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A perda é o elemento característico da melancolia. O conflito ambivalente se dá no âmbito das relações com o objeto: na identificação, na escolha objetal narcísica e nos sentimentos de culpa e autoagressão a que se submete o eu. O investimento libidinal objetal retorna para o eu e para a identificação, pontuando uma forma de recusa psíquica da realidade da perda do objeto. A perda objetal é retirada da consciência levando a um trabalho interno no qual o ego é absorvido, sendo responsável pela inibição melancólica. Esta inibição é enigmática, pois não podemos ver o que é que o absorve.
fonte: http://clipp.org.br/biblioteca-artigos_59.php
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Freud (1895/1996c), afirma que o afeto que corresponde à melancolia é o luto, o desejo de recuperar algo que foi perdido. Trata-se de uma perda pulsional, da perda da libido.Freud conclui que o medo da perda leva o poeta a introjetar o objeto, se identificando com ele. Neste sentido, ele se perde com o objeto tornando-se também transitório.
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PROCESSO DA MELANCOLIA:
"Mas a libido livre não foi deslocada para outro objeto; foi retirada para o ego. Ali, contudo, não foi empregada de maneira não especificada, mas serviu para estabelecer uma identificação do ego com o objeto abandonado. Assim a sombra do objeto caiu sobre o ego, e este pôde, daí por diante, ser julgado por um agente especial, como se fosse um objeto, o objeto abandonado. Dessa forma, uma perda objetal se transformou numa perda do ego, e o conflito entre o ego e a pessoa amada, numa separação entre a atividade crítica do ego e o ego enquanto alterado pela identificação."
fonte: Luto e Melancolia - Freud
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Freud (1917), em seu texto "Luto e Melancolia", traz que
" ... a tendência a adoecer de melancolia (ou parte dessa tendência) reside na predominância do tipo narcisista da escolha objetal [...] a escolha objetal é efetuada numa base narcisista, de modo que a catexia objetal, ao se defrontar com obstáculos, pode retroceder para o narcisismo. A identificação narcisista com o objeto se torna, então, um substituto da catexia erótica, e, em conseqüência, apesar do conflito com a pessoa amada, não é preciso renunciar à relação amorosa [...] a identificação é uma etapa preliminar da escolha objetal, que é a primeira forma - e uma forma expressa de maneira ambivalente - pela qual o ego escolhe um objeto."
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
Gabarito: B