SóProvas


ID
2511709
Banca
INSTITUTO AOCP
Órgão
MPE-BA
Ano
2014
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

       O que acontece quando se divide a casa com quem não cumpre suas tarefas domésticas

                                                                                      Ana Carolina Prado


     Quem mora ou já morou em república sabe que, ainda que você e seus companheiros de casa se gostem, a coisa não é sempre uma maravilha. Na verdade, pode ser meio infernal às vezes. E isso se deve, em grande parte, a diferenças na forma como cada um encara o trabalho doméstico. Quer ver uma receita infalível para brigas? Você, neurótico por limpeza, resolve morar com alguém que costuma deixar um rastro de farelos por onde passa e largar pratos e embalagens sujos em cima da pia por dias.

      Essa diferença de limites do que é aceitável ou não na convivência diária foi objeto de estudo dos pesquisadores Sarah Riforgiate, da Universidade Estadual do Kansas, e Jess Alberts e Paul Mongeau, da Universidade Estadual do Arizona. Diferente do que se possa imaginar, não foi nenhuma experiência pessoal que os inspirou: tudo começou depois de Alberts ler um estudo dizendo que abelhas e formigas têm diferentes níveis de tolerância para as tarefas não concluídas. Sim, até elas. Se abelhas com níveis muito díspares são colocadas juntas, a mais perturbada com o baixo nível de mel produzido acaba trabalhando mais – muitas vezes, até a morte. Isso fez com que se perguntassem se os humanos apresentam um comportamento parecido (claro, nada que chegue perto de precisar esfregar o chão do banheiro até morrer, esperamos).

      Então, os pesquisadores analisaram pares de pessoas do mesmo sexo com idades entre 19 e 20 anos que dividiam apartamentos ou quartos. A conclusão foi que, de fato, essas diferenças realmente são prejudiciais para os relacionamentos e resultam em menor satisfação na amizade e maior propensão a conflitos. Nenhuma surpresa até aí. Mas olha só as outras implicações:

      “Diferentes limites impactam negativamente a ideia de gratidão”, diz Riforgiate. Segundo ela, tanto no caso de um casal que mora junto ou no de companheiros de moradia, a pessoa com o menor nível de tolerância à bagunça muitas vezes sente-se incomodada e acaba fazendo todo o trabalho. A repetição desse comportamento pode fazer com que o companheiro deixe de considerar tais tarefas como problema seu e os deixe sempre para a outra pessoa. “Assim, acabamos achando que não precisamos mais ser gratos pelo trabalho do nosso parceiro nem tentar compensá-lo, pois passamos a pensar que ele não fez nada além de sua obrigação”, completa. E aí entramos na mesma questão daquele estudo sobre casais fazerem pequenos sacrifícios diários: um dos lados trabalha e se cansa mais e o outro nem percebe o que foi feito. Frustração na certa.

      O que fazer para evitar problemas, então? Segundo os autores, conversar muito – especialmente antes de se mudar – para identificar possíveis diferenças na forma de encarar as responsabilidades e estabelecer uma divisão de tarefas.

      Além disso, Riforgiate destaca que uma falha em completar uma tarefa específica nem sempre é pura preguiça ou falta de consideração. Pode ser que ela apenas não tenha percebido ainda que isso é um problema para o outro. “Nós realmente damos atributos negativos para as pessoas com quem vivemos – sejam companheiros de quarto ou parceiros românticos – que não são úteis para a nossa relação e que podem, na verdade, não ter nada a ver com a realidade”, diz Riforgiate.

      O próximo passo do grupo de pesquisadores é estudar duplas mistas de roommates e achar uma forma de usar os resultados das pesquisas para ajudar as pessoas a escolherem bem seus companheiros de casa, além de desenvolver estratégias de comunicação para melhorar os relacionamentos entre eles.

Adaptado de http://super.abril.com.br/blogs/como-pessoas-funcionam/ page/2/

Em “... por mais que você e seus companheiros de casa se gostem...”, o termo destacado exerce função de

Alternativas
Comentários
  • Pronome Pessoal Reciproco? existe?

