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gabarito: letra c;
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Item II - o correto " Não Conservação". Por isso, que a altenativa está errada.
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Período das operações concretas (7 a 11, 12 anos).
Neste período o egocentrismo intelectual e social (incapacidade de se colocar no ponto de vista de outros) que caracteriza a fase anterior (Período pré-operatório, de 2 a 7 anos) dá lugar à emergência da capacidade da criança de estabelecer relações e coordenar pontos de vista diferentes (próprios e de outrem ) e de integrá-los de modo lógico e coerente (Rappaport, op.cit.).
Um outro aspecto importante neste estágio refere-se ao aparecimento da capacidade da criança de interiorizar as ações, ou seja, ela começa a realizar operações mentalmente e não mais apenas através de ações físicas típicas da inteligência sensório-motor (se lhe perguntarem, por exemplo, qual é a vareta maior, entre várias, ela será capaz de responder acertadamente comparando-as mediante a ação mental, ou seja, sem precisar medi-las usando a ação física).
Contudo, embora a criança consiga raciocinar de forma coerente, tanto os esquemas conceituais como as ações executadas mentalmente se referem, nesta fase, a objetos ou situações passíveis de serem manipuladas ou imaginadas de forma concreta.
Além disso, conforme pontua La Taille (1992:17) se no período pré-operatório a criança ainda não havia adquirido a capacidade de reversibilidade, i.e., "a capacidade de pensar simultaneamente o estado inicial e o estado final de alguma transformação efetuada sobre os objetos (por exemplo, a ausência de conservação da quantidade quando se transvaza o conteúdo de um copo A para outro B, de diâmetro menor)", tal reversibilidade será construída ao longo dos estágios operatório concreto e formal.
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Período pré-operatório (2 a 7 anos).
Para Piaget, o que marca a passagem do período sensório-motor para o pré-operatório é o aparecimento da função simbólica ou semiótica, ou seja, é a emergência da linguagem.
Nessa concepção, a inteligência é anterior à emergência da linguagem e por isso mesmo "não se pode atribuir à linguagem a origem da lógica, que constitui o núcleo do pensamento racional" (Coll e Gillièron, op.cit.).
Na linha piagetiana, desse modo, a linguagem é considerada como uma condição necessária mas não suficiente ao desenvolvimento, pois existe um trabalho de reorganização da ação cognitiva que não é dado pela linguagem, conforme alerta La Taille (1992).
Em uma palavra, isso implica entender que o desenvolvimento da linguagem depende do desenvolvimento da inteligência.
Todavia, conforme demonstram as pesquisas psicogenéticas (La Taille, op.cit.; Furtado, op.cit., etc.), a emergência da linguagem acarreta modificações importantes em aspectos cognitivos, afetivos e sociais da criança, uma vez que ela possibilita as interações interindividuais e fornece, principalmente, a capacidade de trabalhar com representações para atribuir significados à realidade.
Tanto é assim, que a aceleração do alcance do pensamento neste estágio do desenvolvimento, é atribuída, em grande parte, às possibilidades de contatos interindividuais fornecidos pela linguagem.
Contudo, embora o alcance do pensamento apresente transformações importantes, ele caracteriza-se, ainda, pelo egocentrismo, uma vez que a criança não concebe uma realidade da qual não faça parte, devido à ausência de esquemas conceituais e da lógica.
Para citar um exemplo pessoal relacionado à questão, lembro-me muito bem que me chamava à atenção o fato de, nessa faixa etária, o meu filho dizer coisas do tipo "o meu carro do meu pai", sugerindo, portanto, o egocentrismo característico desta fase do desenvolvimento.
Assim, neste estágio, embora a criança apresente a capacidade de atuar de forma lógica e coerente (em função da aquisição de esquemas sensoriais-motores na fase anterior) ela apresentará, paradoxalmente, um entendimento da realidade desequilibrado (em função da ausência de esquemas conceituais), conforme salienta Rappaport (op.cit.).
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A compreensão de que a quantidade permanece a mesma quando a aparência muda é a operação da REVERSIBILIDADE.
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Jean Piaget criou uma teoria do desenvolvimento cognitivo humano
dividido em 4 estágios: sensório-motor, pré-operatório, operatório concreto e
operatório formal.
O segundo estágio, pré-operatório,
coincide com a fase pré-escolar e vai dos dois anos de idade até os sete anos,
em média. Neste estágio a criança não tem noção
de conservação, isto é, não acredita que pode haver diferentes
configurações para um mesmo objeto; caracteriza-se pelo egocentrismo, centralismo e irreversibilidade, ou seja, não sente
necessidade de justificar seu raciocínio, além de sentir dificuldade de sair do
seu ponto de vista pra assumir o do outro, ou ainda, ter sua atenção voltada
somente ao aspecto ou configuração do objeto, não vendo a possibilidade de
transformá-lo.
As principais características
são: animismo; tendência de a criança
dar vida a seres não vivos. Antropomorfismo; tendência de a criança atribuir
formas humanas a seres não humanos. E artificialismo; todas as coisas foram
construídas pelo homem ou alguma entidade divina, para o homem.
GABARITO: C
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O conceito de conservação está correto, porém não é uma das características apresentadas no período pré-operatório, pois nesse período não há uma noção de conservação. Os demais conceitos, animismo e egocentrismo, são característicos desse período.
Quem escolheu a busca não pode recusar a travessia - Guimarães Rosa
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Gabarito: C