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ID
2522128
Banca
CESPE / CEBRASPE
Órgão
TCE-PE
Ano
2017
Provas
Disciplina
Administração Pública
Assuntos

No que diz respeito à administração pública brasileira contemporânea, julgue o item subsequente.


A produtividade e a eficiência — parâmetros tradicionais de recompensa nas organizações privadas — podem não ser critérios determinantes para a designação de servidores para cargos de direção na administração pública, razão por que tal tarefa constitui um desafio para o gestor de pessoal que deseje aplicar técnicas de administração gerencial a organizações públicas.

Alternativas
Comentários
  • Infelizmente é certo. Os três modelos (patrimonial, burocrático e gerencial) existem de forma concomitante na adm. pública. O famoso quem indica ( prática patrimonialista) se ver presente em cargos de direção na adm. Outro fator também se dá pelo fato que ainda é por tempo de serviço e não por produtividade. Por isso que ainda tem tanta gente prestando deserviço no âmbito público.

  • Basicamente é o que acontece na administração pública brasileira. A maioria dos cargos de direção no executivo e no legislativo são indicações políticas, e não produtividade e eficiência, conforme diz a questão.

  • A eficiência consiste em fazer certo as coisas, geralmente está ligada ao nível operacional: utilizar menos recursos, menos tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos matéria-prima, zelar pela qualidade.

     

    Já a eficácia consiste em fazer as coisas certas, geralmente está relacionada ao nível gerencial: ênfase no resultado, atingir o objetivo, zelar pela quantidade/resultado/meta.

     

    Portanto, uma pessoa eficiente (realiza um bom serviço operacional) não necessáriamente será um bom chefe, já que esse precisa de caractéristicas relacionadas a eficácia.

     

    Fonte: http://www.administradores.com.br/artigos/academico/diferencas-e-similaridades-dos-conceitos-de-eficiencia-eficacia-e-efetividade/106071/

     

  •  eficiência > fazer certo as coisas > operacional: utilizar menos recursos, menos tempo, menor orçamento, menos pessoas, menos matéria-prima, zelar pela qualidade.

     

     eficácia > fazer as coisas certas > gerencial: ênfase no resultado, atingir o objetivo, zelar pela quantidade/resultado/meta.

     

  • EFICIÊNCIA = significa fazer um trabalho correto, sem erros e de boa qualidade.

     

    EFICÁCIA = é fazer um trabalho que atinja um resultado esperado

     

    SE FOSSE PARA VOCÊ ESCOLHER APENAS UM, EFICIÊNCIA OU EFICÁCIA? QUAL VOCÊ PREFERIRIA?

    R= EFICÁCIA

    EFICÁCIA é primordial  e a EFICIÊNCIA é desejável.

     

    Exemplo: Um gerente publicitário de uma empresa de cartões de crédito  tem planos para aumentar o número de associados. Assim elabora um material que será remetido pelo correio a centenas de  residências. É esperado um aumento de 4% em 2 meses. Passado esse período, verificou-se que o número de associados subiu apenas 1,5%

     

    1° O gerente ao elaborar a carta, fez um excelente trabalho, havia clareza de comunição, ilustrações e fotos expositivas, ou seja, fez um trabalho correto, sem erros e de boa qualidade, foi EFICIENTE.

     

    2° A idéia não atingiu o objetivo almejado, que seria alcançar 4% no aumento de associados, uma ideia melhor poderia ter alcançado o resultado como por exemlpo fazer anúncios em revistas, jornais TV, etc. Assim ao não atingir o resultado almejado, não foi EFICAZ.

     

    "A EFICÁCIA é primordial, imprescindível ao administrador, e a EFICIÊNCIA é desejável"

     

    Fonte:Livro Adm. Geral e Pública, autora Giovanna Carranza.

  • Desculpem o desabafo. Até acertei a questão, mas tive que pensar um milhão de vezes em aspectos que não dizem respeito ao conhecimento da matéria em si, e sim no que deve ter se passado na cabeça do examinador com "razão por que tal tarefa constitui um desafio para o gestor de pessoal que deseje aplicar técnicas de administração gerencial a organizações públicas". A rigor, gestão de pessoas é responsabilidade "de linha" e função de "staff" - mantra que a gente decora pra essas matérias. Aí vem a banca e manda uma dessa. Não é fácil, não, viu?

  • pegando a parte " podem não ser critérios determinantes ..." tive o pensamento do ferimento dos princípios administrativos, logo fui na questão como ERRADA

  • Acertei a questão, pois já sou servidora e em meu trabalho as funções são concedidas por meio do critério de antiguidade. :)

  • Eu pensei assim: 

    PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA devem ser características do trabalho de pessoas com funções cotidianas (braçais), e chefia e direção caracteristicas do topo da pirâmide. Sendo assim NÂO devem ser determinantes.

