a área de influência dos Estados Unidos , o partido comunista , no dia  7 de maio de 1947, após uma batalha judicial, teve seu registro cassado. Nesse mesmo dia o Ministério do Trabalho decretou a intervenção em vários sindicatos e fechou a Confederação Geral dos Trabalhadores do Brasil, criada pelo movimento sindical em setembro de 1946 e, não reconhecida oficialmente pelo governo. Tem fim o pequeno período de participação do PCB na vida política dentro da estrutura de Estado, de forma legal , com posições conquistadas pelo voto da sociedade civil.


    A questão não apresenta grandes dificuldades.  A problemática da guerra fria é apresentada em quaisquer manuais de História para os Ensinos Fundamental e Médio. Além disso sempre há a bibliografia para estudo fornecida pelo Instituto Rio Branco para concurso de acesso à carreira diplomática.


    Gabarito do Professor: CERTO .

ID
2501443
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1945, iniciou-se a redemocratização do Brasil e, no ano seguinte, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente da República por voto popular. No que se refere a esse assunto, julgue (C ou E) o item subsequente.


As Forças Armadas defenderam, homogeneamente, a industrialização pesada e a exploração e o beneficiamento do petróleo, além do ingresso de tecnologia e capitais estrangeiros para viabilizá-las.

Alternativas
Comentários
  • Militares nacionalistas X militares "entreguistas"
  • Gab: Errado

     

    A Revolução de 30 destruiu a hegemonia da burguesia cafeeira, e nenhum outro setor das classes dominantes teve condições de assumi-la. A nova coalizão no poder constituiu um "Estado de compromisso", no qual se equilibraram de forma instável cafeicultores, oligarquias dissidentes (outros setores da burguesia agroexportadora ou produtora para o mercado interno), grandes comerciantes importadores e a burguesia industrial nascente, além das "categorias sociais de Estado" (militares, intelectuais e burocratas), como grupos sociais subordinados.

    Há uma polêmica antiga dividindo os cientistas sociais (em sentido lato; isto é, englobando os economistas) sobre o sentido da política econômico-financeira da primeira era Vargas. Uma corrente interpretativa busca enfatizar o caráter conservador dessa política, que teria sido a responsável pelo atraso da industrialização brasileira.

    Segundo esses autores essa política conservadora seria o resultado de uma grande continuidade política entre a Primeira República e a era de Vargas, ou seja, teria havido uma permanência de uma política econômica antiindustrialista e ortodoxa, que impediu maior diversificação e crescimento da economia brasileira.

    Tanto no Governo Provisório, como no período constitucional (1934-37), como no Estado Novo (1937-45), as grandes linhas da política financeira de Getúlio Vargas tenderiam para a obtenção dos seguintes alvos: a contenção monetária e a manutenção do equilíbrio orçamentário.

    Ou seja, não há consenso.

  • Quando falar em homogeneidade no Brasil, em qualquer período da história, mesmo entre grupos específicos, pode desconfiar!

  • a política utilizada por Gaspar Dutra era a do Plano SALTE: saúde, alimentação, energia e transporte.

  • Politicamente, Dutra afastou-se do varguismo e aliou-se à UDN por meio do Acordo Interpartidário. Economicamente, Dutra aderiu aos princípios liberais, reduzindo os investimentos públicos e promovendo o arrocho salarial. O incentivo às importações dilapidou as reservas de moedas estrangeiras e desequilibrou as contas públicas com o crescimento da inflação. Para contrabalançar a economia estatal, Dutra lançou o Plano SALTE, com postulados intervencionistas próximos aos do varguismo. O Plano SALTE consistiu em um programa econômico quinquenal para o desenvolvimento das áreas da saúde, alimentação, energia e transporte. No entanto, muitas metas desse plano não foram atingidas por falta de recursos.

    Fonte: InfoEscola

  • Matei a questão pelo fato da criação da Petrobras ter sido no governo de Getúlio Vargas em 1953.

    Gabarito: Errado.

  • Em primeiro lugar é preciso prestar atenção quando são aplicadas às sociedades expressões que significam igualdade total, semelhança irrestrita ou concordância de todos. Comunidades são agrupamentos de seres humanos que apresentam similitudes mas não são iguais.

    É raro encontrar unanimidade de ação ou de pensamento em uma comunidade! Desta forma, o início da afirmativa já pode despertar questionamento quando estabelece que: “ As Forças Armadas defenderam, homogeneamente"....

    Em segundo lugar, a questão de industrialização não é exclusiva do regime militar tampouco pensamento unicamente dos militares, mesmo que, desde o início da república estejam vinculados à ideia de progresso.

    Desde a década de 1930, após o movimento de 30 e, a ascensão de Vargas ao poder, houve claramente uma política industrializante. Aliás, diz-se, entre historiadores e economistas, de forma genérica, que foi durante o governo de Vargas que o Brasil passou de “rural agrário a urbano industrial" .

    Durante o regime militar há uma continuidade da política industrializante e, até 1974, dentro do modelo de substituição de importações. Da mesma forma, a exploração e beneficiamento de petróleo são preocupações desde Vargas. A nacionalização do subsolo é da constituição de 1934 e, a criação da Petrobrás foi aprovada pelo congresso em 1954, nos últimos tempos do segundo governo Vargas (1951- 1954).

    Portanto, podemos concluir que a afirmativa não está correta, embora a ideia de entrada de tecnologia e capitais estrangeiros para a industrialização esteja certa, ainda que sob controle do Estado ou, no caso do petróleo, em associação com a Petrobrás.

    RESPOSTA: ERRADO
  • O erro da questão está em "homogeneamente", pois havia dissensos dentro das Forças Armadas.

    Gab.: Errada

  • "PÁTRIA AMADA, BRASIL."

    Jamais homogêneo.


ID
2501446
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1945, iniciou-se a redemocratização do Brasil e, no ano seguinte, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente da República por voto popular. No que se refere a esse assunto, julgue (C ou E) o item subsequente.


Nas eleições de 1945, Getúlio Vargas comprovou sua popularidade e sua força eleitoral.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    No dia 29 de outubro de 1945, Getúlio Vargas, como o próprio ressalta em sua carta-testamento, renunciou ante a iminência de ser deposto por um golpe militar, sendo conduzido ao exílio na sua cidade natal, São Borja. No dia 2 de dezembro do mesmo ano, foram realizadas eleições livres para o parlamento e presidência, nas quais Getúlio seria eleito senador pela maior votação da época. Era o fim da Era Vargas, mas não o fim de Getúlio Vargas, que em 1951 retornaria à presidência pelo voto popular.

  • Essa questão é muito evasiva, não se sabe ao certo se o enunciado refere-se ao Queremismo ou se a eleição de Dutra. Quem acertou a questão acertou por sorte e quem a errou errou por azar. 

  • Getúlio Vargas comprovou sua popularidade e sua força eleitoral pelo fato da vitoria de Eurico Gaspar Dutra ter acontecido por que Vargas o apoiou. A eleição é diretas quando os ocupantes dos cargos legislativos e executivos são escolhidos pelo voto dos eleitores - e não por um colégio ou assembléia. No Brasil, as eleições diretas para Presidente da República estiveram em vigor entre 1945 e 1964, ano em que ocorreu o golpe militar. Em 1989, foi reinstituída a escolha direta.

    PM/MA  2017

  • Essa é pra n zerar PMMA 2017
  • Queremismo: Movimento populista que defendia a permanência de Vargas na presidência, sendo assim, foi uma demonstração de poder.

     

  • Leiam diretamente os comentários do Daniel Gonçalves.

  • A própria questão (ler enunciado) já indica o caminho da resposta.

     

    Vargas em 1945 decide apoiar Dutra. Assim, o apoio de Vargas foi essencial para a vitória de Dutra, já que tinha muita popularidade, demonstrada pelo movimento queremista (queremos Vargas)

  • Gabarito Certo!

     

    Dutra era Ministro de Vargas no estado novo e teve seu apoio para ser eleito em 1945, confirmando a popularidade e a força política de Getúlio.

  • Gabarito: CERTO.

     

    Pegadinha da banca.

     

    O golpe dado em 1945 na verdade não derrubou Vargas da Presidência por meios fora da legalidade. Ele recebeu um ultimato dos militares, e o seguinte acordo foi feito: Getúlio sairia da Presidência e não concorreria para Presidente da República na eleição que aconteceria em poucas semanas, bem como apoiaria o Marechal Dutra como candidato; ao mesmo tempo, não seria feita uma investigação sobre os excessos do seu regime, e ele não perderia seus direitos políticos. Feito o acordo, ele renunciou, mantendo todos os seus direitos políticos. Assim, Vargas pôde participar das eleições de 1945, e foi eleito Senador em 4 Estados, além de Deputado Federal em outros 6, inclusive no Distrito Federal. Ele  escolheu assumir o mandato como Senador pelo Rio Grande do Sul, mas poucas vezes foi às sessões legislativas.

     

    Somando esses fatos à circunstância de o seu apoio ter sido fundamental para a eleição de Eurico Gaspar Dutra, fica claro que as eleições de 1945 de fato confirmaram toda a força política de Vargas, inclusive nas urnas.

  • "Em 1945, iniciou-se a redemocratização do Brasil e, no ano seguinte, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente da República por voto popular." Essa frase pode nos levar ao erro, imaginando que a questão está dizendo que as eleições presidenciais nas quais Dutra foi eleito aconteceram em 1946. É que as eleições ocorreram dia 02 de dezembro de 45 e o resultado, portanto a eleição de Dutra só ocorreu no início de 1946, quando concluídas as apurações, que na época duravam muitos dias.

  • A Populariedade de Vargas ficou evidente, quando ele apontou Dutra para o povo brasileiro, dizendo que ele seria seu sucessor! Graças a esse apoio Dutra foi eleito presidente.

  • como alguem eleito deputado por 7 unidades federativas e senador por outras 4 (na época nao existia impedimento) nao comprova sua popularidade e força eleitoral?

  • GABARITO CORRETO:

    Vargas APÓS RENUNCIAR A PRESIDÊNCIA , participou das eleições de 1945, concorrendo aos cargos de SENADOR e DEPUTADO FEDERAL.

    Ganhou em 4 Estados + distrito federal (COMO SENADOR) ,

    e ganhou em 6 Estados + Distrito Federal (como DEPUTADO FEDERAL)

    SERÁ que O "PAI TAVA ON" ??? HAAHA

    Talvez por ser Por ser Gaúcho optou por assumir o mandato como SENADOR pelo Rio Grande do Sul.

     

    AÍ O CAMARADA VAI E APOIA DUTRA PRA PRESIDENTE, SERÁ que TINHA COMO ELE (DUTRA) PERDER?

    Dutra venceu em 23 unidades da federação!! (graças ao apoio de vargas)

    VARGAS ERA MAIS POPULAR que HAVAIANAS!!!!

  • Ele comprovou apoiando Dutra, o qual fora eleito.

  • Após a queda de Vargas em 1945 , por ação das Forças Armadas, muitos acreditaram que ele realmente havia se retirado da vida pública quando se recolheu à sua fazenda no Rio Grande do Sul. No entanto, Vargas manteve-se presente na política. Elegeu-se senador pelo Rio Grande do Sul, com a chancela do Partido Social Democrático (PSD). 

    Conciliou então suas funções de senador com longos períodos de “descanso" em sua residência, no Rio de Grande do Sul, de onde articulou a estratégia política para retornar ao poder o mais breve possível. O ponto de partida foi a busca de apoio e alianças dentro do PSD e até mesmo elementos da UDN ( União Democrática Nacional) , partido francamente anti-varguista. 

    Entre as pessoas de quem buscou apoio e de quem se aproximou destaca-se Adhemar de Barros, político de grande prestígio e força em São Paulo, um dos maiores colégios eleitorais do país. Sua plataforma eleitoral , pelo PTB ( Partido Trabalhista Brasileiro) , tinha como metas anunciadas uma política de bem-estar social, com a ampliação dos benefícios para os trabalhadores e, a priorização da industrialização para promover o desenvolvimento econômico do Brasil. 

    Excelente político e orador, Vargas soube moldar seu discurso para cada local do país em que passava e dizia aquilo que as pessoas queriam ouvir. Além disso, uma propaganda bastante eficaz convenceu grande parte do eleitorado de que seria bom “ colocar o retrato do velho na parede outra vez".

    Com 48, 7% dos votos válidos , Vargas volta ao poder pela via democrática, comprovando sua popularidade e sua capacidade de articulação política. Por conseguinte, a afirmativa está correta. A bibliografia sobre o tema é variada, tanto no que diz respeito a manuais de Ensino Médio quanto à bibliografia acadêmica. Especial destaque para as publicações da historiadora Ângela de Castro Gomes. 

    Gabarito do Professor: CERTO.
  • Ele comprovou apoiando Dutra, o qual fora eleito.

  • As eleições de 1945 foram acirradas (com dois candidatos ruins a frente, rs). Após umas trapalhadas do Brigadeiro, que disse num comício que não precisava de votos de "uma malta de desocupados", Dutra coloca-se a frente no pleito. Ao final da campanha, Vargas deposita seu apoio, a contragosto, em Dutra, porém alertando de sua volta caso o candidato não cumprisse com os compromissos trabalhistas caros a Vargas.

    Além do apoio ao candidato vencedor, vargas concorreu aos cargos de senador e deputado por vários estados, tendo sido eleito em vários deles, confirmando sua popularidade e força eleitoral.


ID
2501449
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1945, iniciou-se a redemocratização do Brasil e, no ano seguinte, o general Eurico Gaspar Dutra foi eleito presidente da República por voto popular. No que se refere a esse assunto, julgue (C ou E) o item subsequente.


Inicialmente, o governo Dutra manteve a política econômica do Estado Novo, mas a exaustão das divisas acumuladas durante a Segunda Guerra Mundial levou-o a tomar medidas liberalizantes e a retirar o apoio financeiro à indústria nacional em 1947.

Alternativas
Comentários
  •  

    O Brasil passaria por crises sucessivas do balanço de pagamentos nos primeiros anos do pós-Guerra, o que levaria o país a abandonar o modelo liberal e adotar um modelo de desenvolvimento industrial com crescente participação estatal.

  • Pegadinha! Foi o contrário.

    O governo Dutra começou com postulados liberais (até porque não faria sentido todo o trabalho de tirar Vargas com o objetivo de manter sua política). No entanto, devido ao rápido esgotamento das reservas cambiais e da inflação (pós-guerra), ele lança o Plano SALTE, totalmente intervencionista, sendo uma atitude contrária. O plano não deu certo e tudo ficou pior

  • A partir de Bretton Woods, ocorrida em agosto de 1944, na cidade homônima de New Hampshire, nos Estados Unidos, foram discutidas a base da economia mundial pós-guerra, o que, para Dutra, que assumiria o poder em 31 de janeiro de 1946, após vitória eleitoral em 2 de dezembro anterior, seria um bom auspício ao liberalismo econômico. Inicialmente, Dutra acabou por permitir a abertura comercial brasileira; contudo, um ano depois, em julho de 1947, entra em vigor a Instrução nº 25, da SUMOC (Superintendência da Moeda e do Crédito), que faz com que voltem os controles cambiais, a fim de evitar as perdas de divisas brasileiras. Outro fator que contribuiu para tal foi a "ilusão de divisas", quando o Brasil acreditava que, com a Segunda Guerra Mundial, estava numa situação favorável de reservas. Contudo, o fato é que o país carecia de moedas conversíveis. 

  • ERRADO

    Bóris Fausto, História do Brasil, EDUSP, 2013, p. 344: "Do ponto de vista da política econômica, o governo Dutra se iniciou seguindo um modelo liberal. A intervenção estatal foi condenada, e os controles estabelecidos pelo Estado Novo foram sendo abolidos (...) A situação do Brasil no plano internacional era favorável, pois o país acumulara ívidas no exteriir, resultantes das exportações nos anos de guerra. Apesar disso, a política lliberal acabou fracassando...Como resposta, em junho de 1947, o governo mudou a orientção, estabelecendo um sistema de licenças para importar. ...Levando-se em conta que o cruzeiro foi mantido em níveis altos em sua relação com o dólar, houve um desestímulo às exportações e um estímulo à produção para o mercado interno." Assim, segundo, Fausto, a política implementada a partir de 1947 favoreceu a indústria no Brasil.

     

  • A melhor forma de acabar com o liberalismo é aplicando medidas liberais

  • ERRADO. Em verdade, a política econômica da primeira parte do governo Dutra, chefiada por Correa Castro, foi liberal e ortodoxa. O Brasil tentava uma melhor inserção na economia internacional, o que deu azo à abertura do país para a importação de diversos produtos, e possivelmente, de investimentos.

    O problema foi que o país foi vítima de uma ilusão cambial, ou seja, o governo tinha muitas divisas, mas inconversíveis. Assim, Castro sai e Guilherme da Silveira é contratado, iniciando uma fase mais protecionista economicamente, tentando emular o nacional-desenvolvimentismo varguista. 

  • Eu errei essa questão. Vendo o comentário da professora, entendi que o início do governo Dutra foi liberalizante, e não intervencionista como afirma a questão. Mas e sobre retirar os recursos financeiros da indústria nacional em 47, isso aconteceu?

  • SO LEMBRAR DA CONSTITUIÇAO DE 1946, PROMULGADA NO GOVERNO DUTRA ELA ERA DEMOCRATICA E LIBERAL

    PLANO SALTE

    SAUDE

    TRASPORTE

    ENERGIA

    PMAL 2021

  • Faltou "alimentação" Antônio Gomes,

    Saúde

    ALimentação

    Transporte

    Energia

  • GABARITO ERRADO.

    ERRO ESCANCARADO EM VERMELHO

    Inicialmente, o governo Dutra manteve a política econômica do Estado Novo, mas a exaustão das divisas acumuladas durante a Segunda Guerra Mundial levou-o a tomar medidas liberalizantes e a retirar o apoio financeiro à indústria nacional em 1947.

    O governo de DUTRA praticava o liberalismo econômico desde o incio até metade do seu mandato, (inclusive a constituição de 1946 era DEMOCRÁTICA e LIBERAL. no estado novo era oposto disso!!

    Dutra veio criar o Plano SALTE na segunda metade do seu mandato. Até chegar nesse plano era tudo liberal.

    O tal plano SA.L.T.E tinha como objetivo estimular o desenvolvimento de setores da Saúde, ALimentaçãoTransporte e Energia; NUMA TENTATIVA DE CONTROLAR A INFLAÇÃO

    nos primeiros anos a abertura de importações era ENORME

  • Tenho apostilas em PDF esquematizadas para PMAL no precinho.

    wpp 82 982057012

  • "Uma das principais características do governo Dutra foi o abandono do nacionalismo econômico da Era Vargas".

    -Livro História e Consciência do Brasil - 2º Grau, de Gilberto Cotrim.

  • Errado!

    .

    .

    Druta - Política econômica: incentivo à industrialização e a facilitação de importações = crise

    Planos de metas: SALTE (Fracasso: liberação no setor da importação)

    Saúde

    ALimentação

    Transporte

    Energia 

  • No inicio do governo Dutra, em contraponto com as medidas do governo Vargas e com escassez de capitais, dada a recusa de um "Plano Marshal" para América Latina por parte do governo americano, o presidente toma medidas liberalizantes e flexibiliza as importações. Em razão do câmbio brasileiro desvalorizado e à insipiente industrialização do país, o Brasil tem déficit muito grande de sua balança comercial diminuindo significativamente as reservas nacionais (reservas que o país acumulara em exportações durante o período de guerra). Para combate a crise gerada, Dutra então toma medidas no sentido de manter flexíveis apenas as importações de maquinário e equipamentos adotando protecionismo para produtos brasileiros numa política de substituição de importações.

    Corrijam-me, caso haja engano, por favor.


ID
2501452
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Podemos considerar a Constituição de 1988 o marco que pôs fim aos últimos vestígios formais do regime autoritário. A abertura iniciada pelo general Geisel em 1974 levou mais de treze anos para desembocar em um regime democrático.

                       Bóris Fausto. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 1995, p. 526

Considerando o trecho de texto apresentado acima, julgue (C ou E) o seguinte item.


Foi a determinação da liberdade de organização partidária na Constituição de 1988 o que permitiu a legalização do Partido Comunista Brasileiro e do Partido Comunista do Brasil.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Em 1985, com o fim da ditadura militar e o início da Nova República, tanto o PCB como o PCdoB voltam a funcionar como partidos políticos legais. O PCB, defendendo a bandeira da luta pela democracia através da formação de uma "frente ampla" desde 1965, presta apoio à transição democrática e aos primeiros anos do governo de José Sarney.

  • Puts... achei que era verdade...

  • Foi em 1985 com o fim da ditadura militar que legalizaram o partido político comunista. Ainda em 1985 os dois partidos comunistas participariam das eleições para prefeitos de capitais, estâncias hidrominerais e municípios considerados de segurança nacional, cujos prefeitos eram nomeados pelo regime militar. Em 1986, elegeriam bancadas para o Congresso Nacional.

  • ERRADO

    Bóris Fausto, História do Brasil, EDUSP, 2013, p. 441: "Em maio de 1985, a legislação estabeleceu eleições diretas para a presid~encia da república e aprovou o direito ao voto aos analfabetos, assim como a legalização de todos os partidos políticos. Tornaram-se legais o PCB e o PC do B. "

  • A legalização dos partidos comunistas fez parte do EMENDÃO, um compromisso eleitoral da chapa Tancredo/Sarney (Aliança Democrática, formada por PMDB + dissidentes do PDS) que retirava o "Lixo autoritário" ainda vigente. Dois meses após a posse de Sarney, em 1985, o Emendão (pacote de emendas constitucionais à Const. de 1967) foi aprovado POR UNANIMIDADE. Ele alterou temas como:

    • Todos os atos de exceção e dispositivos legais antidemocráticos foram suprimidos
    • Extinguiu o Colégio Eleitoral
    • Restabeleceu as eleições diretas para presidente, governador, capitais e municípios de segurança nacional
    • Legalizou o PCB e o PCdoB
    • Suprimiu as sublegendas na eleição de senadores e a obrigatoriedade da fidelidade partidária
    • Deu direito facultativo de voto aos analfabetos

    **Simbolicamente, o ministro da Justiça Fernando Lyra declarou “extinta a censura no Brasil”, em julho de 1985, em um ato público no Teatro Casa Grande no RJ. Em vez de censura, passou a haver classificação e o Conselho Nacional de Censura passou a ser chamado Conselho Nacional de Defesa da Liberdade de Expressão.

  • A Constituição de 1988 em seu artigo 17 permitiu a criação, fusão, incorporação e extinção de partidos políticos, resguardados a soberania nacional, o regime democrático, o pluripartidarismo e os direitos fundamentais da pessoa humana. 

    A legalização do Partido Comunista Brasileiro (PCB) e do Partido Comunista do Brasil (PCdoB) havia acontecido no ano de 1985, antes da promulgação da nova constituição, conhecida , à época como “ constituição cidadã" . 

    Portanto, a liberdade de organização partidária permitida pela Constituição Federal de 1988 não esteve relacionada com a Legalização do Partido Comunista Brasileiro e do Partido Comunista do Brasil.
    Gabarito do Professor:  ERRADO.

ID
2501455
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Podemos considerar a Constituição de 1988 o marco que pôs fim aos últimos vestígios formais do regime autoritário. A abertura iniciada pelo general Geisel em 1974 levou mais de treze anos para desembocar em um regime democrático.

                       Bóris Fausto. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 1995, p. 526

Considerando o trecho de texto apresentado acima, julgue (C ou E) o seguinte item.


O governo Geisel iniciou a liberalização do regime militar — a chamada distensão — de modo controlado, com o objetivo de construir uma democracia conservadora.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Penúltimo presidente da República do Regime Militar de 1964, Ernesto Geisel assumiu sob a promessa de uma abertura política "lenta, gradual e segura" de modo a atender as reivindicações da Sociedade Civil Organizada sem, contudo, interromper a continuidade do regime.

  • Ernesto Geisel mesmo sendo militar  era favoravel que os militares voltassem aos quarteis deixando a presidencia, de uma  forma   "lenta, gradual e segura". Ele tambem  permitiu a propaganda eleitoral, criou Angra 2 RJ,  e extinguio todos os Atos Institucionais.

    PM/MA 2017

  • Glove, Geisel não extinguiu todos os atos. Ele extinguiu o Ato Institucional nº5. A extinção do Ato Institucional nº2 (Bi-partidarismo) ocorreu no governo de João Figueiredo

  • "O general Ernesto Geisel sucedeu Médici na presidência em 1974. Considerado um militar que não fazia parte da “linha dura”, começou a implantar um lento processo de abertura política. Contudo, a aprovação da Lei Falcão (1976), dos Pacotes de Abril (1977) e a criação dos chamados senadores biônicos (nomeados pelo governo) mantinham a oposição sob rígido controle e garantiam a maioria política da Arena (o partido do governo) no Congresso." 

    Fonte: Ser protagonista : história : revisão : ensino médio, volume único / obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2014. pag 146

  • Durante sua atuação, tem início o processo de redemocratização do país. No âmbito econômico, seu governo esteve marcado por uma redução do crescimento. O chamado milagre econômico e o Ato Institucional nº 5 - AI-5 foram extintos.

  • Certo.

    Lembrem-se sempre da máxima: "abertura lenta, gradual e segura". Geisel tinha como objetivo retirar os militares da presidência, mas não do poder. Garantindo assim, na visão dele, que a democracia brasileira se manteria estável e sem a interferência de ideias estranhas (comunistas) ao Brasil.

  • Nossa, esse enunciado achei meio louco, eu li como se fosse quem iniciou o regime militar kkkkkk por isso errei.

  • Alguém mais se confundiu com "democracia conservadora"?

  • Acredito que a expressão "conservadora" no enunciado seja referência que os militares queriam, além de abrir aos poucos o regime, conservar seus direitos para não serem punidos pelos civis em uma abertura abrupta. Por isso, a lei da Anistia veio para salvar os militares e funcionários públicos que praticaram crimes contra humanidade.

  • Neste sentido, por exemplo, fez o significativo gesto de extinguir o Ato Institucional no 05, um dos grandes símbolos do autoritarismo militar.

    Gabarito: Certo

  • "LENTA GRADUAL E SEGURA "

    GEISEL, ERNESTO.

    BONS ESTUDOS!

  • CORRETO.

    Penúltimo presidente da República do Regime Militar de 1964, Ernesto Geisel assumiu sob a promessa de uma abertura política "lenta, gradual e segura" de modo a atender as reivindicações da Sociedade Civil Organizada sem, contudo, interromper a continuidade do regime.


ID
2501458
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Podemos considerar a Constituição de 1988 o marco que pôs fim aos últimos vestígios formais do regime autoritário. A abertura iniciada pelo general Geisel em 1974 levou mais de treze anos para desembocar em um regime democrático.

                       Bóris Fausto. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 1995, p. 526

Considerando o trecho de texto apresentado acima, julgue (C ou E) o seguinte item.


A luta armada contra o regime militar, promovida por organizações políticas de esquerda, abalou a estrutura política autoritária, criando as condições para a vitória da chapa oposicionista Tancredo Neves – José Sarney na eleição presidencial de 1985.

Alternativas
Comentários
  • Não houve luta armada nas eleições acima citada

  • Houve sim uma luta armada, mas nunca com amplo apoio popular. Quem criou condições para a vitória da chapa oposicionista Tancredo Neves – José Sarney foi o movimento Diretas Já

  •  Emenda Dante de Oliveira , apresentada pelo Deputado Dante de Oliveira que tinha por objetivo reinstaurar as eleições diretas para presidente da República no Brasil.A enorme pressão popular para que a emenda fosse aprovada transformou-se num dos maiores movimentos político-sociais da história do Brasil e logo recebeu o nome de Diretas Já

  • Sobre os comentários de Patrick e de Vitor, houve luta armada até meados dos anos 70. No final do regime militar, não havia mais luta armada.

  • Gab: Errada

     

    Complementando os comentários. Sarney não era alheio aos militares, sendo um antigo membro do Arena.

  • O que a banca quer que o candidato entenda é que o que ocorreu, de fato, foi um processo gradual de abertura, iniciado por Geisel em 1974. Figueiredo, militar moderado escolhido pelo seu antecessor, foi o responsável pela transição. O comando da questão dá a entender que a luta armada da esquerda - que de fato ocorreu - foi a responsável pelo fim do regime militar.
  • ERRADA

     

    De fato houve lutas armadas. Sarney era a favor do militarismo (apesar de nessa época ser de chapa oposicionista).

     

    Porém o cerne da questão é saber se isso criou as condições para a vitória da chapa oposicionista Tancredo Neves – José Sarney na eleição presidencial de 1985. O que de fato está errado!

     

    Foi o movimento DIRETAS JÁ e não as lutas armadas!

    Mesmo não obtendo sucesso em sua iniciativa o movimento conquistou essa vitória!

     

    Diretas Já foi um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984. A possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República no Brasil se concretizaria com a votação da proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso. Entretanto, a Proposta de Emenda Constitucional foi rejeitada, frustrando a sociedade brasileira. Ainda assim, os adeptos do movimento conquistaram uma vitória parcial em janeiro do ano seguinte (1985) quando Tancredo Neves foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.

  • resolvi essa questão lembrando dos primeiros artigos do adct


    pm_alagoas_2018

  • O texto se refere ao Movimento Diretas Já!

     

    Diretas Já foi um movimento civil de reivindicação por eleições presidenciais diretas no Brasil ocorrido em 1983-1984. A possibilidade de eleições diretas para a Presidência da República no Brasil se concretizaria com a votação da proposta de Emenda Constitucional Dante de Oliveira pelo Congresso. Entretanto, a Proposta de Emenda Constitucional foi rejeitada, frustrando a sociedade brasileira. Ainda assim, os adeptos do movimento conquistaram uma vitória parcial em janeiro do ano seguinte quando Tancredo Neves foi eleito presidente pelo Colégio Eleitoral.

  • A luta armada perdurou até o começo da década de 1970. Assim, o que fortaleceu a luta pela redemocratização foi a organização da sociedade civil em torno dos ideais democráticos e de liberdade.

    Gabarito: Errado

  • Nesta questão o trecho do historiador Boris Fausto já indica claramente qual a orientação da resposta.

              “A abertura iniciada pelo general Geisel em 1974 levou mais de treze anos para desembocar em um regime democrático."
    A partir do governo Geisel, de acordo com a proposta do general Golbery do Couto e Silva, foi iniciado o processo de abertura “lenta, gradual e segura". A ideia era de ir, pouco a pouco, permitindo uma maior liberdade de forma que se chegasse ao Estado de Direito e eleições livres e diretas para presidência da república sem maiores “traumas". Por isso “lenta e gradual".

    Ou seja, sem que fosse abalada a estrutura sócio-econômica do país de uma forma revolucionária. Por isso “segura" não quer dizer que não tenha havido reação da sociedade brasileira contra o regime.

    Existiu, sim, a luta armada organizada pelas esquerdas – extremamente fracionadas , no campo e em cidades. O fracionamento da oposição armada foi sempre sua fraqueza.
    Também a a revolta armada foi sufocada e amordaça. Não deixou de existir mas a possibilidade de sucesso e a efetividade de suas ações diminuiu muito após a outorga do Ato Institucional número 5, em 1969. (AI 5). O AI5 permitiu a perseguição e prisão arbitrária de cidadãos em nome da Segurança Nacional.

    O desgaste do regime militar veio em grande parte dos problemas estruturais do modelo econômico - o Milagre Brasileiro, concentrador de renda e dependente da entrada de capital estrangeiro. Capital esse mais raro e mais caro (maior taxa de juros para empréstimos) por conta dos choques do petróleo a partir de 1975. Também a ideia da necessidade de um "governo de exceção" para afastar a "ameaça comunista" estava desgastada desde a visita do presidente norte-americano Nixon à China em 1972.

    Assim sendo percebemos que a afirmativa está em desacordo com o texto associado à questão. A ideia de História apresentada é incorreta.

    RESPOSTA: ERRADO
  • A luta armada perdurou até o começo da década de 1970. Assim, o que fortaleceu a luta pela redemocratização foi a organização da sociedade civil em torno dos ideais democráticos e de liberdade.

    Gabarito: Errado

    Danuzio Neto | Direção Concursos

  •  a vitória da chapa oposicionista Tancredo Neves – José Sarney na eleição presidencial de 1985.

    ELE FOI POSTO INDIRETAMENTE

    PMAL 2021


ID
2501461
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Podemos considerar a Constituição de 1988 o marco que pôs fim aos últimos vestígios formais do regime autoritário. A abertura iniciada pelo general Geisel em 1974 levou mais de treze anos para desembocar em um regime democrático.

                       Bóris Fausto. História do Brasil. São Paulo: EdUSP, 1995, p. 526

Considerando o trecho de texto apresentado acima, julgue (C ou E) o seguinte item.


O governo Sarney caracterizou-se pela garantia do exercício das liberdades individuais, pelo relativo sucesso na luta contra a inflação e pelas dificuldades em saldar as obrigações da dívida externa.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    O Governo Sarney sofria com uma alta inflação, além de crises internacionais. Para tentar "desafogar o país", o governo criou diversos planos econômicos.

  • ERRADO. 

    Governo Sarney teve inflação  altissima, uma das maiores da história brasileira.

  • Garantia das liberdades individuais? KKKKKK

    Congelamento de preços, isso sim!

  • Gab: Errado.

     

    O governo herdou os problemas econômicos da ditadura militar, além da dívida altíssima, uma inflação descontrolado. Foram tentados vários planos econômicos, sem sucesso.

  • "Sarney revogou as leis antidemocráticas do regime militar e convocou eleições para uma Assembleia Constituinte. Em 1988, a Constituinte aprovou a nova Constituição brasileira, marcada por importantes conquistas políticas e sociais, como o direito de voto aos analfabetos e aos jovens maiores de 16 anos, a extensão da Previdência Social aos trabalhadores rurais, o reconhecimento dos direitos das minorias indígenas e dos quilombolas, o direito à saúde e à educação, o direito de greve, a liberdade de expressão, etc. O racismo e a tortura foram declarados crimes inafiançáveis. Por todos esses avanços, ela foi chamada de Constituição Cidadã. Nos anos seguintes, foram estabelecidos o Código de Defesa do Consumidor, o Estatuto da Criança e do Adolescente, o Estatuto do Idoso e um novo Código Civil. "

     

    O governo Sarney caracterizou-se pela garantia do exercício das liberdades individuais - Certo

     

    "Na esfera econômica, porém, o governo Sarney acumulou derrotas. Nesse período, a inflação atingiu níveis estratosféricos. Para combatê-la, foram lançados sucessivamente diversos planos econômicos. O primeiro deles foi o Plano Cruzado, que substituiu a antiga moeda, o cruzeiro, por uma nova, o cruzado, e congelou preços e salários. Isso gerou desabastecimento de produtos de primeira necessidade, devido ao boicote de produtores e empresários, prejudicados com o congelamento de preços. Seguiram-se o Plano Cruzado II (que criou o cruzado novo), o Plano Bresser e o Plano Verão. Nenhum deles extinguiu a inflação. No final do mandato de Sarney, ela chegava a 1700% ao ano."

     

    O governo Sarney caracterizou-se pelo relativo sucesso na luta contra a inflação - Errado

     

    "Ao mesmo tempo, autorizavam-se as importações para suprir o mercado de produtos essenciais que começavam a escassear, comprometendo a balança comercial, único ponto positivo da economia brasileira na primeira metade da década de 1980. Em consequência, as reservas internacionais do país começavam a desaparecer. O Brasil caminhava para a moratória, a impossibilidade de manter o pagamento dos juros da dívida externa."

     

    O governo Sarney caracterizou-se pelas dificuldades em saldar as obrigações da dívida externa. - Certo

     

    Fonte: Ser protagonista : história : revisão : ensino médio, volume único / obra coletiva concebida, desenvolvida e produzida por Edições SM. — 1. ed. — São Paulo : Edições SM, 2014. 

     

  • Sarney => Fracasso Econômico , Sucesso Político !

  • O governo Sarney caracterizou-se pela garantia do exercício das liberdades individuais, pelo relativo sucesso na luta contra a inflação e pelas dificuldades em saldar as obrigações da dívida externa.

  • O Governo de José Sarney foi um fracasso econômico, mas um sucesso político devido a criação da Constituição Federal 1988.

    Gabarito: E.

  • Falar de Governo Sarney é falar sobre fracasso econômico: inflação descontrolada, sucessão de moedas e planos econômicos. Assim, o item está incorreto.

    De qualquer forma, o enunciado acerta quando diz que houve garantia das liberdades individuais, já que este governo revogou as leis antidemocráticas do regime militar e convocou eleições para uma Assembleia Constituinte.

    Além disso, realmente o governo Sarney teve dificuldades em saldar as obrigações da dívida externa.

    Resposta: Errado

  • Falar de Governo Sarney é falar sobre fracasso econômico: inflação descontrolada, sucessão de moedas e planos econômicos. Assim, o item está incorreto.

    De qualquer forma, o enunciado acerta quando diz que houve garantia das liberdades individuais, já que este governo revogou as leis antidemocráticas do regime militar e convocou eleições para uma Assembleia Constituinte.

    Além disso, realmente o governo Sarney teve dificuldades em saldar as obrigações da dívida externa.

    Resposta: Errada

    Danuzio Neto | Direção Concursos

  • O Governo de Sarney não teve sucesso econômico, visto que os planos Cruzados e Cruzados II não conseguiram combater a inflação, mas teve um grande marco que foi a criação, PROMULGADA, da CF 1988.

  • O governo de José Sarney (1985-1990) caracterizou-se como um governo de transição democrática, que foi responsável, entre outros, pelo estabelecimento de eleições diretas em todos os níveis. Na esfera econômica esse período foi marcado por altas taxas de inflação e vários planos econômicos como o Plano Cruzado.

  • As inflações só conseguiram ser controladas no governo de Itamar Franco, com o Plano Real.

    GAB: E.

  • O mandato de Sarney foi extremamente ambíguo e conturbado.

