De acordo com a orientação dos fabricantes, as seringas/agulhas descartáveis para a aplicação de insulina não devem ser reutilizadas. Na prática, entretanto, a bibliografia internacional e a Portaria nº 2.583 do Ministério da Saúde, sobre o assunto considera como segura a reutilização limitada do conjunto seringa/agulha (acopladas), desde que respeitadas as orientações sobre armazenamento em geladeira ou em lugar adequado, com a devida proteção da agulha por sua capa protetora plástica. A higiene das mãos e dos locais de aplicação é fundamental para proporcionar a necessária segurança quanto à reutilização do conjunto seringa/agulha. Com base nessas considerações, consideramos adequada sua reutilização por até 08 aplicações, sempre pela mesma pessoa.
Optando-se pela reutilização, a seringa deve ser retampada e guardada, em temperatura ambiente ou sob refrigeração (na gaveta ou porta da geladeira). Para a reutilização, devem ainda ser considerados os seguintes aspectos:
ausência de ferida aberta nas mãos e de infecções de pele no local de aplicação;
o diabético deve ter destreza manual, ausência de tremores e boa acuidade visual, sendo capaz de reencapar a agulha com segurança.
A limpeza da agulha não deve ser feita com álcool, porque é capaz de remover o silicone que a reveste, tornando a aplicação mais dolorosa. As seringas reutilizadas devem ser descartadas quando a agulha se torna romba, curva ou entra em contato com alguma superfície diferente da pele e logo que a aplicação se torne muito mais dolorosa.
O paciente com diabetes mellitus deve ser acompanhado de forma periódica pela equipe multiprofissional para prevenção de suas complicações.
A organização do cuidado integral deve estar centrada na pessoa que vive com diabetes, em sua família e incluir a comunidade; deve ser planejada levando em conta os diversos aspectos do cuidado, as circunstâncias e os recursos locais.
SOF Relacionadas:
Quais os cuidados gerais para paciente com DM2 em insulinoterapia? Como monitorar?
Quais as orientações de enfermagem para prevenir hipoglicemia em pacientes diabéticos?
Bibliografia Selecionada
Brasil. Ministério da Saúde. Secretaria de Atenção à Saúde. Departamento de Atenção Básica. Diabetes Mellitus [Internet]. Caderno de Atenção Básica -Nº16. Brasília: Ministério da Saúde; 2006 [citado 2013 Nov 10]. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Disponível em: http://189.28.128.100/dab/docs/publicacoes/cadernos_ab/abcad16.pdf Acesso em: 8 ago 2013.
Brasil. Presidência da República. Lei n° 11.347 de 27 de setembro de 2006, Dispõe sobre a distribuição gratuita de medicamentos e materiais necessários à sua aplicação e à monitoração da glicemia capilar aos portadores de diabetes inscritos em programas de educação para diabéticos [Internet]. Brasília; 2007 [citado 2013 Nov 10]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2004-2006/2006/Lei/L11347.htm Acesso em: 8 ago 2013.
Itens verdadeiros:
Os frascos de insulinas lacrados precisam ser mantidos refrigerados, entre 2°C e 8°C e depois de abertos, os frascos podem ser mantidos em temperatura ambiente, entre 15°C e 30°C ou também em refrigeração, entre 2°C e 8°C, para minimizar a dor no local da injeção.
Após um mês do início do uso, a insulina perde sua potência, especialmente se mantida fora da geladeira. Por isso, é importante orientar que o usuário ou seu responsável anote a data de abertura no frasco
Em caso de combinação de dois tipos de insulina, deve-se aspirar primeiro a insulina de ação curta ou regular para que o frasco não se contamine com a insulina de ação intermediária (NPH).
É importante mudar sistematicamente o local de aplicação de insulina, de modo a manter uma distância mínima de 1,5 cm entre cada local de injeção, por isso, é importante orientar o paciente ou seu responsável para organizar um esquema de administração que previna reaplicação no mesmo local, e assim prevenir a ocorrência de lipodistrofia.