  • ACERTEI, MAS ACHEI BEM COMPLEXA, COM DIVERSOS ENTENDIMENTOS POSSÍVEIS...

     

    AO LER A QUESTÃO, ELE JÁ COMEÇA DIZENDO QUE OS CRITÉRIOS DE EMPRESAS PRIVADAS PODEM NÃO SER DETERMINANTES PARA A ASSUNÇÃO DE UM CARGO DE CHEFIA NO SETOR PÚBLICO...

     

    BELEZA, AS VEZES UM ZÉ QUALQUER CAI DE PARAQUEDAS EM ALGUMA SECRETARIA DA VIDA, SEM TER A MENOR NOÇÃO DA PASTA, ENQUANTO ISSO, DIVERSOS SERVIDORES QUE PODERIAM ASSUMIR O CARGO, NÃO EXISTEM AOS OLHOS DOS SUPERIORES...

     

    SEGUINDO: "razão por que tal tarefa constitui um desafio para o gestor de pessoal que deseje aplicar técnicas de administração gerencial a organizações públicas"

     

    PARA MIM, O DESAFIO É MANTER A PRODUTIVIDADE E EFICIÊNCIA, DIANTE DA FALTA DE EQUIDADE OU MERITOCRACIA QUE OCORRE EM CERTAS REPARTIÇÕES PÚBLICAS.

     

    ASSIM, A QUESTÃO ESTÁ CORRETA, MAS FOI BEM COMPLICADA DE DISSECAR E POSSO ESTAR EQUIVOCADO QUANTO AO ENTENDIMENTO

     

  • produtividade e a eficiência —  podem não ser critérios determinantes para a designação de servidores para cargos de direção na administração pública certo

    nao adianta ter eficiência: fazer/executar de maneira correta, MAS NÃO SER EFICAZ, ou seja não obter o resultado, o fim almejado.

  • Não adianta nada colocar um cara puramente técnico, mesmo que eficiente e produtivo, em um cargo de liderança, se ele não sabe lidar com pessoas. Ser eficiente como peão não significa que vai ser eficiente como chefe. Esse é um erro muito comum das empresas, inclusive na iniciativa privada. O cara se destaca tecnicamente e por isso dão um cargo de liderança pra ele, sendo que é um incompetente, um zero à esquerda, ao lidar com pessoas. Já tive chefe assim.

  • COMPLEMENTANDO, alem dos cargos de direção precisarem dessa "liderança, esse jogo de cintura" como explanado pelos colegas. Na adm pub tbm temos o problema que muito dos cargos sao indicaçoes meramente POLITICAS, o que dificulta a vida do gestor

  • A produtividade e a eficiência — parâmetros tradicionais de recompensa nas organizações privadas — podem não ser critérios determinantes para a designação de servidores para cargos de direção na administração pública, razão por que tal tarefa constitui um desafio para o gestor de pessoal que deseje aplicar técnicas de administração gerencial a organizações públicas.



    Interpretei a questão com um outro olhar. A meu ver, nem todo serviço público pode ser medido em termos de produtividade eficiência. Vamos imaginar um gestor hospitalar. Qual seria sua produtividade? Número de pacientes atendidos? Poucos atendimentos, mas com qualidade? E a parcela da população que ficou na porta do hospital? São questões subjetivas que não se adequam ao conceito relacionado à gestão privada. 

     

    Um outro cenário: chefe do setor responsável por atender a "judicialização" da saúde. Eficiência seria negar os pedidos judiciais? E produtividade? Entendo que nesses casos, não se trata de critério determinante, pois os conceitos de produtividade e eficiência não são totalmente aplicáveis, ou se são, são realmente de difícil aplicação.

  • Infelizmente, boa parte dos cargos de direção na Administração Pública são escolhidos por indicação

    política e não pelo desempenho ou rendimento dos servidores.


    Desta forma, é mais difícil aplicar técnicas de gestão modernas de pessoal, já que o crescimento

    profissional não está alinhado ao desempenho, mas sim a fatores políticos.


  • Infelizmente, boa parte dos cargos de direção na Administração Pública são escolhidos por indicação política e não pelo desempenho ou rendimento dos servidores.

    Desta forma, é mais difícil aplicar técnicas de gestão modernas de pessoal, já que o crescimento profissional não está alinhado ao desempenho, mas sim a fatores políticos.

    Gabarito: correta

  • Gabarito: Certo.

    "Podem não ser(...)"

    Juízo de Probabilidade e não de restrição. Detalhes de logística aplicadas na questão, o que não a deixa incorreta.

    Fique atento mesmo no cansaço da leitura(o que não é nada fácil) e não queira brigar com a banca na hora de resolver questões, ainda mais sendo a banca CESPE/CEBRASPE.