  • Errado

    Governo Sarney (1985 - 1990) > vice de Tancredo

    Contra as “diretas já” (movimento popular); próximo aos militares;

    Crise econômica e social: dívida externa; superinflação; alto nível de analfabetismo; péssimas condições de saúde pública.

    Constituição Federal de 1988 > elaborada durante o governo Sarney

  • Ele não obteve tanto sucesso assim em sua luta contra a inflação.

  • errei pq li que, no início do seu governo, os congelamentos conseguiram segurar a inflação, ainda que por um curto período


ID
2501464
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1830 e em 1848, a Europa foi tomada por movimentos revolucionários. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.


O levante liberal em Viena, em 1848, levou Metternich a comandar uma dura repressão militar na capital austríaca, que restaurou a ordem anterior.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: E

    Os levantes de 1848 em Viena ocasionaram a queda de Metternich.

  • Letra: E

    O movimento austríaco contra o regime absolutista de Fernando I e seu braço-direito, o príncipe Klemens Wenzel von Metternich, que governava havia trinta anos, eclodiu em Viena com manifestações de rua e barricadas. No dia 13 de março de 1848, tumultos na Áustria liderados pela burguesia insuflaram a assembleia da Baixa Áustria a marchar para o palácio de Hofburg, obrigando o chanceler Metternich a fugir para a liberal Inglaterra. Foi formado um governo liberal, e a assembleia constituinte reunida em julho votou a abolição dos direitos feudais, conforme já ocorrera na Alemanha. O imperador Fernando I foi obrigado a aceitar uma constituição, o parlamentarismo e a emancipação do campesinato. O parlamento passou a ser eleito pelo sufrágio masculino, várias instituições feudais foram abolidas, teve fim a censura à imprensa e formou-se uma guarda nacional para a defesa das reivindicações liberais.

  • Errado.

    De acordo com o texto de https://www.terra.com.br/noticias/1848-revolucao-de-marco-na-austria,65547965825d2d970cc099f18895e55a5mv4x55p.html: 

    - O QUE? Em Março de 1848, burgueses, trabalhadores e revolucionários rebelaram-se contra a dinastia dos Habsburgo, controlada pelo imperador Ferdinando;

    - MOTIVO: O longo período de repressão comandado por Metternich

    - CONSEQUÊNCIAS: dadas as proporções da rebelião, o Imperador aprova medidas de liberdade de imprensa, a aprovação de uma nova Constituição, a aprovação de uma guarnição civil armada e a formação de uma comissão de burgueses para a administração de Viena. Sem condições de governar, o imperador Ferdinando foi retirado de Viena; o príncipe Metternich renunciou e se exilou na Inglaterra.

     

     

  • Depois da Revolução Francesa de 1789 e 1799 e o período napoleônico até 1815 aconteceu o Congresso de Viena. Ele foi liderado pelo príncipe austríaco Metternich, ministro do imperador Ferdinando de Habsburgo, e restaurou em várias regiões da Europa, o Antigo Regime fundamentado no governo absolutista.

    O Congresso de Viena levou em consideração, acima de tudo, os interesses dos chamados “4 Grandes": Áustria, Prússia (atual Alemanha), Rússia e Inglaterra. Todos os ganhos populares e das diferentes burguesias dos países antes dominados por Napoleão foram abafados.

    Como resultado a Europa vê três “ondas" de revoluções de caráter liberal: em 1820, 1830 e 1848, sendo que as duas últimas atingiram mais países. Em 1848, a partir da França, 21 regiões estavam com movimentos revolucionários. Nem todos, porém, foram bem sucedidos.

    Neste ano de 48 em Viena operários e estudantes, cansados de 30 anos de autoritarismo de Metternich, iniciaram um protesto pacífico que se tornou uma batalha após o exército ter disparado contra a multidão, causando vítimas fatais. Isto nos permite dizer que a primeira parte da afirmativa está correta :

    “ O levante liberal em Viena, em 1848, levou Metternich a comandar uma dura repressão militar na capital austríaca...,"

    No entanto, ao invés de diminuir, o movimento se alastrou por bairros operários. Barricadas foram feitas e estabelecimentos comerciais foram saqueados. Como não estava surtindo efeito, as tropas foram recolhidas aos quartéis. O Imperador Ferdinando fica sem condições de governo. Metternich renunciou e buscou refúgio na Inglaterra.

    Segundo Frank Gerstenberg
    “ No dia 15 de março de 1848, o imperador Ferdinando aprovou a liberdade de imprensa, garantiu uma nova Constituição e a formação de uma guarnição civil armada, atendendo, assim, às "exigências de março" dos manifestantes. A consequência foi a composição de uma comissão de cidadãos, formada por 24 burgueses que ocuparam a administração de Viena." Pode-se concluir que o movimento conseguiu, ao menos, fazer algumas modificações no estado austríaco, além de forçar a renúncia de Metternich. A segunda parte da afirmativa está incorreta. Por isso há que assinalar que está incorreta como um todo.

    RESPOSTA: ERRADO
  • Errado!

    O levante liberal de 1848 em Viena levou à queda de Metternich, o homem forte do Império Austríaco.

    No mês de maio, organizaram uma Assembleia Nacional Constituinte entre os Estados-membros da Confederação Germânica cujo objetivo era criar uma Constituição para uma Alemanha Unificada. Entretanto, houve choques ideológicos entre os os deputados que compunham a assembleia (pensamento liberal-burguês: voto censitário, legislativo forte / pensamento radical-democrático: sufrágio universal, executivo forte). Isto, bem como a incerteza da participação da Áustria no ingresso de uma Alemanha Unificada. Tais divergências contribuíram para o imobilismo da revolução, o que a enfraqueceu.

    Mas, esta revolução não ficou restrita à Confederação Germânica, uma vez que ela também influenciou levantes no Império Habsburgo. Tal desmanchava-se por conta de revoluções de cunho nacionalista nos territórios húngaros (levante camponês, que lutavam contra o regime servil) e no território da atual República Tcheca.

    Depois que o movimento revolucionário em Paris (1848) foi devastado, provocando, por conseguinte, o enfraquecimento das outras revoluções na Europa Central, as forças reacionárias europeias ganharam força - Rússia, Áustria e Prússia. Houve a dissolução da Assembleia Constituinte, e a derrota dos húngaros por tropas austríacas e russas.

    Apesar dessa aparente vitória contrarrevolucionária, não quer dizer que algumas vitórias obtidas nos levantes foram revogadas, o regime servil do campesinato húngaro no Império Austro-Húngaros jamais retornou, bem como em toda a Europa Central (com exceção da Rússia), por exemplo.


ID
2501467
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1830 e em 1848, a Europa foi tomada por movimentos revolucionários. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.


Embora exprimissem demandas nacionais, as revoluções de 1848 constituíram movimentos coordenados, articulados de forma central durante as campanhas liberais de Paris.

Alternativas
Comentários
  • Com o fim da era napoleônica, as monarquias européias se reuniram com o objetivo de conter as propostas de transformação disseminadas pela Revolução Francesa. Tal encontro aconteceu no chamado Congresso de Viena, momento em que parte dos monarcas que ali se encontravam decidiu formar a chamada Santa Aliança. Nesse acordo, diversos monarcas se comprometiam a auxiliar militarmente toda monarquia que tivesse sua autoridade ameaçada.

    Contudo, esse projeto que deveria preservar o Antigo Regime não foi capaz de conter a marcha das novas revoluções que tomariam conta da Europa. No ano de 1848, as várias novas correntes políticas que surgiam em todo o Velho Mundo se mostraram decididas a dar fim ao regime monárquico. Em linhas gerias, o contexto político europeu se via tomado não só pelas propostas liberais oriundas da experiência francesa, mas também contou com a ascensão das tendências nacionalistas e socialistas. 

    ERRADO - Acredito, portanto, que o erro da questão está na afirmação: " movimentos coordenados, articulados de forma central durante as campanhas liberais de Paris - Havia movimentos de cunho nacionalistas, socialistas e liberais

  • Os movimentos não foram coordenados nem articulados de forma central.

  • Depois da Revolução Francesa de 1789 e 1799 e o período napoleônico até 1815 aconteceu o Congresso de Viena. Ele foi liderado pelo príncipe austríaco Metternich, ministro do imperador Ferdinando de Habsburgo, e restaurou em várias regiões da Europa, o Antigo Regime fundamentado no governo absolutista.

    O Congresso de Viena levou em consideração, acima de tudo, os interesses dos chamados “4 Grandes" : Áustria, Prússia (atual Alemanha), Rússia e Inglaterra. Todos os ganhos populares e das diferentes burguesias dos países antes dominados por Napoleão foram abafados.

    Como resultado, a Europa vê três “ondas" de revoluções de caráter liberal: em 1820, 1830 e 1848, sendo que as duas últimas atingiram mais países. Em 1848, a partir da França, 21 regiões estavam com movimentos revolucionários. Nem todos, porém, foram bem sucedidos.

    No entanto, embora o motor fundamental tenha sido o ideário liberal, nascido com o Iluminismo difundido pela Revolução Francesa e pelas tropas de Napoleão, não é possível afirmar que os movimentos eram “ coordenados“, “articulados" a partir dos movimentos liberais em Paris. Há o exemplo francês, há o protagonismo de Paris mas, não há a centralização dos movimentos a partir das lideranças francesas.

    Cada movimento, seja em Portugal, na Espanha, no Império Austro Húngaro ou na Prússia, teve um tempo e motivações específicas. De acordo com o momento histórico de cada Estado. As demandas têm, por conseguinte, pontos semelhantes, como por exemplo a exigência de constituição e, pontos que atendem às necessidades específicas de cada região.

    Daí entende-se que a afirmativa está incorreta.

    RESPOSTA: ERRADO
  • Revoluções raramente são movimentos coordenados. O contrário ocorre com os golpes.


ID
2501470
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1830 e em 1848, a Europa foi tomada por movimentos revolucionários. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.


Os movimentos revolucionários de 1830 resultaram da mobilização de diferentes setores sociais, com motivações e objetivos próprios, contra o sistema estabelecido pelo Congresso de Viena.

Alternativas
Comentários
  • Revoluções de 1830 é a designação dada na historiografia europeia ao conjunto de movimentos revolucionários que abalaram o continente europeu no início da década de 1830. O movimento iniciou-se em 1830 em França, com o levantamento que ficou conhecido como a Revolução dos Três Dias Gloriosos, as Revoluções liberais alastraram-se pela Europa: a Bélgica se libertou da Holanda e houve tentativas (fracassadas) de unificação da Alemanha e da Itália e de libertação da Polónia. O movimento teve também posteriores repercussões em Portugal e Espanha.

    França:

    Na França, o Congresso de Viena trouxe de volta os Bourbons. As potências reunidas em Viena impuseram à França o Segundo Tratado de Paris, cujas condições eram mais drásticas que as do Primeiro: ela ficou reduzida às suas fronteiras de 1789, teve de pagar uma indenização de guerra de 700 milhões de francos, foi obrigada a restituir os tesouros artísticos confiscados dos povos conquistados e aceitar a ocupação do norte do país, durante cinco anos, por tropas das potências vencedoras.

    Bélgica

    Os acontecimentos parisienses repercutiram na Bélgica que, pelo Congresso de Viena, fora submetida à Holanda no artificial Reino dos Países Baixos. Havia profundas diferenças entre os dois povos: os belgas eram católicos, de idioma valão (próximo ao francês), industriais e partidários do protecionismo alfandegário a fim de favorecer suas nascentes indústrias contra a concorrência estrangeira; os holandeses seguiam o protestantismo, sua língua é semelhante ao alemão, viviam do comércio e eram adeptos do livre-cambismo.

    Polônia

    Na Polônia, a Revolução também assumiu o caráter de movimento pela independência. Após o Congresso de Viena, a maior parte do país ficara submetida à Rússia. Aproveitando-se da organização de um exército para intervir na Bélgica, a Varsóvia, com auxílio de franceses, se rebelou contra a dominação russa. Em pouco tempo, o movimento liberal e nacionalista atingiu todo o país. Tropas do czar da Rússia Nicolau I esmagaram os patriotas poloneses. A derrota, seguida de violenta repressão, decorreu também pela falta de ajuda externa e pela cisão entre revolucionários, divididos em republicanos (burgueses) e monarquistas (pequena nobreza).

    fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%B5es_de_1830

  • Teve a independência da Grécia também!

  • Quetao correta. burgueses, operários (fabris) urbanos, nacionalistas e revolucionários rebelaram-se contra as suas respectivas dinastias, alimentados pelas ideias da revolução francesa de 1789 e das revoltas de 1820, abalando o concerto de poder do congresso de viena.


ID
2501473
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Em 1830 e em 1848, a Europa foi tomada por movimentos revolucionários. Acerca desse assunto, julgue (C ou E) o item a seguir.


A primeira fissura no status territorial europeu estabelecido em 1815 ocorreu em Bruxelas, em 1830, quando protestos de origem social tomaram dimensões políticas, o que levou à expulsão das tropas holandesas e à consequente proclamação da independência da Bélgica.

Alternativas
Comentários
  • Questão correta. No ano de 1830 ocorre a chamada Revolução Belga, que se inicia em 25 de agosto daquele ano, com distúrbios e saques de lojas em Bruxelas, além de diversos levantes no resto do país. Fábricas foram ocupadas e as máquinas destruídas. O rei holandês à época, Guilherme, não conseguiu reprimir com sucesso o levante dos belgas, devido especialmente às deserções em massa dos soldados das províncias do sul do Reino dos Países Baixos, que formariam futuramente o Reino da Bélgica. 

    Em 1831, Leopoldo I é aclamado "Rei dos Belgas" em 21 de julho daquele ano, porém, o reconhecimento oficial do Reino da Bélgica pela Holanda e as demais potências européias (Reino Unido, Áustria, França, Prússia, Rússia) só acontece de forma definitiva com a assinatura do Tratado de Londres, em 07 de janeiro de 1839, o qual estabeleceu também a neutralidade da Bélgica.

    Fontes:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Belga

    https://seuhistory.com/hoje-na-historia/tratado-de-londres-reconhece-independencia-da-belgica

  • (essa foi no chute mesmo)

  • Importante notar que diz primeira fissura no status territorial 

    Uma vez que o sistema de Metternich sofreu outros golpes antes desse (1º saida da inglaterra da Quintupla Aliança; 2º saida (para fins práticos) da Russia; 3º as revoluções de 30, começando com a de julho na França)
    Mas de fato, este foi o primeiro que alterou a questão territorial. 

  • Nossos caros amigos do CESPE esqueceram-se da independência grega, em relação ao Império Turco-Otomano, ocorrida em 1829. Até onde eu sei a Grécia faz parte da Europa. 

  • CORRETO.

    O princípio de legitimidade foi inventado por Talleyrand como meio de proteger a França contra punições drásticas por parte de seus vencedores, entretanto, Metternich adotou o princípio como forma de restaurar as dinastias pré-revolucionárias, assim como cada país deveria readquirir os territórios que possuía em 1789. Portanto, Luís XVIII foi reconhecido como soberano legítimo da França, a Casa de Orange na Holanda, os Bourbons da Espanha, entre outros.

    Entretanto, os países vencedores estabeleceram o sistema de compensações, no qual algumas potências conservaram valiosos territórios: Inglaterra ficou com África do Sul, Guiana e Ilha de Ceilão; Holanda com as províncias austríacas dos Países Baixos, ou seja, a Bélgica; Áustria com alguns territórios na Itália; Rússia com a Finlândia; Suécia com a Noruega. (BURNS, p.64-65)

    Portanto, eu entendi que a questão referiu-se à fissura territorial desse mapa europeu desenhado pelos vencedores conforme o sistema de compensações, o qual a Grécia não fez parte. Porém, se a questão estivesse se referindo à fissura do status político, aí sim, penso eu, estaria errado dizer que ocorreu em 1830 com a independência da Bélgica, porque houve insurreições populares em 1820s, sendo a grega a única a ser bem-sucedida.

  • O Daniel levantou um ponto importante: a independência da Grécia (1821-1829), que fez parte da 1ª onda revolucionária, não foi considerada pela banca?

  • Respondendo os colegas com dúvida:

    Grande parte da Grécia foi parte do Império Otomano, a partir do século XIV, mesmo antes da captura de Constantinopla, até o final da guerra de independência grega no início dos anos 1830.

    O status europeu proposto em 1815 não envolvia a Grécia. Era o anterior a Napoleão. Em tal época, a Grécia não era do desenho de dominância europeia. Era dos Otomanos.

  • CERTO.

    Foi a primeira fissura no status territorial europeu que havia sido definido no Congresso de Viena em 1815 (a Grécia já fazia parte do Império Turco Otomano antes do CV).

    Bélgica – Revolução romântica na Bélgica

    ·      Demanda: separação da Bélgica do Reino dos Países Baixos (Holanda. No congresso de Viena de 1815, a Bélgica, que antes era província austríaca, fora submetida ao governo da Holanda a despeito de diferenças de língua, nacionalidade e religião entre belgas e holandeses. Além disso, a Bélgica era industrial e a Holanda era agrícola e comercial.

    ·      Desdobramentos: A revolta foi olhada com simpatia pela França e Inglaterra. Revolta militar em Bruxelas; tentativa fracassada de retomada militar.

    ·      Conclusão:

    Ø Em 1830, na Conferência de Londres, é reconhecida a independência da Bélgica.

    Ø Em 1839, a independência e neutralidade da Bélgica foram garantidas por todas as grandes potências.

    Espero ter ajudado. Bons estudos!

  • Certo

    Pessoal, também errei essa questão e fiquei muito em dúvida por causa da Grécia, mas o professor Luigi Bonafé explicou que a chave é "estabelecido em 1815", ou seja, a Grécia não foi criação do Congresso de Viena, sua independência foi fruto de uma situação específica do Império Otomano.

    Já a Bélgica havia sido incorporada à Holanda dentro do sistema de compensações territoriais do Congresso de Viena Holanda perdeu Ceilão, Guiana e África do Sul para Inglaterra. Como compensação "ganhou" Bélgica. Por isso, a independência da Bélgica é a "primeira fissura no status territorial europeu". 

    Outras compensações territoriais do Congresso de Viena :

    • Bélgica estava sob soberania do Império Habsburgo, Áustria, e passa para Holanda
    • Áustria recebe como compensação Veneza e Milão por perder Bélgica
    • Rússia "ganha" Finlândia e Bessarábia como recompensa pela luta contra Napoleão
    • Criação dos estados-tampão da Suíça e Piemonte.
  • O Congresso de Viena foi um encontro ocorrido, entre setembro de 1814 e junho de 1815, com o objetivo reestruturar a Europa após a derrota de Napoleão Bonaparte , criando um equilíbrio entre as potências vencedoras. As principais potências envolvidas foram a Inglaterra - apesar de já ter dado fim ao absolutismo , a Prússia, a Rússia e a Áustria e, tinham a proposta  de restaurar o Antigo Regime absolutista e mercantilista com a retomada das casas reais “ “legítimas" ao poder, além de redefinir territórios como um passo importante para o equilíbrio entre as potências da época. 

    Uma das decisões territoriais tomadas neste Congresso foi o domínio da Holanda sobre a Bélgica, lembrando que as decisões do Congresso de Viena desconsideravam os grupos étnicos e culturais pertencentes a cada espaço territorial e, toda a dinâmica sócio espacial dos territórios. 

    Entretanto, as ideias não se encolhem e os territórios que foram divididos pelo Congresso de Viena tiveram contato com o ideário da Revolução Francesa através das tropas napoleônicas. Dessa forma, não havia mais espaço para o projeto de retomada do Antigo Regime. As revoluções burguesas começaram como um movimento de continuidade histórica do Iluminismo. As revoluções burguesas podem ser divididas em três momentos. 

    As três ondas revolucionarias podem ser consideradas liberais, uma vez que foram diretamente influenciadas pelas tropas napoleônicas que propagaram o ideário da Revolução Francesa. A primeira onda dos anos de 1820 foi considerada pequena. Os territórios atingidos foram Portugal, Espanha e alguns espaços da Península Itálica, por esse motivo foi chamada de onda revolucionária mediterrânea. Ela não trouxe nenhum efeito territorial, pois não modificou limites e fronteiras. O exemplo bem sucedido deste primeiro ciclo revolucionário foi a Revolução do Porto , em 1820, que obrigou D. João VI a retornar para Portugal e jurar a Constituição.
    A segunda onda revolucionária foi influenciada por crises econômicas e disputas de nacionalidades. Neste momento, anos de 1830, foi introduzido o elemento nacionalista de caráter burguês com a proposta de formação de Estados liberais. Esta onda apresentou a primeira fissura territorial com a independência da Bélgica que se separou da Holanda e iniciou a construção de um estado liberal burguês com princípios nacionalistas. 

    A terceira onda revolucionária foi considerada a mais violenta, por conta da grave crise econômica da época. A onda de 1848 se espalhou por cerca de 20 países e afetou parte do Leste Europeu. Outra característica das Revoluções Burguesas ocorridas em 1848 foi a introdução de elementos socialistas, uma vez que em 1848 foi publicado o Manifesto do Partido Comunista.

    A referência bibliográfica mais marcante sobre esse assunto é o livro “A Era das Revoluções" de Eric Hobsbawn. Nas revoluções burguesas podemos analisar que a burguesia era revolucionária por um prisma pois era opositora à retomada do Antigo Regime e, por um outro lado era conservadora demonstrando-se veementemente contra as projetos democráticas demandados por massa popular . 

    A afirmativa está correta, pois o primeiro rompimento territorial com o Congresso de Viena foi com a independência da Bélgica nos anos de 1830. 

    Gabarito do Professor:  CERTO.

ID
2501476
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca das revoluções russa (1917) e chinesa (1949), dois marcos na história política e das relações internacionais no século XX, julgue (C ou E) o próximo item.


Durante a guerra civil ocorrida após a revolução russa, Lenin adotou uma política externa defensiva e assinou o Tratado de Riga, também conhecido como Paz de Riga, que determinava que a fronteira russo-polonesa fosse deslocada para oeste, de modo a incorporar à Rússia regiões polonesas cujos habitantes falavam russo.

Alternativas
Comentários
  • Os territórios poloneses na parte oriental da fronteira entre os dois países, que tinham sido anexados pela Rússia, foram devolvidos com o Tratado.

  • Deu à Polonia um bloco de territótios ao longo de toda a sua fronteira leste...

  • Paz de Riga, também conhecida como Tratado de Riga, foi assinada em Riga em 18 de março de 1921, entre a Polônia, a Rússia Soviética (atuando também em nome de Belarus soviética) e a Ucrânia soviética. O tratado acabou com a guerra polaco-soviética.

    As fronteiras soviético-polacas estabelecidas pelo tratado permaneceram em vigor até a Segunda Guerra Mundial. Estas seriam mais tarde redesenhadas durante a Conferência de Yalta e a Conferência de Potsdam.

  • GABARITO: ERRADO

     

    Mesmo não conhecendo a matéria, dava para responder essa questão por lógica: se fosse de fato a Rússia que tivessse incorporado territórios da Polônia, como dizia a afirmativa, mesmo que através de tratado, não poderia se considerar que Lenin tinha adotado uma política externa defensiva, pelo menos não por este ponto específico.

     

    Assim, uma das duas afirmações tinha que estar errada:

    - ou Lenin não tinha adotado uma política externa defensiva;

    - ou a Rússia não tinha incorporado territórios da Polônia

     

    Bons estudos!

  • ERRADA

     

    Em seu combate contra os russos, os poloneses foram beneficiados com a ajuda de uma  “missão militar francesa” que contava com algumas dezenas de oficiais comandada pelo general Maxime Weygand - do qual fazia parte o capitão Charles de Gaulle. Em 18 de março de 1921, o Tratado de Riga, Letônia, assinado com os representantes do governo bolchevique leva para leste a fronteira oriental da Polônia com a Rússia.

  • Gabarito: ERRADO

    "Lênin desejava o fim da Guerra Sovietico-polonesa para que o governo revolucionário pudesse se focar na Guerra Civil. Os poloneses não desejavam minorias étnicas dentro de suas fornteiras. Sendo assim, ambos os lados acordaram em uma fronteira que retirava russos e ucranianos de território polonês, embora muitos poloneses fossem submetidos ao domínio russo. O conflito, entretanto, iniciou como uma operação bolchevique de apoio aos revolucionários da Europa Central, como as regiões do antigo império Habsburgo qie se esfacelava. O propósito era o da "revolução mundial", defendida por Lênin e por Trotsky. Sendo assim, a política externa de Lênin pode ser onsiderada agressiva."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Até 1953, a política da URSS caracterizou-se como defensiva.

    Paz de Riga (1921) - Polônia recuperou sua independência, numa fase histórica conhecida como "Segunda República Polaca".


ID
2501479
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca das revoluções russa (1917) e chinesa (1949), dois marcos na história política e das relações internacionais no século XX, julgue (C ou E) o próximo item.


As revoluções russa e chinesa têm em comum o referencial teórico marxista e a prática revolucionária de mobilizar grandes massas do proletariado urbano organizadas pelos partidos comunistas nacionais com o objetivo de tomar o poder com o uso da violência.

Alternativas
Comentários
  • Rev. Chinesa foi marcada pelo campesinato, dando origem a via maoista revolucionária.
  • Marquei errada logo após ler proletariado urbano.

  • Errado

    "As revoluções russa e chinesa têm em comum o referencial teórico marxista e a prática revolucionária de mobilizar grandes massas do proletariado urbano organizadas pelos partidos comunistas nacionais com o objetivo de tomar o poder com o uso da violência."

    O erro está na parte grifada. Tanto a Rússia Czarista quanto a República da China tinham uma população urbana pequena e mais interessada em ideias de liberalismo clássico do que no comunismo. No caso da China é ainda mais flagrante o tratamento e diferença entre a China rural e a China urbana. Tanto que Mao Tsé Tung durante a revolução cultural irá remover milhões de pessoas de suas residências e profissões para viver/trabalhar no campo.

  • A Revolução Russa iniciada em 1917 e a Revolução Chinesa, que obteve sucesso em 1949 têm,
    ambas, suporte teórico básico no marxismo-lenilismo. Aliás, o partido comunista chinês, fundado por intelectuais em 1921 em Xangai, contou com a ajuda (incluso financeira) do Partido Comunista Russo, depois Partido Comunista Soviético, para estabelecer suas bases na China, na década de 1920. Mao Tsetung é afiliado ao partido desde a primeira hora.

    No entanto, os processos revolucionários são distintos, o que vai levar a uma diferenciação de orientação revolucionária. A realidade de Rússia e China eram (e são) bastante distintas. Tanto econômica quanto social e culturalmente falando. Suas histórias são diferentes.  

    A Revolução Russa tem um caráter urbano e parte do princípio de que o elemento revolucionário por excelência é o proletariado urbano. Cabe a ele liderar a revolução, sob do comando de um partido hierarquicamente estruturado e, centralizador .
    As unidades organizacionais não só da revolução mas da própria estrutura social seriam os soviets, comitês de operários, marinheiros e soldados, nascidos espontaneamente na Rússia após o primeiro movimento de 1905.

    Já na China, país essencialmente rural, o motor da revolução é o camponês. Daí começam as diferenças que, a médio e longo prazo, vão desaguar no maoísmo e até em uma ruptura entre China e URSS na década de 1950. Ambos reivindicando a “verdade revolucionária" .

    Por isso a parte da afirmativa “mobilizar grandes massas do proletariado urbano" faz com que ela se torne incorreta. A mobilização do proletariado urbano no caso russo é verdadeiro mas, não no caso chinês.

    RESPOSTA: ERRADO

ID
2501482
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca das revoluções russa (1917) e chinesa (1949), dois marcos na história política e das relações internacionais no século XX, julgue (C ou E) o próximo item.


Vitorioso, o regime chinês chefiado por Mao Tse-tung implementou um programa econômico que estatizou empresas industriais estrangeiras e aquelas pertencentes a famílias ligadas ao Kuomintang.

Alternativas
Comentários
  • Kuomintang ou Partido Nacionalista Chinês é fundado após a Revolução Nacionalista, em 1911, em que o país se torna uma República.  Sun Yat-se colaborava com os comunistas chineses, mas depois de sua morte, os atritos com o Kuomintang começaram. O Kuomintang era militarmente mais forte nas cidades, enquanto os comunistas tinham maior força nos campos. Os Kouminatang, em 1949, refugiaram-se em Taiwan, onde instalaram a China Nacionalista (Taiwan). As forças de Mao conseguiram a vitória em 1º de outubro de 1949, conquistaram o poder e proclamaram a República Popular da China. Com o início da Era Mao Tse-tung, a China passa por uma série de reformas como, por exemplo, coletivização das terras, controle estatal da economia e nacionalização de empresas estrangeiras.

     

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Revolu%C3%A7%C3%A3o_Chinesa

  • Aos não assinantes,

    GABARITO: CERTO

  • Na primeira etapa da revolução, chamada de Nova Democracia, as grandes e médias propriedades rurais foram confiscadas pelo Estado e entregues aos camponeses. A refor­ma agrária foi muito importante para dimi­nuir a pobreza no país. Milhões de pessoas que antes viviam entulhadas nas favelas da periferia de Xangai e Pequim ganharam terra para trabalhar. Também foi organizado um gigantesco movimento de educação popular, que alfabetizou dezenas de milhões de adul­tos. As mulheres, que até então eram tratadas como servas domésticas, ganharam igualdade de direitos com os homens. Sem dúvida, era uma nova China que estava nascendo.

    Em 1953, todas as empresas, bancos e indústrias passaram para o controle do Estado. A China se tornava um país socialista que se­guia o modelo soviético, com apoio total à industria pesada e à economia dirigida por planos de 50 anos. A URSS ajudava bastan­te, enviando dinheiro, tecnologia, engenhei­ros, médicos, professores e operários especializados.

     

    https://www.coladaweb.com/historia/revolucao-chinesa

  • Certo ! 

    Foi na China dos anos 20 que começaram as tumultuosas relações entre o Kuomintang (KMT) e o Partido Comunista Chinês (PCC). Relações que ficarão marcadas por alianças e guerras fratricidas entre os dois partidos.

    O PCC foi fundado em Shanghai, em 1921, por Mao Tse Tung. Três anos mais tarde, sob a impulsão da Komintern (Terceira Internacional), o partido alia-se aos nacionalistas do KMT.

  • Desde o inicio do século XX a China enfrentava tensão política entre várias proposições. Em 1911 houve a Revolução Xinhai que pôs fim ao regime monárquico mas, o território chinês se encontrou mais fragmentado político e ideologicamente. Os Senhores de Guerra lutavam apoiando os movimentos separatistas ao sul. O Kuomintang, que era o partido nacionalista, defendia a permanência da unidade territorial chinesa e, em meio a estes dois grupos, surgiram os comunistas. Além disso é mantido o último imperador da China, Pu Yi, “governando" confinando na Cidade Proibida , localizada em Pequim. 

    Houve um fortalecimento dos comunistas chineses com o sucesso da Revolução Russa de 1917. Tanto que no ano de 1921 foi criado o Partido Comunista Chinês com 57 fundadores, dentre eles Mao Tse Tung. A relação entre o PCC e o Kuomitamg era amistosa e intermediada pela União Soviética. Após a morte do líder do partido nacionalista e com a ascensão de Chiang Kai Shek, os membros do PCC passaram a serem perseguidos e sofrerem repressão dando início à uma guerra civil. 

    A Guerra civil teve uma trégua quando começaram a Guerra Sino Japonesa e a Segunda Guerra Mundial. Com a derrota do Japão oficializada, as discussões foram retomadas e não tiveram sucesso. Dessa forma, a guerra civil recomeçou e as forças comunistas, superiores em número de pessoas e armamentos, venceram. Os nacionalistas fugiram para Taiwan e assim Mao-Tsé Tung estabeleceu a República Popular da China.

    O primeiro esboço da economia feito por Mao Tsé Tung para a República Popular da China foi o Plano Quinquenal. O objetivo deste plano era desenvolver as indústrias pesadas e estabelecer as metas necessárias para o crescimento das áreas de produção consideradas prioritárias pelo PCC. Uma das medidas econômicas para conseguir ampliar os recursos financeiros do partido foi a expropriação das empresas privadas que estavam em território chinês desde o período monárquico e, também, os bens dos membros do partido nacionalista Kuomitang que fugiram quando o regime comunista foi implementado.
    Por este motivo podemos afirmar que a questão está correta. 

    Gabarito do Professor:  CERTO.

ID
2501485
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca das revoluções russa (1917) e chinesa (1949), dois marcos na história política e das relações internacionais no século XX, julgue (C ou E) o próximo item.


Entre 1918 e 1921, ocorreu na Rússia uma guerra civil entre revolucionários e contrarrevolucionários, agravada pela intervenção de tropas estrangeiras, principalmente da França e da Inglaterra, em favor dos chamados russos brancos.

Alternativas
Comentários
  • Questão, com gabarito preliminar de C, anulada pelo Cespe, com a seguinte justificativa: "Há divergência na literatura que trata do assunto abordado no item."

     

    http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_17_diplomacia/arquivos/IRBR_17_DIPLOMACIA_JUSTIFIVATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GABARITO.PDF

    http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_17_diplomacia/arquivos/327_IRBR_002_01.PDF

  • Tentando explicar um pouco melhor, na realidade a assertiva deveria ser considerada ERRADA, pois esta faz uma confusão com o termo "russos brancos". Este termo era usado para designar o povo bielorrusso (biely = branco, em russo), o qual habita a atual República de Belarus, e que fazia parte do antigo Império Russo e da URSS. A assertiva estaria correta se substituísse o termo "russos brancos" por "Exército Branco", que era a resistência contrarrevolucionária formada principalmente por antigos oficiais monarquistas, alguns mencheviques e Socialistas-revolucionários de direita, com participação relevante dos cossacos da região do Don (sul da Rússia). Tal exército não tinha nenhuma relação direta com o povo bielorrusso, ou os "russos brancos", havendo parcelas desta população que aderiu tanto ao Exército Vermelho quanto aos contrarrevolucionários brancos.

    Fonte: um livro interessante e que ilustra bem essa época é a "História da Guerra Civil Russa", de Jean Jacques Marie (ed. Contexto).

  • Para não repetir o que já foi dito, recomendo a quem quiser o vídeo abaixo:

    https://www.youtube.com/watch?v=2yI85t2VAqM


ID
2501488
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A partir de meados do século XIX, os Estados Unidos da América (EUA) passaram por importantes mudanças internas e por uma notável expansão territorial, além de terem ampliado sua presença política internacional. Com relação a esses temas, julgue (C ou E) o item seguinte.


Como consequência da vitória norte-americana na Guerra Hispano-Americana de 1898, os EUA anexaram a Flórida, as Filipinas, Porto Rico e Guam, e a Espanha foi obrigada a conceder a independência a Cuba.

Alternativas
Comentários
  • Os EUA compraram a Flórida, anteriormente.

  • O erro está na Flórida, que foi comprada em 1819 pelos EUA.

  • florida foi comprada!!

     

  • ERRADO

     

    - Em 1819 os EUA compram a Flórida aos espanhóis. (Tratado de Transcontinentalidade)

     

  • Como consequência da vitória norte-americana na Guerra Hispano-Americana de 1898, os EUA anexaram a Flórida, as Filipinas, Porto Rico e Guam, e a Espanha foi obrigada a conceder a independência a Cuba.


    A Guerra Hispano-Americana foi o resultado do envolvimento dos EUA na Guerra de Independência de Cuba. Para prejudicar a Espanha, os EUA travou a Guerra no Caribe e no Pacífico, atacando as Filipinas. O Tratado de Paris de 1898, deu condições favoráveis aos Estados Unidos, que assumiu o controle sobre Cuba (temporariamente), além da autoridade colonial sobre Porto Rico, Filipinas e Guam. A Flórida não fez parte dos acordos da guerra, sendo adquirida pelos norte-americanos em 1819, anos antes da Guerra contra a Espanha.


    ERRADA.


  • "O secretário de Estado, John Quincy Adams, dirigindo-se ao governo espanhol, acusou-o de incapaz de manter suas obrigações na América e sugeriu a venda do território (Flórida) para os Estados Unidos. Com receio de possível guerra, os espanhóis cederam à pressão e, pelo Tratado Adams-Onís de 1819, a Flórida passou para os Estados Unidos por uma soma de cinco milhões de dólares."

    Fonte: História dos Estados Unidos : das origens ao século XXI / – Leandro Karnal ... [et al.]. – São Paulo : Contexto, 2007.

    Página 105

  • Os Estados Unidos conquistaram a sua independência no século XVIII . A partir daí se consolidaram enquanto Estado Nação. No século XIX, começaram a expansão territorial na América do Norte – de leste para oeste - por duas vias: a primeira delas era pela compra de terras e a segunda era através das guerras.

    A Guerra Hispano Americana aconteceu no ano de 1898 entre os Estados Unidos e a Espanha. Esta guerra começou com o envolvimento norte americano na Independência de Cuba e ataques aos territórios ultramarinos na América Espanhola. Nos anos de 1890 os norte americanos iniciaram uma campanha a favor da independência de Cuba. Os Estados Unidos tentaram negociar diplomaticamente com a Espanha, entretanto as tentativas americanas foram rejeitas. Após o naufrágio do navio americano Maine foi declarada guerra contra a Espanha. As tropas cubanas e norte americanas atacaram as forças militares espanholas que logo cederam pedindo um acordo de paz. 

    Este acordo de paz foi chamado de Tratado de Paris e nele ficou registrado o compromisso da Espanha em conceder a independência a Cuba que, por sua vez ,se tornou um protetorado norte americano até 1901. As ilhas de Porto Rico e Guam foram cedidas aos Estados Unidos. As Filipinas passaram a ser território estadunidense após o pagamento de 20 milhões de dólares à Espanha. Esta afirmativa está incorreta, pois o território da Flórida foi comprado da Espanha no ano de 1819 antes da Guerra Hispano Americana. 
    As Filipinas passaram a ser domínio norte americano após o tratado de Paris de 1898 como consequência da Guerra, mas mediante o pagamento de uma indenização de 20 milhões de dólares. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501491
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História

A partir de meados do século XIX, os Estados Unidos da América (EUA) passaram por importantes mudanças internas e por uma notável expansão territorial, além de terem ampliado sua presença política internacional. Com relação a esses temas, julgue (C ou E) o item seguinte.


