SóProvas


ID
2516395
Banca
FGV
Órgão
Prefeitura de Salvador - BA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

TEXTO 1


                       BELEZA COMO MANDAMENTO


Posso falar de arte e artistas outra vez? Tenho afeição pelo tema. Espero que, em algum lugar aí no Brasil, haja leitores e leitoras, mesmo poucos, que se interessem pela figura singular e tão fundamental do artista. Ou quem sabe se dou sorte e há um ou outro artista aí fora, extraviado nesta coluna?

[....] Sempre me pareceu que o artista verdadeiro sacrifica qualquer “conteúdo”, qualquer “coerência”, por uma bela frase, por um belo gesto, por um belo efeito plástico ou cênico. Como dizia Oscar Wilde, “coerência é a virtude dos que não têm imaginação”. Dos não artistas, portanto.

O que distingue o artista é a busca incondicional pela beleza, em detrimento da verdade, do equilíbrio, do bom senso, da ética, da saúde e até da própria vida. Além disso, leitor, o artista é frequentemente um pobre ser ameaçado, com instalação precária no mundo. E, se faz concessões, corre o risco de se desvirtuar, de perder o rumo.

Assim, o artista precisa sacrificar, ou deixar em segundo plano, a verdade e a moral. A objetividade e os bons princípios são temas para outros tipos humanos, para o cientista e para o sacerdote, respectivamente. [....] Quando um artista migra para outros terrenos (ciência, moral, filosofia, pensamento social, crítica literária), o que acaba dominando, em última análise, é a expressão da beleza. Para o verdadeiro artista, a beleza é o único mandamento. Para o bem e para o mal, ela interfere o tempo todo. E a obra artística resvala para a mentira, para o engano, para a fabulação. Tangencia a imoralidade, o crime, a perversão.

                            (Paulo Nogueira Batista Jr., O Globo, 04/08/2017 – adaptado) 

O colunista declara que a coerência não é imprescindível em uma obra de arte.


Assinale a opção que apresenta a frase em que a coerência foi respeitada.

Alternativas
Comentários
  • Onde está a incoerência nesta frase : “Não gosto de restaurantes caros; gosto de restaurantes bons”. 

    Não consegui entender... Nem todo restaurante caro é bom.

  • Pensei da mesma forma Eduardo kkk e nem todo restaurante bom é caro hahaha

  • TAMBÉM ANALISEI DA MESMA FORMA! RS

  • Na frase "Não gosto de restaurantes caros; gosto de restaurantes bons" não há uma incoerência, mas não há coerência (o que foi pedido na questão): caro e bom são dois valores absolutamente independentes, não possuem qualquer relação entre si, não forma portanto a coêrencia demandada.

  • Eu já pensei diferente, pois supõem-se que um restaurante caro é bom. Assim como supomos que uma Ferrari é boa.
     

     

  • Típica questão pra eliminar candidatos

  • O que devemos buscar não é onde está a incoerência na frase que fala do restaurante, acredito que devemos discutir é a coerência da alternativa dada como correta! Vamos Focar !!

  • Quem elaborou essa questão só frequenta restaurantes com estrelas michelin!

  • Nem sempre o bom precisa ser caro, mas é difícil não fazer uma relação do caro com o bom.

  • Respondi duas vezes e nas duas errei..  Onde está a coerência da alternativa E???? Apesar de não entender nada de futebol, essa frase não tem coerência alguma para mim..  E também pensei a mesma coisa em relação à alternativa D, nem todo restaurante caro é bom e nem todo restaurante bom é caro. 

  • No caso dos restaurantes, acho que temos que analisar a COERÊNCIA da frase. Se ele estava falando sobre "preços", deveria permacecer neste contexto, mas acabou concluindo com "qualidade".

    Fernando Pestana, diz: "Começou falando em um contexto, termine no mesmo contexto"

  • O que concluímos dessa questão é que o examinador é um puta burguês!

  • kkkk, Tá foda, só rezando

  • É língua portuguesa ou RLM isso aqui? Kkkkkk Foco...força e fé!
  • O QUE ESTÁ ERRADO SEM COERÊNCIA NA ALTERNATIVA D É QUE A FRAZE PRA SER COERENTE TINHA QUE SER ASSIM: NÃO GOSTO  DE RESTAURANTE CARO, GOSTO DE RESTAURANTE BARATO. POIS FOI FEITA UMA OPOSIÇÃO COM TERMOS QUE NÃO SÃO ANTAGÔNICOS: CAROO E BOM. 

  • Qustões da FGV possui quase sempre duas questões certas, só que uma está mais certa que a outra, entendendo isso vc acertará mais questões.

  • Gabarito E.

    .

    Outro exemplo: 

     “O comentarista do QC está sempre com a razão, porque só explana a suas opinião após saber o gabarito."

    .

    Marquei a D.

     

     

  • A meu ver, a incoerência da letra D está no fato de que, ao afirmar que não gosta de restaurantes caros e sim de restaurantes bons, infere-se que os restanturantes caros não são bons. Desse modo, há uma generalização de todos os restaurantes caros, o que acaba causando a incoerência. 

