- ID
- 2550097
- Banca
- PUC-PR
- Órgão
- Prefeitura de Fazenda Rio Grande - PR
- Ano
- 2017
- Provas
- Disciplina
- Português
- Assuntos
Leia o texto a seguir.
Temos uma norma ortográfica, mas nunca teremos uma norma fonética. Os estudiosos se dividem, argumentam, explicam, e cabe a nós, falantes da língua portuguesa, escolher uma ou outra proposta. É importante lembrar que, neste assunto tão movediço da língua falada, qualquer opinião imperativa (= “não pode”, “é proibido”, “está errado”) é perigosa. Trata-se de uma opinião que deve ser respeitada, mas nunca vista como uma verdade absoluta. Devemos seguir os mais conceituados (que indicam a pronúncia paroxítona para rubrica como a correta) e, em casos divergentes, aceitar as duas opções como variantes legítimas. O que não podemos esquecer é que a fala vem primeiro e a escrita vem depois. A escrita é uma tentativa de representar, com sinais gráficos, uma realidade sonora. É absurdo afirmarmos que o “certo” é rubrica, porque não tem acento na escrita. O fato é o inverso: devemos escrever sem acento, porque rubrica é um vocábulo paroxítono (pronúncia normal para uma palavra terminada em “a”). Se, com o tempo, a pronúncia /rúbrica/ for consagrada pelo uso da maioria dos falantes, a língua padrão tem a obrigação de aceitar as duas opções, como já aconteceu com tantas outras: acróbata e acrobata, biótipo e biotipo...
Disponível em: <http://g1.globo.com/educacao/blog/dicas-de-portugues/post/recordar-e-aprender-qual-e-pronuncia-correta.html>