Para obter o controle do canal no istmo do Panamá, o governo norte-americano incentivou a conquista da independência do Panamá em relação à Costa Rica e obteve da Colômbia a desistência do litígio acerca das ilhas panamenhas no Caribe.

Alternativas
Comentários
  • O Panamá tornou-se independente da Colômbia, e não da Costa Rica.

  • "A chamada 'Diplomacia do Canal' é foco importantíssimo das relações exteriores dos EUA no final do século XIX e início do século XX. O Panamá, entretanto, conquistou sua independência perante a Colômbia, não da Costa Rica. Caso fosse feita essa troca, o item estaria correto em seu conceito."

    Professor: Filipe Figueiredo

    Livro: "Como Passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria'

  • A política externa dos Estados Unidos, neste momento, era pautada na Política do “Big Stick" que visava garantir o interesse do país em áreas externas ao território norte americano onde houvesse cidadão norte americano. Para que essa política externa se concretizasse haveria duas vias: ou através da força das armas ou através da entrada maciça das empresas norte americanas através da “diplomacia do dólar", variante do Big Stick do presidente Theodor Roosevelt.

    Este era um momento de expansão imperialista norte americana e a questão do canal do Panamá está inserida dentro deste projeto de expansão. O objetivo estadunidense era a formação de um país de costa a costa, ou seja da costa oeste até a costa leste. A sua ideologia era a do “Destino Manifesto", pois havia a crença de cabia aos norte-americanos, descendentes de anglo saxões, a missão civilizatória dentro da América. Esta afirmativa está parcialmente pois os Estados Unidos incentivou a independência da província do Panamá. Entretanto, o Panamá não era parte da Costa Rica e sim da Colômbia.

    O Interesse norte americano na independência da província do Panamá está vinculado ao seu interesse na construção do Canal do Panamá, que permitiria a ligação das duas costas dos EUA por mar. Os Estados Unidos já possuíam o projeto que haviam comprado do engenheiro francês Barão de Lesseps, que também havia projetado e construído o Canal de Suez. 

    O litígio das Ilhas panamenhas no Caribe não está relacionado com a independência da Província do Panamá e nem tampouco com a construção do Canal de Suez. Este é mais um motivo pelo qual a afirmativa está incorreta. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501494
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A partir de meados do século XIX, os Estados Unidos da América (EUA) passaram por importantes mudanças internas e por uma notável expansão territorial, além de terem ampliado sua presença política internacional. Com relação a esses temas, julgue (C ou E) o item seguinte.


O governo de Abraham Lincoln, candidato do Partido Republicano que venceu a eleição presidencial norte-americana de 1860, não contou com o apoio da maioria do Congresso, tampouco da Corte Suprema, então dominada por sulistas.

Alternativas
Comentários
  • O Cespe alterou o gabarito, de C para E, com a seguinte justificativa: "O governo de Abraham Lincoln contou com o apoio da maioria do Congresso."

     

    http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_17_diplomacia/arquivos/IRBR_17_DIPLOMACIA_JUSTIFIVATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GABARITO.PDF

    http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_17_diplomacia/arquivos/327_IRBR_002_01.PDF 

  • Com quase nenhum apoio do Sul do País, ele percorreu o Norte e foi eleito presidente. Sua eleição fez com que sete estados escravistas do sul declarassem cessão à União e formassem os Estados Confederados da América. A ruptura com os sulistas fez com que o partido de Lincoln obtivesse amplo controle do Congresso, mas nenhuma ação ou reconciliação foi feita. 

    Lincoln liderou o país de forma bem-sucedida durante sua maior crise interna, a Guerra Civil Americana, preservando a União e abolindo a escravidão, fortalecendo o governo nacional. 

    O domínio do Partido Republicano durou de 1861 até 1913.

  • Lincoln não só ganhou nos Estados do Norte com facilidade, mas também trouxe maioria republicana no Congresso. Eleições para o Congresso foram realizadas a partir de agosto de 1860 a junho de 1861. Eles foram realizadas antes, durante e depois da campanha pré-determinado presidencial. A taxa de afluência às urnas em 1860 foi a segunda mais alta já registrada até então.


ID
2501497
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A partir de meados do século XIX, os Estados Unidos da América (EUA) passaram por importantes mudanças internas e por uma notável expansão territorial, além de terem ampliado sua presença política internacional. Com relação a esses temas, julgue (C ou E) o item seguinte.


Em 1893, o presidente Glover Cleveland recusou-se a anexar o Havaí aos EUA, contrariando solicitação feita por fazendeiros norte-americanos ali instalados.

Alternativas
Comentários
  • Questão, com gabarito preliminar de C, anulada pelo Cespe, com a seguinte justificativa: "A grafia incorreta do nome 'Grover' prejudicou o julgamento objetivo do item."

     

    http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_17_diplomacia/arquivos/IRBR_17_DIPLOMACIA_JUSTIFIVATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GABARITO.PDF

    http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_17_diplomacia/arquivos/327_IRBR_002_01.PDF

  • Se não fosse pela grafia incorreta do nome do Presidente norte-americano, a questão estaria CERTA.

     

    A República do Havaí era o nome formal do governo que controlava o Havaí de 1894 a 1898, quando foi governada como uma república. O período de república ocorreu entre a administração do Governo Provisório do Havaí, que terminou em 4 de julho de 1894, e a aprovação da Resolução Newlands no Congresso dos Estados Unidos em que a República foi anexada aos Estados Unidos e se tornou o Território do Havaí em 7 de julho de 1898. O Reino do Havaí foi derrubado em 1893, como resultado da intervenção dos interesses comerciais estrangeiros e dos militares dos Estados Unidos.

    Após a derrubada, em 1893, o Governo Provisório pressionou os Estados Unidos para anexar o Havaí. Eles foram bem sucedidos com o Presidente Benjamin Harrison em negociar um tratado de anexação, no entanto o mandato de Harrison chegou ao fim antes que o tratado poderia ser ratificado pelo Congresso. O novo Presidente Grover Cleveland se opôs à ideia de anexar, sendo ele próprio um anti-imperialista, e retirou o tratado de anexação negociado pelo Presidente Benjamin Harrison ao assumir o cargo. Depois de comissionar o relatório secreto Blount, ele afirmou que os Estados Unidos tinham usado inadequadamente a força militar e pediu a reintegração da Rainha Liliuokalani. O assunto foi referido por Cleveland ao Congresso após Sanford B. Dole recusar as demandas de Cleveland, e o Senado dos Estados Unidos realizou uma investigação mais aprofundada, que culminou no relatório Morgan, que rejeitou completamente que não havia qualquer envolvimento dos Estados Unidos na derrubada.


ID
2501500
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A política externa norte-americana tem dedicado, historicamente, grande atenção à América Latina. Acerca desse tema, julgue (C ou E) o item subsecutivo.


Na Conferência do Rio de Janeiro, em 1942, a proposta norte-americana de rompimento das relações dos países americanos com as potências do Eixo foi combatida por Argentina, Paraguai e Uruguai.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    Convocada por Washington em seguida ao ataque japonês a Pearl Harbor, em dezembro de 1941, III Reunião de Consulta dos Ministros das Relações Exteriores das Repúblicas Americanas realizou-se no palácio Tiradentes, no Rio de Janeiro, de 15 a 28 de janeiro de 1942. O principal objetivo da reunião era a aprovação unânime de uma resolução de rompimento imediato de relações diplomáticas e comerciais dos países americanos com o Eixo. Ao final, por força da recusa argentina e chilena em firmar tal posição, foi aprovada uma resolução que apenas recomendava o rompimento de relações.

    fonte: http://cpdoc.fgv.br/producao/dossies/AEraVargas1/anos37-45/AGuerraNoBrasil/ReuniaoChanceleres


ID
2501503
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A política externa norte-americana tem dedicado, historicamente, grande atenção à América Latina. Acerca desse tema, julgue (C ou E) o item subsecutivo.


A Doutrina Monroe, anunciada em 1823, não impediu que potências europeias ocupassem territórios no continente latino-americano, tampouco que fizessem intervenções militares nos países da região.

Alternativas
Comentários
  • Invasão do México pela França - 1861

    Bloqueio da Venezuela pelo Reino Unido e a Alemanha - 1902

    Entre outros....

  • Doutrina Monroe, em 1823, cujo lema era “A América

    para os americanos”.

  • Intervenção da Espanha no México em 1829; a própria permanência de Cuba como domínio espanhol por várias décadas; a ocupação das Malvinas pelos britânicos em 1833...


ID
2501506
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A política externa norte-americana tem dedicado, historicamente, grande atenção à América Latina. Acerca desse tema, julgue (C ou E) o item subsecutivo.


Tropas norte-americanas intervieram no México, em 1914, para exigir que o governo mexicano se desculpasse por alegado insulto à bandeira norte-americana e, em 1916, para perseguir o líder revolucionário Pancho Villa.

Alternativas
Comentários
  • "O incidente de Tampico deu-se em 9 de abril de 1914 e teve origem na prisão de um oficial e nove marinheiros do Dolphin, navio de bandeira norte-americano, atracado naquele porto. A prisão foi efetuada em virtude de desacato contra autoridades mexicanas pelos marinheiros quando penetravam em zona proibida do porto, então em estado de sítio. Como reparação ao "insulto" à bandeira dos Estados Unidos, o contra-almirante da esquadra americana exigiu o hasteamento da mesma em solo mexicano, acompanhado de 21 tiros de canhão. Huerta negou-se a atender tais exigências e, em última instância, se dispôs a submeter o caso a arbitramento. Wilson, não obstante, solicitou autorização do congresso para empregar as forças armadas a fim de obter o reconhecimento dos direitos e dignidades americanas. 

    III Simpósio Internacional: Estados Americanos: Relações Continentais e Intercontinentais - 500 anos de história. 

     

  • 1914

    Tampico = cidade petrolífera.

    Havia uma concentração considerável de cidadãos norte-americanos na área devido ao imenso investimento de empresas dos Estados Unidos na indústria de petróleo local.

    Woodrow Wilson, enviou uma pequena força naval sob o contra-almirante Henry T. Mayo para proteger cidadãos e propriedades norte-americanas, incluindo investimentos na indústria de petróleo local. 

    Em 9 de abril de 1914, o comandante do USS Dolphin enviou nove marinheiros para terra em um baleeiro para pegar algumas latas de óleo combustível em um armazém em Tampico, como previamente acordado com o comandante federal do México. 

    As tropas estaduais mexicanas prenderam os marinheiros dos EUA, uma violação da soberania americana, como navios navais são considerados solo nacional. 

    Wilson ordenou navios das frotas do Atlântico e Pacífico dos EUA para as águas mexicanas e pediu ao Congresso permissão para ocupar vários portos da costa leste do México, incluindo a principal cidade de Veracruz.

    1916

    Intervenção americana no México durante que tentou, sem sucesso, capturar Pancho Villa de março de 1916 a fevereiro de 1917 


ID
2501509
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A política externa norte-americana tem dedicado, historicamente, grande atenção à América Latina. Acerca desse tema, julgue (C ou E) o item subsecutivo.


Na Primeira Conferência dos Estados Americanos, realizada em Washington em 1889, os países hispano-americanos, com exceção do México, aprovaram o projeto norte-americano de construir um canal interoceânico na América Central para conectar as costas americanas do Pacífico e do Atlântico e facilitar o comércio e as comunicações.

Alternativas
Comentários
  • A Primeira Conferência Pan-americana (1889-1890) foi uma iniciativa dos Estados Unidos para aumentar seu comércio com o resto de América do Sul.

  • Não houve tal aprovação de canal interoceânico, conforme site da OEA:

     

    "A Primeira Conferência Internacional Americana foi realizada em Washington, D.C., de outubro de 1889 a abril de 1890, "com o objetivo de discutir e recomendar para adoção dos respectivos governos um plano de arbitragem para a solução de controvérsias e disputas que possam surgir entre eles, para considerar questões relativas ao melhoramento do intercâmbio comercial e dos meios de comunicação direta entre esses países, e incentivar relações comerciais recíprocas que sejam benéficas para todos e assegurem mercados mais amplos para os produtos de cada um desses países".

     

    Dezoito Estados americanos participaram da conferência, na qual decidiu-se constituir a "União Internacional das Repúblicas Americanas para a pronta coleta e distribuição de informações comerciais," com sede em Washington, que depois tornou-se a "União Pan-Americana" e, finalmente, com a expansão das suas funções, a Secretaria Geral da OEA. Com respeito a questões jurídicas, a conferência recomendou a adoção de disposições para governar a extradição; declarou que a conquista não cria direitos; e produziu orientações para a redação de um tratado sobre arbitragem que evitasse o recurso à guerra como meio de resolver controvérsias entre as nações americanas.

     

    Essa conferência assentou as bases do que depois se tornaria o Sistema Interamericano: interesses comerciais dirigidos no sentido de obter maior integração; preocupações jurídicas com o fortalecimento dos vínculos entre o Estado e o setor privado num ambiente pacífico de cooperação e segurança regional; e o estabelecimento de instituições especializadas em diferentes esferas."

     

    Fonte: http://www.oas.org/pt/sobre/nossa_historia.asp

  • O objetivo era de discutir e recomendar para adoção dos respectivos governos um plano de arbitragem para a solução de controvérsias e disputas que possam surgir entre eles, para considerar questões relativas ao melhoramento do intercâmbio comercial e dos meios de comunicação direta entre esses países, e incentivar relações comerciais recíprocas que sejam benéficas para todos e assegurem mercados mais amplos para os produtos de cada um desses países".

  • "A construção do canal nunca foi pauta do Panamericanismo. No período da Primeira Conferência dos Estados Americanos, o canal era projeto francês e o plano dos EUA era, eventualmente, construir um canal competidor na Nicarágua. O principal adversário desse projeto era o Chile, que buscava hegemonia na costa do Oceano Pacífico na América do Sul. A principal resistência aos EUA na conferência vinha da Argentina, que buscava manter suas relações com a Europa preservadas."

    Professor: Filipe Figueiredo

    Livro: "Como Passar Concursos da Diplomacia e Chancelaria"

  • Há estudiosos que entendem o Congresso do Panamá, de 1826, convocado por Simón Bolivar, como a origem, ainda que remota, do sistema interamericano . No entanto, foi somente em 1889, quando da reunião em Washington, que os Estados Americanos decidiram por reuniões periódicas. Segundo registros da página da OEA, a reunião em Washington teve como principal objetivo

    “ discutir e recomendar para adoção dos respectivos governos um plano de arbitragem para a solução de controvérsias e disputas que possam surgir entre eles, para considerar questões relativas ao melhoramento do intercâmbio comercial e dos meios de comunicação direta entre esses países, e incentivar relações comerciais recíprocas que sejam benéficas para todos e assegurem mercados mais amplos para os produtos de cada um desses países" 

    Além disso foram estabelecidas propostas para um relacionamento mais estreito entre os Estados. Na verdade a conferência foi uma iniciativa dos Estados Unidos para aumentar seu comércio com o resto de América do Sul. Dezoito Estados americanos participaram da conferência, na qual decidiu-se constituir a "União Internacional das Repúblicas Americanas", que será o ponto de partida para a criação da Organização dos Estados Americanos em 1948, em Bogotá. 

    Em 1948 foi assinada a Carta da OEA, que entrou em funcionamento em 1951. O grande objetivo é o de garantir a paz, a segurança e promover a democracia no continente americano, no contexto da Guerra Fria. Como se pode concluir, a afirmativa está incorreta pois o objetivo da conferência de Washington, apesar de ter sido convocada pelos EUA, não teve a proposta de aprovar a construção do Canal que seria feito mais tarde: o canal do Panamá. 

    A questão versa sobre organismos internacionais, tema de Relações Internacionais, o que demanda estudo bastante específico em uma bibliografia igualmente específica, que é fornecida pelo Instituto Rio Branco. A publicação Organismos Internacionais: História e Práticas de Monica Herz, Andréa Hoffman e Jana Tabak é bastante interessante. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501512
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Talvez o tema mais importante da história política da América espanhola das primeiras décadas pós-independência tenha sido a dificuldade de constituir Estados novos viáveis após a separação da Espanha.

Frank Safford. Política, ideologia e sociedade na América espanhola do pós-independência. In: Leslie Bethell (Org.). História da América Latina. Brasília: FUNAG; São Paulo: EdUSP, 2009, v. 3, p. 331.

A propósito do tema precedente e de seu contexto, julgue (C ou E) o item seguinte.


As guerras de independência fortaleceram o poder estatal, dificultando a constituição de uma nova ordem social e política baseada no ideário liberal e igualitário.

Alternativas
Comentários
  • Para os que não são assinantes, assim com eu: gabarito ERRADO.

  • Boa Talita kk

     12/17/2017

  • Estados fragilizados

  • Era só ler o texto de apoio

  • Partindo do pressuposto que as guerras de independência deram certo (os países são independentes, então deram...), como isso pode ter FORTALECIDO o poder estatal? Gabarito: errado

  • As guerras de independência fortaleceram o poder estatal, dificultando a constituição de uma nova ordem social e política baseada no ideário liberal e igualitário.


    As guerras de independência foram difíceis para ambos os lados, gerando milhares de mortes. Assim, o poder do "Estado" por parte da América estava enfraquecido, momento em que a elite criolla, apoiada pela Igreja católica, assume o poder e controla a política. Na questão econômica, o liberalismo era uma grande vantagem da independência, mas os negócios com a Inglaterra geraram dependência econômica nos anos que se seguiram do pós-independência. Já a questão da igualdade foi realmente prejudicada, uma vez que havia uma elite latifundiária no poder que concentrava a riqueza do recente Estado nacional.


    ERRADA

  • "A América Latina é marcada pela ausência de revoluções liberais em suas independências. Simultaneamente, não é possível falar em 'fortalecimento do poder estatal', devido aos diversos conflitos internos e a ação de forças centrífugas, com os caudilhos servindo de exemplo mais conhecido."

    Professor: Filipe Figueiredo

    Livro: "Como Passar - Concursos da Diplomacia e Chancelaria"

  • A independência da América Hispânica ocorreu no século XIX, tendo sido em grande parte impulsionada pelos movimentos revolucionários e nacionalistas europeus. A situação interna das áreas coloniais da Espanha na América, aliada à uma conjuntura externa favorável, de crítica ao antigo regime e ao colonialismo, levou à rebeliões mais intensas e, posteriormente, à independência. 

    Os ideais do Iluminismo e da posterior Revolução Francesa, de liberdade e igualdade, estimularam os primeiros movimentos de independência da América Hispânica. Grandes rebeliões como a de Tupac Amaru, no Peru, ocorrida em 1780, e o Movimento Comunero, ocorrido em 1781, na Nova Granada, atestam esse fato. Apesar de esses movimentos terem sido sufocados pelas forças espanholas, seu pioneirismo serviu de estímulo e exemplo para movimentos posteriores. No início do século XIX, tendo como estopim a invasão das tropas de Napoleão Bonaparte na Espanha, em 1807, as regiões coloniais começaram a luta pela independência.

    Apesar de ter havido uma guerra comum entre todas as regiões e a Espanha, liderada por José de San Martin e Simon Bolivar, as elites criollas em toda a América Hispânica não eram iguais. Na verdade haviam se estruturado em torno de interesses regionais. A Espanha, por sua vez, dificultou as possibilidades de união na medida em que estimulava as relações diretas entre cada capitania e vice-reinado e a Espanha. O comércio e as relações sócio-políticas internas não eram tão desenvolvidas. As diferenças de interesses entre os proprietários e as disputas por territórios levaram não só ao esfacelamento da América Espanhola, como também a guerras civis que dificultaram o nascimento de estruturas de estado sólidas imediatamente após a independência. 

    Os novos Estados hispano-americanos passaram a ser controlados pelas elites criollas que, muitas vezes entravam em disputa o que em nada facilitava a manutenção da solidez das instituições de Estado tampouco foi possível estabelecer regimes de caráter democrata baseados no ideário de liberdade e igualdade. 

    A afirmativa apresentada está incorreta. O Instituto Rio Branco fornece ao candidato uma bibliografia detalhada que cobre todos os temas exigidos nas provas . A publicação de Leslie Bethell , em vários volumes, acerca da História da América Latina, é de leitura interessante para a preparação para responder esta e outras questões de história da América. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501515
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Talvez o tema mais importante da história política da América espanhola das primeiras décadas pós-independência tenha sido a dificuldade de constituir Estados novos viáveis após a separação da Espanha.

Frank Safford. Política, ideologia e sociedade na América espanhola do pós-independência. In: Leslie Bethell (Org.). História da América Latina. Brasília: FUNAG; São Paulo: EdUSP, 2009, v. 3, p. 331.

A propósito do tema precedente e de seu contexto, julgue (C ou E) o item seguinte.


Na Confederação Argentina, nas décadas de 20 e 30 do século XIX, havia dois projetos para o Estado Nacional: o centralista, apoiado pelos caudilhos do interior, e o federal, apoiado pela elite ilustrada urbana.

Alternativas
Comentários
  • Ao contrário, os federalistas era do interior.
  • ERRADO.

     

    "(...) Em 1819, Buenos Aires decretou uma constituição centralista que fosse substituída pela federalista. A Batalha de Cepeda de 1820, travada entre os centralistas e os federalistas, resultou no fim do governo do Diretor Supremo. Em 1826, Buenos Aires promulgou outra constituição centralista, com Bernardino Rivadavia sendo nomeado como o primeiro presidente do país. Entretanto, as províncias do interior se opuseram a ele, forçaram sua renúncia e rejeitaram a constituição. Centralistas e Federalistas retomaram a guerra civil; este último grupo prevaleceu e formou a Confederação Argentina em 1831, liderada por Juan Manuel de Rosas. (...)"

  • Gabarito: ERRADO

    "A concepção de forças do item está invertida. Os caudilhos do interior argentino apoiavam o poder federal, com  maior distribuição da representação política. Já a elite urbana, especialmente de Buenos Aires, defendia um projeto centralista, mantendo o papel da cidade como centro político. Além disso, como observação factual, o conflito durou até 1830".

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas


ID
2501518
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Talvez o tema mais importante da história política da América espanhola das primeiras décadas pós-independência tenha sido a dificuldade de constituir Estados novos viáveis após a separação da Espanha.

Frank Safford. Política, ideologia e sociedade na América espanhola do pós-independência. In: Leslie Bethell (Org.). História da América Latina. Brasília: FUNAG; São Paulo: EdUSP, 2009, v. 3, p. 331.

A propósito do tema precedente e de seu contexto, julgue (C ou E) o item seguinte.


Nos primeiros quinze anos de independência do Chile, a elite política construiu um sistema de governo constitucional, consolidando o Estado nacional.

Alternativas
Comentários
  • Essa questão foi polêmica, porque a ordem constitucional chilena nos primeiros 15 anos foi incipiente

  • O movimento de independência do Chile entre os anos de 1817 e 1818, liderado por Bernardo O'Higgins, libertou o país da histórica dominação espanhola, porém colocou o novo país na órbita do imperialismo britânico, uma vez que, a partir da década de 1820, as oligarquias conservadoras assumiram o controle político do país, apoiadas pela Igreja Católica, preservando portanto os privilégios da elite criolla.

    A proclamação da república do Chile ocorreu no dia 18 de setembro de 1818.

    O'Higgins ganha a antipatia do povo devido ao seu autoritarismo, suas tentativas de se manter no poder indefinidamente. Para evitar uma guerra civil, O'Higgins renuncia em 28 de janeiro de 1823, e em julho do mesmo ano se exila no Peru.

    Com a renúncia de Bernardo O'Higgins, o país entrou em um longo período de instabilidade política, que durou uma década. 

    Em um ambiente dominado pelas disputas entre políticos, Manuel Blanco Encalada é eleito como primeiro Presidente do Chile. 
     Revolução de 1829 - Após a vitória na Revolução de 1829, José Joaquín Prieto assumiu como Presidente da República em 1831

    Constituição de 1818

    Constituição de 1822

    Constituição Moralista de 1823

    Constituição de 1828, de linha liberal.

    Constituição chilena de 1833, que entrega fortes poderes ao Presidente da República, eleito por sufrágio censitário por um período de 5 anos e reelegível por outros 5. Isso permite que o país acabe com o período de anarquia dos últimos anos, estabelecendo um período de estabilidade (só abalado momentaneamente pelas revoluções posteriores de 1851 e 1861), enraizado nas bases institucionais em que se desenvolveram os regimes posteriores, e começando a se recuperar da crise econômica.

  • Liderado por Bernardo O’Higgins, a independência do Chile deu-se em meio à tomada do poder pela elite latifundiária (criollos), que era apoiada pela Igreja Católica. Os criollos construíram, assim, um sistema de governo constitucional, o qual já estava sendo feito antes mesmo da independência, com a ascensão ao poder de José Miguel Carrera, momento em que foram editados os primeiros textos constitucionais e leis próprias.

    Como ainda haviam territórios em posse dos espanhóis e ingleses, foi organizada a Esquadra Libertadora e, em 1818 e em 1822 foram estabelecidas a Constituição do Chile.


    CERTO

  • CERTO. O Brasil e o Chile foram as exceções na América Latina quanto à instabilidade política após as independências.

    "Quanto à América hispânica, a exceção mais importante no quadro desolador de lutas intestinas foi a do Chile. (...) O fato, porém, é que a partir de 1831, sob a liderança férrea e conservadora de Diego Portales e com reforço dos preceitos autoritários da Constituição de 1833, o Chile lançou antes de todos as bases institucionais do Estado unitário, as quais, em sua maioria, subsistiram à queda desse regime em 1861".

    Fonte: ZANATTA, Loris. Uma breve história da América Latina. p. 75.

    De fato a questão é polêmica, mas resolvi me basear no livro apontado acima, pois percebi que outras questões também foram retiradas do mesmo livro.

    Bons estudos!

  • Clipping CACD

    Essa polêmica questão só pode ser vista como correta se considerarmos que a Constituição de 1833, surgido após a Revolução de 1829, e que centralizou o poder na Presidência da República do Chile, permitiu o mínimo de estabilidade ao país (esteve em vigor durante 92 anos).

    Born in Blood and Fire Chasteen p.172

    Progress was already making its debut in Chile by the 1850s. Montt, the president in those years, had once been minister of education, and he led many progressive projects […] Chilean liberals remained in control for thirty years of orderly administration and progress, during which they curtailed the influence of the church, modernized Santiago, the capital city, and rigged elections with the same skill as the conservatives who had preceded them. As should be plain by now, the post-1850 liberal comeback in Latin America has a repetitive quality. It might be turbulent, as in Mexico and Colombia, or peaceful, as in Chile.


ID
2501521
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      Talvez o tema mais importante da história política da América espanhola das primeiras décadas pós-independência tenha sido a dificuldade de constituir Estados novos viáveis após a separação da Espanha.

Frank Safford. Política, ideologia e sociedade na América espanhola do pós-independência. In: Leslie Bethell (Org.). História da América Latina. Brasília: FUNAG; São Paulo: EdUSP, 2009, v. 3, p. 331.

A propósito do tema precedente e de seu contexto, julgue (C ou E) o item seguinte.


As novas repúblicas hispano-americanas demoraram em normalizar suas relações internacionais, pois a Espanha começou a reconhecer as independências desses Estados somente em meados da década de 30 do século XIX, tendo inclusive realizado, em 1829, expedição militar contra o México.

Alternativas
Comentários
  • "Em 1829, a Espanha, através da Expediçãi Isidro Barradas, constituída por uma força militar de 2.600 soldados vindos da ilha de Cuba, faz a última tentativa para retornar o país, em batalha memorável no Porto de Tampico." Versão dos vencidos: Uma ótica sobre a história do México

  • Certo.

    Podemos lembrar que os discursos que mais laureavam o Império Brasileiro eram justamente os que aludiam ao caos das repúblicas hispano-americanas.

    E isso porque, apesar de todo o  empenho pelas independências, a grande parte das defesas que se apoiavam em notórios conhecimentos liberais enfrentaria muitos problemas com a perca das antigas bases protecionistas. Alcançar os demais Estados ainda exigiria muito tempo. Mesmo na Argentina por exemplo - desde aí muito expressiva - só se poderia falar em Estado Nacional depois de 1852 com Juan Manuel Rosas.

  • A Espanha foi relutante em conceder a independência às colônias americanas. A expedição militar contra o México, com tropas oriundas de Cuba (ainda colônia até o final do século XIX) pode ser considerada a derradeira tentativa de retomada do domínio colonial da Espanha.


ID
2501524
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o século XIX, o expansionismo europeu sofreu um grande impulso, e a Ásia, a África e a Oceania foram divididos em zonas ocupadas pelos europeus ou sob influência europeia. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.


Para evitar sucumbir ao domínio europeu, o Japão assinou com os Estados Unidos da América o Tratado de Amizade e Cooperação, em 1853, o que possibilitou a modernização da economia japonesa e a construção de uma Marinha de Guerra, dando início à Revolução Meiji.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    A partir de 1850, as nações ocidentais passaram a desenvolver estratégias políticas que pressionavam a abertura política e econômica japonesa. Em 1854, sob o comando do almirante Perry, uma esquadra norte-americana impôs a abertura dos portos nipônicos ao mercado mundial. Por meio de sérias ameaças militares, os japoneses foram obrigados a assinar tratados comerciais com diferentes países. Buscando reagir ao processo de dominação, os japoneses permitiram que seus jovens fossem enviados à Europa e os Estados Unidos para estudarem em universidades voltadas para os campos de ciência e tecnologia. Com o passar do tempo, a população japonesa começou a dominar o conhecimento necessário para a criação de suas primeiras indústrias. Em pouco tempo, esse projeto de modernização também foi seguido pelo campo político, com a chamada Revolução Meiji. Manifestações de cunho nacionalista passaram a se opor ao domínio absoluto do xogunato. Dessa forma, com o apoio do Exército e da Marinha, Mitsuhito, o imperador Meiji, empreendeu uma série de reformas que deram uma nova feição política ao Japão.

  • O Tratado de Amizade e Cooperação foi assinado entre os países do sudeste asiatico. Os EUA só entrou no tratado em 2009.
  • A questão dá a entender que a modernização do Japão aconteceu por causa dos tratados com os EUA, o que é errado.
    A modernização japonesa, na verdade, ocorreu por motivos internos. Houve uma guerra civil (Guerra Boshin) entre os grupos que apoiavam o xogunato (visão mais conservadora) e os que apoiavam o Imperador Meiji (visão mais progressista).  [correção CACD 2017 do Clio]
    A Revolução Meiji (1868) trouxe modernização ao Japão. A rápida industrialização e modernização japonesa permitiu e requereu um enorme aumento na produção e na infraestrutura. As empresas nacionais se tornaram consumidoras de tecnologia ocidental e aplicou isso para produzir itens que seriam vendidos a preços baixos no mercado internacional. Com isso, as zonas industriais cresceram enormemente, e não houve migração em massa do campo para os centros de industrialização. A industrialização além disso era paralela com o desenvolvimento de um sistema ferroviário e comunicações modernas, integrando o país. [Wikipedia]

  • Gabarito: ERRADO

    "O Japão não assinou tratado com os EUA para 'evitar sucumbir ao domínio europeu'. O país foi coagido pela Diplomacia da Canhoneira, com a expedição naval dos EUA comandada pelo Comodoro Matthew Perry. Além disso, o país insular também assinou tratados desiguais com potências europeias. Finalmente, 1853 é o ano da citada expedição de Matthew Perry, não o ano de asssinatura de qualquer tratado".

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • No século XIX as potências europeias buscavam expansão de seus negócios em direção a regiões africanas e asiáticas. É o que, normalmente, é conhecido como expansão imperialista. O mesmo acontecia com os EUA. 

    Em um primeiro momento há a expansão de leste para o oeste da América do Norte, em direção ao Oceano Pacífico. A proposta era a de formação de um país costa a costa: do Atlântico ao Pacífico. Embora a política externa norte-americana fosse oficialmente definida como de “ isolacionismo", isto significou tão somente que os EUA não iriam interferir nos interesses europeus, na mesma medida em que não aceitariam interferências no continente americano ou em áreas de seu interesse na costa do Oceano Pacífico . Daí a história das relações entre EUA e Japão. 

    Em 1853 chega ao Japão o comodoro norte-americano Matthew Perry aportou no Japão, sem interferência dos britânicos que buscavam atuação na região desde o século XVII. Foram iniciadas as negociações para assinatura de um tratado de amizade e comércio. Perry, no comando de uma esquadra e ameaçando utilizar a força, inicialmente recusou- se a negociar com os oficiais japoneses e exigiu falar com o imperador japonês. Só que o shogun Tokugawa Ieyoshi - uma espécie de primeiro ministro - era de fato o homem das leis do Japão. A interação entre o imperador e estrangeiros era fora de questão.  Perry concluiu que era melhor tentar um tratado com representantes do Xogun e não com o imperador. 

    O Tratado de Kanagawa foi assinado pelos Estados Unidos e pelo Japão já no início de 1854, por conta da pressão dos EUA, dando fim à politica de isolamento do Japão em relação a estrangeiros. Pelo tratado os portos japoneses de Shimoda e Hakodate foram abertos ao comércio estadunidense,. Era garantida a segurança dos marinheiros dos Estados Unidos e, foi estabelecido um consulado permanente dos EUA no Japão. 

    O poder do Xogun foi, realmente, desarticulado pela Revolução Meiji citada na afirmativa da questão. Mas,  esta só aconteceu entre 1868 e 1900. A Era Meiji foi um momento de renovação política, religiosa e social bastante profunda que ocorreu no Japão. A relação entre a Era Meiji e o tratado assinado entre Japão e os EUA não é tão direta quanto a afirmativa propõe , até por conta da temporalidade de cada momento histórico. 

    A análise da afirmativa exige conhecimento específico acerca da política externa dos EUA em relação à Ásia. A bibliografia necessária ao estudo é igualmente específica que, normalmente, é fornecida pelo Instituto Rio Branco no edital do concurso. No entanto, a obra de Moniz Bandeira, Formação do Império Americano, pode ser considerada leitura básica para a compreensão do tema. 

    A afirmativa está incorreta. A assinatura do tratado não é resultante da necessidade de “escapar" de algum tipo de influência europeia. Além disso o Tratado de Kanagawa não resulta da Revolução Meiji. Na verdade é possível entendê-lo como um dos elementos que permitiu a revolução que estabelece de fato o poder da dinastia Meiji acima do xogunato 

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501527
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o século XIX, o expansionismo europeu sofreu um grande impulso, e a Ásia, a África e a Oceania foram divididos em zonas ocupadas pelos europeus ou sob influência europeia. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.


Na Conferência de Bandung, já no século XX, os Estados afroasiáticos se apresentaram como um bloco organizado perante o resto do mundo, e seus participantes tinham economias essencialmente agrícolas, exceto o Japão.

Alternativas
Comentários
  • Certo!

    Na Conferencia de Bandung se juntaram paises da Ásia, Africa e Oriente Médio. Entre eles apenas o Japão era o país de primeiro mundo industrializado, os outros 28 apenas de exportação agrícola.

  • África como bloco organizado? E as fronteiras artificiais, isso é considerado organizado?

  • Também errei devido ao "bloco organizado".

  • 54% até agora errou essa questão, no mínimo capsiosa 

  • Se você acertou essa questão, você é o examinador da Banca Cespe! haha

  • Não há nada de capcioso ou difícil na questão. O Japão foi o país que mais rápido se industrializou no período devido a abertura com o ocidente. Caso contrário seria dominado. Por isso pos fim a oposição samurai e em 30 anos conseguiu uma industrialização a nivel europeu.

  • Errei por considerar que a real organização/formalização do bloco terceiro mundista se deu com a Conferëncia Belgrado (1960). Ainda que a conferencia de bandung seja um marco chave para união e organização desses países. 

  • Gente, uma coisa é os Estados afroasiáticos serem organizados, outra é eles se APRESENTAREM como organizados, talvez numa forma de confrontar o imperialismo abusivo europeu.

    Concordo que a questão poderia ter sido elaborada de forma melhor, mas jogo que segue...

  • No século XX o Japão não era mais agrícola. A partir de 1954, teve início no Japão um processo de grande crescimento econômico. Adotou-se, então, uma prática que teve papel  decisivo no desenvolvimento japonês. Seus técnicos passaram a copiar e a aperfeiçoar produtos de todos os tipos, produzindo-os de acordo com suas necessidades e com o gosto do consumidor japonês. Os setores que mais se desenvolveram foram o da  indústria eletroeletrônica, automobilística, naval, de aço e de máquinas.

  • Gabarito: CERTO

    "A Conferência de Bandung pode ser entendida como um bloco organizado, já que seus documentos falam em "Cooperação e promoção dos interesses mútuos", embora não criasse uma instituição formal. Sobre o perfil da conferência, embora alguns países já possuíssem uma economia além da agrícola, como a Indonésia, rica em petróleo, apenas o Japão era dono de um parque industrial capaz, resquício ou reconstrução do período de potência imperial. Finalmente, a proposta dos países de apoiar a industrialização um do outro sublinha esse cenário de impulso desenvolvimentista pós-descolonização."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • CORRETO

    Com receio de ter o mesmo fim da China, depois de o imperador expulsar os ocidentais e ter o Japão bombardeado, recua e aceita os tratados desiguais. Como saída, acontece a Revolução de Meiji, que é quando, de fato, o Japão começa a se modernizar, ainda que mantendo alguns traços tradicionais. Como resquício disso, começa a desenvolver-se de forma a ser o único dos Estados do "bloco" a ter capacidade industrial.

  • Os processos de libertação das colônias europeias na Ásia e na África começaram a obter sucesso após a segunda guerra mundial, por conta do enfraquecimento das metrópoles. Isto não significa que tais movimentos só tenham começado a existir após 1945. Desde que há a dominação europeia há a reação contra ela. Podem ser citados movimentos como o dos Boxers na China e a revolta dos Cipaios, na Índia, no século XIX, entre muitos outros.

