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ERRADO
Nos grandes incêndios, as pessoas, em geral, não morrem queimadas, pois a fuligem produzida pela combustão dos materiais leva à morte por asfixia. Na maior parte dos casos, o cadáver encontra-se carbonizado, porém, a causa da morte foi asfixia.
Nesses casos, a alta temperatura do ar no ambiente incendiado queima as vias aéreas, a fumaça e a fuligem com partículas de materiais é aspirado até o pulmão e a grande quantidade de CO2 no pulmão impede a troca gasosa no sangue. Com isso, atinge-se a morte por asfixia mecânica (pulmão entupido de resíduos) ou física (pela falta de O2). Observação: Há casos de pessoa que se salvam do incêndio, mas há a possibilidade de ficar com seqüelas graves, dependendo do material que foi queimado.
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BONS ESTUDOS.
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ERRADO!
- No incêndio pode haver combustão de muitos compostos que geram resíduos altamente tóxicos para o corpo: gás cianídrico (HCN), monóxido de carbono (CO), óxidos sulfurosos. Por isso, muitas vezes em incêndio são os gases tóxicos que matam e não as queimaduras. Quando o fogo chega na pessoa, às vezes ela já está até morta. Essa fumaça tóxica ao ser inalada pode causar a morte por asfixia ou inibição de enzimas mitocondriais.
- A intoxicação causada pelo monóxido de carbono geram uma tonalidade carminada (cor de cereja) nas vísceras e no sangue. Na análise, deve se buscar o sangue mais interno (ex. veia femural), pois o mais externo sofre mais influência de gases mesmo depois da morte. Também se constata isso por pesquisa de carboxiemoglobina (acima de 50%).
- A fumaça do incêndio produz lesões na mucosa respiratória e facilitam infecções na parede da árvore respiratória. Esse ar vai para o pulmão e é muito comum aparecer pneumonias muitas vezes mortais.
- Essa fumaça tóxica ao ser inalada pode causar a morte por infecção respiratória grave em razão da formação de ácidos cáusticos na mucosa respiratória pela lesão de inalação. As lesões de inalação representam uma das maiores causas de morte de quem não morre queimado no incêndio, e sim ficam hospitalizadas depois dele.
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Gostaria de parabenizar o Nilson Junior pelo seu comentário esclarecedor relacionado a presente questão!!! Nada a acrescentar...
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Só acrescentar que o "Sinal de Montalti" é o que indica que a pessoa estava viva durante o incêndio, por ter respirado fuligem que se prende ao muco presente nas vias respiratórias, resultando em asfixia.
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Só queria saber o que tem nessa questão de "documentos médicos-legais", para que ela seja classificada assim.
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Complementando oque foi falado, apenas uma observação, nas asfixias mecânicas as energias vulnerantes são físico-químicas, física pela compressão e química pela hipóxia e hipercapnia.
A luta continua!
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Ementa: DIREITO ADMINISTRATIVO - RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO - INCÊNDIO DENTRO DO ESTABELECIMENTO PRISIONAL - MORTE DE DETENTO POR ASFIXIA - NEGLIGÊNCIA DA SEGURANÇA DENTRO DO ESTABELECIMENTO - AO ESTADO CABIA O DEVER DE VIGILÂNCIA E GUARDA DO PRESO,
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Observem:
"o agente causador que sempre explica a morte de pessoas é o físico".
Pode ser agente físico, em casos de carbonização, caracterizando uma redução do volume do corpo e a posição de "Boxer" ou lutador.
Pode ser agente físico-químico em casos de asfixia mecânica, por inalação de monóxido de carbono ( CO) , para isso verifica-se a presença de fuligem nas vias respiratórias do indivíduo lesado ( Sinal de Montalti)
Questão ERRADA
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Além de todas as teorias e explicações cientificas, é possível constatar o erro, pelo menos desconfiar, pelos dois "sempre" do enunciado.
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Contatei o erro pelo fato de que ocorre queimaduras de 4º grau (carbonização letal), pela classificação de Hoffmam.
Queimadura de 2º grau não explica a morte de pessoas num incêndio.
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Errado.
Por calor(queimaduras) ou asfixia.
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Quimico (gás tóxico) ou Fisico (queimadura)
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A queimadura decorre de uma lesão em que a fonte térmica está tocando o corpo, portanto, conforme a intensidade do calor poderá haver alguns graus de queimadura.
