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a) recuperação da liberdade sindical e perda da ideologia comunista (forçado dizer que se perdeu a ideologia comunista)
b) liberalização da iniciativa industrial e abandono da unidade comercial (não houve isso e o texto também não versa sobre)
c) ampliação do direito trabalhista e enfraquecimento do poderio militar (pode-se dizer que isso de fato ocorreu, mas não está de acordo com o texto)
d) fragmentação do território nacional e redimensionamento da identidade cultural (A URSS era composta por 15 unidades, que se fragmentaram em repúblicas autônomas, afetando fortemente a identidade cultural de antigos soviéticos, que agora eram russos, ucranianos, estonianos, etc)
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No dia 25 de dezembro de 1991, Mikhail Gorbachov vivia suas últimas horas no Kremlin. Aquele foi um dia de esperança para milhões de pessoas na Rússia, que viam o futuro com otimismo. Também foi um momento de luto para outros milhões, agora ex-cidadãos soviéticos. O novo mapa significou para muitos ter de abandonar o lugar em que haviam nascido, deixar lá familiares e relíquias. “Quando foi arriada a bandeira vermelha fiquei em estado de choque”, lembra Serguei Kosarev, que tinha então 37 anos. “Eu, nascido em Sochi, tinha terminado o ensino médio no Cazaquistão. De repente, meus amigos, minha juventude, ficaram para trás em outros países. Pensei que tudo isso fosse para o mal, e no começo foi duro. Mas o pior não foi o primeiro ano da reforma econômica, e sim mais tarde, quando na Rússia deixaram de pagar em dia os salários, e havia atrasos de seis meses ou mais”, conta. “No final, no meu caso tudo foi para o bem, recuperei a religião dos meus antepassados, como outros milhões de ortodoxos, e vi meio mundo; nem uma coisa nem outra teriam sido possíveis na U.R.S.S.”, conclui.
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No decorrer da década de 1980, a U.R.S.S. foi palco de um conjunto de mudanças significativas, em especial durante o governo de Mikhail Gorbachov, entre 1985 e 1991. O governante foi responsável por implementar um conjunto de reformas – a Perestroika e a Glasnost. Por meio da Perestroika foi promovida a reestruturação econômica e a reorganização dos gastos públicos, sendo estabelecida a revisão dos mecanismos da economia centralmente planificada e a diminuição de gastos com a defesa. Era então objetivada a recuperação da economia soviética. Por meio da Glasnost foram instauradas reformas políticas viabilizadoras, entre outros aspectos, da maior liberdade de expressão. Nos seus efeitos gerais, tais reformas abriram espaço para o aumento de pressões por maior autonomia política e por democratização em diversas regiões que compunham a U.R.S.S., e também em países situados na esfera de influência soviética, no contexto da Guerra Fria, como no caso da República Democrática Alemã. A queda do muro de Berlim, em 1989, tornou-se, nesse sentido, uma espécie de evento catalisador de mudanças no bloco socialista, além de símbolo maior do fim de uma era tipificada pela bipolaridade de tensões entre U.R.S.S. e E.U.A. No texto da reportagem, reproduzido no enunciado da questão, são elencadas algumas das repercussões do fim do governo de Gorbachov para as condições de vida dos que habitavam a U.R.S.S., entidade política que deixava de existir. O testemunho de um cidadão, no texto, aponta para a fragmentação do território nacional ao mencionar que cidades nas quais estudou passaram a ser localidades de outros países, até então repúblicas soviéticas. O mesmo testemunho também aponta para outra mudança significativa: maior liberdade religiosa, aspecto que contribuiu para o redimensionamento da identidade cultural.