Acaso e planejamento
“Deus não joga dados com o Universo”, disse o físico Albert Einstein, para nos assegurar que existe um plano por trás de, literalmente, tudo, e que o comportamento da matéria é lógico e previsível. A física quântica depois revelou que a matéria é mais maluca do que Einstein pensava e que o acaso rege o Universo mais do que gostaríamos de imaginar. Mas fiquemos com a palavra do velho. Deus não é um jogador, o Universo não está aí para ele jogar contra a sorte e contra Ele mesmo.
Já os semideuses que controlam o capital especulativo do planeta Terra jogam com economias inteiras e podem destruir países com um lance de dados, ou uma ordem dos seus computadores, em segundos. Às vezes eles têm uma cara e um temperamento, aparecem nos jornais e na TV, mas quase sempre são operadores anônimos, com um poder sobre nossas vidas que o Deus de Einstein morreria de inveja.
(Adaptado de: VERISSIMO, Luis Fernando. O mundo é bárbaro. Rio de Janeiro: Objetiva, 2008, p. 139)
Atente para as seguintes afirmações:
I. Ao afirmar que “Deus não joga dados com o Universo”, Einstein referia-se, segundo o autor do texto, à ação de eventos imprevisíveis que acabam determinando nosso futuro dentro do Universo.
II. A frase Mas fiquemos com a palavra do velho propõe que aceitemos como fato o eventual comportamento caprichoso da matéria, sujeita às intervenções do acaso.
III. No segundo parágrafo do texto, afirma-se que o poder pragmático dos especuladores do mercado financeiro é de fazer inveja até mesmo ao Deus referido na famosa frase de Einstein.
Em relação ao texto, está correto o que se afirma APENAS em