    Conheça a banca, estude a banca, quebre a banca e tome posse.

    Bons estudos!

  • Gabarito: Certo.

    "Podem não ser(...)"

    Juízo de Probabilidade e não de restrição. Detalhes de logística aplicadas na questão, o que não a deixa incorreta.

    Fique atento mesmo no cansaço da leitura(o que não é nada fácil) e não queira brigar com a banca na hora de resolver questões, ainda mais sendo a banca CESPE/CEBRASPE.

    Conheça a banca, estude a banca, quebre a banca e tome posse.

    Bons estudos!

  • se no lugar de tarefa vc colocar pratica, fica mais facil de entender o que a questão quer dizer.

    so que essa banca é mesquinha e desonesta, adora fazer questão mal elaborada, enrolada, que não mede conhecimento.

  • A questão em análise exige do candidato um conhecimento geral da Administração Pública Brasileira. Quando falamos em parâmetros da Administração Privada, lembramos do Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado – PDRAE, criado por Luiz Carlos Bresser Pereira (Ministro do Ministério da Administração Federal e da Reforma do Estado, no governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1995). 
    O PDRAE tinha como finalidade fazer o “Estado deixa de ser o responsável direto pelo desenvolvimento econômico e social pela via da produção de bens e serviços para se adequar a uma nova função de Estado Gerencial" (MATIAS-PEREIRA, 2018). Dessa administração gerencial, podemos tirar como princípios a ênfase nos resultados, na qualidade, na produtividade do serviço público e na profissionalização do servidor. Além disso, segundo o PDRAE, a ocupação dos cargos públicos deve ocorrer por meio do merecimento e da profissionalização do servidor. 

    Contudo, sabemos que dificilmente essa atitude de reconhecimento e merecimento são efetivamente consideradas para a designação de alguma pessoa a ocupar cargos de direção superior. Uma vez que, para esses cargos, ainda existe uma tendência a indicações e a nomeações de pessoas com maior afinidade política e ideológica do que à indicação de profissionais pela qualidade técnica e geração de resultados. Em face do exposto, podemos afirmar que o item em análise está correto.

    GABARITO DO PROFESSOR: “CERTO".

    FONTES:
    BRESSER-PEREIRA, Luiz Carlos. Plano Diretor da Reforma do Aparelho do Estado. Brasília, 1995.
    MATIAS-PEREIRA, José. Administração Pública: foco nas instituições e ações governamentais. 5ª Ed. – São Paulo: Atlas, 2018.
  • Colaborando: (Conforme o PDRAE/1995 - Gov. FHC - Ministro Bresser Pereira)

    =============================================================

    4 Setores do Estado

    ---------------------------

    1) Núcleo estratégico (Governo) ==>ênfase: 1o.) Efetividade (impacto social), depois 2o.) Eficiência

    2) Atividades Exclusivas (entes/3o.Setor)

    3) Atividades NÃO Exclus.(Púb. p/Não Estatal)

    4) Produção para o Mercado (Púb. para Privado)

    (2), (3), (4) => ênfase: 1o.) Eficiência (Adm.Púb.Gerencial), depois 2o) Efetividade

    Bons estudos.

  • Deveres impostos aos agentes administrativos:

    poder-dever de agir;

    dever de eficiência;

    dever de probidade;

    dever de prestar contas.

    (Direito Administrativo Descomplicado, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo)

    Ou seja, não basta ser eficiente e produtivo, precisa ainda ser probo, transparente e responsivo.

    Contudo, como de costume, faltou probidade à banca, pois, para atribuir como certo o enunciado, o correto seria dizer "não são os únicos critérios determinantes..."

  • Argumento em favor da questão é o requisito de antiguidade para promoções e indicações aos cargos com maior poder de decisão, além das prerrogativas do Presidente e outras autoridades indicarem os futuros ocupantes, desde que eles preencham os critérios legais.

  • Nessa aí, basta lembrar dos cargos em comissão, os quais não possuem meritocracia.

  • Seria interessante falar “ no Brasil “ . Pq num modelo ideal a respostas estaria certa
  • Achei a questão relativamente fácil e concordo com a afirmação. O " podem não ser critérios determinantes" meio que deu a questão. É só pensar numa organização. Tem aquele funcionário que chega no horário, faz tudo certo, é eficiente. Tem aquele que apesar de não ser muito pontual e cometer alguns erros, sempre entrega o resultado, é eficaz. No entanto, ambos podem parecer inadequados quando você pensa em cargos de Direção, onde as competência, habilidades e atitudes necessárias são diferentes dos cargos operacionais e táticos.

  • QUE QUESTÃO SUBJETIVA !!!!!