    No entanto, há elementos que explicam o maior sucesso na segunda metade do século XX . A participação de tropas coloniais na primeira guerra, a formação de uma intelectualidade nativa em universidades europeias, a divulgação de projetos sociais como os do liberalismo, do nacionalismo e, mais tarde, do marxismo. Esses elementos estimularam o crescimento da ação contra os dominadores.

    Os problemas enfrentados pelas metrópoles europeias após duas guerras mundiais tão próximas, com a crise de 1929 de permeio, criou condições mais favoráveis aos movimentos independentistas.

    Dentro deste processo reúnem-se em Bandung, em 1955, na Indonésia, líderes afro-asiáticos de 29 países. Apenas 9 eram africanos, demonstrando a situação de dominação no continente. Entre as propostas em debate destaca-se a de formar uma frente anticolonialista.

    Foi também proposto o estabelecimento de uma política de não-alinhamento - uma postura diplomática e geopolítica de equidistância das Grandes Potências -, através da qual dezenas de nações tentariam não ser transformadas em joguetes dos titãs da Guerra Fria.

    Os acordos não foram, porém, fáceis por serem regiões muito diferentes. Um dos poucos pontos em comum, além do passado colonial, era do fato de serem de economia agrícola. Somente o Japão já tinha uma industrialização sólida.

    A afirmativa, então, apresenta uma ideia de História que está correta!

    RESPOSTA: CERTO
  • Bandung foi em 1955, o Japão já estava em franca recuperação do pós-guerra, mas os outros países participantes ainda não tinham se industrializado.

  • B de brancoooo


ID
2501530
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o século XIX, o expansionismo europeu sofreu um grande impulso, e a Ásia, a África e a Oceania foram divididos em zonas ocupadas pelos europeus ou sob influência europeia. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.


No Extremo Oriente, o colonialismo foi um projeto coletivo iniciado pelo Reino Unido e pela França, ao qual mais tarde aderiu a Alemanha.

Alternativas
Comentários
  • Questão, com gabarito preliminar de C, anulada pelo Cespe, com a seguinte justificativa: "A utilização da expressão 'projeto coletivo' prejudicou o julgamento objetivo do item."

     

    http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_17_diplomacia/arquivos/IRBR_17_DIPLOMACIA_JUSTIFIVATIVAS_DE_ALTERA____O_DE_GABARITO.PDF

    http://www.cespe.unb.br/concursos/irbr_17_diplomacia/arquivos/327_IRBR_002_01.PDF

  • O que a Alemanha tinha no extremo oriente?

  • "Entre as colônias da Alemanha estavam o Togo, Camarões, a África Alemã do Sudoeste (atualmente a Namíbia), a África Alemã Oriental (atualmente Tanzânia),

     três territórios que estão atualmente

    1.    na Papua-Nova Guiné (Kaiser-Wilhelmsland,

    2.    o Arquipélago de Bismarck, e

    3.     as Ilhas Salomão alemãs),

    e vários territórios no Pacífico:

    4.    as Ilhas Marshall,

    5.    Ias ilhas Caroline e

    6.    Palau (atualmente os Estados Federados da Micronésia),

    7.    as Marianas Alemãs (atualmente território dos Estados Unidos), e

    8.     Samoa.

    Além disso, "a China Alemã", foi uma concessão colonial em Jiaozhou na Península de Shandong no norte da China"


ID
2501533
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Durante o século XIX, o expansionismo europeu sofreu um grande impulso, e a Ásia, a África e a Oceania foram divididos em zonas ocupadas pelos europeus ou sob influência europeia. A respeito desse tema, julgue (C ou E) o seguinte item.


A conquista da Índia pelos britânicos foi feita, inicialmente, por meio da Companhia das Índias Orientais, sob a proteção do governo britânico.

Alternativas
Comentários
  • Os ingleses, a partir de 1858, utilizaram a Companhia Inglesa das Índias Orientais para se estabelecerem amigavelmente no país, passando então a administrar, através da figura do vice-rei, pouco mais da metade da Índia, o que deu origem ao termo “Índia Britânica”.

     

    fonte: https://www.infoescola.com/india/historia-da-india/

  • Companhia das Índias Orientais (EIC), também conhecido como a Honorável Companhia das Índias Orientais (HEIC) ou a Companhia Britânica das Índias Orientais e informalmente como John Company,[1] foi uma companhia inglesa e mais tarde britânica,[2] que foi formada para prosseguir o comércio com as Índias Orientais, mas acabou por negociar principalmente com o subcontinente indiano e a China Qing. Sendo uma companhia majestática formada por comerciantes de Londres, em 1600, com o nome de “Company of Merchants of London Trading to the East Indies”,[3] a quem a rainha Elizabeth I concedeu o monopólio do comércio com as “Índias orientais” por um período de 15 anos.[4]

     

     

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Companhia_Brit%C3%A2nica_das_%C3%8Dndias_Orientais

  • Na realidade, a Companhia controlou a Índia ATÉ 1858, quando ocorreu a Guerra dos Cipaios. A partir de então, a Inglaterra foi levada a controlar o país diretamente, estabelecendo um domínio colonial tradicional.

  • Esta afirmativa está correta, pois os primeiros navios britânicos que chegaram na Índia eram os pertencentes a Companhia Inglesa de Comércio das Índias Orientais, no ano de 1612. As feitorias foram construídas em litoral indiano para que houvesse as trocas comerciais de produtos indianos, tais como seda, algodão e especiarias e, produtos manufaturados ingleses. 

    A Índia era governada, até o século XVIII, pelo Império Mongol. As características deste império guardam semelhanças com o feudalismo europeu por conta da relação intensa de suserania e vassalagem entre o imperador e os seus súditos. No ano de 1756, um rico senhor da província de Bengala (vassalo do imperador) invadiu uma feitoria da Companhia Inglesa das Índias Orientais, causando um enorme prejuízo financeiro e, ainda fez 46 ingleses como prisioneiros. As condições da prisão em que os ingleses ficaram era insalubres e 23 deles morreram. 

    Por isso um pequeno exército inglês formado por soldados britânicos e alguns nativos indianos, sob o comando de Robert Clive marcharam em direção ao norte.  Em 1726, tomaram a província de Bengala iniciando o processo de dominação da Inglaterra. Mas foi apenas com a tomada de Punjab, em 1858, que os britânicos consolidaram o seu domínio sobre a Índia. 

    Gabarito do Professor:  CERTO.

ID
2501536
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      No século XIX existiu na Europa um dinamismo que excedia tudo o que se conhecia até então. O poder da Europa vibrava como nunca: poder técnico, poder econômico, poder cultural, poder intercontinental. De fato, os europeus foram levados a se sentir não só poderosos, mas também superiores. Impressionaram-se infinitamente com as invulgares ‘forças’ que os circundavam. Viam novas forças físicas, desde a corrente elétrica à dinamite; novas forças demográficas que acompanhavam um aumento populacional sem precedentes; novas forças sociais que trouxeram ‘as massas’ para o centro do interesse público; novas forças comerciais e industriais que resultaram de uma expansão sem paralelo dos mercados e da tecnologia.

Norman Davies. Europe – a history. London: Pimlico, 1997, p. 759 (traduzido e adaptado).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


Traços distintivos da vida política portuguesa nos três primeiros quartéis do século XIX foram o predomínio do absolutismo e a relativa fragilidade dos grupos liberais.

Alternativas
Comentários
  • Acho que dá para acertar pensando na Revolução Constitucionalista do Porto de 1820 que impôs ao rei uma monarquia constitucional, não se podendo falar em predomínio do absolutismo nos 3 primeiros quartéis do século XIX

  • Predomínio do absolutismo foi somente até as Invasões Napoleónicas (1808), ou seja, menos de um década do século XIX.

    A invasão de Portugal pelas tropas napoleónicas, em 1807, provocou a transferência da corte portuguesa para o Brasil (1808-1821). O país viu-se numa posição muito frágil: sem corte a residir no país e na condição de protetorado.

    Revolução do Porto, também referida como Revolução Liberal do Porto, foi um movimento de cunho liberal que ocorreu em 1820 e teve repercussões tanto na História de Portugal quanto na História do Brasil. O movimento resultou no retorno (1821) da Corte Portuguesa, que se transferira para o Brasil durante a Guerra Peninsular, e no fim do absolutismo em Portugal, com a ratificação e implementação da primeira Constituição portuguesa (1822).

    Monarquia Constitucional em Portugal foi um sistema governativo que vigorou entre 1820 e terminou com a queda da monarquia em 1910.

  • No fim do século XVIII e início do século XIX, o absolutismo estava em declínio. Acho que por aí já dá pra marcar como errada.

  • No ano de 1808, em função da chegada das tropas napoleônicas lideradas pelo general Junot à fronteira de Portugal com Espanha, a cúpula do Estado Português veio para o Brasil. A corte portuguesa instalou-se no Rio de Janeiro e a cidade passou a ser a sede do Império Português. 

    Foram três as investidas dos franceses contra Portugal e em todas elas foram derrotados por tropas britânico portuguesas. A partir daí começam a atuar forças liberais no país em busca de modificações do aparelho de Estado , de forma a construir um Estado de moldes liberais. Em 1820 a Revolução do Porto tinha, como uma de suas propostas a elaboração de uma constituição para Portugal e , que ela fosse jurada por D. João VI. Para não perder o trono D. João volta para a Europa e aceita a constituição. A morte do rei, em 1826, abre um período de instabilidade pois seu filho Pedro era imperador do Brasil e não podia assumir o trono de Portugal. Daí Pedro abdica em nome de sua filha Maria da Glória, de 7 anos, com a regência seu tio D. Miguel.

    Em 1831, Pedro I renuncia ao trono brasileiro e volta para Portugal. Conhecido como Pedro IV, luta pelas forças constitucionalistas contra as forças absolutistas lideradas por D. Miguel, considerado o herdeiro legítimo do trono e não Maria da Glória. Entre 1832 e 1834 acontecem as Guerras Liberais , também conhecida como Guerra dos Dois Irmãos ou Miguelista. As partes envolvidas foram o partido constitucionalista progressista liderado pela rainha D. Maria II de Portugal com o apoio de seu pai, D. Pedro IV, e o partido absolutista de D. Miguel. O Reino Unido, a França, a Espanha e a Igreja Católica participaram indiretamente no conflito. Em abril de 1834 a aliança entre constitucionalistas, Reino Unido e Espanha abre uma ofensiva conjunta e decisiva contra os absolutistas miguelistas . A paz assinada na Convenção de Evoramonte determinou o regresso da rainha D. Maria II à coroa e o exílio do então já ex-infante D. Miguel para a Alemanha.

    Depois da derrota dos absolutistas nas Guerras Liberais, a política portuguesa do século XIX esteve marcada pelas ideias liberais, ainda que também não conseguiu a tranquilidade desejada devido a vários movimentos anárquico-republicanos. Apesar de tudo o período foi marcado por crescimento econômico de maneira geral, com maior desenvolvimento industrial. Além disso há também progresso nos setores militar, cultural e a construção política de um Estado de moldes liberais.

    Portanto, percebe-se que a afirmativa está incorreta. Há necessidade, no entanto , de conhecimento acerca da história de Portugal para avaliar a afirmativa apresentada. A bibliografia fornecida aos candidatos pelo Instituto Rio Branco atende às necessidades do estudante. É importante , na preparação, não “valorar" as obras listadas como “ mais importante" e “ menos importante". É preciso atenção a toda ela !

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501539
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      No século XIX existiu na Europa um dinamismo que excedia tudo o que se conhecia até então. O poder da Europa vibrava como nunca: poder técnico, poder econômico, poder cultural, poder intercontinental. De fato, os europeus foram levados a se sentir não só poderosos, mas também superiores. Impressionaram-se infinitamente com as invulgares ‘forças’ que os circundavam. Viam novas forças físicas, desde a corrente elétrica à dinamite; novas forças demográficas que acompanhavam um aumento populacional sem precedentes; novas forças sociais que trouxeram ‘as massas’ para o centro do interesse público; novas forças comerciais e industriais que resultaram de uma expansão sem paralelo dos mercados e da tecnologia.

Norman Davies. Europe – a history. London: Pimlico, 1997, p. 759 (traduzido e adaptado).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


Ao final do século XIX, quase a totalidade do território africano estava sujeita ao controle de países europeus como a Grã-Bretanha, a França, a Alemanha e Portugal.

Alternativas
Comentários
  • Vale dar uma olhada:

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Lista_de_ex-col%C3%B4nias_europeias_na_%C3%81frica

  • Certa!

     

    Só a Etiópia e a Libéria não foram colonizadas por países europeus. A Etiópia sofreu várias tentativas de colonização por parte da Itália, mas venceu todas e, por isso, foi escolhida no século XXI como sede da União Africana. Já a Libéria foi durante muito tempo um protetorado dos EUA, para onde foram enviados alguns escravos que conseguiam sua liberdade no país americano. 

     

  • Alternativa CERTA!  

    "Quando estiver na posse do concurso, EU VOU ESTAR LÁ"

  • Julius! As melhores citações. kkkk

     

  • A pegadinha é a Alemanha... mas ela possuía territórios na África, as atuais Namíbias e Tanzânia.

  • A África entre 1885-1919 com a Divisão Política atual

     

    Colônias africanas por potência colonizadora

    Alemanha

    África Ocidental Alemã

    Camarões Alemões (atual Camarões)

    Togolândia (atual Togo)

    África Oriental Alemã (atual Tanzânia)

    África do Sudoeste Alemão (atual Namíbia)

     

    Bélgica

    Estado Livre do Congo e o Congo Belga (atuais estados de Ruanda, Burundi e República Democrática do Congo)

    Espanha

    Río de oro (atual Saara Ocidental)

    Província de Ifni

    Marrocos Espanhol

    Guiné Espanhola (atual Guiné Equatorial)

    França

    Argélia

    Tunísia

    Marrocos

    África Ocidental Francesa

    Mauritânia

    Senegal

    Camarões

    Sudão Francês (atual Mali)

    Guiné

    Costa do Marfim

    Níger

    Alto Volta (atual Burkina Faso)

    Daomé (atual Benin)

    África Equatorial Francesa

    Gabão

    Congo-Brazzaville (atual República do Congo)

    Ubangui-Chari (atual República Centro-Africana)

    Chade

    Somália Francesa (atual Djibouti)

    Madagáscar

    Comores

    Itália

    África do Norte Italiana (atual Líbia)

    Eritreia

    Somália Italiana (atual Somália)

    Portugal

    África Ocidental Portuguesa (posteriormente Angola)

    África Oriental Portuguesa (posteriormente Moçambique)

    Cabo Verde

    Guiné Portuguesa (atual Guiné-Bissau)

    São Tomé e Príncipe

    São João Baptista de Ajudá

    Reino Unido

    Egito

    Sudão Anglo-Egípcio (atual Sudão)

    África Oriental Britânica

    Quénia

    Uganda

    Somalilândia Britânica

    Rodésia do Sul (atual Zimbabwe)

    Rodésia do Norte (atual Zâmbia)

    Bechuanalândia (atual Botswana)

    Estado Livre de Orange

    Trasnvaal

    União Sul-Africana

    Gâmbia

    Serra Leoa

    Nigéria

    Camarões (províncias ocidentais)

    Costa do Ouro Britânica (atual Gana)

    Niassalândia (atual Malawi)

    Estados Independentes

    Libéria; fundada pela Sociedade Americana de Colonização dos Estados Unidos em 1821. Declarou independência em 1847.

    Império Etíope (Abissínia); teve as suas fronteiras redefinidas com as Somálias Italiana, Britânica e Francesa (moderno Djibouti) (ver: Primeira Guerra Ítalo-Etíope e Batalha de Adwa), fugazmente ocupada pela Itália entre 1936 e 1941 durante a Crise da Abissínia na Segunda Guerra Mundial.

  • A Alemanha, França, Portugal e Grã Bretanha foram as potências europeias que mais ocuparam regiões do continente africano. Os alemães possuíam cerca de seis territórios; os portugueses dois. Já os franceses dominaram áreas tão extensas que agruparam os territórios em África Ocidental Francesa e África Equatorial Francesa, além dos territórios de Madagascar e Comores. As colônias inglesas atravessavam todo o continente e ocupavam terras do norte do Egito até a África do Sul.

    A quantidade de territórios demonstra a importâncias das potências destacadas no item a ser julgado não só no aspecto social e político, como também nos aspectos econômicos e tecnológicos. Por este motivo a afirmativa está correta.

    A explicação para esta ocupação se deu na grande motivação das potências econômicas do século XIX da Europa para a Partilha da África que estava diretamente relacionada com a Segunda Revolução Industrial. A tecnologia se desenvolveu e assim ampliou-se a necessidade de mais matérias primas, mais transportes para o escoamento da produção e mais mercado consumidor. Ou seja, para a manutenção do status econômico e tecnológico alcançado era preciso expandir as fronteiras do território e ampliar as relações comerciais e produtivas.

    As nações europeias voltaram, em virtude dessa necessidade, o olhar imperialista para o território do continente africano. Para que não ocorressem desacordos diplomáticos, em razão da ocupação desordenada, foi convocada, pelo chanceler alemão Otto Von Bismarck, a Conferência de Berlim. Neste evento foram decididas as regras da partilha da África e como esta deveria ser ocupada pelos imperialistas europeus. 

    Os colonialistas europeus, em Berlim, justificavam sua presença como benéfica, pois levaram os aspectos positivos da civilização ocidental para a África. Isso mascarava a sua real intenção que era decidir as bases do colonialismo e oficializar a exploração econômica da África. 

    Gabarito do Professor:  CERTO.
  • CERTO, MOTIVO: QUANDO SE FALAR EM SUBMISSÃO DOS AFRICANOS, 99% DAS VEZES PODE MARCAR CERTO. "Uma nação sem visão, está fadada ao fracasso" Alexandre, O GRANDE.

ID
2501542
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      No século XIX existiu na Europa um dinamismo que excedia tudo o que se conhecia até então. O poder da Europa vibrava como nunca: poder técnico, poder econômico, poder cultural, poder intercontinental. De fato, os europeus foram levados a se sentir não só poderosos, mas também superiores. Impressionaram-se infinitamente com as invulgares ‘forças’ que os circundavam. Viam novas forças físicas, desde a corrente elétrica à dinamite; novas forças demográficas que acompanhavam um aumento populacional sem precedentes; novas forças sociais que trouxeram ‘as massas’ para o centro do interesse público; novas forças comerciais e industriais que resultaram de uma expansão sem paralelo dos mercados e da tecnologia.

Norman Davies. Europe – a history. London: Pimlico, 1997, p. 759 (traduzido e adaptado).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


Uma especificidade da colonização do Congo pela Bélgica foi o fato de o território africano ser considerado propriedade do rei Leopoldo II, e não do Estado belga.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: CORRETO

    O regime da colônia africana de Leopoldo II, o Estado Livre do Congo, tornou-se um dos escândalos internacionais mais infames da virada do século XIX para o século XX. O relatório de 1904, escrito pelo cônsul britânico Roger Casement, levou à prisão e à punição de oficiais brancos que tinham sido responsáveis por matanças a sangue frio durante uma expedição de coleta de borracha em 1903 (incluindo um indivíduo belga que matou a tiros pelo menos 122 congoleses).

    O Estado Livre do Congo incluiu uma área inteira hoje conhecida por República Democrática do Congo. Amigo de Henry Morton Stanley, o rei pediu a ele que o ajudasse a dar entrada à petição do território. Leopoldo administrou-o como sua possessão privada, considerando-se um empresário astuto e tendo passado uma semana em Sevilha para estudar os registros espanhóis de seu comércio com suas colônias da América Latina.

     

  • Correto. No entanto, no auge do imperialismo do Velho Continente na África, um monarca belga tocou o terror em suas colônias, especialmente no Congo. O nome desse cara do mal era Leopoldo II. Na verdade, mais do que uma colônia belga, o Congo se transformou em propriedade pessoal do rei, e toda a riqueza e os lucros obtidos com a exploração e comercialização dos recursos locais iam para os cofres de Leopoldo.

  • A Alemanha, França, Portugal e Grã Bretanha foram as potências europeias que mais ocuparam regiões do continente africano. Os alemães possuíam cerca de seis territórios; os portugueses dois. Já os franceses dominaram áreas tão extensas que agruparam os territórios em África Ocidental Francesa e África Equatorial Francesa, além dos territórios de Madagascar e Comores. As colônias inglesas atravessavam todo o continente e ocupavam terras do norte do Egito até a África do Sul.

     A explicação para esta ocupação se deu na grande motivação das potências econômicas do século XIX da Europa para a Partilha da África que estava diretamente relacionada com a Segunda Revolução Industrial. A tecnologia se desenvolveu e assim ampliou-se a necessidade de mais matérias primas, mais transportes para o escoamento da produção e mais mercado consumidor. Ou seja, para a manutenção do status econômico e tecnológico alcançado era preciso expandir as fronteiras do território e ampliar as relações comerciais e produtivas.

    As nações europeias voltaram, em virtude dessa necessidade, o olhar imperialista para o território do continente africano. Para que não ocorressem desacordos diplomáticos, em razão da ocupação desordenada, foi convocada, pelo chanceler alemão Otto Von Bismarck, a Conferência de Berlim. Neste evento foram decididas as regras da partilha da África e como esta deveria ser ocupada pelos imperialistas europeus. Os colonialistas europeus, em Berlim, justificavam sua presença como benéfica, pois levaram os aspectos positivos da civilização ocidental para a África. Isso mascarava a sua real intenção que era decidir as bases do colonialismo e oficializar a exploração econômica da África.

    Esta afirmativa está correta, pois a região do Congo ficou a cargo do Império Belga e foi registrado na Conferência de Berlim como propriedade do Rei Leopoldo II.

    Gabarito do Professor:  CERTO.

ID
2501545
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

      No século XIX existiu na Europa um dinamismo que excedia tudo o que se conhecia até então. O poder da Europa vibrava como nunca: poder técnico, poder econômico, poder cultural, poder intercontinental. De fato, os europeus foram levados a se sentir não só poderosos, mas também superiores. Impressionaram-se infinitamente com as invulgares ‘forças’ que os circundavam. Viam novas forças físicas, desde a corrente elétrica à dinamite; novas forças demográficas que acompanhavam um aumento populacional sem precedentes; novas forças sociais que trouxeram ‘as massas’ para o centro do interesse público; novas forças comerciais e industriais que resultaram de uma expansão sem paralelo dos mercados e da tecnologia.

Norman Davies. Europe – a history. London: Pimlico, 1997, p. 759 (traduzido e adaptado).

Tendo o fragmento de texto acima como referência inicial, julgue (C ou E) o item a seguir.


O cenário econômico da maioria dos países da Europa ocidental do século XIX foi marcado por grande proliferação de associações mutualistas de crédito, caixas econômicas, companhias de seguros e empresas de capital aberto, assim como por um forte incremento da economia monetária.

Alternativas
Comentários
  • Ao final do século XIX e início do século XX, o capitalismo conheceu uma nova era, sobretudo pela divisão das empresas em ações e pela união entre o capital industrial e o capital bancário. Nascia, então, o capitalismo financeiro, o momento em que a economia passou a estar centrada no mercado de ações e no sistema especulativo de créditos, juros, valorizações, entre outros elementos. 

    Questão correta, devido a existência de grande expansão do sistema financeiro no século XIX.

  • Gabarito correto.

    De fato este período da história européia foi um dos mais cultivos especialmente devido a enorme

    expansão do capitalismo.

  • Classificação da questão está errada.

    Trata-se de História Mundial, e não de conhecimentos gerais.


ID
2501548
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do Congresso de Viena e das transformações da ordem geopolítica europeia que dele resultaram, julgue (C ou E) o item que se segue.


A Prússia recebeu grande porção do território da Saxônia, embora tenham sido rejeitadas as suas pretensões de soberania sobre a Alsácia, a Lorena e o ducado de Varsóvia.

Alternativas
Comentários
  • A questão da Polônia e da Saxônia foi central no Congresso de Viena, ficando no final a Russia com parte a Polônia e a Prussia com 3 quintos da Saxônia, voltando o restante ao antigo monarca saxonico. Não achei referencias às outras pretensões prussianas no Manual da Funag.
  • Gabarito absurdo, pois os representantes prussianos, Wilhelm von Humboldt e Karl August von Hardenbrg, não tiveram pretensões de anexar a Alsácia e a Lorena durante o Congresso de Viena.

  • Não li essa pretensão da Prússia querer anexar Alsácia-Lorena e o Ducado de Varsóvia, que ficou com a Áustria, pois no Livro de história Mundial Contemporânea da FUNAG há a seguinte menção aos territórios prussianos: "Ponznan, Danzing e Torn ( parte da Polônia) ficavam em poder da Prússia (...) em função dos territórios poloneses perdidos, adquiriu a parte setentrional da Saxônia ( punida por sua participação no sistema napoleônico, a ilha de Rugen, a Pomerânia sueca e, no oeste, a região do Reno-Westafália).


ID
2501551
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do Congresso de Viena e das transformações da ordem geopolítica europeia que dele resultaram, julgue (C ou E) o item que se segue.


A França foi obrigada a ceder a Normandia ao Reino Unido, a título de indenização pelas perdas decorrentes das Guerras Napoleônicas.

Alternativas
Comentários
  • Em 1066, o duque Guilherme II torna-se rei de Inglaterra como Guilherme I, após o sucesso da batalha de Hastings e da conquista normanda. A partir de então, o ducado passou a fazer parte da coroa inglesa, sendo o duque o herdeiro de Inglaterra, ou um parente próximo.

    Em 1204, o rei Filipe II de França conquistou o ducado da Normandia que anexou ao seu território. Os reis ingleses continuaram a reclamar a sua possessão continental até 1259, quando desistem oficialmente da Normandia. Não haveria de ser um facto facilmente assimilado: a vontade de recuperar os territórios franceses, foi uma das motivações da Guerra dos cem anos entre Inglaterra e França.

  • Consequencias mais importantes do Congresso de Viena

    Reconstrução das monarquias absolutistas

    A Rússia anexou parte da Polônia, Finlândia e a Bessarábia;[7]

    A Áustria anexou a região dos Bálcãs;

    A Inglaterra ficou com a estratégica Ilha de Malta, o Ceilão e a Colônia do Cabo, o que lhe garantiu o controle das rotas marítimas;

    O Império Otomano manteve o controle dos povos cristãos do Sudeste da Europa;

    A Suécia e a Noruega uniram-se;

    A Prússia ficou com parte da Saxônia, da Westfália, da Polônia e com as províncias do Reno;

    A Bélgica, industrializada, foi obrigada a unir-se aos Países Baixos, formando o Reino dos Países Baixos;

    Os Principados Alemães formaram a Confederação Alemã com 38 Estados, a Prússia e a Áustria participavam dessa Confederação;

    Restabelecimento dos Estados Pontifícios;

    A Espanha e Portugal não foram recompensados com ganhos territoriais, mas tiveram restauradas as suas antigas dinastias.

    O Ducado de Malve foi exaltado Reino de Malve. Tendo Franz Karl Johann Georg Metternich-Winneburg, filho do Chanceler Metternich da Áustria assumido o trono do país, já que era casado com Isadora Marie Nappolaska, filha do Duque Gerard de Malve que foi deposto após a conquista napoleônica. Franz Metternich-Winneburg assumiu para si o nome de Frederic, tornando-se rei aos 17 anos de idade. A união de Frederic e Isadora e a exaltação de Malve como Reino deu origem a uma nova dinastia, a Beilstein - Loctea.

    No encerramento do Congresso de Viena, pelo Artigo 105 do Acto Final, o direito português ao território de Olivença foi reconhecido. Apesar de sua inicial resistência a esta disposição, a Espanha terminaria por ratificar o tratado mais tarde, em 7 de Maio de 1817, nunca havendo entretanto cumprido esta disposição ou restituído o território oliventino a Portugal.

    O Congresso de Viena logrou garantir a paz na Europa. Além das disposições políticas territoriais, estabeleceu-se:

    o princípio da livre-navegação do Reno e do Meuse;

    a condenação do tráfico de escravos, determinando sua proibição ao norte da linha do Equador;

    medidas favoráveis para a melhoria das condições dos judeus;

    e, de suma importância, um regulamento sobre a prática das atividades diplomáticas entre os países.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Congresso_de_Viena

  • Congresso de Viena: manutenção do absolutismo era o principal objetivo

  • O Congresso de Viena foi convocado pela Áustria, Prússia, Rússia e Inglaterra após Napoleão Bonaparte ter sido vencido na batalha de Leipzig , em 1814 e, ter sido enviado para exílio na ilha de Elba, no Mediterrâneo. O congresso foi articulado a partir de reuniões entre Lord Castlereigh – da Inglaterra – e o príncipe Metternich, do Império Austríaco. 

    As reuniões do Congresso, em Viena, foram interrompidas quando Napoleão fugiu de Elba e levantou a população francesa a seu favor, estabelecendo-se por cem dias novamente no poder. Após ter sido definitivamente vencido em Waterloo, Napoleão é enviado para a ilha de Santa Helena, no meio do oceano Atlântico . O Congresso de Viena volta a se reunir, com a participação de todos que estiveram envolvidos nas guerras napoleônicas ou que haviam sido dominados pela França até Waterloo. A proposta do congresso era a de restaurar a “ordem europeia", em termos políticos, territoriais e estratégicos . 

    Cada uma das grandes potências defendia um interesse. A Rússia pretendia ser potência territorial continental e garantir uma saída para mares quentes. A Áustria tinha por proposta manter seu multiétnico império e garantir o regime absolutista. A Prússia objetivava ter hegemonia entre os estados alemães e, da mesma forma que Rússia e Áustria, manter o regime político elitista e autoritário. A Inglaterra porém, já tendo ultrapassado sua etapa absolutista, tinha propostas importantes para sua expansão comercial, já que sua revolução industrial caminhava a largos passos. Ela pretendia, por exemplo, a liberdade de navegação pelos rios europeus. 

    O grande “ azarão" do Congresso de Viena foi Talleyrand, diplomata francês. Ele apresentou a tese de que a França monárquica, sob o governo de Luiz XVIII, também era “vencedora de Napoleão". E nisso empenhou toda a sua capacidade diplomática. Uma de suas vitórias foi o fato da França ter perdido somente os territórios que haviam sido conquistados por Napoleão Bonaparte, voltando às fronteiras anteriores à revolução. Por conseguinte , não houve perda real de território. No entanto, a França teve que pagar pesada indenização aos países vencedores e , além disso, aceitar tropas estrangeiras em seu território. 

    Desta forma percebe-se que a afirmativa está incorreta. Aliás, esta questão não apresenta grandes dificuldades mas, demanda conhecimentos específicos para que não haja a possibilidade de confundir as perdas da França com a perda de parcelas de seu território original . O livro Diplomacia, de Henry Kissinger, é leitura importante para quem pretende carreira diplomática. Ele é especialista em Congresso de Viena. No entanto, a publicação apresenta muito mais do que o congresso. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501554
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do Congresso de Viena e das transformações da ordem geopolítica europeia que dele resultaram, julgue (C ou E) o item que se segue.


Sob a presidência do imperador da Áustria, foi criada a Confederação Alemã, para congregar boa parte dos Estados que dantes estavam vinculados ao Sacro Império Romano-Germânico.

Alternativas
Comentários
  • Questão CERTA.

    Confederação Germânica (Deutscher Bund, em alemão) foi uma associação política e econômica (a Zollverein, a partir de 1834) dos principais territórios de língua alemã, criada no Congresso de Viena de 1815, sob hegemonia austríaca, que sucedeu ao milenar Sacro Império Romano-Germânico, dissolvido em 1806 pelas invasões napoleónicas.

    A entidade era uma confederação fraca de 39 Estados, com uma dieta em Frankfurt, instalada no Palais Thurn und Taxis, que representava apenas os soberanos, não os povos daqueles territórios. O tamanho e influência de cada Estado variava consideravelmente:

    o Império Austríaco e o Reino da Prússia eram os maiores e mais importantes membros da confederação. Grandes partes de seus territórios e de suas forças armadas não foram incluídas na confederação, o que permitia a ambos atuar como países independentes; por exemplo, durante as guerras com a Dinamarca, Áustria e Prússia não combateram sob a bandeira da confederação. Ambas possuíam um voto cada na dieta.

    dois Estados-membros eram governados por soberanos estrangeiros: os reis da Dinamarca, dos Países Baixos e do Reino Unido da Grã-Bretanha e Irlanda (até 1837) eram membros da Confederação Germânica na qualidade, respectivamente, de duque de Holstein e rei de Hanôver. Cada um detinha um voto cada na dieta.

    seis outros Estados contavam um voto cada na dieta: os reis da Baviera, Saxônia e Vurtemberga, o príncipe-eleitor do Hesse e os grão-duques de Baden e do Hesse.

    23 membros menores compartilhavam cinco votos na dieta.

    as quatro cidades livres de Lübeck, Frankfurt, Bremen e Hamburgo compartilhavam um único voto na dieta[1].

    As suas fronteiras eram aproximadamente as mesmas fronteiras do Sacro-Império por alturas da Revolução Francesa, exceptuando o território que corresponde hoje à Bélgica. Os seus membros, drasticamente reduzidos a cerca de 30 em relação aos mais de 200 que constituíam o Sacro-Império, dispunham de plena soberania e comprometiam-se a uma defesa mútua, mantendo em conjunto uma série de fortalezas no Luxemburgo, em Mogúncia, Rastatt, Ulm e Landau. Os assuntos políticos, naturalmente limitados devido à grande autonomia dos estados-membros, discutiam-se na dieta federal, sob presidência austríaca, de Frankfurt.

    Foi dissolvida em 1866 após a vitória prussiana na Guerra Austro-Prussiana - causada pela rivalidade entre estes dois Estados na disputa pela hegemonia política sobre os territórios de língua alemã - e substituída pela Confederação da Alemanha do Norte(Norddeutscher Bund), estrutura análoga, mas sob hegemonia prussiana e excluindo a Áustria. O posterior Império Alemão (Deutsches Reich), proclamado em 1871, integrou os membros da liga à excepção da Áustria, Luxemburgo, Limburgo e Liechtenstein.

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Confedera%C3%A7%C3%A3o_Germ%C3%A2nica

  •  sistema de Viena diminui a fragmentação na Alemanha, de modo que não ficasse muito vulnerável, mas mantendo algum grau de divisão, evitando que se fortalecesse. Surge a Confederação Germânica. A Confederação Germânica (1815-1866) era governada por austríacos e legislada por prussianos.


ID
2501557
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca do Congresso de Viena e das transformações da ordem geopolítica europeia que dele resultaram, julgue (C ou E) o item que se segue.


A Suécia passou a controlar a Noruega, como compensação pela perda da Finlândia.

Alternativas
Comentários
  • A Noruega desde o século XVI estava em uma união próxima com a Dinamarca, porém a aliança do Reino da Dinamarca e Noruega com o Império Francês de Napoleão Bonaparte fez com que o Reino Unido e a Rússia aprovassem a anexação do território pela Suécia como uma compensação pela perda da Finlândia em 1809, além de uma recompensa por juntar-se à sua coligação contra os franceses. Pelo Tratado de Kiel de 1814, o rei Frederico VI da Dinamarca foi forçado a ceder a Noruega para o rei Carlos XIII da Suécia. Fonte: Wikipédia
  • Esta questão consta no gabarito da CESPE como ERRADO. Pelo que li na Internet a questão está certa.

     

  • o erro está em "como compensação", já que a parte oriental da Suécia, separou-se em 1809 formando a Finlândia, como grão-ducado russo autônomo.

    A campanha contra a Noruega em 1814 estabeleceu uma união que durou até 1905, quando se dissolveu pacificamente

    então os eventos do item ñ tem relação 

  • Na realidade o erro está na palavra perda.
    Veja bem, a Suécia já havia perdido a Finlândia em 1809 e esperava que o Congresso de Viena reestabelecesse este dominio, amparado no princípio da legitimidade. Contudo, a manutenção da Finlândia pela Rússia serviu de recompeça pela vitória sobre Napoleão e a Suécia foi indenizada com a Noruega. Ou seja, a compensação foi em virtude da manutenção do território pela Rússia e não pela perda dele.

    Abaixo segue trecho do livro História da Civilização Ocidental de Edward McNall Burns, onde podemos ver que tanto o controle sobre a Noruega, quanto a natureza de compensação dele estão corretos.

    "Outra série de compensações semelhantes foi levada a efeito a fim de recompensar a Russia pela participação na derrota de Napoleão. O czar pode conservar a Finlândia, que fora tomada à Suécia em 1809. Esta, por sua vez, foi indenizada com a aquisição da Noruega, tomada à Dinamarca. Todos esses arranjos se fizeram com total desrespeito aos interesses dos povos neles envolvidos. (...) Também não se teve a menor consideração pelos interesses dos noruegueses ao transferi-los para a soberania da Suécia."  

  • Gabarito: ERRADO

    "Embora o Congresso de Viena consagre a posse russa da Finlândia e consagre a união de coroas entre Suécia e Noruega, que foi de fato uma compensação aos suecos, a união de coroas e troca de territórios foi um processo separado.

    Iniciado com o Tratado de Kiel, em janeiro de 1814, e terminado em 4 de novembro daquele ano, quando os noruegueses finalmente elegem o rei sueco como seu rei, após breve conflito.

    Inicialmente o gabarito grafava C. Após recursos elaborados por candidatos com subsídios de fontes primárias e secndárias, ele foi justamente alterado para E."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Tratado de Kiel (1814)

    A independência da Noruega está relacionada com as guerras napoleônicas.

    - A Suécia reivindicou a Noruega para compensar a perda da Finlândia para a Rússia.

    Após uma administração de mais de 400 anos, a Dinamarca perdeu a Noruega para a Suécia.

  • O Congresso de Viena foi um encontro ocorrido, entre setembro de 1814 e junho de 1815, com o objetivo de redesenhar o mapa político europeu após a derrota de Napoleão Bonaparte , criando um equilíbrio entre as potências vencedoras.
    As principais potências envolvidas foram a Inglaterra, a Prússia,a Rússia e a Áustria . A proposta ser a de  restaurar o Antigo Regime Absolutista ,com a retomada das casas reais consideradas “ legítimas" ao poder.