Sendo importante, ademais, trabalharmos duas classificações, a primeira delas, baseada em Lussena-Hoffman, envolve 4 graus de lesão, iniciando pela queimadura de 1º grau, a qual resulta em eritema, com uma vermelhidão na pele. Seguida pela queimadura de 2º grau, a qual gera uma lesão denominada flictena, produtora de uma lesão que gera a formação de bolhas na pele. Por sua vez, a queimadura de 3º grau ocasiona uma escarificação da derme, com lesões permanentes. Por fim, o 4º grau gera carbonização.
Fonte: Medicina Legal - Material de Apoio - Curso Mege (www.mege.com.br).
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Sinal de Sommer-Lacher - Mancha acastanhada horizontal, correspondente à dimensão da fenda palpebral, na conjuntiva bulbar, indicativo de morte não recente.
Sinal de Tardieu - Equimoses punctiformes subserosas (asfixias).
Sinal de Vargas Alvarado - Hemorragia da lâmina crivosa do etmóide, que aparece com muita freqüência no afogamento e permanece mesmo após a putrefação.
Sinal de Paltauf - Manchas equimóticas subserosas (asfixias, mais freqüentes no afogamento).
Sinal de Lichtemberg - Lesão arboriforme ou dardítica correspondendo à passagem de corrente elétrica naquele segmento anatômico
Sinal de Hoffmann - Caverna formada no subcutâneo, pela expansão de gases nos tiros disparados com o cano da arma encostado à pele.
Sinal de Benassi - Impregnação de pólvora e chumbo na tábua óssea do crânio nos tiros
disparados à curta distância ou encostados.
Sinal de Montalti - presença de fuligem ao longo das vias respiratórias.
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Nos incêndios, é mais comum que as pessoas morram não pela ação direta ou indireta das chamas, mas sim pela asfixia por monóxido de carbono mediante a inalação de produtos residuais da combustão.
Devido a inalação da fumaça do incêndio, as vias respiratórias da vítima ficam enegrecidas por causa do acúmulo de fuligem. À este aspecto deu-se o nome de Sinal de Montalti.
A presença deste Sinal indica que a vítima estava VIVA durante o incêndio.
Além disso, em um cenário de incêndio, inúmeras podem ser as complicações respiratórias, tais como: Queimadura nas vias respiratórias, Asfixia/Falta de oxigênio, Intoxicação por substâncias tóxicas na fumaça, Síndrome da angústia respiratória, Pneumonia, dentre outras.
Muitas vezes o indivíduo já estava morto antes mesmo que as chamas atingissem seu corpo. Para se saber se a vítima já estava morta ou não, faz-se o EXAME ESPECTROSCÓPICO, em que é colhido o sangue das cavidades cardíacas, aferindo-se a quantidade de monóxido de carbono. Caso o exame dê positivo para o monóxido de carbono, significa que a vítima estava viva durante a ocorrência do incêndio.
A questão ainda diz: “o agente causador que sempre explica a morte de pessoas é o físico, o calor...'. Errado, pois pode ocorrer em decorrência de: a) Morte por ação térmica (ordem física)- gerando queimaduras (atuação do calor de modo direto) b) Asfixia pura por monóxido de carbono (CO), dentre outras.
Com relação a parte da questão que afirma que há sempre queimaduras de segundo e terceiro grau, isso não procede. Inicialmente, tenha muito cuidado com afirmativas que não admitem exceções. No caso dos incêndios, as queimaduras podem variar de primeiro a quarto grau, pois como já foi dito, a morte pode ocorrer da asfixia e não necessariamente do contato das chamas com o corpo da vitima.
GABARITO DO PROFESSOR: INCORRETO
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As principais causas de mortes estão relacionadas a lesões provocadas pela inalação do material queimado (asfixia por intoxicação de monóxido de carbono).
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A causa da morte pode ser o calor ou a asfixia.
O calor pode causar queimadura ou intermação.
A fuligem e fumaça tornam o ar irrespirável causando asfixia. Nesse caso: sinal de Montalti - fuligem nas vias respiratórias.
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As denominadas lesões de inalação geralmente matam antes que o calor do fogo.
O legista, quando da autópsia, deve buscar o "Sinal de Montalti", que se trata de fuligem que nas vias respiratórias.
Por fim, a posição de boxe, pugilista, sinal de DEVERGIE, trata-se de lesão post-mortem.
