SóProvas


ID
2549143
Banca
AOCP
Órgão
DESENBAHIA
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                                Deu ruim pro Uber?

                                                                                                                         Filipe Vilicic


      Tenho ouvido essa pergunta com muita frequência, desde o início do ano. Há a noção de que o app, antes adorado, entrou numa ladeira, em ponto morto

      Comecemos com o popular termômetro do Facebook. Há um ano, entrava em meu perfil e via uma penca de pessoas louvando o Uber. E não exagero com o “louvar”. Pois era exagerada a reação da multidão facebookiana. Ao Uber era atribuída uma, nada mais, nada menos, revolução no transporte urbano. Era o início dos tempos de motoristas particulares bem-vestidos e com água gelada e balinha no carro. Desde o início do ano, o cenário mudou. Agora, o exagero é o oposto. Há todo tipo de reclamação contra o Uber.

      Nas últimas duas semanas, deparei-me com queixas de mais de dez pessoas, de meu círculo de amigos no Facebook. Isso sem correr atrás dos lamentos; apenas como observador, um receptor passivo. Fora do ambiente virtual, outros quatro clientes vieram me perguntar algo como: “por que o Uber tá tão ruim?”. Todos haviam passado por problemas recentes com o aplicativo. A reclamação mais comum, e que reproduz uma situação pela qual passei três vezes (a última, em maio): motoristas cancelarem a corrida, sem avisar, sem perguntar, por vezes próximos ao local de partida, aparentemente por 1. Não quererem aquela viagem específica ou 2. Calcularem que vale mais a pena fazer o usuário pagar uma “multa” pelo cancelamento.

      Mas voltemos à pergunta inicial: o que aconteceu com o Uber?

      Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância. Todos (ou quase todos) se admiravam com os talentos dessa jovem (e inovadora) criança. Agora, o Uber entrou na fase da adolescência, cheio de problemas. É comum que esse amadurecimento venha às companhias, ainda mais às que se autoproclamam inovadoras. O Google, por exemplo, era criticado na virada dos anos 2000 e, depois, em meados da década passada (chegou a se ver como protagonista de uma CPI da Pedofilia no Brasil). O Facebook tem sofrido duras repressões da mídia, e de usuários, pela proliferação de fake news, de vídeos violentos, e de outras coisas, digamos, duvidosas, pela rede social. Essas duas empresas souberam amadurecer e dar a volta por cima. Reagiram, ao menos por enquanto, de forma – na lógica que coloquei acima – adulta. Será que o Uber conseguirá o mesmo?  

      Já era para o Uber?

      Sim, a empresa entrou numa ladeira, em ponto morto. Mas ainda dá tempo de frear, dar a volta e engatar a primeira marcha. Todas as gigantes do Vale do Silício, ou as já mais estabelecidas, tiveram de encarar momentos-chave para suas histórias, nos quais quaisquer deslizes poderiam levar a uma quebradeira geral. Foi assim com a Apple, cuja falência era tida como quase certa no fim dos anos 90 (e, veja só, agora é a bola da vez). E com Twitter, Google, Facebook… todas. Faz parte do processo de amadurecimento. A pergunta que fica: será que o Uber conseguirá ultrapassar os obstáculos que ele próprio parece ter criado para si e, assim, virará “adulto”? Ainda não se sabe qual será o destino final dessa corrida.

Adaptado de http://veja.abril.com.br/blog/a-origem-dos-bytes/deu -ruim-pro-uber/. Publicado em 22 jun 2017, 18h54

Em “Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância.”, a respeito da pontuação, é correto afirmar que

Alternativas
Comentários
  •  a) o ponto e vírgula foi utilizado para separar orações coordenadas que já apresentavam virgulas em seu interior. GABARITO

     b) as vírgulas foram utilizadas para separar elementos coordenados entre si, no trecho anterior ao ponto e vírgula. São orações subordinadas e não coordenadas

     c) a vírgula foi utilizada para separar uma oração apositiva antes do trecho “em sua infância”.  Não se trata de uma oração apositiva.

     d) o ponto final, que sinaliza uma pausa máxima, foi utilizado para finalizar uma frase imperativa. Não há comandos imperativos na frase em questão.

     e)  a vírgula que isola o termo “sim” justifica-se por estar separando um termo retificativo.           Ratificativo e não retificativo.

  • Sindética ADITIVA?