    Esta afirmativa está incorreta pois a Finlândia pertencia à Rússia que foi autorizada a se manter o território com a assinatura do acordo de paz elaborado no Congresso de Viena. Neste mesmo acordo a Suécia recebeu o direito sobre a Noruega, mas não há registros de que tenha sido uma compensação por perda de território. A Suécia foi considerada potência vencedora de Napoleão, por ter participado de algumas coligações militares anti-napoleônicas. 

    Gabarito do Professor:  ERRADO.


ID
2501560
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      No pequeno intervalo desde que os meus primeiros fios de barba cresceram até que começassem a ficar grisalhos, nesse meio século, aconteceram mais transformações e mudanças radicais do que normalmente em dez gerações, e cada um de nós o sente: aconteceu demais! A minha vida foi invadida por todos os pálidos cavalos do Apocalipse, revolução e fome, inflação e terror, epidemias e emigração... Fui obrigado a ser testemunha indefesa e impotente do inimaginável retrocesso da humanidade para uma barbárie que há muito julgávamos esquecida... Mas, paradoxalmente, na mesma época em que o nosso mundo retrocedia um milênio no aspecto moral, vi a mesma humanidade elevar-se a feitos nunca antes imaginados no campo da técnica e do intelecto... Nunca, até a presente hora, a humanidade como um todo se comportou de maneira mais diabólica, e nunca produziu de forma tão divina.

Stefan Zweig. Autobiografia – O mundo de ontem. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 14-6 (com adaptações).

Acerca de algumas das experiências evocadas no texto precedente, julgue (C ou E) o item a seguir.


A polêmica quanto às circunstâncias que levaram à Primeira Guerra Mundial, bem como a respeito da responsabilidade pelo conflito, iniciou-se no final da década de 30 do século passado, no momento em que se intensificavam os sinais de agressividade da política externa da Alemanha de Hitler.

Alternativas
Comentários
  • O início da Primeira Guerra Mundial: O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

    Hitler participou da Guerra como soldado: Com apenas três meses de treinamento, ele foi enviado à Frente Ocidental. Hitler serviu na França e na Bélgica como mensageiro da Primeira Companhia do 16º Regimento de Infantaria de Reserva Bávaro, atuando na linha de força inimiga. Ele participou também da Primeira Batalha de Ypres, na qual sua unidade foi dizimada em quatro dias. Ao fim do conflito, de 3.500 soldados, sobraram somente 600 para seguir em combate.

    Em outubro de 1916, no norte da França, Hitler foi ferido, retornando à Frente em março de 1917, quando foi promovido à patente de cabo. Ele só não recebeu uma promoção maior porque consideraram que lhe faltava liderança. Hitler foi condecorado duas vezes: recebeu a Cruz de Ferro de Segunda Classe em 1914 e a Cruz de Ferro de Primeira Classe em 1918.

    Adolf Hitler foi considerado um bom soldado, embora não fosse querido entre seus companheiros, por causa de sua atitude submissa em relação aos seus superiores. “Respeitar o superior, não contradizê-lo e obedecer às cegas”, ele disse em seu julgamento em 1923. Ele nunca pediu a permissão para abandonar a Frente (apesar de ter ido a um hospital em Berlim enquanto se recuperava de uma ferida na perna). Segundo Hitler, a Alemanha perderia a guerra por causa dos judeus e dos marxistas, a quem ele acusou de roubar a nação e não prestar serviço militar.

    Em outubro de 1918, pouco antes do final da guerra, Hitler sofreu uma emboscada em um ataque de gás venenoso britânico próximo a Ypres. Depois de ficar temporariamente cego por causa dos gases tóxicos (segundo o pesquisador Bernhard Horstmann, sua cegueira temporal pode ter sido resultado de uma reação histérica à derrota da Alemanha), teve que ficar um tempo em um hospital de campanha. Quando foi informado de que a monarquia havia sido deposta e que um armistício seria assinado, dando a guerra por pedida, declarou: “Tudo ficou negro novamente diante de meus olhos”.

    Ele retornou a Munique em 1919. Pouco depois de sua chegada, o governo soviético foi derrotado pelo exército alemão e pelos paramilitares conservadores. Hitler foi incumbido, então, de seu primeiro trabalho político: investigar os membros de sua unidade que haviam colaborado com o governo soviético. Ele afiliou-se ao Partido dos Trabalhadores Alemães, precursor do Partido Nazista, em 1919, emergindo como seu líder em 1921.

  • A questão trata das discussões, ocorridas após a Primeira Guerra Mundial, acerca do grande culpado pela deflagração do conflito.

    Sombra Saraiva, no livro História das Relações Internacionais Contemporâneas, afirma que houve uma verdadeira "guerra mundial de documentos" que ocorreu imediatamente após 1918. Tratou-se de uma tentativa de refutar, com a ajuda de documentos históricos, a imputação de culpa exclusiva à Alemanha.

    Assim, o erro da questão está em dizer que tais discussões se deram no final da década de 1930.

  • Gab: Errada

     

    As discussões tiveram início logo após o conflito, em 1918, lembrando, ainda, da existência do Tratado de Versalhes (1919) e do não encerramento da questão após isso - embora a Alemanha seguisse pagando o preço.

  • A. Gusmão, a assertiva não se refere às circunstâncias que levaram à Primeira Guerra (o que tornaria a questão ridícula), mas à época do surgimento das polêmicas acerca da responsabilidade pelo conflito.

  • ERRADA

     

    Os acontecimentos que desencaderam a guerra deram-se no SÉCULO XX e não no final da DÉCADA DE 30.

     

    Vários problemas atingiam as principais nações européias no início do século XX. O século anterior havia deixado feridas difíceis de curar. Alguns países estavam extremamente descontentes com a partilha da Ásia e da África, ocorrida no final do século XIX. Alemanha e Itália, por exemplo, haviam ficado de fora no processo neocolonial. Enquanto isso, França e Inglaterra podiam explorar diversas colônias, ricas em matérias-primas e com um grande mercado consumidor. A insatisfação da Itália e da Alemanha, neste contexto, pode ser considerada uma das causas da Grande Guerra. 


    Vale lembrar também que no início do século XX havia uma forte concorrência comercial entre os países europeus, principalmente na disputa pelos mercados consumidores. Esta concorrência gerou vários conflitos de interesses entre as nações. Ao mesmo tempo, os países estavam empenhados numa rápida corrida armamentista, já como uma maneira de se protegerem, ou atacarem, no futuro próximo. Esta corrida bélica gerava um clima de apreensão e medo entre os países, onde um tentava se armar mais do que o outro.

     

    Existia também, entre duas nações poderosas da época, uma rivalidade muito grande. A França havia perdido, no final do século XIX, a região da Alsácia-Lorena para a Alemanha, durante a Guerra Franco Prussiana. O revanchismo francês estava no ar, e os franceses esperando uma oportunidade para retomar a rica região perdida.


    O pan-germanismo e o pan-eslavismo também influenciou e aumentou o estado de alerta na Europa. Havia uma forte vontade nacionalista dos germânicos em unir, em apenas uma nação, todos os países de origem germânica. O mesmo acontecia com os países eslavos.

     

    O início da Grande Guerra - O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro, durante sua visita a Saravejo (Bósnia-Herzegovina). As investigações levaram ao criminoso, um jovem integrante de um grupo Sérvio chamado mão-negra, contrário a influência da Áustria-Hungria na região dos Balcãs. O império austro-húngaro não aceitou as medidas tomadas pela Sérvia com relação ao crime e, no dia 28 de julho de 1914, declarou guerra à Servia.

  • O surgimento das polêmicas já começa desde a organização do Tratado de Versalhes

  • A questão tratou das polêmicas em torno do culpado e das circunstâncias que levaram ao surgimento da primeira guerra. Logicamente, essas discussões começaram após o término da guerra. O erro da questão foi em dizer que "iniciou-se no final da década de 30". Porém perduraram as polêmicas e foram motivos também da segunda guerra, ilustradas na figura revoltada de Hitler sobre as consequências da primeira guerra à Alemanha. 

  • Gabarito: ERRADO

    "A polêmica sobre a origem da IGM e, principalmente, sobre a responsabilidade do conflito, começa durante a prórpia guerra, com as obras de Lênin, que acusam a guerra de ser uma manobra contra as camadas populares.

    Seguem após o término do conflito, com as acusações alemãs de conspiração interna antipatriótica (o mito da Punhalada nas Costas) e de que existia responsabilidade igual entre os países envolvidos, ao contrário do determinado em Versalhes, que colocava a culpa do conflito exclusivamente nos alemães."

     

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • De fato, houve polêmicas sobre as circunstâncias que levaram à Primeira Guerra Mundial, mas elas se deram imediatamente após o início do conflito, em 1918, e culminariam em tentar culpar a Alemanha por todo o processo bélico que traumatizara a Europa.

    Resposta: Errado

  • O livro de Edward Carr, Vinte anos de crise, é uma publicação clássica de Relações Internacionais que analisa o período entre a duas guerras mundiais. Ou seja , entre 1919 e 1939.

    Nem Carro, nem historiadores ou internacionalistas questionam as circunstâncias que levaram à eclosão da Primeira Guerra Mundial. Há clareza acerca das tensões na Península Balcânica, da rivalidade entre Alemanha e Grã-Bretanha, das questões não há “ polêmica quanto às circunstâncias que levaram à Primeira Guerra Mundial, bem como a respeito da responsabilidade pelo conflito" . Ainda mais uma " polêmica" que tenha se iniciado “no final da década de 30 do século passado". 

     A década de 1930 é marcada pelo expansionismo da Alemanha Nazista e da Itália Fascista. Houve a difusão dos efeitos negativos da Crise de 1929 dos EUA nos países que dependiam da economia norte-americana. Estrutura-se a União Soviética. Entre 1936 e 1939 acontece a Guerra Civil espanhola, que é por muitos considerada o microcosmos da situação de tensão e crise na Europa, que levarão à segunda guerra mundial.

    A afirmativa é incorreta. Nela há a confusão entre as questões que levaram à primeira guerra e os questionamentos acerca da segunda guerra. E, para que seja possível responder é necessário estudo específico em bibliografia que é fornecida pelo Instituto Rio Branco quando da inscrição para a prova. 

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501563
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      No pequeno intervalo desde que os meus primeiros fios de barba cresceram até que começassem a ficar grisalhos, nesse meio século, aconteceram mais transformações e mudanças radicais do que normalmente em dez gerações, e cada um de nós o sente: aconteceu demais! A minha vida foi invadida por todos os pálidos cavalos do Apocalipse, revolução e fome, inflação e terror, epidemias e emigração... Fui obrigado a ser testemunha indefesa e impotente do inimaginável retrocesso da humanidade para uma barbárie que há muito julgávamos esquecida... Mas, paradoxalmente, na mesma época em que o nosso mundo retrocedia um milênio no aspecto moral, vi a mesma humanidade elevar-se a feitos nunca antes imaginados no campo da técnica e do intelecto... Nunca, até a presente hora, a humanidade como um todo se comportou de maneira mais diabólica, e nunca produziu de forma tão divina.

Stefan Zweig. Autobiografia – O mundo de ontem. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 14-6 (com adaptações).

Acerca de algumas das experiências evocadas no texto precedente, julgue (C ou E) o item a seguir.


Uma das razões que justificam a designação de guerra mundial ao conflito iniciado em 28 de julho de 1914 é a circunstância de que, desde as Guerras Napoleônicas, nenhum grande conflito armado havia envolvido mais que duas das principais potências mundiais.

Alternativas
Comentários
  • As próprias Guerras Napoleônicas envolveram um sem número de nações europeias (a França, a Espanha, Portugal, os Reinos Alemães, o Império Austríaco, o Reino da Itália, o Reino de Nápoles, o Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda e até mesmo a Rússia (lembrem que Moscou foi incendiada pelos próprios russos como estratégia de terra arrasada ante a invasão francesa). Houve, inclusive, repercussões fora do continente europeu, a exemplo do embate entre as tropas inglesas e francesas no Egito e da própria fuga estratégica da família real portuguesa para o então Brasil Colônia, em 1808.

    O nome Primeira Guerra Mundial foi atribuído ao conflito de 1914 a 1918, pois essa foi, efetivamente, a primeira guerra da qual participaram as principais potências das diversas regiões da terra, embora o principal cenário das batalhas tenha sido o continente europeu. Os conflitos internacionais anteriores tinham um caráter localizado, sempre restrito a países de um mesmo continente, de economia predominantemente agrícola ou mercantil. Já o conflito de 1914 a 1918, além do seu caráter generalizado, envolveu potências que tinham alcançado a industrialização e que dedicaram sua capacidade de produção ao desenvolvimento de uma poderosa indústria bélica. Essas potências alinharam efetivos consideráveis, extraídos principalmente da população rural, cuja diminuição acarreta uma inquietadora redução dos aprovisionamentos. Assim, o conflito desorganizou as trocas e abalou seriamente a estrutura econômica do mundo.

  • Errada!

    Temos a Guerra da Crimeia, que se estendeu de 1853 a 1856. Envolveu, de um lado o Império Russo e, de outro, uma coligação integrada pelo Reino Unido, a França, o Reino da Sardenha e o Império Otomano (atual Turquia). Esta coligação, que contou ainda com o apoio do Império Austríaco, foi formada como reação às pretensões expansionistas da Rússia.

    Nessa guerra, foi importante o papel da marinha de corso, pela França e Reino Unido.

     

    Fonte: Wikipédia

  • conceito de “Guerra Mundial” é algo que carrega em si o estigma da contemporaneidade, a expressão é bem aplicada para os tempos de globalização. A humanidade já passou por inúmeras guerras, de pequena ou grande escala, desde a História Antiga até os dias atuais, mas os momentos da história humana determinaram a repercussão dos conflitos. É claro que toda guerra tem como consequência invariável os prejuízos humanos, econômicos, sociais e políticos, mas a dimensão que assumem está muito atrelada ao seu momento histórico. As próprias Guerras Napoleônicas envolveram um grande número de nações europeias.

  • A dica para essa questão está em observar que no contexto das Guerras Napoleônicas, muitas nações foram envolvidas no conflito, inclusive Portugal por não ter acatado o Bloqueio Continental, vindo a familía real a se refugiar no Brasil.

  • Gabarito: ERRADO

    "A maior 'guerra de ajuste', como são chamados os conflitos travados durante os "Cem anos de Paz relativa", foi a Guerra da Crimeia, em 1856, que envolveu Rússia, França, Reino Unido, Sardenha e Imperío Otomano. Ou seja, ao menos três das potências presentes em Viena no ano de 1815".

     

    Professor: Filipe Figueiredo

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

     

    Para complementar, há outro item que trata do mesmo tema no ano de 2016:

    Ano: 2017  Banca: CESPE  Órgão: Instituto Rio Branco  Prova: Diplomata 

    "A Guerra da Crimeia - um dos maiores conflitos militares em que se envolveram Estados europeus e asiáticos entre as Guerras Napoleônicas e a Primeira GUerra Mundial -, ao opor, de um lado, Grã-Bretanha e França, e, de outro, a Rússia, provocou séria elevação no n;ivel de tensão do sistema internacional."

    Gabarito: CERTO

  • Após as guerras napoleônicas, até o início da primeira guerra mundial, em 1914, não houve grandes conflitos que envolvessem várias potências europeias. Por isso é que é um tempo chamado de “Belle époque". É também um período de quase cem anos de paz. Já a guerra de 1914-1918 tornou-se uma guerra mundial por ter tido vários campos de batalha – como norte da Itália, península Balcânica, fronteira franco-belga – e por ter envolvido tropas de estados europeus e de suas colônias!

    Como os Estados europeus tinham colônias na América, na África e na Ásia, muitas nacionalidades e, interesses cada vez mais diversificados influenciaram o curso do conflito.

    Antes de 1917 há incluso a participação de voluntários norte-americanos. Depois da entrada dos EUA há então a participação dos norte-americanos e de grupos de outros aliados, como por exemplo, brasileiros, mesmo que não com tropas .

    A justificativa apresentada para a denominação “guerra mundial" para o conflito 1914/18 não procede. O argumento “, desde as Guerras Napoleônicas, nenhum grande conflito armado havia envolvido mais que duas das principais potências mundiais " justifica a Belle Époque.

    RESPOSTA : ERRADO.
  • O estopim deste conflito foi o assassinato de Francisco Ferdinando, príncipe do império austro-húngaro.


ID
2501566
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      No pequeno intervalo desde que os meus primeiros fios de barba cresceram até que começassem a ficar grisalhos, nesse meio século, aconteceram mais transformações e mudanças radicais do que normalmente em dez gerações, e cada um de nós o sente: aconteceu demais! A minha vida foi invadida por todos os pálidos cavalos do Apocalipse, revolução e fome, inflação e terror, epidemias e emigração... Fui obrigado a ser testemunha indefesa e impotente do inimaginável retrocesso da humanidade para uma barbárie que há muito julgávamos esquecida... Mas, paradoxalmente, na mesma época em que o nosso mundo retrocedia um milênio no aspecto moral, vi a mesma humanidade elevar-se a feitos nunca antes imaginados no campo da técnica e do intelecto... Nunca, até a presente hora, a humanidade como um todo se comportou de maneira mais diabólica, e nunca produziu de forma tão divina.

Stefan Zweig. Autobiografia – O mundo de ontem. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 14-6 (com adaptações).

Acerca de algumas das experiências evocadas no texto precedente, julgue (C ou E) o item a seguir.


Embora tivesse sido previamente aliada da Alemanha e do Império Austro-Húngaro — no âmbito da chamada Tríplice Aliança —, a Itália atuou na Primeira Guerra Mundial, a partir de 1915, ao lado da Tríplice Entente, após receber promessas de ganhos territoriais.

Alternativas
Comentários
  • Ficou conhecida como Tríplice Entente (entente = acordo, contrato) a coalizão militar constituída na primeira década do século XX, onde os Impérios Britânico, Russo e República Francesa se uniram para fazer frente à política expansionista de outro bloco, a Tríplice Aliança (constituída pelos Impérios Alemão, Italiano e Austro-Húngaro), formado em 1882.

    Por ocasião da guerra, a Itália seria convencida a se unir à Entente a partir de um trato feito com a Inglaterra.

    https://www.infoescola.com/historia/triplice-entente/

  • Tratado de Londres de 1915, também conhecido como "Pacto de Londres" (em inglês: London Pact e em italiano: Patto di Londra), foi assinado em Londres em 26 de abril de 1915, através da qual a Itália entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado da Tríplice Entente. O tratado foi secreto e os países signatários foram: Itália, Grã-Bretanha, França e Império Russo.

    Sob o acordo, a Itália receberia a áreas habitadas por italianos na Áustria-Hungria, grande parte da costa da Dalmácia e o resto do território dos Balcãs do Império Austro-Húngaro seria dividido entre os três estados independentes: Sérvia, Montenegro e Croácia.

    Em troca, a Itália concordou em deixar a Tríplice Aliança, que unia os impérios alemão e austro-húngaro, e entrar na guerra ao lado da Entente. A mudança de lados já havia sido acordado no início de setembro de 1914, em um acordo secreto assinado em Londres. A entrada na guerra deveria ocorrer em menos de um mês desde a assinatura do tratado e isso foi feito, com a declaração de guerra dos italianos que foi proclamada em 23 de Maio.

  • Sim! A Itália vira a casaca nas duas guerras. 

  • Vale lembrar que no contexto da Primeira e Segunda Guerra Mundial a diplomacia secreta era algo comum. Lógico que a diplomacia secreta não provocou a Primeira Guerra, mas é claro que ela tem a ver com a rapidez com que a guerra cresceu. Era difícil você saber o que seu vizinho estava fazendo e traçar seus passos. Tudo corria por debaixo dos panos dos gabinetes das chancelarias, já dizia o historiador William Gonçalves. E assim, Itália entrou na Primeira Guerra Mundial ao lado da Tríplice Entente (tratado foi secreto e os países signatários foram: Itália, Grã-Bretanha, França e Império Russo).

  • Para os não assinantes,

     

    Gabarito: Certo

  • Está CERTA.

    T.A- Alemanha, Austria-Hungria e Iália

    T.E.- Inlglaterra, Rússia e França

    Itália ficou na TA na 1ª fase da Grande Guerra

    Na 2ª fase da Grande Guerra(1915-1917) Itália muda de lado porque a AUSTRIA-HUNGRIA tomou a ofensiva e porque foi prometidos territórios a essa e não foram cumpridos. Isso fez com que ela mudasse de lado.

  • Desastrosa durante grande parte da guerra, a participação italiana acabou sendo importante, na medida em que o país derrotou e forçou o mpério Austro-Hungaro à capitulação na atalha de Vittorio-Veneto, causando a desagregação do mesmo. A capitulação da Áustria-Hungria foi um duro golpe no mpério Alemão, que passaria a lutar sozinho.

  • Por meio do Pacto de Londres, de 1915, a Itália concordou em deixar a Tríplice Aliança, que unia os impérios alemão e austro-húngaro, e entrar na guerra ao lado da Entente, em troca de receber novos territórios.

    Resposta: Certo

  • Alemanha, ITáliA , Austria-Hungria É= EIXO DO MAL;;ATA

    Franç. Rússia Inlglaterra= É OPOSTO,,,FRI

  • ITÁLIA CASACAAAAAAAAAAAA

    GAB C

    PMAL2021

  • .


ID
2501569
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

      No pequeno intervalo desde que os meus primeiros fios de barba cresceram até que começassem a ficar grisalhos, nesse meio século, aconteceram mais transformações e mudanças radicais do que normalmente em dez gerações, e cada um de nós o sente: aconteceu demais! A minha vida foi invadida por todos os pálidos cavalos do Apocalipse, revolução e fome, inflação e terror, epidemias e emigração... Fui obrigado a ser testemunha indefesa e impotente do inimaginável retrocesso da humanidade para uma barbárie que há muito julgávamos esquecida... Mas, paradoxalmente, na mesma época em que o nosso mundo retrocedia um milênio no aspecto moral, vi a mesma humanidade elevar-se a feitos nunca antes imaginados no campo da técnica e do intelecto... Nunca, até a presente hora, a humanidade como um todo se comportou de maneira mais diabólica, e nunca produziu de forma tão divina.

Stefan Zweig. Autobiografia – O mundo de ontem. Rio de Janeiro: Zahar, 2014, p. 14-6 (com adaptações).

Acerca de algumas das experiências evocadas no texto precedente, julgue (C ou E) o item a seguir.


Entre as obras de grande expressão artística que abordam experiências ligadas à Primeira Guerra Mundial destacam-se o romance A montanha mágica, de Thomas Mann, o relato autobiográfico Tempestades de aço, de Ernst Jünger, e o painel Guernica, de Pablo Picasso.

Alternativas
Comentários
  • O quadro Guernica, de Pablo Picasso tem correlação com a Guerra Civil Espanhola e não com a Primeira Guerra Mundial.

  • ERRADO

     

    O quadro Guernica é sobre a Guerra Civil Espanhola que começou em 17 de jul de 1936 e terminou em 1 de abr de 1939.

     

    (2 GM: 1 de set de 1939 – 2 de set de 1945)

     

    Os outros livros citados na questão são sim relativos à 1GM. (1920/1924, por aí)

     

  • O mural foi criado durante a Guerra Civil Espanhola, em resposta ao Bombardeio de Guernica, em abril de 1937. A cidade é localizada na província de Biscaia, no País Basco, local de resistência da cultura basca, sendo um grande alvo do governo espanhol.

  • Guerra Civil Espanhola: O Quadro Guernica de Pablo Picasso é uma das mais famosas pinturas do artista espanhol e uma das mais conhecidas do cubismo. Esta obra de arte revela os efeitos da guerra em uma população. O artista espanhol se inspirou no bombardeamento da cidade Guernica no dia 26 de abril de 1937. Neste dia, aviões alemães da Legião Condor destruíram quase completamente a cidade espanhola. O erro da questão é citar o  painel Guernica, de Pablo Picasso com a primeira guerra mundial. Foi a Guerra Civil Espanhola.

  • "O clássico da literatura de guerra Tempestades de aço é a obra de estreia de Ernst Jünger e relata, misturando ficção e anotações dos diários do autor, a vida nas trincheiras da Primeira Guerra Mundial. Considerado pelo premiado escritor francês André Gide como o mais belo livro do gênero, a obra perpassa toda a trajetória de Jünger dentro do exército alemão, seus companheiros, as batalhas e os ferimentos aos quais um soldado precisa se submeter, contando sempre com a narrativa poética e envolvente de um dos grandes nomes da literatura alemã."

    "A montanha mágica, a grande obra-prima de Thomas Mann. (...) Neste clássico da literatura alemã, Mann renova a tradição do Bildungsroman - o romance de formação - a partir da trajetória do jovem engenheiro Hans Castorp. Durante uma inesperada estadia em um sanatório para tuberculosos, Hans relaciona-se com uma miríade de personagens enfermos que encarnam os conflitos espirituais e ideológicos que antecedem a Primeira Guerra Mundial. Um dos grandes testamentos literários do século XX e uma das obras inesgotáveis da ficção ocidental."

    Fonte: https://www.amazon.com.br/

  • Esta afirmativa está incorreta, pois o Painel Guernica pintado por Pablo Picasso tem por referência o ataque à Guernica ocorrido durante a Guerra Civil Espanhola. Esta obra cubista retratou o bombardeio aéreo alemão que expressou o apoio alemão ao General Franco.

    A historiografia da arte argumenta que Picasso teria como propósito declarar guerra à guerra e à qualquer tipo de violência, além de retratar os absurdos ocorridos com a Guerra Civil Espanhola. Pablo Picasso foi escolhido pelo governo espanhol para pintar o quadro para a Exposição Internacional de Artes e Técnicas em Paris. Hoje a obra está no Museu Nacional Centro de Arte Reina Sofia, na Espanha. 

    Os livros Montanha Mágica de Thomas Mann e Tempestades de Aço de Ernst Jünger possuem como cenário a Primeira Guerra Mundial, sendo que o primeiro é um romance e o segundo é uma espécie de autobiografia que mistura elementos vividos nas trincheiras de guerra e elementos ficcionais. 
    Gabarito do Professor:  ERRADO.

ID
2501572
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca de causas e consequências da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) o item seguinte.


O alinhamento da Áustria com a Alemanha na Segunda Guerra Mundial foi possível graças à queda, em 1934, do regime comunista austríaco, implantado após a derrota do país na Primeira Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • A Primeira República Austríaca durou de 1918 até 1922, quando o chanceler Engelbert Dollfuss, usando o que ele chamou de "autodesligamento do parlamento" (Selbstausschaltung des Parlaments), estabeleceu um regime autocrático que tendia para o fascismo italiano. Os dois grandes partidos da época, os sociais-democratas e os conservadores, tinham exércitos paramilitares; os sociais-democratas do Schutzbund foram declarados ilegais, mas continuaram operando quando a guerra civil estorou.

    Em fevereiro de 1934, vários membros do Schutzbund foram executados, o partido social-democrata foi considerado ilegal, e muitos de seus membros foram aprisionados ou emigraram. Em primeiro de maio de 1934, os austrofascistas impuseram uma nova constituição (Maiverfassung) que consolidou o poder de Dollfus, mas em 25 de julho ele acabou assassinado numa tentativa de golpe de estado nazista.

    Seu sucessor, Kurt Schuschnigg, lutou para manter o país independente como "o melhor Estado germânico". No dia 9 de março de 1938, ele anunciou um referendo, a ser realizado em 13 de março, para tratar da independência da Áustria em relação à Alemanha. Entretando, em 12 de março de 1938, os nazistas austríacos tomaram o poder, enquanto tropas alemãs ocupavam o país, evitando o acontecimento do referendo. Em 13 de março, a anexação (Anschluss) do Estado foi oficialmente declarada. Dois dias depois, Adolf Hitler anunciou na Heldenplatz (o espaço em frente ao Palácio Imperial de Hofburg) o que chamou de "reunificação" de seu país natal com o "resto do Império [Reich] Alemão". Ele estabeleceu um plebiscito para confirmar a união com o resto da Alemanha em abril de 1938.

     

    Fonte: Wikipedia.

  • Gab: Errada

     

    A Austria não foi comunista.

  • Até a Segunda Guerra, o único regime comunista foi a URSS

  • A AUSTRIA NÃO ERA COMUNISTA.

    PMAL 2021

  • GABARITO SUJEITO A ANULAÇÃO.

    Guerra Civil Austríaca ou Revolta de Fevereiro (em alemão: Österreichischer Bürgerkrieg) é como a historiografia denomina os confrontos violentos que ocorreram entre 12 e 16 de fevereiro de 1934 na Áustria entre os movimentos social-democratas (Republikanischer Schutzbund) e comunistas contra as forças conservadoras-fascistas do governo (exército, polícia e paramilitares do Heimwehr). Os eventos começaram em Linz e se espalharam para o resto do país, principalmente nas cidades de Viena, Graz, Bruck an der Mur, Wiener Neustadt e Steyr, embora os combates também se estendessem para várias cidades industriais na Áustria central e oriental.

    FONTE: https://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Civil_Austr%C3%ADaca

  • O ano de 1934 marca uma guerra civil austríaca. Confrontos violentos ocorreram entre 12 e 16 de fevereiro entre os movimentos social-democratas (Republikanischer Schutzbund) e comunistas contra as forças conservadoras-fascistas do governo (exército, polícia e paramilitares do Heimwehr). O grupo ultra nacionalista Heimwehr tinha uma organização, ideologia e métodos violentos semelhantes ao Freikorps da Alemanha nazista. Ele atuou na Áustria nas décadas de 1920 e 1930. Em 1936 foi absorvido pela Frente Patriótica por decreto do chanceler Schuschnigg, durante a liderança política do austrofascismo. 

    O estopim do movimento foi a oposição violenta das organizações socialistas a uma série de buscas e prisões ordenadas pelo ministro do Interior Emil Fey , que era destacado dirigente na Heimwehr. No final o governo federal venceu, com a Frente Patriótica apoiada principalmente por elementos conservadores da sociedade, tais como a igreja católica. A partir daí se tornou o único partido político legalizado na Áustria e foi instalado no país um novo regime autoritário, o Ständestaat - de orientação fascista. 

    Ao contrário do que diz a afirmativa, o regime dominante em 1934 na Áustria não era comunista mas sim profundamente conservador, nacionalista e de orientação fascista. Porém, o regime não era liderado pelo grupo nacional socialista austríaco, que era a favor do pangermanismo e antissemita, o que o grupo político dominante na Áustria não o era. 

    Na verdade o regime instalado em 1934 esteve , até o Anchluss (anexação da Áustria pela Alemanha) em 1938, contestado pelos nazistas austríacos, o que trouxe uma instabilidade política constante. Com a anexação à Alemanha nazista a Áustria se alinha automaticamente aos alemães durante a Segunda Guerra Mundial, sendo antissemita , autoritária e nacionalista como a Alemanha. Ou seja : fascista. 

    A afirmativa apresentada está incorreta . Não corresponde à história política da Áustria. Para que seja possível analisar a afirmativa proposta é necessário leitura de bibliografia específica acerca do processo político da Áustria e de sua relação com a Alemanha. Uma boa indicação é a obra de William Shirer- Ascensão e Queda do Terceiro Reich que, aliás, abarca o período anterior e posterior à segunda guerra , com dados bastante completos.

    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501575
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca de causas e consequências da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) o item seguinte.


As forças vencedoras da Segunda Guerra Mundial induziram expressivos movimentos migratórios entre a população de várias partes da Europa, com o objetivo de dotar os Estados, na nova ordem, de maior homogeneidade étnica.

Alternativas
Comentários
  • A assertiva dá a entender que os movimentos migratórios aconteceram dentro mesmo da Europa, a fim de proporcionar uma maior homogeneidade étnica. Tenho sérias dúvidas quanto a esse entendimento. A imigração envolveu mais países fora da Europa -Brasil, por exemplo - e teve finalidade de recuperação. Indiquei para comentário. 

  • Wilson, houveram movimentos internos na Europa. Por exemplo, alemães saíram dos territórios da atual Polonia e poloneses foram banidos de territórios que hoje pertencem a Bielo-Russia e Ucrânia, territórios que ficaram para a URSS.

  • A minha dúvida é se esse movimento geraria homogeneidade étnica mesmo.

  • Houve migração forçada e econômica que pode acarretar em concentração de uma determinada população em um local (Aí a homogeneidade). Com o fim da guerra e a repartição de alguns territórios, as populações tendem a migrar para regiões onde existam elementos comuns, como língua, cultura, religião. Quando a assertiva diz "induziram" podemos nos lembrara das expulsões de alemães, cossacos e ucranianos feito pela Rússia. 

  • Esse termo "homogeneidade étnica" tendeu a questão a ser errada...indiquei para comentário também!

  • Esse gabarito deveria ser corrigido ( se é que não foi). Apesar das expulsões e migrações descritas por Bruno Freitas a questão permite inferir que houve mobilização de grandes contingentes para fins eugenicos. Algo que os nazistas poderiam tentar caso vencessem a guerra.
  • Claudiney, haver no sentido de existir é impessoal, portanto não admite reflexão.  Galera, também estou com a maioria quanto ao provável erro da questão. Deve ter acontecido um provável refluxo de nacionais aos seus países de origem para reconstrução, não localizo nada para corroborar a tese. 

  • A questão da heterogeneidade étnica tinha sido um dos problemas surgidos ao fim da Primeira Guerra Mundial, que viu a queda de quatro enormes impérios: Alemanha, Áustria-Hungria, Rússia e Turquia. As divisões étnicas geraram conflitos nos novos Estados resultantes. Ao fim da II Guerra, tentou-se evitar o mesmo erro, a fim de causar menos conflitos internos na Europa. Não era uma questão eugênica, ou de tornar 100% homogêneo, mas pelo menos tinha que diminuir a salada mista em que estavam as populações do continente antes de 1939. Foi uma medida para assegurar a paz.

  • Tony Judt contrasta as estratégias adotadas no Pós-1ª GM e no Pós-2ª GM. 

    No primeiro contexto, a estratégia adotada foi a reelaboração geral do mapa europeu, complementada pelos tratados para a garantia de direitos das minorias étnicas. Salvo o caso da troca de populações entre Grécia e Turquia, as populações ficaram paradas e as fronteiras se moveram.

    No segundo contexto, foram conduzidos grandes deslocamentos populacionais para tentar assegurar maior homogeneidade entre as nações já existentes, salvo o caso da Polônia.

    A última estratégia não se deu sem problemas. Ela levou a tensões que viriam a explodir muitos anos depois, como no caso da Iugoslávia, com diversas etnias e religiões tratadas pelas potências vencedoras como um grupo homogêneo de eslavos.

    Cito o trecho:

    “At the conclusion of the First World War it was borders that were invented and adjusted, while people were on the whole left in place. After 1945, what happened was rather the opposite: with one major exception, boundaries stayed broadly intact and people were moved instead.” JUDT, Tony. Postwar: a history of Europe since 1945. New York: Penguin Books, 2005, p. 27

  • Assim fica difícil ir bem em história mundial :(

  • Gabarito: CERTO

    " O item fala em 'forças vencedoras', ou seja, deve-se desconsiderar as migrações forçadas promovidas pela Alemanha nazista e pelo Império do Japão. A URSS, por sua vez, expulsou diversos ucranianos, cossacos e alemães de diversas regiões da Europa central e oriental; isso foi feito em nome tanto da homogeneidade étnica quanto para a expulsão de alemães ocupantes que colonizavam os territórios poloneses. No Oriente, chineses, estadunidenses e soviéticos expulsaram colonos japoneses de diversos territórios."

     

    Professor: Filipe Figueiredo

    Livro: 1.600 Questões Comentadas

  • Se fosse na prova que irei fazer, entraria com recurso sem pensar duas vezes... 

     

  • Seria esse mesmo o objetivo

  • A questão informa "As forças vencedoras da Segunda Guerra Mundial", pelo que saiba, salvo entendimento em outras literaturas, somente a URSS fez isso...e os demais(USA, GB e Fr)?

    Alguém pode me explicar?

  • Pessoal a questão faz muito sentindo se pensarmos a questão pela seguinte lógica. Devido a Guerra, perseguições aos estrangeiros, judeus (de várias nacionalidades) nos estados alemães, perseguição aos doentes, homossexuais todas essas populações com medo migraram para um outro estado (que fosse mais garantidor de sua segurança e liberdades), dessa forma muitos países ali na Europa tiveram uma grande recepção de imigrantes vindos de diversas outras partes da Europa (como refugiados de guerra). Quando a questão fala que as forças vencedoras induziram movimentos migratórios com o propósito de dotar esses Estados de maior homogeneidade étnica eles estão querendo dizer que induziram esses estrangeiros a retornarem para seus países de origem. Pois uma das causas da guerra era justamente as diversas etnias de povos no cáucaso e nos balcãs. Eles queriam fazer que a França só tivessem franceses, a Espanha só espanhóis e assim por diante para evitar que novas divisões étnicas provocassem acirramentos e confrontos nesses países por questões culturais, ideologias. Isso faz muito sentindo ainda nos dias de hoje se pensamos que a UE quer barrar o contingente de imigrantes vindos das zonas de guerras no Oriente Médio e na Africa. Eles não querem que esses imigrantes acabem por influenciar sua cultura, religião e costumes, além de 'roubar seus empregos'. Mas perceba que esses movimentos migratórios são causados por essas mesmas potências que acenderam o pavil do barril de polvóra.

  • Embasamento no c*

  • CERTO, MINHA INTERPRETAÇÃO: Se na Segunda Guerra, certas pessoas se achavam superior por motivos de raça, não é de se surpreender que os países vencedores visavam refazer a mentalidade dessa gente, mostrando que todos somos seres humanos.

ID
2501578
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca de causas e consequências da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) o item seguinte.


