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ID
2553370
Banca
COMPERVE
Órgão
UFRN
Ano
2017
Provas
Disciplina
Psicologia
Assuntos

O psicodiagnóstico inspirado na compreensão fenomenológica propõe uma prática diagnóstica que se afaste de uma patologização dos modos de existir. Nessa perspectiva, define-se a compreensão diagnóstica como

Alternativas
Comentários
  • "(...) o psicodiagnóstico interventivo fenomenológico-existencial como possibilidade de ação clínica do psicólogo. Trata-se de um modelo de intervenção em psicologia (...). Este modelo questiona o lugar hierárquico de saber e poder do psicólogo no método tradicional de psicodiagnóstico, convocando os clientes a assumirem protagonismo na elaboração do conhecimento acerca de si mesmos."

    Fonte: O psicodiagnóstico interventivo fenomenológico-existencial grupal como possibilidade de ação clínica do psicólogo - Paulo Evangelista, Doutor em Psicologia Escolar e do Desenvolvimento pela Universidade de São Paulo.

  • RESPOSTA CORRETA: LETRA A

    "um processo de acompanhar o modo como a pessoa constrói significados de existência"

  • A Fenomenologia é uma corrente filosófica que propõe um método de estudo que proporcione um conhecimento indubitável e radical, com um ponto de partida evidente, sem nenhum pressuposto: os fenômenos tais como emergem na consciência pura do sujeito. A aplicação do método fenomenológico busca apreender os fenômenos em si, sem pressupostos ou ideias preconcebidas, deixando de fora teorias prévias e centralizando-se na experiência vivida pelo sujeito.

    O psicodiagnóstico fenomenológico-existencial interventivo, como é conhecido o processo ancorado em tal teoria, coloca o cliente como um parceiro ativo, corresponsável pelo trabalho desenvolvido na avaliação. O psicólogo, que não mais detém o saber e as respostas, abre espaço às colocações dos clientes, sendo o seu arcabouço teórico e as experiências clínicas apenas um outro ponto de vista. Os testes não são utilizados com o intuito de categorizar, classificar ou definir patologias, mas de articulá-los com as experiências de vida do cliente.

    O diagnóstico se faz a partir do sujeito, e não dado e encaixado a esse; vai se constituindo a partir da sua história de vida. Não se avalia dentro de padrões estabelecidos, mas sim de forma singular, respeitando sua totalidade, sendo ouvido e compreendido a partir dos seus próprios sentimentos, emoções, da sua fala e vivência.

    É considerado interventivo, por complementarmente ao diagnóstico haver uma intervenção em cima do cliente, pois as devolutivas vão acontecendo durante o processo e não em uma entrevista final como no psicodiagnóstico tradicional no final.

    GABARITO: A