SóProvas


ID
2519197
Banca
FCC
Órgão
FUNAPE
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                        Trabalho como realização


      Quando me perguntam por que ainda não me aposentei e eu respondo que é porque gosto do meu trabalho, me olham com um misto de incredulidade e indignação. Eu quase tenho que me desculpar pela desfeita: a maioria das pessoas acha que trabalho é castigo e que falar bem dele é pura ostentação, se não for hipocrisia.

      Pois bem: entendo perfeitamente que muitos trabalhos possam ser vistos como castigo. Há incontáveis tarefas que podem ser desinteressantes, tediosas, cansativas, que não trazem prazer nenhum para a maioria das pessoas. Mas há outras nas quais nossa personalidade se realiza, que podem perfeitamente constituir-se como nosso meio de expressão, nossa identidade assumida e resolvida como vocação. Exemplo clássico é o de um professor que tenha grande prazer em dar aula: ele verá a aposentadoria não como uma bênção, mas como brusca interrupção de uma atividade vital. Ele vai adiar o quanto puder o “gozo”, o “desfrute” (enganosas palavras) de uma aposentadoria que mais lhe parece um castigo.

      Fico imaginando, entre outras utopias, a de um mundo em que houvesse para cada um aquele trabalho que representasse também sua realização pessoal. Acredito mesmo que um dos índices mais seguros para se reconhecer a felicidade de alguém seja o prazer que a pessoa encontre em trabalhar. Quando o trabalho vira sinônimo de criação, e quem o faz se sente como um genuíno criador, temos, é forçoso admitir, uma situação de privilégio, em vez de se constituir uma possibilidade de realização ao alcance de todos.

                                                                                                       (Felício Godói, inédito

Todos os tempos verbais estão adequadamente articulados, acatando ainda as normas de concordância, na frase:

Alternativas
Comentários
  • Letra (a)

     

    a) Certo.

     

    b) Sempre pessoas a quem pareceram inútil buscar prazer num trabalho que venha a exigir delas dedicação plena e grande esforço.

     

    c) Caso desejemos que nossa personalidade viesse a se realizar num trabalho, seria necessário que não se medissem esforços para levá-lo a bom termo.

     

    d) Cabe aos professores que manifestem prazer ao dar aula não deixarem que esse entusiasmo viesse a esmorecer com o passar do tempo.

     

    e) Quando vier a faltar utopias, por conta do pragmatismo do nosso mundo, que não nos venha pelo menos a faltar a memória das que já houveram.

     

     

    Qlq erro avisem para edição.

  • a) GABARITO 

    -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------
    b) Sempre (houve)  pessoas a quem parece(m) inútil buscar prazer num trabalho... 
    >> buscar prazer num trabalho parece inútil às pessoas 

    ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    c) ...Seria necessário que não se medissem esforços para levá-la a bom termo 
    >> Levar nossa personalidade a bom termo 

    --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    d) Cabe(m) aos professores que manifestem prazer ao dar aula não deixarem que esse entusiaismo... 
    >> Não deixarem que esse entusiasmo viesse a esmorecer com o passar do tempo cabe aos professores 

    ---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------

    e) Quando vierem a faltar utopias(,) por conta do pragmatismo do nosso mundo, que não nos venha(m) pelo menos a faltar a memória das que já houveram 
    >> Que não nos venha a faltar a memória das utopias

  • Gabarito: A

    Na alternativa B, "Sempre houve pessoas a quem pareceram inútil buscar prazer num trabalho que venha a exigir delas dedicação plena e grande esforço.", o erro refere-se ao verbo, que deve concordar com o sujeito oracional "buscar prazer num trabalho". Portanto, deve ficar na 3ª pessoa do singular: "sempre houve pessoas a quem pareceu inútil buscar prazer num trabalho (...)"

     

    Professor Claiton Natal do Gran Cursos Online

  • Ao meu ver, outro erro da assertiva E , além do citado pelos colegas, está no verbo "haver", empregado no sentido de "existir", que deve ficar no singular. Então seria:

     

    (...) que não nos venha pelo menos a faltar a memória das que já houve.

  • letra A

    "parece que eu tô entendendo" (chicó)  

  •  a)Correto, o que é arduo e desafiador? Os trabalho, então serem está correto. O que trará safistação? Trabalhos trarão está corretamente flexionado o verbo, o que se propõe assumir com seriedade? Os trabalhos, então propuserem está corretamente flexionado.

     

  • Corrigindo: 

     

    b) Sempre houve (no sentido de existir, fica sempre na 3ª pessoa) pessoas a quem pareceu (o que pareceu? buscar prazer... obs: o sujeito é oracional) inútil buscar prazer num trabalho que viesse a exigir delas dedicação plena e grande esforço. 

     

    c) Caso desejemos que nossa personalidade VENHA a se realizar num trabalho, será necessário que não se meçam esforços para levá-lo a bom termo.

     

    d) Cabe (o que cabe aos professores? não deixar... obs: sujeito oracional) aos professores que manifestem prazer ao dar aula não deixar que esse entusiasmo venha a esmorecer com o passar do tempo.  

     

    e) Quando vierem a faltar utopias, por conta do pragmatismo do nosso mundo, que não nos venha (o que venha? faltar... obs: sujeito oracional) pelo menos a faltar a memória das que já houve (no sentido de existir, fica sempre na 3ª pessoa).  

     

    Bons estudos!