A derrocada do Império Turco-Otomano, consequência da Primeira Guerra Mundial, fez da Turquia uma república secular que não adotou uma posição neutra no contexto da Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • Ao longo dos séculos XVIII e XIX, o Império Turco-Otomano começou a entrar em um período de estagnação. Esse período ficou marcado pela articulação militar e diplomática com alguns países ocidentais, como a França e a Alemanha, e guerras intensas e periódicas contra outros, como o Império Russo. Além disso, passou a haver revoltas internas que foram minando o império, como a revolta dos janízaros (elite militar turca) em meados dos anos 1820, que foi sufocada com o massacre promovido pelo sultão Selim III. 

    O advento da Primeira Guerra Mundial em 1914 acelerou a desagregação do Império Turco-Otomano, já que a guerra provocou um colapso generalizado tanto na Europa quanto no Oriente Médio. OS OTOMANOS FORAM ALIADOS DOS ALEMÃES E AUSTRÍACOS DURANTE A GUERRA contra os russos, ingleses e franceses. Com é sabido, os alemães e seus aliados foram derrotados. Com a derrota, o Império Turco-Otomano foi obrigado a assinar o Armistício de Mudros, que cedia aos vencedores, sobretudo aos ingleses e franceses, porções de seu território.​​

  • Alguém saberia o motivo da anulação? Na minha opinião a afirmativa está errada, mas n identifiquei nada que atrapalhasse o julgamento objetivo da questão

  • Motivo da Anulação:

     

    A relação equivocada estabelecida no item entre a derrocada do Império Turco-Otomano e a não adoção de uma postura neutra pela Turquia prejudicou seu julgamento objetivo.

  • A Turquia manteve-se neutra durante a maior parte da Segunda Guerra Mundial e só no final, em fevereiro de 1945, declarou guerra à Alemanha e ao Japão, sem tomar parte ativa no conflito.


ID
2501581
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

Acerca de causas e consequências da Segunda Guerra Mundial, julgue (C ou E) o item seguinte.


As divergências interpretativas sobre as causas da Segunda Guerra Mundial não permitem identificar que países e lideranças políticas terão sido responsáveis pela eclosão do conflito.

Alternativas
Comentários
  • A guerra se deu principalmente pelo avanço nazista 

  • Gab: Errada

     

    É possível identificara expansão do nazismo alemão e do fascismo italiano como grandes causas de início do conflito.

  • Discordo do gabarito uma vez que o avanço nazista foi possibiitado pelo financiamento capitalista ocidental.

  • E que que tem a ver o avanço nazista ter sido possibilitado pelo financiamento capitalista?

    A Alemanha teve ajuda secreta da URSS para se rearmar e de certa forma se beneficiou da "Política de Apaziguamento", ampliando seu território sem grandes resistências (LDN fazendo vista grossa) e ainda contou com a ajuda de investimentos dos industriais e políticos ingleses e alemães.. Porém isso tudo se justificava pelo fato da Alemanha ser um país forte para conter o avanços comunistas na Europa Centro -Oriental.

    Ninguém contava que ela fosse virar o monstro que virou, tanto é que esse mesmo monstro voltou-se para os países que o apoiaram.

  • Julio Andrade,

     

    A invasão nazista na URSS se inicia apenas em junho de 1941, ou seja, quase dois anos depois do início da 2a guerra mundial, que tem como marco inicial a invasão alemã à Polônia em setembro de 1939. Portanto, a invasão da URSS não poderia ser "uma das causas para eclosão da 2 Guerra mundial" como informastes.

     

    O invasão à URSS (chamada de operação Barbarossa) é na verdade considerada o ponto de virada da 2a guerra e um erro estratégico da alemanha nazista por abrir a frente de batalha oriental. Apesar da Alemanha ter conquistado importantes vitórias nessa frente e ter dominado partes importantes do território da URSS, ela usou recursos demais para isto. "Na frente oriental foram usadas mais forças militares do que em qualquer outro teatro de guerra na história mundial" (https://pt.wikipedia.org/wiki/Opera%C3%A7%C3%A3o_Barbarossa)

     

    Bons Estudos!

  • Essa questão devia estar querendo confundir o candidato entre as causas da Primeira Guerra e da Segunda!

  • O estopim para a eclosão da Segunda Guerra Mundial foi, principalmente, o processo expansionista da Alemanha, que havia invadido a Áustria, a região de Sudetos, na então Tchecoslováquia, e a Polônia.

    A Alemanha, à época, estava sistematicamente desrespeitando o Tratado de Versalhes, o tratado de paz assinado pelas potências europeias com o fim da Primeira Guerra Mundial.

    Resposta: Errado

  • Estopim das grandes guerras Primeira: assassinato do arqueduque Francisco Fernandi Segunda:invasao da Polonia pela Alemanha

ID
2501584
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A respeito da vida cultural nos séculos XIX e XX, julgue (C ou E) o item a seguir.


A pop art de meados do século XX caracteriza-se pelo frequente recurso à ironia e à paródia e pela utilização de objetos e símbolos provenientes da sociedade de consumo e da indústria cultural.

Alternativas
Comentários
  • Podem ter havido nomes artisticamente mais importantes, mas Andy Warrol é sem dúvida o mais famoso, consolidador do estilo.

  • In 1957 pop artist Richard Hamilton listed the ‘characteristics of pop art’ in a letter to his friends the architects Peter and Alison Smithson:

    Pop Art is: Popular (designed for a mass audience), Transient (short-term solution), Expendable (easily forgotten), Low cost, Mass produced, Young (aimed at youth), Witty, Sexy, Gimmicky, Glamorous and Big business.

    In the United States, pop style was a return to representational art (art that depicted the visual world in a recognisable way) and the use of hard edges and distinct forms after the painterly looseness of abstract expressionism. By using impersonal, mundane imagery, pop artists also wanted to move away from the emphasis on personal feelings and personal symbolism that characterised abstract expressionism.

    In Britain, the movement was more academic in its approach. While employing irony and parody, it focused more on what American popular imagery represented, and its power in manipulating people’s lifestyles. The 1950s art group The Independent Group (IG), is regarded as the precursor to the British Pop art movement.


ID
2501587
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A respeito da vida cultural nos séculos XIX e XX, julgue (C ou E) o item a seguir.


No século XIX, artistas e autores alinhados ao Romantismo adotavam uma atitude individualista e introspectiva, a qual contribuía para afastá-los dos grandes temas da política e dos esforços de construção de identidades nacionais.

Alternativas
Comentários
  • Gabarito: ERRADO

    O romantismo foi um movimento artístico, político e filosófico surgido nas últimas décadas do século XVIII na Europa que durou por grande parte do século XIX. Caracterizou-se como uma visão de mundo contrária ao racionalismo e ao iluminismo e buscou um nacionalismo que viria a consolidar os estados nacionais na Europa.

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo

  • Não é atoa que Wagner era idolatrado pelos Nazistas.

  • O romantismo surgiu na Europa em uma época em que o ambiente intelectual era de grande rebeldia. Na política, caíam sistemas de governo despóticos e surgia o liberalismo político (não confundir com o liberalismo econômico do século XX). No campo social imperava o inconformismo. No campo artístico, o repúdio às regras. A Revolução Francesa é o clímax desse século de oposição.  O romantismo surge inicialmente naquela que futuramente seria a Alemanha e na Inglaterra. Na Alemanha, o romantismo, teria, inclusive, fundamental importância na unificação germânica com o movimento Sturm und Drang.

    https://pt.wikipedia.org/wiki/Romantismo

  • afastá-los dos grandes temas da política e dos esforços de construção de identidades nacionais.

    atitude individualista e introspectiva

    Lutar pelo abolicionismo pode ser considerado uma atitude individualista? Negativo

    Introspectiva?

    Vejamos como se classificam as fases românticas no Brasil, é fato que todas elas contém o lirismo, mas introspectivismo não.

    1 Geração: geração nacionalista e indianista

    2 Geração: geração do mal do século, com forte pessimismo e voltas ao passado, ex: Meus oito ano de Casimiro de Abreu

    3 Geração: Geração condoreira, mais voltada a temas político-sociais


ID
2501590
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Gerais
Assuntos

A respeito da vida cultural nos séculos XIX e XX, julgue (C ou E) o item a seguir.


Os romances históricos oitocentistas de Walter Scott e de Alexandre Herculano valorizam o legado político do absolutismo e criticam a idealização do passado medieval europeu, comum em outros autores da época.

Alternativas
Comentários
  • Walter Scott é o autor de Ivanhoé (romance medieval), que marca o início do Romantismo no Reino Unido, e por si só já tornaria errado o ítem. Mas Alexandre Herculano também era um romântico, português, jornalista, poeta e escritor. Então o item está totalmente errado, pois característica básica do Romantismo é a exaltação do passado (na Europa, o medievo, no Brasil, os índios).

  • Romantismo = passado + identidade nacional + nacionalismo

  • Mesmo se alguém não soubesse quais obras são essas, veja bem que geralmente não se valoriza o legado político do absolutismo ao mesmo tempo de ir contra a sociedade medieval, pois ambos são movimentos que vão na mesma direção (havia nobreza, monarcas, na sociedade medieval também). Não são movimentos opostos (como, por exemplo, a revolução francesa e o absolutismo)

  • A classificação da questão está errada, de modo que poucas pessoas do QConcursos têm respondido.
    Não é uma questão de "conhecimentos gerais", mas sim de História Mundial (tópico 7 do edital de HM).
    "Conhecimentos gerais" não é uma matéria cobrada pelo CACD.


ID
2501593
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
História
Assuntos

A respeito da vida cultural nos séculos XIX e XX, julgue (C ou E) o item a seguir.


Aspecto essencial às vanguardas literárias da Europa ocidental nas primeiras décadas do século XX era o compromisso com ideias e programas à esquerda do espectro político.

Alternativas
Comentários
  • Do francês avant-garde, a palavra vanguarda significa “o que marcha na frente”. As correntes de vanguarda, embora apresentassem propostas específicas, pregavam um mesmo ideal: era preciso derrubar a tradição por meio de práticas inovadoras, capazes de subverter o senso comum e captar as tendências do futuro. Essas propostas, incompreendidas à época em virtude, principalmente, do contexto conservador no qual estavam inseridas, adquiriram importância histórica e influenciaram o trabalho de vários artistas no mundo.

     

    http://mundoeducacao.bol.uol.com.br/literatura/vanguardas-europeias.htm

    ¯\_(ツ)_/¯

  • As vanguardas europeias foram manifestações artístico-literárias surgidas na Europa, nas duas primeiras décadas do Século XX, e vieram provocar uma ruptura da arte moderna com a tradição cultural do século anterior.

    Com o advento da tecnologia, as consequências da Revolução Industrial, a Primeira Guerra Mundial e atmosfera política que resultou destes grandes acontecimentos, surgiu um sentimento nacionalista, um progresso espantoso das grandes potências mundiais, e uma disputa pelo poder. Várias correntes ideológicas foram criadas, como o nazismo, o fascismo e o comunismo, e também com a mesma terminação “ismo” surgiram os movimentos artísticos que chamamos de vanguardas.

    Todos pautavam-se no mesmo objetivo, que era o questionamento, a quebra dos padrões, o protesto contra a arte conservadora, a criação de novos padrões estéticos, que fossem mais coerentes com a realidade histórica e social do século que surgia.

    Estas manifestações se destacaram por sua radicalidade, a qual proporcionou que influenciassem a arte em todo o mundo.

    As cinco correntes vanguardistas que mais influenciaram o fazer literário no Brasil foram: Expressionismo (1912), Cubismo (1907/14), Futurismo (1909), Dadaísmo (1916) e Surrealismo (1924). 

     

    FONTE: https://www.infoescola.com/artes/vanguardas-europeias/

  • Não sei como essa afirmativa foi considerada ERRADA pela banca. Muito estranho e os comentários dos colegas apenas corroboram o que eu estou dizendo.

  • Na verdade essa questão é muito fácil. Embora a maioria das tendências modernistas europeias apresentassem viés esquerdista, basta lembrar que uma das mais importantes delas, o futurismo, foi fundada na Itália e tinha uma profunda ligação com o fascismo. Fonte: "Era dos Extremos", de Eric Hobsbawn.

  • Bastou eu me lembrar do dadaísmo, que não tem nada a ver com nada, pregando a irracionalidade. E isso em 1916!

  • Acredito que o erro esteja em limitar ao espectro somente político
  • Pessoal que vê Comunismo em tudo e em todos os lugares chega em uma questão dessa, generaliza e erra...


ID
2501608
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista os diversos conceitos de elasticidade da demanda e da oferta, julgue (C ou E) o item a seguir.


Um bem de Giffen é um bem com elasticidade-renda da demanda maior que 1.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Bens de Giffen respondem às variações nos preços e não nas rendas. Ou seja, o bem de Giffen possui elasticidade preço da demanda positiva e não elasticidade renda. Da mesma forma que o bem de luxo, bens de Giffen respondem a preços. A questão não está errada porque ele se referiu a bens de luxo, mas sim, porque o examinador quer induzir o candidato a pensar que giffen responde à renda e não a preço. Giffen apresenta efeito renda (aliás, como qualquer outro) que não tem nada a ver estritamente com a elasticidade renda para essa análise.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Um bem de Giffen é aquele cuja demanda AUMENTA quando há aumento no preço, fugindo à "regra" da oferta e demanda, por isso ele é chamado de bem inferior. Um exemplo dado pelo Mankiw é a batata durante a fome na Irlanda no século XIX. Se as pessoas consumiam uma cesta de carne e batata e o preço desta sobe, eles deixarão de comprar carne e comprarão mais batatas, porque elas alimentam mais, como a mandioca no Brasil.   

    A questão está errada porque um bem com a elasticidade maior do que 1 é um bem normal e o Giffen é inferior. 

    "Economists use the term Giffen good to describe a good that violates the law of demand. (The term is named for economist Robert Giffen, who first noted this possibility.) In this example, potatoes are a Giffen good. Giffen goods are inferior goods for which the income effect dominates the substitution effect. Therefore, they have demand curves that slope upward." (MANKIW, 2012, p. 453-454)

  • ELASTICIDADE RENDA DEMANDA (Erd)

    Erd<0 = bem inferior

    Erd>0 = bem normal.            

    Facilmente deduzido se lembrarmos que ERD= AQ/AR .

     

    Para lembrar sugiro que pensem assim :  se a renda aumenta (+) e vc demanda menos do bem (-) = bem inferior (-)    >>    +-=- 

     

     

     

    Bem de Giffe = é bem inferior.   ( só lembrar que embora o preço dele aumente, a demanda tbm aumenta, não por desejo, mas sim a única opção . EX do pão francês.  )

  • Não precisa de fórmulas para entender essa questão.

    Veja bem:

    Elasticidade renda da demanda é o quanto a demanda por um bem aumenta quando a renda também aumenta.

    Um bem de Giffen é uma classe especial de bem inferior no qual a curva de demanda é positivamente inclinada, mas, essa segunda parte não é relevante para a resolução desta questão.

    Um exemplo de bem de Giffen são salsichas. Conforme a renda das pessoas sobem, o consumo delas, por serem bens inferiores, diminuem e são logo substituídas por carne. Desta forma, sua elasticidade renda da demanda é menor do que 0 (negativa).

    Bens comuns, tem elasticidade renda da demanda maior que 0.

    Bens superiores, que são classe especial de bens comuns, tem elasticidade renda da demanda maior que 1.

     

    Resposta: ERRADA.

  •  Bens de Giifen "Caso haja uma elevação em seus preços, seu consumo
    paradoxalmente tende a aumentar, uma vez que,
    embora seu preço tenha sido majorado, são ainda
    baratos que os demais bens; como ao consumidor após
    o aumento, sobre menos renda, ele não poderá adquirir
    outros bens (por serem mais caros) e acabará
    consumindo maiores quantidades do bem de Giffen."-  Prof.Alex Mendes

     

  • "TODO bem de Giffen é inferior, mas nem todo bem inferior é Bem de Giffen"

    me corrijam se estiver errado. bons estudos

  • Os bens de Giffen tem relaçao direta com o PREÇO que sera positivamene inclinada, causando uma demanda inelastica, porque a demanda aumenta em resposta a uma elevação de preço. Note que a questao falou em elasticidade-renda, e os bens de giffen tem relação com o preço

  • O bem de giffen possui elasticidade renda da demanda < 0, o que siginifica
    que quando a renda aumenta seu consumo diminui. Vejam que ha uma relacao
    negativa entre a renda e o consumo, assim como para os demais bens inferiores.

    Ja os bens com elasticidade > 1 sao os bens normais superiores (ou de luxo).
    Quando a renda aumenta o consumo deste bem aumenta numa proporcao ainda superior.

  • Por suposição, o consumidor consome dois bens, vestuário e alimento, caso ocorra uma diminuição do preço dos alimentos, a renda gasta neste consumo é liberada para que o consumidor adquira mais vestuário e menos alimento, este tipo de bem, Giffen, requer um efeito renda NEGATIVO de grande magnitude, redução no consumo do bem ocasionada pelo aumento do poder aquisitivo, mantendo-se constantes os preços relativos, geralmente este fator não acontece com os demais bens, já o efeito substituição, sempre negativo, corresponde à modificação no consumo de alimento associada a uma variação em seu preço, mantendo-se constante o nível de utilidade. No caso de bem de Giffen, o efeito renda supera o efeito substituição. 
    Gabarito: Errado.
  • Comentário ridículo da professora do QC!

  • Gente !!! Socorro !!! Coloquem um mestre que não seja tão desnecessariamente prolixo! Que seja mais didático, de preferencia em vídeo, como todos os demais excelentes mestres que vocês tem !!!
    Com todo respeito a esta professora (afinal deve ser competente em economia), mas competência e conhecimento não necessariamente refletem competência em saber transmitir conhecimento. Agente só lê reclamação desta professora e vocês não mudam esse quadro ???? Uma explicação em VÍDEO, de outra pessoa, que tenha o dom de transmitir o seu conhecimento de forma SIMPLES e DIDÁTICA, ajudaria muito !!! Conto com a boa vontade e o discernimento de vocês, Obrigado.

  • Meu resumo do comentário do professor Daniel de Sousa do curso Clio:

    Quando o preço de um produto aumenta é possível haver 2 consequências: (i) a diminuição da quantidade demandada (efeito substituição) ou (ii) o aumento da quantidade demandada (efeito renda). 
    No caso dos bens de Giffen prevalece o efeito renda. Ex.: durante alguns dias do mês o trabalhador pegava um ônibus e em outros dias um taxi. Com o aumento do valor da passagem de ônibus o dinheiro que ele tinha para pegar o taxi será usado para pagar o aumento da passagem. Ou seja, ao invés de andar menos de ônibus ele andará mais, pois o aumento do preço impactou a sua renda, que não mais é suficiente para recorrer a uma alternativa mais cara que o ônibus.  
    Ou seja, falarmos de um bem de Giffen significa que o consumidor é obrigado a consumir mais do produto que ficou mais caro, pois alternativas a ele foram inviabilizadas. 

    A questão não faz sentido, pois o bem cuja "elasticidade renda da demanda maior que 1" é chamado de elástico, ou seja, é um bem elástico à renda e não um bem de Giffen. 

  • O erro da questão é que ela tenta confundir dois conceitos diferentes:


    1) elasticidade-renda (= o quanto a demanda a um produto é sensível a VARIAÇÕES NA RENDA do consumidor);


    2) efeito-renda (= um dos componentes do impacto da VARIAÇÃO DO PREÇO do produto sobre a demanda por determinados bens - o outro componente é o efeito-substituição).


    Um Bem de Giffen é um bem inferior, isto é, quando a renda do consumidor aumenta, o consumo do bem inferior necessariamente diminui. A elasticidade-renda da demanda, ou seja, a proporção em que esse consumo diminui, não importa na definição de um bem inferior, de Giffen ou não. O importante é que a relação seja inversa.


    O conceito de Bem de Giffen está relacionado com o preço, e não com a renda.


    O Bem de Giffen é a única exceção à Lei da Demanda (relação inversa entre preço e demanda. ex. preço sobe, demanda cai). No caso do bem de Giffen, a relação é direta (preço sobe, demanda sobe).


    Isso acontece porque, nos Bens de Giffen, o efeito-renda da variação de preço (=preço de um bem sobe, maior parte da renda total fica comprometida) é maior do que o efeito-substituição (preço sobe, consumidor passa a comprar um substituto). E

  • O erro da questão é que ela tenta confundir dois conceitos diferentes:


    1) elasticidade-renda (= o quanto a demanda a um produto é sensível a VARIAÇÕES NA RENDA do consumidor);


    2) efeito-renda (= um dos componentes do impacto da VARIAÇÃO DO PREÇO do produto sobre a demanda por determinados bens - o outro componente é o efeito-substituição).


    Um Bem de Giffen é um bem inferior, isto é, quando a renda do consumidor aumenta, o consumo do bem inferior necessariamente diminui. A elasticidade-renda da demanda, ou seja, a proporção em que esse consumo diminui, não importa na definição de um bem inferior, de Giffen ou não. O importante é que a relação seja inversa.


    O conceito de Bem de Giffen está relacionado com o preço, e não com a renda.


    O Bem de Giffen é a única exceção à Lei da Demanda (relação inversa entre preço e demanda. ex. preço sobe, demanda cai). No caso do bem de Giffen, a relação é direta (preço sobe, demanda sobe).


    Isso acontece porque, nos Bens de Giffen, o efeito-renda da variação de preço (=preço de um bem sobe, maior parte da renda total fica comprometida) é maior do que o efeito-substituição (preço sobe, consumidor passa a comprar um substituto). E

  • ERRADO


    Bem de Giffen - Bem cuja curva da demanda tem inclinação ascendente devido ao fato de o EFEITO RENDA (positivo) ser maior do que o efeito substituição (negativo).

    Efeito renda: mudança no consumo de um bem resultante de um aumento do poder de compra, com o preço relativo mantido constante.

    Efeito substituição: variação do consumo de um bem associada a uma mudança em seu preço, mantendo-se constante o nível de utilidade.


    Pindick, Robert S., Rubinfeld, Daniel L. Microeconomia - 5. Edição. pp. 111-113.

  • ERRADO.

    O bem de Giffen é aquele cuja elasticidade-renda da demanda é negativa (menor que zero) e com elasticidade-preço da demanda positiva. Os bens cuja elasticidade-renda da demanda é maior que 1 são os bens superiores (supérfluos ou de luxo), distantes, portanto, dos bens de Giffen, que são inferiores.

    Prof. Celso Natale (Estratégia Concursos)

  • Rendas mais elevadas diminuem a quantidade demandada por bens inferiores. Como a quantidade demandada e a renda se movem em direções opostas, os bens inferiores têm elasticidade-renda negativa.

  • ERRADO.

    "Um bem de Giffen é um bem com elasticidade-renda da demanda maior que 1."

    Bem de Giffen responde ao preço e não a renda.


ID
2501611
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista os diversos conceitos de elasticidade da demanda e da oferta, julgue (C ou E) o item a seguir.


Para os ofertantes de um bem essencial não vale a pena reduzir a oferta desse bem para forçar o aumento do preço, uma vez que a sua receita total diminuirá ao fim do processo.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Se o bem é essencial, os consumidores comprarão e serão resistentes a preço. Logo, ao se reduzir a oferta, o preço pode ser aumentado e, dependendo da velocidade desse incremento, a receita irá subir. Ele ganhará no preço. Lembrando sempre que receita é pxQ e não apenas quantidade.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • ERRADO.

    Vai depender da variação percentual do preço que a variação da quantidade vai gerar. SE >1, a receita total aumentará.

  • Errado.

     

    Imagina um vendedor de cigarro ( para o fumante, o cigarro é um bem essencial).   Se ele quiser diminuir a quantidade de cigarros ofertados para que o preço aumente, então como os preços estão mais alto os fumantes deixarão de fumar ? E assim teria uma renda menor ?   NÃO !

                                                       A tendência é que aconteça justamente o contrário.  

     

    Em regra :

    Bem normal >  preco aumente > receita (renda da firma) diminui.

    Bem essencial > preço aumenta >  receita aumenta. 

     

     

  • Se o bem é essencial, as pessoas o comprarão ainda que seu preço suba. Portanto, sua elasticidade-preço da demanda é baixa. Desta forma, aumentos nos preços resultam em aumentos nas receitas totais.

    Ex. de bem essencial: remédio. Possui elasticidade-preço da demanda baixa. Por isso que farmácias são investimentos sólidos em tempos de crise.

    Resposta: ERRADA

  • Acertei uma de economia! Glória a Deus pai todo poderoso!

  • se fosse um bem inferior e essencial = bem de giffen

  • Só lembrar da lógica usada pelos países da OPEP nos choques do petróleo 

  • Pensem num bem essencial, em um remédio por exemplo. Pode ser o preço que for, você vai pagar, você PRECISA dele. Vale qualquer coisa pra aumentar o preço, pq é essencial, as pessoas ainda vão comprar.

  • Por conta de ser um bem essencial, sua demanda será inelástica. Quando temos uma demanda de um bem inelástico, temos a seguinte relação:

    Aumento do preço do bem

    Aumento da receita total do produtor

    GABARITO: ERRADO

  • Bem é essencial (inelástico) = Consumidores comprarão e serão resistentes a preço, logo RT aumentará.

  • Demanda permanece inalterada

    Não desiste!

  • Maravilha de questão!

              Veja como o CESPE junta conceitos para complicar a a análise.

              Um bem essencial tem por característica baixa elasticidade-preço da demanda. Ou seja, como o bem é essencial (como as pessoas precisam muito desse bem), a demanda por ele é inelástica.

              E isso faz todo sentido, né? Se o bem é essencial, ainda que o preço varie bastante, a quantidade demandada variará pouco, afinal, o consumidor necessita dele.

              Ora: se mesmo aumentando bastante o preço, os consumidores continuarem demandando o bem em quantidade parecida (reduzirá apenas um pouco), então vale muito a pena para ofertante fazer isso (elevar o preço). Porque, se o ofertante conseguir aumentar o preço, ele irá lucrar mais. 

              E a forma de elevar o preço é exatamente reduzindo a oferta, já que uma contração da oferta gerará preço de equilíbrio maior.

              O erro da questão, no entanto está na questão da receita da empresa. A receita de uma empresa é obtida pela multiplicação entre a quantidade que vende e o preço do produto (RT = P.Q).

              Se o preço sobe, por exemplo, 10% e a quantidade vendida cai apenas, digamos, 2%, o que vai acontecer é que a receita da empresa subiu.

              Imagine que uma empresa venda um bem essencial que custa 8 e a demanda por esse bem é 10. Nesse caso, a receita da firma será RT = 8.10 = 80. Agora, imagine que a firma consiga aumentar o preço em 100% (para 16) e a demanda caia 30% (para 7). Neste caso, a nova receita da firma será RT = 16.7 = 112.

              Ou seja, perceba que como a demanda é inelástica (variação percentual da demanda, 30%, é menor que a variação no preço, 100%), um aumento no preço aumenta a receita da firma, o contrário do que afirmou a questão.

    Resposta: E

  • Eu entendo que, se um bem é essencial, basta aumentar o preço sem que haja a redução da oferta. pois a demanda será inelástica. ou seja, as pessoas continuarão comprando, mesmo com um preço maior, e os ofertantes lucrarão mais do que reduzir a oferta.

  • Eu sei que economia é muito difícil, mas essa eu errei por simplesmente não conseguir interpretar, só pode ter sido, pois o enunciado diz:

    "Para os ofertantes de um bem essencial não vale a pena reduzir a oferta desse bem para forçar o aumento do preço, uma vez que a sua receita total diminuirá ao fim do processo."

    Ora, se ele reduzir a oferta, sua receita total diminuirá, não? Ou será que a questão quis dizer que mesmo ele reduzindo a oferta, mas aumentando o preço sua RT iria aumentar?

    Confesso que realmente fiquei confuso.

  • Se o bem é essencial, o consumidor será inelástico frente ao aumento de preços. O produtor pode diminuir a oferta desse produto e aumente seu preço, por exemplo, e manter lucro ou aumentá-lo dependendo do caso. De qualquer forma, o item está errado.

  • Eu entendo que um bem essencial pode aumentar o seu preço e isso acarretará aumento de receita, já que por ser inelástica, as pessoas não irão parar de comprar. O meu problema é com o início: "não vale a pena reduzir a oferta para forçar o aumento de preço." Ora, se o bem é essencial e todos compram, reduzir a oferta significa reduzir a quantidade vendida, ainda que se aumente o preço. O aumento espontâneo do preço é certo de aumentar - nesse caso - a receita, mas o aumento decorrente de redução de oferta, não necessariamente.

    O que faz a questão estar errada é afirmar que isso necessariamente irá gerar uma redução da receita total. Pode ser que o aumento no preço simplesmente compense a redução de unidades ofertadas e comercializadas e no fim das contas, a receita continue a mesma.

  • Fala pessoal! Tudo beleza? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre Elasticidades!

    Veja como o CESPE junta conceitos para complicar a análise.

    Um bem essencial tem por característica baixa elasticidade-preço da demanda. Ou seja, como o bem é essencial (como as pessoas precisam muito desse bem), a demanda por ele é inelástica.

    E isso faz todo sentido, né? Se o bem é essencial, ainda que o preço varie bastante, a quantidade demandada variará pouco, afinal, o consumidor necessita dele.

    Ora, se mesmo aumentando bastante o preço, os consumidores continuarem demandando o bem em quantidade parecida (reduzirá apenas um pouco), então vale muito a pena para ofertante fazer isso (elevar o preço). Porque, se o ofertante conseguir aumentar o preço, ele irá lucrar mais.

    E a forma de elevar o preço é exatamente reduzindo a oferta, já que uma contração da oferta gerará preço de equilíbrio maior.

    O erro da questão, no entanto está na questão da receita da empresa. A receita de uma empresa é obtida pela multiplicação entre a quantidade que vende e o preço do produto (RT = P.Q).

    Se o preço sobe, por exemplo, 10% e a quantidade vendida cai apenas, digamos, 2%, o que vai acontecer no final é que a receita da empresa subiu.

    Imagine que uma empresa venda um bem essencial que custa 8 e a demanda por esse bem é 10. Nesse caso, a receita da firma será RT = 8.10 = 80. Agora, imagine que a firma consiga aumentar o preço em 100% (para 16) e a demanda caia 30% (para 7). Neste caso, a nova receita da firma será RT = 16.7 = 112.

    Ou seja, perceba que como a demanda é inelástica (variação percentual da demanda, 30%, é menor que a variação no preço, 100%), um aumento no preço aumenta a receita da firma, o contrário do que afirmou a questão.


    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • ERRADO

    "Para os ofertantes de um bem essencial não vale a pena reduzir a oferta desse bem para forçar o aumento do preço, uma vez que a sua receita total diminuirá ao fim do processo."

    Se um bem é essencial, sua demanda será inelástica.

    Para demandas inelásticas pode-se aumentar o preço sem que a demanda diminua muito. Aumentando o preço e mantendo-se quase a mesma demanda temos um aumento na receita.


ID
2501614
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista os diversos conceitos de elasticidade da demanda e da oferta, julgue (C ou E) o item a seguir.


No inverno, uma cidade onde as pessoas disponham de sistemas a gás para aquecimento de água deve apresentar elasticidade-preço da demanda por eletricidade maior que a de outra cidade em que haja somente sistemas elétricos de aquecimento de água.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Se você tem opção, paga-se um preço menor. Ou seja, se há como migrar para o consumo a gás as demandas se tornam mais sensíveis aos aumentos do preço da eletricidade.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Gab: Certo

     

    Se o bem X tiver como substituto o bem Y, o aumento do preço de X fará com que os consumidores adquiram o bem substituto Y, assim, a diminuição da quantidade demandada de X será grande. Portanto, a Epd de X será elástica.

     

    No caso da questão, temos o seguinte: na cidade em que moro, posso aquecer a água com o sistema de gás ou com a eletricidade, se a eletricidade subir de preço, obviamente vou abrir mão de aquecer com eletricidade, optando por utilizar o sistema de gás. Assim, a Epd é grande. Diferentemente do caso do meu primo que mora em uma cidade onde só se pode aquecer água com eletricidade, pois não há sistema de gás. Lá, mesmo que o preço da eletricidade suba, ele ainda continuará a utilizando, pois não há outra opção. Logo, no caso dele, a Epd é menor.

  • Certo. 

    Lembrando: 

       Em módulo,   

    Epd > 1 = elásticas ( alteraçoes nos preços afetam MAIS as quantidades demandadas )

    Epd < 1 = inelastica ( alterações nos preços afetam MENOS as quantidades demandas) 

    Agora pergunta-se, se o preço da energia elétrica estiver mais alto, qual das cidades diminuirá  a demanda por energia ? A cidade que pode escolher o sistema de gás como alternativo.  Por isso a elasticidade dele é maior. Epd>1.    

  • Se existe um bem substituto, a elasticidade-preço da demanda é maior.

     

    Resposta: CERTO

  • Manoo que questões difíceis..

  • Quanto mais essencial o bem, mais INELÁSTICA ( ou menos elástica ) será a sua demanda: se o bem for essencial para o consumidor, aumentosde de preço iráo provocar pouca redução de demanda, ou seja, Epd será menor que 1.

    Ex: imagine a insulina- remédio para tratar o diabetes. É evidente que se o preço deste bem aumentar não haverá muita variação na demanda, pois é um bem ESSENCIAL para aquelas pessoas que o consomem.

    Curso de Microeconomia- Estratégia

    Gabarito: CORRETO.

     

    Esse foi meu raciocínio, se acaso houver erros, avise-me! Obrigada!

  • Se a cidade A possui aquecedores de agua, então não vai depender tanto da energia eletrica, dessa forma não vai ser tão essencial assim. Poderão deixa de consumir se a energia subir. o EpD é maior, deixo de consumir com facilidade.

    No caso da cidade B, eles são dependentes exclusivos da energia para aquecer a água, então nao tem outra saída, é um bem essencial, independente de subir a redução no consumo é pequena. O Edp é menor, não deixo de consumir com facilidade.

  • Linda questão! Simples e sem decoreba. CESPE devia fazer mais isso.

     

    A elasticidade-preço da demanda, avalia o impacto na quantidade demandada em função da variação do preço. Se uma cidade dispõe de gás e eletricidade para aquecimento, o aumento no preço da eletricidade irá provocar uma variação significante do consumo de energia, tendendo este a diminuir. Já no caso da outra cidade, que dispõe unicamente de eletricidade para aquecimento, não há outra alternativa para o fim desejado. Logo, mesmo que aumente o preço, as pessoas irão manter o consumo. Nesse caso, a elasticidade será inferior comparada àquela primeira, ou seja, o consumo irá se manter apesar do aumento nos preços.

    @prof.lucasmicas

  • na ELASTICIDADE PREÇO DA DEMANDA quanto mais essencial o bem(NO INVERNO - AQUECIMENTO DE ÁGUA somente sistemas elétricosmenos elástica será sua demanda. Logo, aquela será maior que esta.

  • CERTO

     

    1. sistemas a gás E elétrico = bens substitutos = elastico

    2. apenas sistema elétrico = bem essencial (considerando que é inverno e voce precisa se aquecer) = inelastico

     

    Ou seja, a elasticidade do 1 é maior que a elasticidade do 2.

  • (CERTO)

    Nesse frio, é ótimo tomar banho na água bem quentinha, porém, se o preço do gás subir, vai dar merd@%$%$Y%#$%. rsrs

  • Como o candidato poderia presumir que há duas opções, gás ou energia elétrica, na primeira cidade se a questão não fala? Existem vários países onde só existe o aquecimento de água à gás.

  • Na primeira situação, temos uma cidade onde as pessoas podem aquecer a água de duas formas: utilizando o sistema a gás ou utilizando o sistema elétrico. Na segunda situação, a cidade só tem o sistema elétrico.

              E aí, podemos lembrar que quanto maior a disponibilidade de bens substitutos, maior a elasticidade. Portanto, a primeira cidade apresentará maior EPD por eletricidade porque o sistema elétrico tem um substituto, que é o sistema a gás.

              Já a segunda cidade terá EPD menor, pois, como não há sistema a gás, os consumidores dependem exclusivamente do sistema elétrico. Como só existe o sistema elétrico, não temos substituto e, portanto, a EPD será menor.

    Resposta: C

  • CERTO.

    Estamos falando de bens substitutos. A existência deles implica em maior elasticidade-preço da demanda. Na prática, significa que um bem com muitos substitutos tende a ter uma EPD mais elástica, pois os consumidores reagirão intensamente a qualquer mudança nos preços.

    Celso Natale, Estratégia Concursos

  • Linda questão! Simples e sem decoreba. CESPE devia fazer mais isso.

     

    A elasticidade-preço da demanda, avalia o impacto na quantidade demandada em função da variação do preço. Se uma cidade dispõe de gás e eletricidade para aquecimento, o aumento no preço da eletricidade irá provocar uma variação significante do consumo de energia, tendendo este a diminuir. Já no caso da outra cidade, que dispõe unicamente de eletricidade para aquecimento, não há outra alternativa para o fim desejado. Logo, mesmo que aumente o preço, as pessoas irão manter o consumo. Nesse caso, a elasticidade será inferior comparada àquela primeira, ou seja, o consumo irá se manter apesar do aumento nos preços.

    @prof.lucasmicas

  • Fala pessoal! Tudo beleza? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre Elasticidades!

    Na primeira situação, temos uma cidade onde as pessoas podem aquecer a água de duas formas: utilizando o sistema a gás ou utilizando o sistema elétrico. Na segunda situação, a cidade só tem o sistema elétrico.

    E aí, podemos lembrar que quanto maior a disponibilidade de bens substitutos, maior a elasticidade.

    Portanto, a primeira cidade apresentará maior EPD por eletricidade porque o sistema elétrico tem um substituto, que é o sistema a gás. Se um ficar caro, os consumidores podem usar o outro. Isso representa uma maior EPD.

    Já a segunda cidade terá EPD menor, pois, como não há sistema a gás, os consumidores dependem exclusivamente do sistema elétrico. Como só existe o sistema elétrico, não temos substituto e, portanto, se o sistema elétrico ficar caro, o jeito é o consumidor pagar o preço mais alto. Dessa forma, a EPD será menor.


