SóProvas


ID
2552272
Banca
VUNESP
Órgão
IPRESB - SP
Ano
2017
Provas
Disciplina
Português
Assuntos

                                  A idade das palavras


      Já cansei de ver gente madura falando gíria para parecer jovem. O trágico é que, em geral, a gíria é velha, daí que é terrível ver uma senhora madura e plastificada dizendo “Eu sou prafrentex!”.

      Esse termo foi usado nos anos 60 para dizer que uma jovem aceitava comportamentos mais ousados, tipo viajar no fim de semana para a praia com um grupo de amigos, o máximo de liberdade imaginável até então.

      Mas agora é passado… Assim como as variações para falar de homem bonito. Houve época em que era “pão”, agora se usa gato, se não estou atrasado… Volta e meia noto alguém exclamar à passagem de um homem atlético: “Ai, que pão!”.

      Esse é o mal das gírias. Marcam a juventude de cada um. O tempo passa, mas fica difícil mudar o modo de falar.

      Lembro o sucesso de “boko moko”, criado por uma marca de refrigerante para rotular de cafona quem não tomava a tal bebida. Caiu na boca do povo. Cafona vale? Ou devo dizer “out”, como na década de 90?

      Reconheço, tenho saudade de certos termos. Lembro-me das conversas com os amigos nos anos 70, quando fiz faculdade e era frequente ouvir “tou numas com ela”, equivalente, guardadas algumas proporções, ao “ficar” de hoje em dia.

      Que adolescente aceitaria hoje ir a um “mingau dançante”? Vão para a balada, para a “night”. Aliás, a maioria foge de mingau e de qualquer delícia que engorde!

      Muita gente odeia gíria e a considera um dialeto capaz de estraçalhar a língua. Elas esquecem que, no seu tempo, também a usavam.

      Não é fácil acompanhar sua evolução e, às vezes, me confundo: não sei se ainda se fala “hype” para indicar algo que no passado foi “in”. Ou que alguém é “fashion”, para dizer que está “nos trinques”, como nos anos 80.

      A verdade é: não há botox ou plástica que resista. Gíria velha denuncia a idade mais do que as rugas!

(Walcyr Carrasco. http://vejasp.abril.com.br/cidades/ a-idade-das-palavras/ Adaptado)

Leia as frases:


O máximo de liberdade possível, ________ que se acreditava na época, era uma jovem solteira viajar com amigos.

Para o autor, os alimentos calóricos, __________ quais os adolescentes fogem, são uma delícia.


As lacunas das frases devem ser preenchidas, correta e respectivamente, pelas preposições:

Alternativas
Comentários
  • Questão que aborda o conhecimento de Regência Verbal.

     

    Acreditar - Na frase acima é verbo transitivo indireto, pois quem acredita , acredita EM alguma coisa

     

    Fugir - Na frase acima é verbo transitivo indireto, pois quem foge , foge DE algo

     

     

     

    Letra D

     

     

     

    Qcom - Questão comentada

    https://www.youtube.com/channel/UCBY27FNGgRpPa-PgFubwjPQ

  • Quem acredita, acredita EM.

    Quem foge, foge DE algo = DE+O, ou seja, "DOS", pois o referente está no masculino plural.

  • LETRA D

    O máximo de liberdade possível, ___EM_____ que se acreditava na época, era uma jovem solteira viajar com amigos.

    Acreditava-se NO (em +o) máximo de liberdade possível.

     

    Para o autor, os alimentos calóricos, ___DOS_______ quais os adolescentes fogem, são uma delícia.

    Os adolescentes não fogem DOS alimentos calóricos.

  • GABARITO LETRA D.

    é só observar a regência dos verbos, acreditar e fugir.

    quem acredita, acredita em algo/ alguma coisa, quem foge, foge de algo, de alguém...

  • Acreditar - VTI - Quem acredita, acredita EM

    Fugir - VTI - Quem foge, foge DE (de + os = DOS)

    Resposta: Letra D

  • Quem acredita, acredita em alguém ou alguma coisa.

    Quem foge, foge de alguém ou alguma coisa.

  • verbos: acreditar e fugir ambos VTI (verbo transitivo indireto)

    quem acredita, em alguma coisa. 

    quem foge, foge de. na fusão DE+OS = dos

  • Fogem nessa questão n seria verbo intrasitivo ?

  • joaovictor lins.....

    O verbo FUGIR pode ser VI em situações do tipo...O preso fugiu....fugiu e pronto. Mas no contexto da questão ele é VTI...fugiu dos alimentos calóricos.

  • acreditava em quem ?  

    fogem de quem?

  • Dica: coloque a frase na ordem direta:

     

    Acreditava-se na época NO  máximo de liberdade possível.

     

    Os adolescentes fogem DOS  alimentos calóricos.

     

  • Acreditar no...

    Fugir dos...

     

     

    "Calma, calma! Eu estou aqui!"

  • Quase todos os comentários iguais e ERRADOS.

    Errados porque? Porque explicaram a Regência do Verbo Acreditar em sua forma simples, enquanto no exercício ele está na forma Pronominal = Acreditava-se ou Se Acreditava

    Por esse motivo a Regência deve ser analisada a partir do verbo em sua forma Pronominal.

    No caso do verbo Acreditar, a regência é a mesma tanto para o verbo na forma simples como na pronominal, ambos pedem a preposição "em"

     

    Porém, em muitos verbos isso não ocorre, como por exemplo no verbo Recusar;

    O verbo Recusar é VTD mas Recusar-se é VTI, regido pela preposição "A".

    Ela recusou trabalho. Ela recusou-se a trabalhar. 

     

    A Vunesp adora verbos na forma pronominal.

  • Quem acredita, acredita em

    Quem foge, foge de

  • Lucas Almeida,

    Os comentários não estão errados, talvez não estejam completos e detalhados como o seu mas a regência explicada para essa questão está correta.

  • Letra (D)

    Quem acredita, acredita EM

    Quem foge, foge DE

    #VemTJSP

  • Acreditava no que?

    Na liberdade possível, usa-se em.

    Do que os adolescentes fogem?

    Dos alimentos calóricos, usa-se dos.

  • Realmente, quem foge ? Foge de algo ? De + os = dos alimentos

  • QUEM FOGE, FOGE "DE" ALGO.

  • Acreditar - VTI - Quem acredita, acredita EM

    Fugir - VTI - Quem foge, foge DE (de + os = DOS)

    Resposta: Letra D

    OBS.: LEMBRANDO QUE A REGÊNCIA DOS PRONOMES RELATIVOS SE DÁ COM O TERMO QUE VEM APÓS O PRONOME RELATIVO.