  • Também queria saber.

  • Pronome Pessoal Recíproco 

    Casos acusativos, dativo ou oblíquo que indica pelo ao menos duas entidades distintas referidas pelo grupo nominal com função de sujeito.

    São elas: NOS, VOS SE.

  • - pronomes reflexivos indicam que a ação do sujeito reflete nele mesmo.

    - pronomes recíprocos indicam uma ação mútua entre os sujeitos.

  • “... por mais que você e seus companheiros de casa se gostem...”

    “... por mais que você e seus companheiros de casa GOSTEM UM DO OUTRO...”,

    LOGO; SITUAÇÃO DE RECIPROCIDADE

  • Justificativa perfeita do Denilson Silva. Tem que atentar para o sujeito, antes de mais nada, e verificar se é um sujeito composto. Se for, é só tentar mudar a frase para verificar se mantém o sentido de relação de reciprocidade entre os indivíduos do sujeito composto na ação verbal.

     

    "Apesar de eu saber que você e Ana não estão se falando" > você e Ana não falam uma com a outra/entre si/mutuamente

     

    Fonte: https://portugues.uol.com.br/gramatica/pronomes-reflexivos-pronomes-reciprocos.html

  • Gabarito: D

     

    a) Pronome Pessoal Reflexivo: Neste caso, o SE vai servir para indicar uma ação que é praticada pelo sujeito e ele mesmo receberá suas conseqüências. Dizemos que o sujeito pratica e sofre a ação.

     

    Exemplos:

     

    Maria cortou-se com uma tesoura.

    Deitou-se mais cedo para descansar.

     

    b) Pronome Apassivador ou Partícula Apassivadora: Pode também ser chamado de partícula apassivante, e serve para indicar que a frase está na voz passiva, ou seja, o sujeito sofre a ação praticada por outro agente. Chamamos de sujeito "paciente". O pronome apassivador segue um VTD (verbo transitivo direto) que esteja na 3ª (terceira) pessoa.

     

    Exemplos:

     

    Vendem-se casas.

    Os livros que se extraviaram, foram restaurados.

     

    c) Conjunção Subordinativa Condicional: Indica uma condição para a oração principal.

     

    Exemplo:

     

    Se você não chegar cedo, teremos que improvisar um apresentador.

     

    d) Pronome Pessoal Recíproco: O pronome recíproco é muito parecido com o reflexivo, mas neste caso a ação envolve dois sujeitos, em que ambos praticam a ação um sobre o outro, e portanto também sofrem a conseqüência da ação praticada.

     

    Exemplos:

     

    Pedro e Maria deram-se as mãos.

    Meus pais se amam profundamente.

     

    e) Conjunção Subordinativa Causal: Pode ser substituída pelas construções "já que", "visto que" e "por que". É utilizada na oração subordinada para indicar a causa da oração principal.

     

    Exemplo:

     

    Se você não chegou, tivemos que improvisar um apresentador.

     

    Fonte: https://www.infoescola.com/portugues/funcoes-do-se/

  • Pronome reflexivo recíproco – Pode também funcionar como objeto direto ou indireto, o pronome “se” corresponde a outro. Tal reciprocidade refere-se à ação do próprio sujeito

    ° Exigirá sempre mais de um agente praticando a ação um sobre o outro.
    º Estarão sempre na 3ª pessoa.

    Gabarito Letra D.

     

    Rumo ao Oficialato PM/ES 

  • PRONOME RECÍPOCRO

    Abraçaram-se demoradamente. 

    Só trocar por "um ao outro". Verbo sempre no plural. 

  • a si mesmo

  • PRONOME REFLEXIVO: Renata se banha = Renata banha a si mesmo.

    PRONOME RECÍPROCO: Renata e Jorge se amam = Renata ama Jorge e Jorge ama Renata.

    FONTE: youtube.com/watch?v=v-_fCmggDtk

  • Estudando e aprendendo, nem sabia que isso existia...