    Gabarito do Professor: CERTO.
  • Correto. Se há bem substituto, a elasticidade, ou seja, a variação percentual do consumo do bem em relação à variação percentual do preço é alta. Isso porque qualquer variação do preço do bem provocará uma variação acentuada em seu consumo já que o consumidor terá opção de consumi-lo ou migrar para o bem susbtituto. No caso em tela, o consumidor pode migrar da energia para o gás e vice-versa.


ID
2501617
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Tendo em vista os diversos conceitos de elasticidade da demanda e da oferta, julgue (C ou E) o item a seguir.


Se a oferta de um bem tiver elasticidade zero em relação ao preço, a demanda determinará unicamente o preço de equilíbrio da transação.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Se a elasticidade da oferta é nula significa que o ofertante não ofertará mais caso o preço aumente. Ele vai ofertar apenas aquela quantidade. Isso indica uma curva de oferta vertical, em que a quantidade é travada. Logo, apenas o eixo “y” dos preços é que poderá ser afetado pelas alterações exógenas da demanda.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  •  SE     >     Epd = variaçao da quantidade/variação do preço .    (A questão disse que alterou o preço e a quantidade foi mantida  >>  Epd=0)   .

    A única consequência disso? Temos um novo preço.

  • Se a elasticidade preço da oferta é zero, então a curva de oferta será uma curva vertical. Portanto, visualizando a gráfico, é possível perceber que somente "choques de demanda" alterarão o preço.

     

    Resposta: CERTO

  • A oferta do produto será constante, irei produzir sempre a mesma quantidade, minha elasticidade de oferta é zero, dessa forma quem modulará o preço será a demanda dos clientes, quanto maior for a demanda maior será o preço praticado.

  • Oferta totalmente Inelástica = sempre a a mesma quantidade ofertada independente do preço.

     

    Demanda = irá regular o preço.

    - Se o preço estiver alto, haverá pouca quantidade demandada.

    - Se o preço estiver alto, haverá grande quantidade demandada.

  • Repare que a questão falou de oferta (e não de demanda). Portanto, estamos falando sobre a elasticidade-preço da oferta.

    Bom, se a oferta tiver elasticidade zero em relação ao preço, significa que o preço não tem nenhum impacto na oferta. Ou seja, a quantidade ofertada será sempre a mesma.

    Essa situação é a situação na qual a curva de oferta é vertical.

    Neste caso, qualquer que seja a posição da curva demanda, ela determinará apenas o preço:

    Resposta: C

  • RESPOSTA C

    Complemento: A ELASTICIDADE-RENDA mede a sensibilidade da demanda conforme as mudanças de renda do consumidor.

    #SEFAZ-AL

  • Se a elasticidade é zero em relação à OFERTA, então, o preço já está determinado por ela. Logo, não será a demanda que determinará o preço de equilíbrio.

  • No caso em que a oferta de um bem tiver elasticidade zero, isto é, oferta perfeitamente inelástica, situação em que mesmo aumentando o preço a quantidade ofertada continua a mesma, quem determina o preço de equilíbrio é a demanda. Para exemplificar, utilizamos o mercado de imóveis na beira da praia, cuja oferta é inelástica, pois é muito difícil aumentar a quantidade de imóveis. Assim, no caso de uma variação na demanda por imóveis costeiros, por exemplo, pelo aumento da renda dos indivíduos, como a oferta não muda, é a demanda que indicará o preço de equilíbrio do mercado. Caso aumente a demanda, haverá uma maior procura por apartamentos na praia, acarretando na elevação do preço e vice-versa.

  • CORRETA. Se a elasticidade da oferta é zero em relação ao preço quer dizer que a oferta não mudará. Qualquer alteração no preço de equilíbrio será advinda unicamente da demanda ( EPO = 0)

  • Fala pessoal! Tudo beleza? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre Elasticidades!

    Repare que a questão falou de oferta (e não de demanda). Portanto, estamos falando sobre a elasticidade-preço da oferta.

    Bom, se a oferta tiver elasticidade zero em relação ao preço, significa que o preço não tem nenhum impacto na oferta. Ou seja, a quantidade ofertada será sempre a mesma.

    Essa situação é a situação na qual a curva de oferta é vertical.

    Neste caso,  independente de como for a demanda, a oferta será a mesma e a quantidade transacionada será a mesma. Ou seja, qualquer que seja a posição da curva demanda, ela determinará apenas o preço:



    Gabarito do Professor: CERTO.
  • Devia ter botão de deslike aqui. Tem comentário que ganha um monte de linke de quem não sabe o conteúdo, aí pra baixar depois não dá, pq não tem botão de deslike.


ID
2501620
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com respeito à economia brasileira da primeira metade do século XX, julgue (C ou E) o item seguinte.


O processo de industrialização por substituição de importações não significava simplesmente a troca de produtos importados por seus equivalentes produzidos nacionalmente, eliminando as importações, mas implicava também a mudança na pauta das importações, a qual ocorria não só em um setor da pirâmide produtiva, mas em vários níveis simultaneamente, a fim de tentar fugir de desequilíbrios da cadeia produtiva.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    O PSI forma as reservas de mercado, substitui as importações de bens que podem ser produzidos aqui dentro e passa a incentivar a entrada de bens importados que dão subsídio à produção nacional (capital e alguns intermediários).

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • O PSI ocorria em vários níveis simultaneamente?? Não era de acordo com os pontos de estrangulamento que ocorria o PSI? não entendi

  • Oi Graziella!

    O PSI visava sim conter os pontos de estrangulamento. Mas esses pontos não eram apenas em produtos isolados mas em toda estrutura produtiva. Em alguns setores, foi possível atingir os produtos intermediários da cadeia de produção (não tenho certeza se conseguiu atingir bens de capital).

  • RESOLUÇÃO:

    Está correto!

    Essa questão vai bem ao encontro daquela ideia que fizemos questão de frisar: não há cortes, grandes

    rupturas ou marcos temporais em que tudo começa ou tudo termina.

    Além disso: como a própria nomenclatura sugere, trata-se de um processo de industrialização por

    substituição de importações.

    E este processo não significa deixar de importar simples e bruscamente, mas sobretudo na mudança da pauta

    de importações.

    Ou seja: se eu já consigo produzir pneus, deixo de importa-los, mas sigo precisando importar borracha, por

    exemplo. Se eu já consigo produzir determinada roupa, deixo de importa-la, mas ainda preciso importar

    determinado tecido.

    Resposta: C


ID
2501623
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com respeito à economia brasileira da primeira metade do século XX, julgue (C ou E) o item seguinte.


Simultaneamente à industrialização mais forte a partir de 1930, o estabelecimento da nova legislação trabalhista a partir de 1939, com o estabelecimento da justiça do trabalho, favoreceu a formação de sindicatos e a cooperação entre eles, com a consequente ocorrência de greves, que frequentemente forçavam a negociação salarial entre patrões e empregados, especialmente no período da Segunda Guerra Mundial.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Existe um debate bastante grande na academia econômica acerca da criação da “justiça do trabalho”. Os economistas entendem que há uma clara distinção para o efeito e abrangência das políticas econômicas em relação à existência de uma “legislação trabalhista ligada ao executivo” e uma “justiça do trabalho”. Nosso querido examinador fez a questão pensando em legislação trabalhista (1939, CF) ainda ligada ao Ministério do Trabalho, Industria e Comércio. Porém, a “justiça do trabalho” é criada apenas em 1941 (quando se desliga do executivo). Aí já tem um erro. Outra coisa importante é datar os acontecimentos de greve. É preciso lembrar que estamos no Estado Novo. Muita repressão ao lado de muita defesa à estrutura do trabalho. É difícil dizer se há maior ou menor impacto sobre as variáveis de longo prazo na economia. Outra afirmação vaga, pois. E, por fim, os salários sobem porque estão protegidos pela política varguista e não, necessariamente, pela postura sindical.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Contexto do "peleguismo" 

  • Em 1939 o Brasil estava sob a ditadura do Estado Novo. Apesar da da ditadura fortalecer os movimentos trabalhistas, no sentido de conceder mais direitos aos trabalhadores, as greves eram PROIBIDAS. Portanto, o Estado chegava junto de maneira forte caso houvesse qualquer sinal de uma grave incipiente, coibindo as manifestações.

     

    Resposta: ERRADO.

  • Há que se lembrar que a Consolidação das Leis Trabalhistas implementada por Vargas, visava sobretudo evitar greves e revolução comunista naquele período.

  • Quem vai fazer greve em uma ditadura? Têm-se o Estado Novo constituído por Getúlio Vargas. Houve grandes avanços para os direitos dos trabalhadores nesta época, mas a greve não era um deles.

  • RESOLUÇÃO:

    Errado!

    Pode parecer contraditório, mas o número de greves caiu muito a partir de 1930.

    E as greves perderam ainda mais força em 1937, quando Getúlio Vargas implementou o Estado Novo,

    assumindo poderes ditatoriais.

    Desde então, o governo passou a reprimir ainda mais fortemente manifestações e oposições.

    Resposta: E

  • Errado

    Vargas controlava os sindicatos !

    Abraços

    Boa sorte!

  • Ângela Alonso fala sobre a relação de subordinação dos sindicatos ao Estado Novo, destacando o elemento psicológico da "Invenção do trabalhismo" no período. (Livro "A Invenção do Trabalhismo")


ID
2501626
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com respeito à economia brasileira da primeira metade do século XX, julgue (C ou E) o item seguinte.


O Brasil tinha indústrias tradicionais no começo do século XX, as quais, dado seu baixo nível de produtividade, eram insuficientes para dar à atividade interna um dinamismo próprio, motivando o modelo de desenvolvimento então vigente como “voltado para fora”.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Pela teoria dos transbordamentos e dos choques adversos, a indústria resulta de comportamentos de defesa ao café e restrições que lentamente alteram o eixo dinâmico. Logo, o desenvolvimento industrial é que é puxado pela dinâmica exportadora. E isso independe se são industrias no começo do século XX ou mais próximas aos anos 40. Mas, grande parte das indústrias existentes no período estavam, sim, ligadas à estrutura exportadora. Forneciam, em grande parte, os insumos para que a venda lá fora existisse. Isso significa que foram fatores que “motivaram” a manutenção da postura agrário exportadora. “Motivar” é diferente de “determinar”. A indústria insipiente interna não determinou a manutenção do eixo exportador. Porém, não dá pra dizer que não “motivou” já que grande parte das praças comerciais (onde as indústrias estavam e atuavam) estavam a serviço da exportação.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

     

  • Não entendo.. O motivo de as indústrias nacionais serem atrasadas é o fato de o país ter seguido o modelo de substituição das importações, se voltando para o mercado interno... O modelo exportador é o chinês, por exemplo, em que se concedem subsídios às exportações.

  • O processo de Substituição de Importações visava superar a condição de precariedade que a industria nacional se encontrava, fomentando a produção nacional foi possível alavancar o consumo interno dado que o aumento da atividade industrial nas zonas urbanas provocou o exodo rural levando número expressivo de pessoas a buscar por empregos urbanos e elevando assim o consumo. Dessa forma pretendia-se diminuir os déficits da balança comercial com importanções ao passo que tentava-se criar condições de exportar outros produtos, fugindo assim da dependência da economia cafeeira até então prejudicada pela constante desvalorização do produto no cenário internacional.

  • "Já havia instaladas no país um conjunto de indústrias como a têxtil e a de vidro, por exemplo. Todavia, sua escala era insuficiente para liderar dinamismo econômico e era fortemente residual mediante a concorrência do exterior."

    Livro 1.600 Questões Comentadas

  • RESOLUÇÃO:

    Correto!

    É muito forte na literatura de economia brasileira que o Brasil atuava num modelo de desenvolvimento

    voltado para fora até os anos 1930.

    Foi justamente neste período que, segundo Celso Furtado, ocorreu mais fortemente o deslocamento do

    "eixo dinâmico" da economia brasileira.

    Até então, de fato, o baixo nível de produtividade da indústria brasileira, sua baixa capacidade de agregar

    valor e, portanto, de demandar recursos internos não permitia que houvesse aqui um dinamismo próprio.

    Predominavam pequenas indústrias de bens de consumo não duráveis, ocupando sobretudo o espaço de

    beneficiamento de matérias-primas.

    Resposta: C

  • CESPE, 2017:

    Até 1930, a economia brasileira era essencialmente agroexportadora, tendo o café como seu principal produto.

    OBS: seria melhor se a questão especificasse melhor o período, como fez nessa questão.


ID
2501629
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Com respeito à economia brasileira da primeira metade do século XX, julgue (C ou E) o item seguinte.


Até 1930, a economia brasileira era essencialmente agroexportadora, tendo o café como seu principal produto.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Claro que a economia era muito mais complexa do que isso na época. Porém, está correta de modo geral. Apesar do pensamento: “mas, após 1930, o eixo não muda imediatamente para a indústria. Então, continua ainda sendo voltada para a exportação.” Sim. Mas, é inegável que até 1930 a economia estava calcada no café.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

     

  • RESOLUÇÃO:

    Tranquilo, né?!

    Essa afirmação resume bem em uma frase como era a economia brasileira até 1930.

    Modelo agroexportador com o café como carro-chefe.

    Apenas para que você tenha uma ideia da importância do café na economia brasileira, em 1915 o Brasil era

    responsável por mais de 70% das exportações de café no Mundo.

    Resposta: C


ID
2501632
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

      Virtualmente, todos os grandes países estabeleceram um banco central como “emprestador de última instância” para reduzir a probabilidade de que uma falta de liquidez se torne uma crise de solvência. A prática levou à questão do papel de um “emprestador internacional de última instância” que pudesse auxiliar os países a estabilizar o valor das suas moedas e reduzir a probabilidade de sua forte desvalorização em consequência da falta de liquidez, que, por sua vez, poderia causar um grande número de falências.

Charles Kindleberger. Manias, pânicos e crises. 6.ª ed. São Paulo: Saraiva.

Tendo como referência inicial esse fragmento de texto, julgue (C ou E) o item a seguir, pertinentes às funções e competências de um banco central.


Um argumento favorável à existência de um emprestador internacional de última instância é a função que este exerceria de proporcionar liquidez para amenizar as alterações necessárias nos valores das moedas e para impedir mudanças inconsistentes com os fundamentos econômicos, uma vez que existem bancos centrais nacionais que perseguem políticas monetárias distintas, de modo que alterações no valor das moedas são inevitáveis.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Um emprestador internacional é aquele que garante a estabilidade das reservas internacionais. De fato, importante a existência dessa estrutura para a manutenção dos valores das moedas e estabilidade cambial no sistema.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)


ID
2501635
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Bancários
Assuntos

      Virtualmente, todos os grandes países estabeleceram um banco central como “emprestador de última instância” para reduzir a probabilidade de que uma falta de liquidez se torne uma crise de solvência. A prática levou à questão do papel de um “emprestador internacional de última instância” que pudesse auxiliar os países a estabilizar o valor das suas moedas e reduzir a probabilidade de sua forte desvalorização em consequência da falta de liquidez, que, por sua vez, poderia causar um grande número de falências.

Charles Kindleberger. Manias, pânicos e crises. 6.ª ed. São Paulo: Saraiva.

Tendo como referência inicial esse fragmento de texto, julgue (C ou E) o item a seguir, pertinentes às funções e competências de um banco central.


Em sua função de “banco dos bancos”, cabe ao Banco Central do Brasil (BCB) formar um “colchão de liquidez” para o sistema financeiro, de modo que, em momentos de incerteza e de liquidez restrita, ele possa reduzir o montante dos recolhimentos compulsórios e liberar recursos para as instituições financeiras, a exemplo do que fez para mitigar os efeitos da crise de 2008 sobre a economia brasileira.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Essa é uma função típica do BACEN. Quando o sistema precisa de moeda basta reduzir compulsório e os bancos ganham liquidez.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Gabarito:  CORRETO

     

    Recolhimento Compulsório, nada mais é do que um percentual de R$ que o BACEN recolhe dos bancos, pois quanto mais os bancos tem R$, mais eles querem emprestar. Ou seja, imaginem se não tivesse o bacen controlando-os? Iria virar a casa da mãe joana e causaria uma grande inflação. rs

    Da mesma forma, quando o governo quer incentivar às pessoas a gastarem, o bacen recolhe menos R$ para os bancos emprestarem mais e movimentar a econômia.
     

  • Apenas para complementar as respostas dos colegas:

     

    A missão do Bacen é: Assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e um sistema financeiro sólido e eficiente. Assim, diante de uma crise financeira, e visando minimizar o impacto causado, a intervenção desta autarquia federal é de suma importância. Ressalte-se que o referido banco é o responsável pelo controle da inflação no país. Ele atua para regular a quantidade de moeda na economia que permita a estabilidade de preços. Suas atividades também incluem a preocupação com a estabilidade financeira.

     

    Bons estudos e Deus continue a abençoar a todos!

  • A função de Banco dos Bancos exercida pelo BACEN são resumidas como :

    i. Receber depósitos voluntários

    ii. Conceder empréstimos e redescontos

    GAB: C

    FONTE: VICENTE CAMILO,ESTRATÉGIA CONCURSOS.

  • o que é colchão de liquidez 

  • papéis tradicionais de um banco central são:

     

    Banco dos Bancos, ou prestamista de última instância: o banco central provê empréstimos exclusivos aos membros do sistema financeiro a fim de regular a liquidez ou mesmo evitar falências que poderiam causar uma reação em cadeia de falências bancárias. Ele também mantém os depósitos compulsórios dos bancos comerciais, regulando assim a multiplicação da moeda escritural no mercado.

     

    Banqueiro do governo: é ele quem guarda as reservas internacionais em ouro ou moeda estrangeira do governo.

     

    Autoridade emissora de moeda, ou monopólio de emissão: é o banco central quem, com exclusividade, emite ou autoriza a emissão de papel moeda daquele país.

     

    Executor da política monetária e cambial: é o banco central quem insere ou retira moeda do mercado, regula as taxas de juros e regula a quantidade de moeda estrangeira em circulação no país. Essas operações são conhecidas como open market ou operações de mercado aberto, e consistem principalmente na compra e venda de títulos públicos ou de moeda estrangeira para instituições financeiras previamente escolhidas

  • colchão de liquidez bicho 

  • Galera cuidado com os comentários, eles nos ajuda em 90% das vezes, a intenção é a melhor, mas comentemos alguns equívocos.

     

    Art. 4º Compete ao Conselho Monetário Nacional, segundo diretrizes estabelecidas pelo Presidente da República:  

    I - Autorizar as emissões de papel-moeda (Vetado) as quais ficarão na prévia dependência de autorização legislativa quando se destinarem ao financiamento direto pelo Banco Central da República do Brasil, das operações de crédito com o Tesouro Nacional, nos termos do artigo 49 desta Lei.

     

    PS.: O (VETADO) DIZ RESPEITO A EMISSÃO DE MOEDA METÁLICA

     http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/Mensagem_Veto/anterior_98/Vep844-L4595-64.pdf

     

    PORTANTO O CMN AUTORIZA E O BACEN EMITE.

  • Não entendi, pois se o momento é de incerteza, baixa liquidez, o correto seria aumentar a tx de rec compulsório, visto que os bancos não teriam tanto dinheiro para emprestar, logo, as I.F poderiam sofrer um calote. 

  • Isso é uma prática obrigatória estabelecida desde o "Acordo da Basileia I", onde estabeleceu-se ter este colchão para utiliza-lo para evitar que crises financeiras.

    O colchão é como guardar dinheiro (como uma reserva de dinheiro feita embaixo do colchão), ou seja, pra cada empréstimo realizado o banco teria que guardar um montante de capital proporcional a uma determinada porcentagem destes empréstimos realizados.


    No Acordo da Basileia II obrigou-se os bancos a analizarem o perfil de cada cliente, analizando a probabilidade de risco dele dar calote no banco. Ao analizar cada cliente, diluia o risco para todos em forma de juros.


    No Acordo da Basileia III, obrigou-se os bancos a aumentarem os números destas reservas, para não somente tentar evitar as crises, mas também agora para ter um colchão a ser utilizado durante uma possível crise.

  • Questão polêmica.No momento de inceteza e de restirção,deve aumantar o recolhimento compulsorio,assim diminuindo o dinheiro para as instituiçoes colocarem no mercado.Entendi assim.

  • Ao reduzir a taxa do compulsório, o governo deixa mais dinheiro disponível para os bancos negociarem com os seus clientes o que possibilitará uma melhoria na liquidez no mercado (mais dinheiro disponível no mercado). Mais dinheiro no mercado tem o início o ciclo virtuoso (+ Demanda Agregada + Oferta Agregada + Emprego + Renda).....

  • (CORRETO)

    Famigerado "buffers"

  • Perfeito!

              A função do BC de ser o "banco dos bancos" é fornecer liquidez aos bancos do país em momentos de crise financeira. Em momentos de crise, os bancos tendem a emprestar menos, o que faz com que a crise seja ainda maior, pois as pessoas não pegam dinheiro emprestado para abrir novos negócios, por exemplo. Portanto, ao disponibilizar liquidez aos bancos em momentos de crise, o Banco Central protege o sistema financeiro como um todo.

              Em outubro de 2008, quando recém havia explodido a crise financeira com origem no mercado imobiliário dos EUA, o BC reduziu em 8 pontos percentuais as taxas de recolhimento compulsório dos depósitos à vista aqui no Brasil. Essa política monetária expansionista foi realizada para aumentar a oferta de moeda, consequentemente, deixar os bancos com mais liquidez (mais dinheiro) para suas atividades de empréstimo.

    Resposta: C

  • Exatamente. Trata-se de uma política monetária.

    Veja o que diz a Lei 4.595/64:

    Art. 4º Compete privativamente ao Banco Central:

    III - determinar o recolhimento de até cem por cento do total dos depósitos à vista e de até sessenta por cento de outros títulos contábeis das instituições financeiras [...]

    Resposta: Certo


ID
2501638
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Bancários
Assuntos

      Virtualmente, todos os grandes países estabeleceram um banco central como “emprestador de última instância” para reduzir a probabilidade de que uma falta de liquidez se torne uma crise de solvência. A prática levou à questão do papel de um “emprestador internacional de última instância” que pudesse auxiliar os países a estabilizar o valor das suas moedas e reduzir a probabilidade de sua forte desvalorização em consequência da falta de liquidez, que, por sua vez, poderia causar um grande número de falências.

Charles Kindleberger. Manias, pânicos e crises. 6.ª ed. São Paulo: Saraiva.

Tendo como referência inicial esse fragmento de texto, julgue (C ou E) o item a seguir, pertinentes às funções e competências de um banco central.


Dada a relação existente entre as políticas monetária e cambial, os efeitos da política monetária executada pelo banco central de um país dependem fundamentalmente do tipo de regime cambial adotado. Assim, em um sistema de taxas de câmbio flexíveis com mobilidade internacional de capital, a fixação da taxa de juros básica como instrumento para o objetivo de estabilizar preços é inalcançável.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Ao “mexer” na quantidade de moeda e fixar a taxa de juros, o BACEN não está “mexendo” na base monetária, mas sim, trabalhando com expectativas ao fixar os juros. Ele fixa os juros e depois mexe na base monetária. A velocidade é maior. Repare uma coisa importante, a questão fala de controle de preços e não de crescimento econômico. Ou seja, o contexto que ele delimitou não importa de forma rigorosa. A taxa de juros está sendo utilizada para combater inflação e não para alterar, necessariamente, o crescimento econômico. A política monetária é eficiente ou ineficiente em relação à renda. Para as outras variáveis, funciona que é uma beleza. Por exemplo, no Plano Real, o câmbio era fixo e a política monetária foi utilizada como âncora de preços. Não tem a ver com o contexto. Tem a ver com a variável que se quer segurar. A política monetária funciona como âncora de preços quando a taxa é fixada de forma prévia.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • ERRADO

    Dada a estreita relação entre as políticas monetária e cambial, os efeitos da política monetária dependem fundamentalmente do tipo de regime cambial usado.

    Em um contexto de mobilidade internacional de capital, com taxas de câmbio fixas, reduz-se a capacidade de o banco central influir na quantidade de moeda. O estoque monetário passa a ser determinado pela oferta cambial. Dessa maneira, o estoque monetário não é controlável pelo banco central, ajustando-se às variações na quantidade de moeda estrangeira. A taxa de juros básica, fixada pela Autoridade Monetária, é fixada de modo a assegurar o equilíbrio do Balanço de Pagamentos, em vez de perseguir o objetivo de estabilidade de preços, o qual depende da manutenção a paridade cambial desejada. Ou seja, uma vez que a autoridade monetária não controla o estoque monetário, a política monetária é considerada passiva.

    Já em um sistema de taxas de câmbio flexíveis com mobilidade internacional de capital, é o preço da moeda estrangeira que se ajusta às variações na quantidade de moeda. Assim, o estoque monetário é controlável pela autoridade monetária, o que determina que a política monetária é considerada ativa. A taxa de juros básica, nesse regime, pode ser fixada de acordo com o objetivo principal de estabilidade de preços.

    FONTE: https://www.passeidireto.com/arquivo/11027745/funcoes_do_bcb_2015

    OU SEJA, ESTA INCORRETO A INFORMAÇÃO: 

    "a fixação da taxa de juros básica como instrumento para o objetivo de estabilizar preços é inalcançável."

  • A fixação da taxa de juros básica é um instrumento de política monetária. Como a taxa de juros é o preço da moeda, o Bacen fixa a taxa de juros (aqui no Brasil é a SELIC) e age no mercado monetário, comprando e vendendo moeda, até atingir a taxa de juros que ele quer. Para isso acontecer bem, a política monetária precisa ser eficaz.

    Bom, a política monetária é perfeitamente capaz de afetar a atividade econômica se o câmbio é flexível e há mobilidade de capitais. Por isso, a fixação da taxa básica (política monetária) vai, sim servir para estabilizar os preços.

    E note que fazer política macroeconômica através da fixação da taxa de juros (política monetária) pode ser no sentido de aumentar o emprego e a renda (política expansionista) ou no sentido de estabilizar preços (política contracionista), que é o caso da questão.

    Mas o mais importante da questão aqui é termos em mente que a política monetária combina com mobilidade de capitais e câmbio flutuante.

    Resposta: E

  • A fixação da taxa de juros básica é um instrumento de política monetária. Como a taxa de juros é o preço da moeda, o Bacen fixa a taxa de juros (aqui no Brasil é a SELIC) e age no mercado monetário, comprando e vendendo moeda, até atingir a taxa de juros que ele quer. Para isso acontecer bem, a política monetária precisa ser eficaz.

    Bom, a política monetária é perfeitamente capaz de afetar a atividade econômica se o câmbio é flexível e há mobilidade de capitais. Por isso, a fixação da taxa básica (política monetária) vai, sim servir para estabilizar os preços.

    E note que fazer política macroeconômica através da fixação da taxa de juros (política monetária) pode ser no sentido de aumentar o emprego e a renda (política expansionista) ou no sentido de estabilizar preços (política contracionista), que é o caso da questão.

    Mas o mais importante da questão aqui é termos em mente que a política monetária combina com mobilidade de capitais e câmbio flutuante.

  • Errado, indo de encontro com o que dizem os vários economistas: o regime flexível de câmbio é mais adequado para economias em expansão, com cenários melhores para investimento, o que nem de longe é o caso do Brasil.

  • Errado. A fixação da taxa de juros básica como instrumento para o objetivo de estabilizar preços torna-se inalcançável caso seja adotado um regime cambial fixo. Quando um regime de câmbio fixo é adotado, não é possível a alteração do preço de câmbio e, por conseguinte, o Banco Central não poderá mais realizar política monetária.


ID
2501641
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

      Virtualmente, todos os grandes países estabeleceram um banco central como “emprestador de última instância” para reduzir a probabilidade de que uma falta de liquidez se torne uma crise de solvência. A prática levou à questão do papel de um “emprestador internacional de última instância” que pudesse auxiliar os países a estabilizar o valor das suas moedas e reduzir a probabilidade de sua forte desvalorização em consequência da falta de liquidez, que, por sua vez, poderia causar um grande número de falências.

Charles Kindleberger. Manias, pânicos e crises. 6.ª ed. São Paulo: Saraiva.

Tendo como referência inicial esse fragmento de texto, julgue (C ou E) o item a seguir, pertinentes às funções e competências de um banco central.


As funções do Federal Reserve System (FED) dos Estados Unidos da América incluem a de emprestador de última instância, utilizada para enfrentar danos causados por crises financeiras severas. Exercida pelo FED no enfrentamento da crise de 1929, essa função não foi adotada no trato da crise financeira de 2008, que, por isso, teve sua dimensão sistêmica ampliada.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    O FED é um banco central como qualquer outro. Ele é o banco do governo. Desse modo, é importante como emprestador. Quando precisa de liquidez, ele vai lá (de forma autônoma) e supre a demanda. Isso foi verificado, com certeza, na crise de 2008. Porém, o FED possui duas posturas nesse contexto. Ele é passivo frente à formação da bolha, porém, atuante para reverter os problemas gerados a partir do estouro da bolha. Então, houve atuação sim em 2008.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • INVERTEU AS BOLAS

  • O FED é um banco central como qualquer outro. Ele é o banco do governo. Desse modo, é importante como emprestador. Quando precisa de liquidez, ele vai lá (de forma autônoma) e supre a demanda. Isso foi verificado, com certeza, na crise de 2008. Porém, o FED possui duas posturas nesse contexto. Ele é passivo frente à formação da bolha, porém, atuante para reverter os problemas gerados a partir do estouro da bolha. Então, houve atuação sim em 2008.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)


ID
2501644
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Na década de 30, durante a Grande Depressão, a teoria econômica debatia, entre outros temas, as causas do persistente desemprego, que assolava grandes contingentes populacionais. Uma das publicações que ganhou maior destaque nesse debate foi a Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (1936), de John Maynard Keynes. Nessa obra, Keynes marcou os princípios teóricos que revolucionaram o pensamento econômico e até hoje é referência nas discussões sobre os determinantes do emprego, da renda e da produção agregados. Acerca das contribuições de Keynes à teoria macroeconômica e das deliberações produzidas durante a Conferência de Bretton Woods (1944), da qual Keynes participou ativamente, julgue (C ou E) o item seguinte.


Na Conferência de Bretton Woods, Keynes, como representante do Reino Unido, teve papel ativo e central na construção de uma governança financeira global. Nessa conferência, Keynes sugeriu um regime de taxas de câmbio flutuantes como forma de apoiar o crescimento do comércio internacional, que foi fundamental para a recuperação econômica do pós-guerra.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Keynes propõe a utilização de uma modelo distinto daquele formulado pelos americanos. O sistema seria formado por um câmbio supercontrolado e teria como baliza uma média de valores disposta em uma moeda global para o sistema capitalista. Os americanos levaram a melhor e o padrão dólar-ouro foi adotado.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Keynes, de fato e em contrapartida a Harry D. White, do lado americano, propôs uma taxa de câmbio flutuante, que permitisse ajustes de balanço de pagamentos internacional, a ser regulado pelo ICU (International Clearing Union) e por sua moeda escritural, o bancor. Contudo, os americanos, que detinham 2/3 do ouro mundial à época, saíram vencedores, o que tornou a taxa de câmbio fixa, com o dólar sendo a única moeda conversível em ouro (US$35,00/onça troy). Apesar de ter entrado em colapso apenas em 1971, tal sistema foi o que vigorou boa parte do tempo no qual a economia mundial foi conhecida como "golden age". 

  • Na conferencia de Bretton Woods passa a vigorar o padrao ouro-dolar (U$ 35,00 por onça - aproximadamente 28 gramas de ouro), onde os países tem um cambio fixo em relação ao dólar, e o dólar tem um valor fixo em relação ao ouro. Este sistema vigorou até 1972, onde Richad Nixon, apos enfrentar sucessivos deficits acabou com o padrao ouro.

  • Fala pessoal! Tudo beleza? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre a conferência de Bretton Woods.

    A referida conferência foi realizada porque os países Aliados estavam preocupados com as necessidades econômicas que viriam após o fim do segundo conflito mundial armado, a segunda guerra mundial.

    Assim, queriam planejar um acordo econômico que levasse ao pleno emprego, à estabilidade de preços e que permitisse o equilíbrio externo sem precisar impor restrições ao comércio internacional.

    A entrada dos EUA na segunda guerra mundial ocorreu de forma tardia, mas foi fundamental para que houvesse chance de vitória aos Aliados (que, antes da entrada dos EUA, estavam sendo aniquilados pelas forças de Hitler). Este fato levou os EUA a terem maior influência nas negociações de Bretton Woods (tanto é que o encontro dos países ocorreu justamente em solo americano).

    Ocupando o vácuo de poderio econômico deixado pela Inglaterra, os EUA assumiram papel central no sistema econômico internacional após o acordo. Ficou decidido que todos os países adotariam um sistema cambial fixo em relação ao dólar-americano. Ou seja, as moedas dos 44 países seriam, agora, lastreadas, em dólar americano, tornando o dólar o padrão monetário mundial.

    Apesar de os EUA terem saído vitoriosos dos embates argumentativos, isto não veio sem uma "boa luta". O principal debate ocorreu entre John Maynard Keynes, economista inglês, e Harry Dexter White, economista americano.

    Keynes propôs um "Banco Central global" que pudesse controlar o sistema internacional de pagamentos, provendo liquidez aos países que apresentassem déficit no seu Balanço de Pagamentos. A ideia de Keynes era romper com o outro como padrão do sistema monetário e permitir a criação do bancor, uma moeda escritural, que cumpriria as funções de unidade de conta e meio de pagamento.

    A criação do bancor seria capaz de evitar ataques especulativos ao câmbio, pois, em conjunto com o Banco Central global (que Keynes chamou de Clearing Union - Câmara de Compensação), obrigaria todos os países com déficit externos a reequilibrar suas posições, o que distribuiria o ônus do ajuste de forma equânime.

    Mas a proposta vencedora foi a de White, que argumentou que deveria existir uma instituição com poderes e recursos mais limitados e sem a nova moeda (sem o bancor). Dessa forma, os EUA conseguiram emplacar o dólar como novo padrão monetário mundial, vinculado ao ouro.

    Ou seja, a proposta de Keynes não ocorreu mediante câmbio flutuante, mas centrou-se nos aspectos de criação da Clearing Union e do bancor.


    Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501647
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Na década de 30, durante a Grande Depressão, a teoria econômica debatia, entre outros temas, as causas do persistente desemprego, que assolava grandes contingentes populacionais. Uma das publicações que ganhou maior destaque nesse debate foi a Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (1936), de John Maynard Keynes. Nessa obra, Keynes marcou os princípios teóricos que revolucionaram o pensamento econômico e até hoje é referência nas discussões sobre os determinantes do emprego, da renda e da produção agregados. Acerca das contribuições de Keynes à teoria macroeconômica e das deliberações produzidas durante a Conferência de Bretton Woods (1944), da qual Keynes participou ativamente, julgue (C ou E) o item seguinte.


Conforme Keynes, o nível de emprego agregado não se define meramente como um ponto de equilíbrio parcial, dado no encontro de curvas agregadas de oferta e de demanda por trabalho. Para ele, em uma dada estrutura produtiva, o nível de emprego resulta da decisão dos empresários de empregar a força de trabalho em função das expectativas de consumo e de investimento na economia. Assim, poderá persistir o desemprego involuntário enquanto o nível de demanda efetiva for demasiadamente baixo.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Sabemos que há um ponto de pleno emprego na economia em que todos os cargos estão preenchidos. Nesse caso, a economia estará no seu mais elevado ponto de renda, mas nem todos os trabalhadores estão empregados (desemprego natural). Porém, a economia não precisa ter atingido esse ponto efetivamente. Qualquer cruzamento da DA e da AO fora do pleno emprego é um equilíbrio, mas não será o máximo. Se a economia está abaixo do pleno emprego, então, existe desemprego involuntário (o indivíduo quer trabalhar, mas o sistema não consegue ainda absorvê-lo). Com intervenções de curto prazo é possível levar a economia para o pleno emprego.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)


ID
2501650
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Na década de 30, durante a Grande Depressão, a teoria econômica debatia, entre outros temas, as causas do persistente desemprego, que assolava grandes contingentes populacionais. Uma das publicações que ganhou maior destaque nesse debate foi a Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (1936), de John Maynard Keynes. Nessa obra, Keynes marcou os princípios teóricos que revolucionaram o pensamento econômico e até hoje é referência nas discussões sobre os determinantes do emprego, da renda e da produção agregados. Acerca das contribuições de Keynes à teoria macroeconômica e das deliberações produzidas durante a Conferência de Bretton Woods (1944), da qual Keynes participou ativamente, julgue (C ou E) o item seguinte.


A suposição feita por Keynes de que os salários nominais e outros elementos de custo permanecem constantes altera a natureza do raciocínio que ele desenvolveu para explicar os determinantes do volume de emprego agregado.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Keynes trabalha com o curto prazo, logo, parte do pressuposto de que os agentes, sem estímulo exógeno, são incapazes de alterarem consideravelmente suas condições de produção em período curto de tempo. Desse modo, os incrementos de custos (dentre eles o volume de salários) pesam muito para os agentes porque precisariam repassar muito para o preço e os consumidores não conseguiriam pagar. Tudo isso, bloquearia a produção. É por isso que Keynes parte do pressuposto de que os preços tendem à rigidez no curto prazo. Logo, como os salários nominais dependem dos preços tendem à rigidez também (para aumentar o salário no curto prazo é preciso que haja choque real com a entrada do governo no sistema). Desse modo, o ganho real do trabalhador pode aumentar no curto prazo? Certamente, basta uma política fiscal expansiva – a renda sobe, todos ficam mais ricos, mas os preços não se modificam no curto prazo. Em uma palavra, os salários reais se modificam no curto prazo.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Diferente do modelo de Say (pré 1929), que diz que os salários nominal (quanto se ganha) e real (quanto se pode comprar com o que se ganha, poder de compra) são flexíveis, Keynes diz que apenas o salário nominal é flexível (as pessoas estão dispostas a negociar o salário que se ganha, mas não o poder de compra deles) logo, temos que, em curto prazo, os preços tenderiam a rigidez para que os salários tendessem a rigidez e o poder de compra não se modificasse.