  • Sempre caio nessa de "retificar"

  • O ponto e vírgula serve para:
    1) Separar orações coordenadas assindéticas, normalmente entre trechos já separados por vírgula (ou outros sinais de pontuação), marcando uma enumeração.


    – As leis, em qualquer caso, não podem ser infringidas; mesmo em caso de dúvida, portanto, elas devem ser respeitadas.
    – Em criança, era um menino tímido mas inteligente; quando moço, era esperto e alegre; agora, como homem maduro, tornou-se um chato.
    – Por que Deus permite terremotos (como os que ocorreram recentemente na Itália e na Grécia); não impede os ciclones (como os que atacam os EUA ano após ano); nada faz contra as secas intensas (como as do nordeste brasileiro), etc.?

     

    Prof. Fernando Pestana

  • Eu faço da seguinte maneira para lembrar
    REtificar = REvisar = REfazer, alterar
    RAtificar = confirmAR 
    Espero que ajude

  • separar orações coordenadas?

    mas o que aparece antes do ponto e vírgula não é uma or. Subordinada?

    por favor, me expliquem

     

  • Para não confundir RETIFICAR e RATIFICAR, basta lembrar dos editais de concursos, que sempre sofrem RETIFICAÇÕES, ou seja, ALTERAÇÕES.

     

    Bons estudos!

  • Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância.”

     

    Temos 3 orações antes do ";" e 1 oração depois do ";". Estamos com o caso de PERÍODO MISTO composto por subordinação e coordenação.

    [Parece] = oração principal

    [que a empresa...criança talentosa] = oração subordinada substantiva objetiva direta em relação à oração "parece" 

    [quando surgiu... ano passado] = oração subordinada adverbial temporal

    [e, sim, estava...] = oração coordenada sindética aditiva à oração "que a empresa...criança talentosa"

  • Vamos indicar pra algum professor comentar, pessoal.

    Achei a análise da A muito confusa.

  • REtificar --> É porque tem algo Errado e precisa ser alterado. :)

     

    Bons estudos! Fé em Deus!

  • Luciano, acredito que a explicação para a sua dúvida é a seguinte:
     

    Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância.

    A conjunção "e", aditiva, liga a oração vermelha e a azul, e o ponto e vírgula é utilizado para separar essas duas orações, sendo, portanto, utilizado para separar as orações coordenadas.

    Pelo menos essa foi a minha interpretação.

  • Fazendo as questões dessa Banca, sinto falta dos comentários dos amigos Thiago Costa, Cassiano Messias, André Aguiar

  • Verdade, Leonardo Ribeiro! haha

  • PARA RESOLVER ESSA QUESTÃO, LEMBREI QUE PONTO E VÍRGULA É USADO APENAS ENTRE ORAÇ. COORDENADAS E TERMOS ENUMERADOS. GABA A

  • ponto e vírgula indica uma pausa maior que a vírgula e menor que o ponto. Quanto à melodia da frase, indica um tom ligeiramente descendente, mas capaz de assinalar que o período não terminou. Emprega-se nos seguintes casos: - Para separar orações coordenadas não unidas por conjunção, que guardem relação entre si.

  • Parece que, quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância.”

    Quando surgiu, em 2009, e até o ano passado, a empresa americana parece que era encarada como uma criança talentosa; e, sim, estava em seu início, em sua infância.

    Oração Principal

    Oração subordinada substantiva predicativa nominal

    Oração subordinada adverbial comparativa

    Oração coordenada sindética aditiva.

    o ponto e vírgula foi utilizado para separar orações coordenadas que já apresentavam virgulas em seu interior. Como orações coordenadas se há apenas uma? O correto seria:

    o ponto e vírgula foi utilizado para separar oração coordenada, que já apresentava virgulas em seu interior, de orações subordinadas.

  • RATIFICAR-> (Aceita/Confirma determinada ideia ou condição)

    RETIFICAR -> Erro (Altera algo)

  • gab A

  • Letra A

    Existem Orações coordenadas entre si além disso a segunda já exigia "," pela elipse do sujeito "empresa americana " que foi omitido. Valendo lembrar que a vírgula presente após o "e" não tem relação com a elipse, mas sim com o advérbio "Sim" que veio isolado por duas vírgulas ",". Sendo assim o ponto e vírgula além de separar orações coordenadas entre si marca a elipse... Por isso utiliza-se ponto e vírgula no lugar de uma vírgula, é como se a situação pedisse duas pontuações de uma vez só que são supridas pelo ponto e vírgula.