"O caminho é longo e a porta é estreita"
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Em locais de incêndio, nem sempre as vítimas morrerão por ação física do calor. Pode haver a asfixia por confinamento ( baixa do oxigênio e aumento do monóxido de carbono- CO.), ou até mesmo pela entrada de fuligem nas vias respiratórias - sinal de Sinal de Montalti, ou até mesmo a junção dos dois últimos fatores.
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Em locais de incêndio, nem sempre as vítimas morrerão por ação física do calor. Pode haver a asfixia por confinamento ( baixa do oxigênio e aumento do monóxido de carbono- CO.), ou até mesmo pela entrada de fuligem nas vias respiratórias - sinal de Sinal de Montalti, ou até mesmo a junção dos dois últimos fatores.
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Impecável o comentário do professor:
Nos incêndios, é mais comum que as pessoas morram não pela ação direta ou indireta das chamas, mas sim pela asfixia por monóxido de carbono mediante a inalação de produtos residuais da combustão.
Devido a inalação da fumaça do incêndio, as vias respiratórias da vítima ficam enegrecidas por causa do acúmulo de fuligem. À este aspecto deu-se o nome de Sinal de Montalti.
A presença deste Sinal indica que a vítima estava VIVA durante o incêndio.
Além disso, em um cenário de incêndio, inúmeras podem ser as complicações respiratórias, tais como: Queimadura nas vias respiratórias, Asfixia/Falta de oxigênio, Intoxicação por substâncias tóxicas na fumaça, Síndrome da angústia respiratória, Pneumonia, dentre outras.
Muitas vezes o indivíduo já estava morto antes mesmo que as chamas atingissem seu corpo. Para se saber se a vítima já estava morta ou não, faz-se o EXAME ESPECTROSCÓPICO, em que é colhido o sangue das cavidades cardíacas, aferindo-se a quantidade de monóxido de carbono. Caso o exame dê positivo para o monóxido de carbono, significa que a vítima estava viva durante a ocorrência do incêndio.
A questão ainda diz: “o agente causador que sempre explica a morte de pessoas é o físico, o calor...'. Errado, pois pode ocorrer em decorrência de: a) Morte por ação térmica (ordem física)- gerando queimaduras (atuação do calor de modo direto) b) Asfixia pura por monóxido de carbono (CO), dentre outras.
Com relação a parte da questão que afirma que há sempre queimaduras de segundo e terceiro grau, isso não procede. Inicialmente, tenha muito cuidado com afirmativas que não admitem exceções. No caso dos incêndios, as queimaduras podem variar de primeiro a quarto grau, pois como já foi dito, a morte pode ocorrer da asfixia e não necessariamente do contato das chamas com o corpo da vitima.
GABARITO DO PROFESSOR: INCORRETO
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A fumaça e a fuligem com partículas de materiais é aspirado até o pulmão e a grande quantidade de CO2 no pulmão impede a troca gasosa no sangue.
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Recente caso das crianças de POÁ. Morreram por asfixia por monóxido de carbono.
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Nas perícias, segundo FRANÇA, nos casos de carbonização total a primeira providência é identificar o morto. Tem que identificar se a pessoa morreu em decorrência do incêndio ou foi queimado após a morte.
Primeiramente: Deve procurar no corpo lesões distintas da queimadura
Segundamente: Ver se o individuo respirou durante o incêndio (por meio do óxido de carbono no sangue e fuligem ao longo das vias respiratórias, conhecida como SINAL DE MONTALTI)
O calor da fumaça também provoca HIPEREMIA E EDEMA na laringe, faringe, parte superior do esôfago e da mucosa traqueobrônquica, nesta com acentuado aumento de muco.
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E nesta presente data, estudando e acompanhando o julgamento de Luis Felipe Manvailer no caso Tatiane Spitzner, vai uma citação que o Professor de medicina legal, médico legista, e como assistente técnico neste julgamento, Luis Airton Saavedra de Paiva fez: "A medicina é como o amor, nem nunca, nem sempre".
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O "sempre" levanta um alerta em questões erradas.
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GAB. E
SINAL DE MONTALTI
- Quando entra fuligem no trato/árvore respiratória (laringe/traqueia/brônquios)
- Fuligem fica impregnada na mucosa
- Prova que a pessoa estava viva durante o incêndio.
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Asfixia (CO2) → carboxiemoglobina → sangue carminado
Citocromooxidase → cianeto → inibe enzimas mitocondriais (para de produzir ATP)