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ID
2549065
Banca
FEPESE
Órgão
Prefeitura de Fraiburgo - SC
Ano
2017
Provas
Disciplina
Atualidades
Assuntos

Em relatório das Nações Unidas, a guerra civil da Síria foi classificada como “grande tragédia do século 21”.


Sobre a Síria e esse conflito, é incorreto afirmar:

Alternativas
Comentários
  • GABARITO B

     

    Sunitas e xiitas, um conflito pelo poder disfarçado de cisão religiosa

    A divisão do Islamismo entre as duas comunidades é usada na batalha pela supremacia no Oriente Médio

    Que peso tem a religião nos atuais conflitos?

    A religião se tornou uma ferramenta de mobilização popular em uma batalha que é, acima de tudo, política. Em uma região onde as fronteiras nacionais são resultado do jogo de equilíbrios entre as potências coloniais, a atribuição religiosa é frequentemente o elemento de identidade mais forte.

    Por trás de alguns dos conflitos atuais se esconde a velha rivalidade entre o Irã e a Arábia Saudita pela supremacia na região do Golfo Pérsico. Essa dinâmica também é evidente no Iraque, de maioria xiita, mas tradicionalmente governado por uma elite sunita, e que o Irã quer transformar em um “satélite”. O fato de o reino saudita ser o berço da intransigente escola wahabista, que considera os xiitas hereges, só coloca mais lenha na fogueira. Isso também ocorreu com o surgimento no tabuleiro geopolítico do jihadismo sunita, primeiramente com a Al Qaeda e agora com o Estado Islâmico – para quem os xiitas são infiéis que precisam ser erradicados e contra quem estenderam o combate.

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    ......

    No caso da Síria, a divisão, que não levou em consideração o complicado e milenar mosaico regional de etnias e religiões, é vista por muitos como base dos conflitos sectários que corroem o país hoje. Mais do que a maioria dos países árabes, a população da moderna Síria, que se tornou independente dos franceses em 1946, é uma frágil teia de comunidades étnicas e sectárias. Dos 23 milhões de sírios, 90% são árabes, mas também há curdos (9%) e pequenas comunidades armênias, circassianas e turcomanas. Em termos de religião, a subdivisão é mais complicada: 74% dos sírios são muçulmanos sunitas, 16% são muçulmanos xiitas (entre alauitas, drusos e ismaelitas) e 10%, cristãos (ortodoxos, maronitas ou latinos). Junta-se a isso outra subdivisão, a dos clãs familiares, e se tem uma receita para desavenças.

    “Essas divisões e conflitos étnicos e sectários vêm por séculos sendo fontes de considerável tensão social na Síria....

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    "Como o Brasil virou o principal refúgio de sírios na América Latina" - bbc 2015

     

    https://brasil.elpais.com/brasil/2016/01/03/internacional/1451843662_491050.html

    http://g1.globo.com/revolta-arabe/noticia/2013/08/entenda-guerra-civil-da-siria.html

    http://g1.globo.com/mundo/noticia/2016/09/7-perguntas-para-entender-a-origem-da-guerra-na-siria-e-o-que-esta-acontecendo-no-pais.html

    https://oglobo.globo.com/sociedade/historia/disputas-etnicas-religiosas-da-siria-remontam-antiguidade-9867139

    http://www.bbc.com/portuguese/noticias/2015/01/150113_sirios_refugiados_brasil_pai

  • Um dos principais motivos da guerra na síria envolve brigas religiosas! 

    O conflito que actualmente abala a Síria tem várias vertentes, mas a religião é um dos mais influentes e ajuda a explicar muito do que se está a passar a nível interno e externo. 

    A Síria é composta por vários grupos étnicos e religiosos. Cerca de 75% da população é sunita, mas o regime está solidamente nas mãos da minoria alauita, um ramo do Islão xiíta, cujos fiéis constituem cerca de 10% da população. 

    O actual conflito é, em grande parte, uma luta pelo poder entre sunitas, que formam a esmagadora maioria da oposição, e os alauitas que temem o que lhes pode acontecer caso o regime caia. 

    O círculo de conselheiros mais próximos de Assad são na esmagadora maioria alauitas, como é o novo ministro da defesa, nomeado hoje. Há um ou outro xiita e alguns sunitas, mas as notícias de deserções por parte de altas figuras das forças armadas e até do corpo diplomático, que se têm repetido nos últimos dias, dizem respeito invariavelmente a sunitas. 

    No meio deste cenário estão os cristãos, que constituem outros 10%, divididos entre diversas denominações. Tradicionalmente os cristãos têm estado próximos do regime, sobretudo na altura em que a Síria estava em paz e era um dos locais mais seguros para os cristãos viverem, uma vez que interessava ao regime impedir o surgimento de qualquer expressão de fundamentalismo islâmico. 

    Devido a essa longa associação, muitos cristãos temem represálias ou simplesmente o caos que poderá seguir-se a uma mudança de regime. Já tem havido relatos de perseguição a cristãos por parte da oposição a Assad e em algumas aldeias os cristãos têm-se visto obrigados a coligar-se com os alauitas para se defender.