  • Keyne acreditava que é a demanda por produto que determina o nível de emprego, já os clássicos acreditavam que era o emprego que determina o produto. Logo nao podemos dizer podemos dizer que foi a rigidez dos salários que altera a visão de keynes sobre o emprego, a diferença é justamente considerar a demanda por produto determinante do nível de emprego.

  • (ERRADO)

    salários nominais (W) - crescentes

    salários reais (W/P) - constantes

  • para keynes o salário NOMINAL ERA FIXO e o real era flexível

    Salário Nominal (W1) é a remuneração medida em moeda corrente. É o valor que os trabalhadores recebem pelo seu trabalho, e é bastante útil quando comparamos os salários de diversos trabalhadores ou profissões em um mesmo momento, ou no momento corrente.

    Salário REAL (W/P) é a remuneração medida em moeda constante. É o valor do salário Nominal / pelo índice de Preços, sugerindo assim o poder REAL de compra. O uso do salário real ao invés do nominal é obrigatório quando comparamos os salários de um mesmo trabalhador ou profissão em uma série de tempo, de um ano para o outro, por exemplo. Caso contrário, não teríamos uma correta ideia acerca da real variação do poder REAL de compra.

  • Keynes- salário nominal é mais rígido que o salário nominal

  • Fala pessoal! Tudo beleza? Professor Jetro Coutinho na área, para comentar esta questão sobre salários nominais segundo Keynes!

    Uma das grandes mudanças que Keynes fez em relação à teoria clássica foi a de considerar que o salário nominal era rígido no curto prazo.

    Enquanto a teoria clássica argumentava que os salários nominais e reais seriam flexíveis, ajustados pela mão invisível do mercado, Keynes argumentou que existiriam algumas condições que impediriam os salários de serem alterados no curto prazo.

    Nesse sentido, Keynes argumentava que a legislação trabalhista, por exemplo, seria um impeditivo para redução dos salários nominais, já que ela evita redução de salário. Além da legislação trabalhista, Keynes cita os custos de menu (os custos que os comerciantes têm para alterar o cardápio), que também seriam impeditivos de ajustes nos preços de curto prazo. Por fim, Keynes utilizou o argumento da coordenação, debatendo que não há como implementar uma redução coordenada de salários para todas as pessoas em uma economia.

    Segundo Keynes, estes fatores impediriam o salário nominal de ser flexível, tornando-o constante (rígido).

    No entanto, apesar de Keynes considerar o salário nominal como fixo, ele desenvolveu uma teoria coerente com essa suposição. Para Keynes, o volume de emprego agregado depende da demanda agregada. A demanda agregada por sua vez tem impacto tanto no nível de produto quanto no nível de preços.

    Assim, para Keynes, apesar de o salário nominal ser constante, a Economia pode apresentar variações de preços, que fazem com que o salário real (salário nominal dividido pelo índice de preços) seja flexível.

    Portanto, para Keynes, mesmo o salário nominal sendo rígido, o ajuste econômico pode vir pelo salário real.

    Dessa forma, o pressuposto de Keynes (salário nominal fixo) não altera a natureza de sua explicação para o emprego agregado (Demanda Agregada afeta preços e, assim, o salário real).


    Gabarito do Professor: ERRADO.
  • Uma das grandes mudanças que Keynes fez em relação à teoria clássica foi a de considerar que o salário nominal era rígido no curto prazo. Enquanto a teoria clássica argumentava que os salários nominais e reais seriam flexíveis, ajustados pela mão invisível do mercado, Keynes argumentou que existiriam algumas condições que impediriam os salários de serem alterados no curto prazo. Nesse sentido, Keynes argumentava que a legislação trabalhista, por exemplo, seria um impeditivo para redução dos salários nominais, já que ela evita redução de salário. Além da legislação trabalhista, Keynes cita os custos de menu (os custos que os comerciantes têm para alterar o cardápio), que também seriam impeditivos de ajustes nos preços de curto prazo. Por fim, Keynes utilizou o argumento da coordenação, debatendo que não há como implementar uma redução coordenada de salários para todas as pessoas em uma economia. Segundo Keynes, estes fatores impediriam o salário nominal de ser flexível, tornando-o constante (rígido). No entanto, apesar de Keynes considerar o salário nominal como fixo, ele desenvolveu uma teoria coerente com essa suposição. Para Keynes, o volume de emprego agregado depende da demanda agregada. A demanda agregada por sua vez tem impacto tanto no nível de produto quanto no nível de preços. Assim, para Keynes, apesar de o salário nominal ser constante, a Economia pode apresentar variações de preços, que fazem com que o salário real (salário nominal dividido pelo índice de preços) seja flexível. Portanto, para Keynes, mesmo o salário nominal sendo rígido, o ajuste econômico pode vir pelo salário real. Dessa forma, o pressuposto de Keynes (salário nominal fixo) não altera a natureza de sua explicação para o emprego agregado (Demanda Agregada afeta preços e, assim, o salário real). (professor Jetro Coutinho) Gabarito do Professor: ERRADO.

ID
2501653
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Na década de 30, durante a Grande Depressão, a teoria econômica debatia, entre outros temas, as causas do persistente desemprego, que assolava grandes contingentes populacionais. Uma das publicações que ganhou maior destaque nesse debate foi a Teoria geral do emprego, do juro e da moeda (1936), de John Maynard Keynes. Nessa obra, Keynes marcou os princípios teóricos que revolucionaram o pensamento econômico e até hoje é referência nas discussões sobre os determinantes do emprego, da renda e da produção agregados. Acerca das contribuições de Keynes à teoria macroeconômica e das deliberações produzidas durante a Conferência de Bretton Woods (1944), da qual Keynes participou ativamente, julgue (C ou E) o item seguinte.


Para um quadro de crise, uma proposição de política econômica keynesiana seria o governo ampliar os gastos públicos como forma de elevar a demanda agregada e recuperar o nível de emprego, ao passo que, para um momento de superaquecimento, a recomendação keynesiana seria reduzir gastos.

Alternativas
Comentários
  • Muito fraca essa questão. Dá pra entender que a crise a que ele se refere é de liquidez, mas deveria especificar o tipo de crise. Achei sacanagem.

  • Questão Certa. 

  • Pós 1929, onde a rápida reestruturação da Europa pós WWII levou à crise devido a formação de estoques indesejados, Keynes critica o modelo de Say, que afirmava que a "mão invisível do mercado" trataria do equilíbrio, e diz que a solução pra uma recessão seria o aumento da demanda agregada para reduzir os estoques formados.

    Questão Correta

  • (CERTO)

    Lembrando que uma ampliação de gastos públicos do governo

    em uma economia em pleno emprego, somente gera inflação.

  • Lembrando que os gastos do gov é DIRETAMENTE proporcional à Renda, logo

    se o Aumentar os Gastos gera aumento de RENDA.

    Diminuindo os Gastos, como dito na questão, irá diminuir a Renda,

    pois num momento de superaquecimento, salários altos e Renda alta, diminui-la é recomendável


ID
2501656
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando as mudanças na arquitetura financeira internacional e a atuação do G20 como principal foro de cooperação financeira global, julgue (C ou E) o item que se segue.


O Arranjo Contingente de Reservas (CRA) e o Novo Banco de Desenvolvimento constituem passos importantes na criação de uma arquitetura financeira conjunta do BRICS. Com função similar à do Fundo Monetário Internacional, o CRA pretende complementar a rede global de proteção financeira, ajudando a prevenir pressões de curto prazo, reais ou potenciais, sobre o balanço de pagamentos dos países do grupo. Para isso, cada país contribuirá, inicialmente, com um quinto do total de recursos (US$ 100 bilhões) comprometidos.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    A participação não é a mesma no CRA para todos os países dos BRICS. Não faria sentido, se estamos trabalhando com economias que não possuem as mesmas capacidades.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • ERRADO: A participação não é igualitária

     

    DECRETO 8.702/2016 : Promulga o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS, de 15 de julho de 2014.

     

    Artigo 2 - Montante e Compromissos Individuais

     

    a. O total de recursos comprometidos inicialmente ao ACR será de cem bilhões de dólares dos Estados Unidos da América (US$ 100 bilhões), com os seguintes compromissos individuais:

     

    i.China – US$ 41 bilhões

    ii.Brasil – US$ 18 bilhões

    iii.Rússia – US$ 18 bilhões

    iv.Índia – US$ 18 bilhões

    v.África do Sul – US$ 5 bilhões

     

  • Obviamente errado. Acho que AS não teria nem divisas pra cobrir o fundo se fosse participação igualitária nas despesas do ACR.

  • cada país contribuir=ERRO.

  • Errado.

    Finalidades do CRA: (1) prover recursos temporários aos membros do BRICS que enfrentem pressões em seus balanços de pagamentos (necessidade de liquidez no curto prazo); (2) promover a estabilidade financeira internacional, na medida em que complementará a atual rede global de proteção financeira; (3) reforçar a confiança dos agentes econômicos e financeiros mundiais; (4)mitigar o risco de contágio de eventuais choques que possam afetar as economias do agrupamento.

    Aporte inicial:

    - O arranjo tem montante inicial de US$100 bilhões. [Brasil, Rússia e Índia: US$ 18 bilhões; China: US$ 41 bilhões; África do Sul: US$ 5 bilhões]

    - Os valores máximos de acesso são calculados com base em multiplicadores estabelecidos na negociação concluída e assinada oficialmente no Brasil, em 2014 [hoje equivalem a: Brasil, Rússia e Índia: US$ 18 bilhões; China: US$ 20,5 bilhões; África do Sul: US$ 10 bilhões]

    Fontes: https://www.gov.br/mre/pt-br/canais_atendimento/imprensa/notas-a-imprensa/conclusao-do-processo-de-ratificacao-do-tratado-para-o-estabelecimento-de-um-arranjo-contingente-de-reservas-dos-brics-cra-e-entrada-em-vigor-do-acordo

    https://www.bcb.gov.br/acessoinformacao/brics

  • A República Federativa do Brasil firmou o Tratado para o Estabelecimento do Arranjo Contingente de Reservas dos BRICS, em Fortaleza, em 15 de julho de 2014, entrando em vigor em 30 de julho de 2015.

    O ACR consiste em uma plataforma de apoio, por intermédio de instrumentos preventivo e de liquidez, em resposta a pressões de curto prazo, reais ou potenciais, sobre o balanço de pagamentos. Foi firmado entre a República Federativa do Brasil, a Federação da Rússia, a República da Índia, a República Popular da China e a República da África do Sul. As partes concordaram em estabelecer um Arranjo Contingente de Reservas autogerido para prevenir pressões de curto prazo no balanço de pagamentos, a fim de fornecer apoio mútuo e reforçar a estabilidade financeira.

    O total de recursos comprometidos inicialmente ao ACR será de 100 bilhões de dólares dos Estados Unidos da América, com os compromissos individuais distribuídos em US$ 41 bilhões para a China, US$ 18 bilhões para o Brasil, US$ 18 bilhões para a Rússia, US$ 18 bilhões e US$ 5 bilhões para a África do sul.


ID
2501659
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando as mudanças na arquitetura financeira internacional e a atuação do G20 como principal foro de cooperação financeira global, julgue (C ou E) o item que se segue.


A criação do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB) e do Banco Asiático de Investimento em Infraestrutura (AIIB) liderado pela China circunscreve-se a contexto no qual o papel dos bancos de desenvolvimento voltou ao debate, seja por sua atuação anticíclica em momentos de crise, seja pela função que exercem como canalizadores de recursos (públicos e privados) para financiamento de projetos de longo prazo. Nessa direção, os mandatos do NDB e do AIIB vão ao encontro dos compromissos assumidos pelo G20 em 2016 com a Agenda 2030 do Desenvolvimento Sustentável.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Trata-se apenas de um descritivo correto do que está ocorrendo em relação a essas estruturas. Fato. Como trabalham com fomento e ações diretas essas estruturas estão inseridas em um contexto de garantias de correções em épocas de baixo crescimento e estabilização em épocas de ampliação das incertezas.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Na economia, anticíclico é uma adjetivo que caracterizam as ações que visam impedir, conter ou minimizar os efeitos dos ciclos econômicos.

    Fonte: https://maisretorno.com/portal/termos/a/anticiclico

    Bons estudos.


ID
2501662
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando as mudanças na arquitetura financeira internacional e a atuação do G20 como principal foro de cooperação financeira global, julgue (C ou E) o item que se segue.


Em meio às turbulências da crise financeira global eclodida em 2008, a Cúpula do G20 emitiu declaração em 2009, na qual seus líderes se comprometeram com reformas na governança do Fundo Monetário Internacional (FMI) e do Banco Mundial. No primeiro, por meio de mudança na quota de participação no FMI de, no mínimo, 5% em favor dos mercados emergentes e países em desenvolvimento; no segundo, pela adoção de uma fórmula que refletisse o peso econômico dos países em desenvolvimento e que acarretasse o aumento de seu poder de voto em pelo menos 3%, neles incluídos os países em transição.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    Os números estão corretos.

  • Não há o que discutir, boa parte das questões da Cespe são lotéria pura.

  • Eita só questões chibata

  • G20 decidira transferir pelo menos 5% dos direitos de voto para países emergentes como o Brasil e a Índia, cuja importância dentro do FMI está aquém de sua força econômica.

    Países em transição - emergindo de uma economia de comando de tipo socialista para uma economia baseada no mercado.


ID
2501665
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando as mudanças na arquitetura financeira internacional e a atuação do G20 como principal foro de cooperação financeira global, julgue (C ou E) o item que se segue.


Em várias reuniões do G20 foram apontadas falhas graves de regulamentação e supervisão, além dos riscos irresponsavelmente assumidos por parte de bancos e outras instituições financeiras, que acabaram criando fragilidades que contribuíram para o agravamento da crise econômica de 2008. Um ponto ausente nessas pautas foi a necessidade de reforma das agências de classificação de risco, pois elas têm subestimado os impactos que uma classificação equivocada de riscos podem provocar no mercado e nas economias sob suas análises.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Pelo contrário, depois de todos os problemas que as agências criaram durante a crise de 2008, houve maior densidade nas discussões acerca desse assunto nas reuniões do G20. Isso vem gerando maior arcabouço estrutural para a atuação desses agentes que mexem com expectativas de mercado.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Foi justamente uma das principais pautas.


ID
2501668
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando os determinantes do crescimento econômico e a experiência recente do Brasil, julgue (C ou E) o item a seguir.


A hipótese de neutralidade da moeda é compatível com uma curva de Phillips vertical, em que tanto expansões fiscais quanto monetárias são incapazes de afetar o nível de produto.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    A curva de Phillips é vertical no pleno emprego dos fatores (desemprego natural que marca a passagem do curto para o longo prazo). Então, as políticas de curto prazo (fiscal e monetária) não funcionam. A moeda é neutra. Apenas afeta o preço e não a renda.

  • A hipótese da neutralidade da moeda nos diz que a moeda é neutra, o que significa que aumentos na oferta monetária (M) só levam à inflação (aumento de P). Essa hipótese era defendida pelos economistas clássicas.

    A hipótese de neutralidade na moeda, no entanto, só ocorre no longo prazo. E, no longo prazo, nós temos uma Curva de Phillips vertical.

    No longo prazo, além de uma Curva de Phillips vertical, nós também teremos uma curva OA vertical. Nesta situação, políticas fiscais ou monetárias que expandem a demanda agregada não elevam a renda e reduzem o desemprego. Olhe só o gráfico abaixo: 

    Resposta: C

  • Vamos analisar a questão.

    A hipótese da neutralidade da moeda nos diz que a moeda é neutra, o que significa que aumentos na oferta monetária (M) só levam à inflação (aumento de P). Essa hipótese era defendida pelos economistas clássicos.

    A hipótese de neutralidade na moeda, no entanto, só ocorre no longo prazo. E, no longo prazo, nós temos uma Curva de Phillips vertical. 

    No longo prazo, além de uma Curva de Phillips vertical, nós também teremos uma curva OA vertical. Nesta situação, políticas fiscais ou monetárias que expandem a demanda agregada não elevam a renda e reduzem o desemprego. Olhe só o gráfico abaixo:

     
    Portanto, gabarito certo. 


    Gabarito do Professor: CERTO.
  • hipótese de neutralidade da moeda = pensamento clássico = dicotomia clássica (variáveis nominais, como preço, não afetam variáveis reais, como desemprego e produto).

    Sendo Curva de Phillips a relação de trade-off entre inflação e desemprego, se ela é vertical, significa que alterar inflação (preços, variável nominal) não tem influência sobre desemprego (produto, variáveis reais).


ID
2501671
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando os determinantes do crescimento econômico e a experiência recente do Brasil, julgue (C ou E) o item a seguir.


De acordo com o modelo de Solow, um aumento na taxa de poupança é capaz de aumentar de forma permanente a taxa de crescimento de um país. Logo, as baixas taxas de poupança registradas no Brasil estão relacionadas com o seu baixo crescimento econômico.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Pelo modelo de Solow a poupança é igual ao investimento e apenas pode ser utilizada como fator de crescimento até o ponto estacionário. No ponto estacionário (ponto de equilíbrio geral para esse modelo) o que explica o crescimento são flutuações tecnológicas, educacionais e populacionais. E não mais o investimento. Logo, ter alta taxa de poupança não significa expandir a renda a partir de certo ponto. A poupança tem efeito sim no crescimento de longo prazo, porém, não de forma permanente. O modelo de Solow apenas se refere ao longo prazo, portanto, veja que a poupança explica o crescimento de longo prazo até o ponto estacionário. Isso é fundamental. Não se pode desprezar a importância da formação de poupança para o crescimento de longo prazo do país.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Para Robert Solow, no longo prazo, apenas a tecnologia é capaz de aumentar a taxa de crescimento. A poupança é, por sua vez, eficiente apenas no curto prazo, já que, devido aos rendimentos marginais decrescentes, tal aumento vai sendo "consumido" pelo crescimento populacional, até o ponto em que ele se torna nulo. 

  • [dúvida]


    Se eu aumento a taxa de poupança, a curva de investimento se desloca para cima e, com isso, há um crescimento da produção (relativo ao novo ponto de intersecção entre investimento e depreciação do capital), mesmo que seja um rápido crescimento e depois nos deparamos com um novo nível estacionário.


    O erro da questão está em afirmar que o aumento permanente é na TAXA de crescimento, como um processo dinâmico? Estaria correta se fosse aumento permanente da produção?

  • (ERRADO)

    Um aumento na taxa de poupança é capaz de aumentar de forma permanente a taxa de crescimento (limite: estado estacionário)

  • É verdade que o modelo de Solow propõe a taxa de poupança como determinante para o crescimento de uma economia.

              Assim sendo, olhando para o modelo, as baixas taxas de poupança registradas no Brasil estão relacionadas sim com o seu baixo crescimento econômico.

              Mas o erro da questão está na palavra "permanente".

              Segundo o modelo de Solow, a economia tende a um estado estacionário em que a renda per capita é constante, de forma que não há aumento permanente da taxa de crescimento.

              No estado estacionário, a taxa de crescimento da economia é suficiente e apenas suficiente para compensar o crescimento populacional e a depreciação, de maneira que o produto per capita se mantém constante.

              O aumento da taxa de poupança apenas desloca este estado estacionário para um nível em que haja maior renda per capita, mas que também tende à constância, a menos que adicionemos tecnologia.


ID
2501674
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando os determinantes do crescimento econômico e a experiência recente do Brasil, julgue (C ou E) o item a seguir.


Uma das consequências do modelo de Solow é a sua rejeição de convergência de níveis de renda para todos os países. Tal conclusão é uma implicação da hipótese de retornos marginais crescentes do modelo.

Alternativas
Comentários
  • A convergência entre os níveis de renda torna-se possível exatamente por causa dos retornos marginais descrescentes do modelo, e não RETORNOS CRESCENTES. Ou seja, caso injete-se capital em ambos os países, um com elevado estoque e outro, com baixo estoque, tal capital tende a aumentar o produto de forma mais substancial naquele com menos estoque de capital. Assim sendo, a hipótese de convergência pode ser atendida. 

  • Modelo de Solow

     Com relação ao conceito ( geral) do Modelo de Solow?

    O que é o modelo de Solow?

    O modelo de Solow mostra como a poupança, a mão-de-obra, a tecnologia afetam o nível de produção da economia e o seu crescimento ao longo do tempo. Nesse modelo utiliza-se a função de produção de Cobb-Douglas, de tal maneira que utiliza-se a produção por trabalhador (Y/L) em vez da produção (Y). Por isso, a suposição do modelo é que a produção apresenta retornos constantes de escala. Assim, consideramos um função produção por trabalhador onde y = Y/L, logo y = f(k), onde k = K/L.

     

    Fonte: https://passeiodobebado.wordpress.com/2013/05/02/modelo-de-solow/

  • Errado


    "Uma das consequências do modelo de Solow é a sua rejeição de convergência de níveis de renda para todos os países. Tal conclusão é uma implicação da hipótese de retornos marginais crescentes do modelo."


    Os países tendem a convergir os níveis de renda (se você vir a curva de crescimento, ela tende a se estabilizar, o que leva ao segundo erro)

    A hipótese é de retorno marginais decrescentes

  • modelo de Solow

    - retornos constantes de escala

    - retornos DECRESCENTES de capital (k)

  • verificar a respeito do tema Solow

  • O modelo de Solow indica movimento de convergência dos níveis de renda de diferentes países.

              E isso ocorre justamente em virtude de retornos marginais decrescentes.

              O fato de os retornos marginais serem decrescentes faz com que o crescimento de países mais pobres seja mais facilitado, quando comparado a países mais avançados.

  • Solow explica o estado estacionário da economia no longuíssimo prazo pela lei dos investimentos decrescentes (quando a depreciação iguala a produção), não crescentes como afirma a questão.


ID
2501677
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

Considerando os determinantes do crescimento econômico e a experiência recente do Brasil, julgue (C ou E) o item a seguir.


A redução da participação do setor industrial na economia brasileira nos últimos anos pode estar relacionada com a situação conhecida como doença holandesa, em que a abundância de recursos naturais ou o bom desempenho de commodities leva a uma valorização cambial, prejudicando a competitividade industrial.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    A “doença holandesa” é um movimento de mudança de eixo dinâmico que altera a estrutura de investimentos de um país de produção de valor mais elevado para outras mais básicas ou primárias. Isso ocorre, quando o cenário fica mais convidativo para que produções primárias (ligadas à exportação, na maior parte das vezes) sejam levadas a termo. Sem dúvida, valorização cambial e preço internacional são fatores importantes para essa mudança de eixo.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Valorização cambial nos últimos anos?? E desde quando valorização cambial favorece as exportações? Exportador gosta de moeda desvalorizada (US$1 / R$3,50).

    Cespe está de brincadeira.

  • Fabiano, a questão não fala que a valorização cambial favorece exportações.

    Com as exportações de commodities, mais dólares entram no Brasil e, teoricamente pelo menos, isso valoriza a moeda nacional. Com a moeda valorizada, os importados ficam mais baratos, o que prejudica a indústria nacional. É essa a relação descrita no modelo da doença holandesa (dutch disease) e que alguns especialistas apontam estar ocorrendo no Brasil (atente-se ao "pode estar" no enunciado da questão). 

  • Exato!

    A doença holandesa simplesmente é quando acontece o processo de desindustrialização ocasionado por uma exportação excessiva de um ou mais produtos básicos. O termo deriva de um processo que ocorreu em 1960 na Holanda, quando a descoberta de imensas reservas de gás fizeram com que a mão de obra da indústria se deslocasse para o setor gasoso, consequentemente houve um grande aumento nas exportações do produto, o que levou a desvalorização da moeda holandesa, com o fechamento grande parte de suas indústrias (indus. de tecidos praticam. desapareceram). No Brasil, essa característica é seguido à risca pela grande exportação de minérios (de ferro), produtos agrícolas (milho, soja). A nossa vizinha Venezuela é outro exemplo, os países do Oriente Médio também, por isso que é difícil de eles conseguirem industrializar muitas regiões.

    O fenômeno não acontece apenas para países subdesenvolvidos, a Austrália também é um exemplo, pois lá o grau de complexidade econômica (quanto maior o grau, maior é a industrialização de um país) apresenta índices muitos baixos, devido à grande exportação de alguns produtos básicos.


  • A doença holandesa simplesmente é quando acontece o processo de desindustrialização ocasionado por uma exportação excessiva de um ou mais produtos básicos. O termo deriva de um processo que ocorreu em 1960 na Holanda, quando a descoberta de imensas reservas de gás fizeram com que a mão de obra da indústria se deslocasse para o setor gasoso, consequentemente houve um grande aumento nas exportações do produto, o que levou a desvalorização da moeda holandesa, com o fechamento grande parte de suas indústrias (indus. de tecidos praticam. desapareceram). No Brasil, essa característica é seguido à risca pela grande exportação de minérios (de ferro), produtos agrícolas (milho, soja). A nossa vizinha Venezuela é outro exemplo, os países do Oriente Médio também, por isso que é difícil de eles conseguirem industrializar muitas regiões.

    O fenômeno não acontece apenas para países subdesenvolvidos, a Austrália também é um exemplo, pois lá o grau de complexidade econômica (quanto maior o grau, maior é a industrialização de um país) apresenta índices muitos baixos, devido à grande exportação de alguns produtos básicos.


ID
2501680
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Conhecimentos Bancários
Assuntos

A respeito do comércio internacional, julgue (C ou E) o item que se segue.


A introdução de uma tarifa alfandegária causará efeitos de longo prazo sobre a balança comercial se houver livre mobilidade de capital e regime cambial flexível.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    Quando se impõe uma barreira alfandegária, o objetivo é proteger a economia nacional dos importados. O problema é que ao se fazer isso no curto prazo e reduzir a importação, os dólares vão se tornando abundantes dentro do país e perdem valor em relação à moeda nacional. Logo, chegará um momento em que o valor da barreira não será mais problema para o importador que possui uma moeda muito valorizada em mãos. Por isso, as barreiras não têm efeito no longo prazo.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Resumindo o comentário do colega Daniel Gonçalves:

     

    Barreira alfandegária = Protecionismo = Mais dólar em território nacional = Desvalorização do dólar = Valorização do real = Facilitar a importação no longo prazo

  • A introdução de uma tarifa alfandegária causará efeitos de longo prazo sobre a balança comercial se houver livre mobilidade de capital e regime cambial flexível.Resposta: Errado.

    Comentário: se o regime é flexível a tarifa alfandegária não causará efeitos de longo prazo, mas no curto prazo.

  • Respostas: os efeitos serão no curtíssimo prazo, inclusive o boato dessa tarifa ja gera efeitos.

    Só a pretenção de colocar uma nova tarifa, ja faz o mercado tremer na base, tem que colocar imposto pra eles msm, mas ai eles repassam no custo do produto, e quem paga no final somos nós xD


ID
2501683
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito do comércio internacional, julgue (C ou E) o item que se segue.


No Brasil, apesar de décadas de tentativas de aumento da participação industrial nas exportações, commodities ainda têm importância para a pauta de exportações, com o aumento, em anos recentes, da relevância de países asiáticos como destinatários de produtos.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    O Brasil tenta maior inserção no comércio com produtos de maior valor agregado, mas ainda apresenta restrições importantes, como fechamento econômico relativo e persistência de produtos primários na pauta. Os países asiáticos ganham realmente espaço.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Correto.

    O Brasil insere-se no processo de globalização como um grande exportador de produtos agrícolas, muito devido à crescente demanda de alimentos da Ásia, especialmente da China e da Índia. A participação na exportação de produtos manufaturados tem apresentado um retrocesso desde o início do século XXI. Os produtos semimanufaturados (suco de laranja, catodo de cobre, ferro fundido) apresentam uma constância. Os primários é que apresentam um aumento expressivo. O Brasil hoje corresponde por cerca de 1,3 das exportações e importações mundias , mas a grande parte desta quantia é representada por produtos primários.

  • Correto.

    O Brasil insere-se no processo de globalização como um grande exportador de produtos agrícolas, muito devido à crescente demanda de alimentos da Ásia, especialmente da China e da Índia. A participação na exportação de produtos manufaturados tem apresentado um retrocesso desde o início do século XXI. Os produtos semimanufaturados (suco de laranja, catodo de cobre, ferro fundido) apresentam uma constância. Os primários é que apresentam um aumento expressivo. O Brasil hoje corresponde por cerca de 1,3 das exportações e importações mundias , mas a grande parte desta quantia é representada por produtos primários.

  • RESOLUÇÃO:

              Essa é uma questão que exige conhecimentos gerais além dos de Economia. Acreditamos que, por ser uma prova para diplomata, esses conhecimentos deviam ser exigidos no concurso.

              Pois bem, repare nesta parte da afirmação: "commodities ainda têm importância para a pauta de exportações".

              Note que isso é bastante subjetivo, afinal, mesmo que as exportações das commodities tivessem caído muito, como poderíamos afirmar que não há mais importância das commodities na nossa pauta de exportações? Como saber a partir de quantos % as commodities deixaram de ser “importantes”?

              Fazemos estes questionamentos para lhe mostrar que o Cespe nunca "erra" ou "acerta" na afirmação quando ela é muito subjetiva.

              Ou seja, o mais relevante da afirmação aqui é esta parte: "com o aumento, em anos recentes, da relevância de países asiáticos como destinatários de produtos."

              Aqui sim temos objetividade porque é simplesmente uma questão de ter aumentado ou não a participação dos asiáticos como destinatários

              E aumentou de fato!

              O processo de industrialização de vários países asiáticos - China principalmente – gerou forte expansão da demanda deles por matérias primas. E, por isso, o Brasil passou a mandar mais produtos para lá.

              Para você ter uma ideia de como nossa pauta de exportações "virou" para a Ásia, em 2001, o Brasil costumava mandar menos de 12% das exportações para lá. Em 2018, este percentual passou dos 38%. Novamente, é uma questão mais de conhecimentos gerais do que de Economia, mas achamos interessante trazê-la para vocês.

  • Repare nesta parte da afirmação: "commodities ainda têm importância para a pauta de exportações".

       Note que isso é bastante subjetivo, afinal, mesmo que as exportações destas tivessem caído muito, como poderíamos afirmar que não há mais importância das commodities na nossa pauta de exportações? Como saber a partir de quantos % as commodities deixaram de ser “importantes”?

       Fazemos estes questionamentos para lhe mostrar que o Cespe nunca "erra" ou "acerta" na afirmação quando ela é muito subjetiva.

       Ou seja, o mais relevante da afirmação aqui é esta parte: "com o aumento, em anos recentes, da relevância de países asiáticos como destinatários de produtos."

       Aqui sim temos objetividade porque é simplesmente uma questão de ter aumentado ou não a participação dos asiáticos como destinatários

       E aumentou de fato!

       O processo de industrialização de vários países asiáticos - China principalmente – gerou forte expansão da demanda deles por matérias primas.

       Para você ter uma ideia de como nossa pauta de exportações "virou" para a Ásia, este continente (exclusive Oriente Médio) era destino de menos de 12% das nossas exportações em 2001.

       Em 2018, este percentual passou dos 38%.

    Resposta: C

  • Destinatário de PRODUTOS? Tem ctz?

    Se o examinador realmente quis dizer q o Brasil importa produtos para a China, o gabarito deveria ser errado.

    Mas, provavelmente, ele quis dizer q o Brasil envia commodities para lá - até pq foi falado antes sobre os commodities (a menos q o examinador quis realmente meter outro assunto do nada...).

    Moral da história: Brasil envia muita matéria-prima para a China, mas não produtos.

    Marquei errado pq levei em consideração a palavra "produtos", já q a assertiva não uso de nenhum artifício anafórico para retomar a ideia dos commodities


ID
2501686
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia
Assuntos

A respeito do comércio internacional, julgue (C ou E) o item que se segue.


A hipótese de tecnologia semelhante entre países, adotada pelo modelo tradicional de dotação relativa de fatores de Heckscher-Ohlin, não é compatível com um cenário em que a tecnologia seja considerada um bem público.

Alternativas
Comentários
  • ERRADO.

    O modelo neoclássico lida com dotações fixas de fatores e que o país irá produzir e exportar aquele bem que utilize mais do fator abundante em sua produção. Quando falamos de fatores de produção estamos falando de capital e trabalho. A tecnologia afeta ambos e pode ser vista como um bem público. Economias em que investimentos tornam a tecnologia acessível (como um bem público) sem que custos exorbitantes sejam gerados (ou seja, diminuindo a rivalidade e a exclusão ao acesso) catalisam os efeitos de especialização defendidos pelo modelo neoclássico. O que afetaria o modelo seria a alteração na dotação de fatores e não a qualidade da utilização dos mesmos.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • O modelo econômico Heckscher- Ohlin, ou (H-O), foi desenvolvido pelos suecos Eli Heckscher e Bertil Ohlin, em 1970 e foram ganhadores do Prêmio Nobel de 1977.

    Esse modelo enfatiza a inter-relação entre dos fatores de produção em diferentes proporções em cada país e sua utilização na produção de bens diferentes. O ponto central do modelo, define que os países tendem a direcionar seus esforços para a produção dos bens que demandam os fatores em que esses países são abundantes, ou seja, o país deve produzir aquilo que tem mais fatores abundantes para a produção.

    Exemplo: Um país "A" tem mais fatores abundantes para a produção de máquinas, já um país "B" tem mais fatores abundantes para a produção de alimentos, nesse caso, o país "A" deverá produzir mais máquinas e o país "B" deverá produzir mais alimentos. A abundância do produto o torna mais barato, e portanto, é vantajoso para o país dar ênfase a esse tipo de produto e se destacar no mercado internacional.

    O modelo Heckscher- Ohlin, diz que cada nação exportará a commodity intensiva em seu fator abundante de produção e importará aquela que exigir a utilização do seu fator escasso a qual apresenta, consequentemente, maior custo de produção doméstico.

    Fonte: Livro Economia Internacional - Teoria e Prática

  • É o contrário, o modelo de Heckscher-Ohlin tem como postulado o fato de que a tecnologia é a mesma para os países, ou seja, é um bem público internacional, com os agentes tendo livre acesso a ela.

  • Errado! É compatível sim.

    Aliás, ao dizermos que a tecnologia é considerada um bem público no Modelo de Heckscher-Ohlin, estamos justamente considerando que ambos os países podem ter livre acesso a ela, o que naturalmente implica que não há diferença tecnológica entre eles.

    Isso, por sua vez, implica em igual e constante produtividade dos fatores.

    Resposta: E


ID
2501689
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
Instituto Rio Branco
Ano
2017
Provas
Disciplina
Economia

A respeito do comércio internacional, julgue (C ou E) o item que se segue.


Em um modelo de dotação relativa de fatores em que os fatores modelados sejam o trabalho qualificado e o não qualificado, o aumento salarial provocado por uma intensa demanda relativa por trabalho não qualificado e associado a baixos níveis de produtividade poderia explicar a chamada armadilha da renda média em países relativamente abundantes em trabalho não qualificado.

Alternativas
Comentários
  • CORRETO.

    As economias em desenvolvimento correm o risco da especialização em processos de “adaptação criativa” – absorvendo tecnologia externa já desenvolvida e demanda menor qualificação da mão de obra (o que eleva salários menos produtivos) – e não privilegiam a “destruição criativa” em que se pode empregar mão de obra mais qualificada e ampliar a dinâmica de desenvolvimento. Desse modo, caem em uma “armadilha da renda média”.

    (Fonte: Prof. Marcello Bolzan, do IDEG)

  • Certo

    Otaviano Canuto: "a armadilha da renda média é o risco de que um país, depois de transitar de níveis baixos de renda para níveis médios, não consigar manter o ritmo e ascender aos patamares de países desenvolvidos. Há coisas em comum em todos os casos de transição de renda baixa para a renda média: a transferência de pessoas de atividades de subsistências para atividades modernas, em geral nas cidades, grandes aumentos na produtividade total, até porque os trabalhadores não precisam ganhar muita escolaridade, usasse tecnologias existentes, etc. e tal."

     

    http://www.infomoney.com.br/mercados/acoes-e-indices/noticia/3146019/otaviano-canuto-fala-como-brasil-pode-sair-armadilha-renda-media

  • Importante notar aqui que a banca usa o termo "poderia explicar". 

    Significa dizer que ela não está afirmando que essa é necessariamente a causa absoluta para a “armadilha”.

    A banca sugere apenas que pode haver uma relação de causa e consequência. E pode mesmo! 

    A proposição do modelo de dotação relativa de fatores é que um país tende a exportar bens cuja produção é intensiva em fatores que ele tem em abundância.

    No caso do país com relativa abundância de mão de obra não qualificada, tem-se que este exportará produtos cuja produção é exatamente intensiva em mão de obra não qualificada e, por consequência, importará produtos com produção intensiva de mão de obra qualificada. 

    A demanda por estes bens fará com que haja elevação salarial no setor "não qualificado", fazendo com que esta economia atinja um patamar de “renda média”. Ou seja, apesar de os salários dos trabalhadores nÃo qualificados ser um pouco maior que os demais países, eles serão, sempre, uma renda média (e nunca serão a mesma renda de um trabalhador qualificado estrangeiro, por exemplo).

    Só que a abundância desta mão de obra não qualificada e cujo salário se elevou devido ao aumento das exportações fará com que os incentivos não sejam direcionados ao crescimento do setor de produção intensiva em mão de obra qualificada. 

    Ou seja, em vez de haver investimentos para o desenvolvimento de um setor que demanda mão de obra qualificada (o que poderia aumentar a renda dos trabalhadores no longo prazo), o país preferiria focar “naquilo que ele já é bom”, fazendo com que se perpetuasse com trabalhos não qualificados.

    Assim, ao não avançar o setor mais qualificado, a produtividade relativamente estagnada faz com que este país não consiga dar o salto de desenvolvimento em direção aos países mais ricos, permanecendo preso à armadilha da renda média, pois sempre produzirá bens que demandem mão de obra com baixa qualificação. 

    Resposta: C