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A burocracia, segundo Weber (Chiavenato, 2003, p. 266-267), traz consigo diversas vantagens. Primeiramente, a sua racionalidade, o que significa dizer que procura os meios mais eficientes para atingir as metas da organização. A precisão com que cada cargo é definido proporciona o conhecimento exato de cada responsabilidade. Como as atividades são organizadas em rotinas e realizadas metodicamente, tornam-se, consequentemente, previsíveis, o que aumenta a sua confiabilidade.
A rapidez nas decisões é obtida pela tramitação de ordens e papéis e pela uniformidade de rotinas e regulamentos que colaboram para a redução de erros e custos. A facilidade de substituição daquele que é afastado e os critérios de seleção apenas pela competência técnica garantem a continuidade do sistema burocrático, evitando o nepotismo. O trabalho é profissionalizado, e os funcionários são treinados e especializados, trazendo benefícios para as organizações.
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A gênese de uma elite administrativa nas organizações.
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A burocracia foi implementada no Brasil para conter o patrimonialismo, que consistiu justamente na existência de uma elite administrativa responsável pelo comando do país. Nesse contexto do patrimonialismo, o patrimônio público se confundia ao patrimônio do monarca tornando-se mera extensão desse.
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Quais serão as referências bibliográficas dessa banca?
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Na Europa, a burocracia moderna se desenvolveu sob a proteção do absolutismo real no começo da era moderna, em meados do século XV. A burocracia tal como a conhecemos atualmente se desenvolveu por meio de diversos elementos:
• a racionalização do direito, que passou a ser escrito e organizado de forma hierárquica e lógica em ordenamentos jurídicos, substituindo o antigo direito medieval, com base nos costumes e nas tradições não escritos;
• a centralização do poder estatal devido a crescente facilidade de comunicação e transporte entre as diversas regiões (antes isoladas e difíceis de serem controladas pelo poder central);
• o surgimento e a consolidação das industrias e o predomínio da racionalidade técnica (grandes inventes tecnológicas, padronização de procedimentos);
• a consolidação da sociedade de massa.
(Teoria Geral da Administração - Fernando C. Prestes Motta e Isabella F. Vasconcelos, p. 8 e 9)