  • a) “Saiu nu pela rua, apenas com a roupa de baixo”. 

    Incoerência: quem sai nu não anda com roupa alguma, inclusive a roupa de baixo.

    b) “As Forças Armadas fizeram intensa campanha contra a repressão ao roubo de cargas”. 

    Para ser coerente, deveríamos ter retirarado o "repressão", pois o que as Forças Armadas querem, efetivamente, é fazer campanha contra o roubo de cargas, e não reprimir (desestimular) tais campanhas.

    c) “Na próxima oportunidade, não deixe de incluir-me fora da lista de convidados”. 

    "...incluir-me na lista de convidados" (e não fora).

    d) “Não gosto de restaurantes caros; gosto de restaurantes bons”. 

    A ironia da frase reside justamente na falta de coerência entre os termos "caros x bons". Essa frase, ao contrário das demais, tem sentido quando lida. Mas, ocorre ainda assim a quebra de coerência - que foi o objeto do questionamento do examinado -, porque onde está "bons", deveríamos ter "baratos".

    e) “O crítico de futebol está sempre com a razão, porque só começa a falar quando o jogo termina”. 

    Correta. O crítico tem sempre a razão porque só começa a falar após o fim do jogo, ou seja, já sabendo do resultado e pormenores da partida, o que lhe faz ter razão sempre. É um frase irônica, tal qual a "D", mas não há aqui quebra de coerência.

  • d) “Não gosto de restaurantes caros; gosto de restaurantes bons”. 

    dá a entender que restaurantes caros NÃO são bons, o que é incoerente. Isso não significa que TODOS os restaurantes caros são bons, é claro.    

  • Concurseira Baiana,

    O erro da letra B está em "contra", se o exército estiver "contra a repressão", ele é a favor do roubo, de que não seja reprimido. A palavra repressão não está incorreta.

    Melhor seria usar "para a repressão".

  • Qual a incoerência em dizer que não gosta de restaurantes caros e sim de restaurantes bons? Eu entendi que a pessoa não faz questão de restaurante caro ou barato, desde que seja bom!

  • Fiquei na dúvida entre a D e E, tendo em vista que a primeira também não me pareceu incoerente. Todavia, entendi que a incoerência está no fato de que há restaurantes caros que são bons. Ou seja, como você não gosta de nenhum restaurante caro se você gosta de todos os restaurantes bons?

  • “O crítico de futebol está sempre com a razão, porque só começa a falar quando o jogo termina”. (?!)

     

    O "craque Neto" sempre fala merda antes, durante e depois que o jogo termina...

  • Procurem sempre o conceito gramatical nas questões da FGV. Repita comigo, procuremos sempre conceitos gramaticais...

    Na alternativa E a banca condicionou a razão do técnico ao fim do jogo, logo ele só tem razão quando o jogo acaba, e não sempre. Ocorre que essa é uma relação de sentido e a banca não quer saber de sentido, ela quer gramática. A conjunção "porque" expressa, gramaticalmente, causa e por isso ela não admite outra interpretação.

    Na alternativa D temos o dois pontos separando as duas orações. Vejamos quais as funções dessa pontuação: ortg sinal de pontuação (:) correspondente, na escrita, a uma pausa breve da linguagem oral e a uma entoação ger. descendente, e cuja função é preceder uma fala direta, uma citação, uma enumeração, um esclarecimento (BINGO) ou uma síntese do que foi dito antes etc.

    Um esclarecimento pode ser uma justificativa, uma causa. Logo, podemos substituir o dois pontos pelo porque.

    “Não gosto de restaurantes caros (porque) gosto de restaurantes bons”. 

  • Vinícius, na letra D há um ";" e não ":", portanto não se trata de explicação.  Qual a incoerência, gente?

  • Para acertar a questão fui por eliminação.
    Fiquei em dúvida entre a letra D e E, mas a D é como se o cheirador de pó da FGV entendesse que “Não gosto de restaurantes caros E  gosto de restaurantes bons”. fosse uma coisa contradirória, ou seja, para o resrtaurante ser bom, tem que ser caro.
    Esse pessoal da FGV fumam muito..ou cheiram..

  • O examinador da FGV acha que não existe restaurante bom sem ser caro. Absurdo!!!!! Bem típico pensamento de gente preconceituosa! Examinador lixo!!!

  • A melhor - Gianfrancesco Rizzi Siqueira-, após a Concurseira Baiana.

  • Talvez a incoerência da alternativa D seja o fato de haver restaurante caro, mas que também seja barato.

  • Eu só como nos BB (bom e barato)! kkkkkk

  • Coerência é relação lógica.

  • O erro é a quebra de expectativa, quando se diz que não gosta de restaurantes caros, espera-se que goste de restaurantes baratos.

  • D) A frase fica incoerente, pois o bom pode ser caro.

  • A FGV repetiu a letra E em uma questão da prova de técnico da CGU, de novo perguntou se havia coerência nessa frase.