Gab. E
Em conformidade com a análise de Mioto e Nogueira (2013), no campo institucional, a crise mundial das economias capitalistas ocidentais leva a uma violenta redução dos ideais universalistas e igualitários na área dos direitos sociais, sendo estes substituídos pela exigência da focalização em populações vulneráveis e de risco social, conforme apregoado pelas agências mundiais de fomento e financiamento (idem, p.65).
A lógica dos programas e projetos sociais aparece no bojo do racionalismo técnico instituído, configurando o momento da emergência dos processos de planejamento como forma de orientar e controlar as mudanças sociais. Entretanto, o método de formulação e acompanhamento do planejamento estatal, em quaisquer dos níveis federativos, foi feito de maneira pontual e assistemática, sempre em termos dos grandes objetivos (ibidem, p. 64).
Nessa esteira, (YAZBEK, 2009, p. 10) afirma que outra característica histórica das Políticas Sociais brasileiras e que interferirá no desempenho profissional dos assistentes sociais é sua fragmentação, pois essas políticas são concebidas setorialmente como se o social fosse a simples somatória de setores da vida, sem articulação, numa apreensão parcializada da realidade social. Consequentemente, as ações profissionais acabam por se fragmentar, assumindo um caráter pontual e localizado.
Ref.
MIOTO, Regina Celia Tamaso ; NOGUEIRA, Vera Maria Ribeiro . Política Social e Serviço Social: os desafios da intervenção profissional. Revista Katálysis, 2013.
YAZBEK, Maria Carmelita. O significado sócio-histórico da profissão. In Serviço Social: Direitos Sociais e Competências Profissionais. Brasília: CFESS/ABEPSS, 2009