Questão 2554915

• Banca: INEP
• Órgão: ENEM
• Ano: 2017
• Provas: INEP - 2017 - ENEM - Exame Nacional do Ensino Médio - Primeiro e Segundo Dia
• Disciplina: Português
• Assuntos: Interpretação de Textos

TEXTO I

Terezinha de Jesus

De uma queda foi ao chão

Acudiu três cavalheiros

Todos os três de chapéu na mão

O primeiro foi seu pai

O segundo, seu irmão

O terceiro foi aquele

A quem Tereza deu a mão

BATISTA, M. F. B. M.; SANTOS, I. M. F. (Org.). Cancioneiro da Paraíba. João Pessoa: Grafset, 1993 (adaptado).

TEXTO II

Outra interpretação é feita a partir das condições sociais daquele tempo. Para a ama e para a criança para quem cantava a cantiga, a música falava do casamento como um destino natural na vida da mulher, na sociedade brasileira do século XIX, marcada pelo patriarcalismo. A música prepara a moça para o seu destino não apenas inexorável, mas desejável: o casamento, estabelecendo uma hierarquia de obediência (pai, irmão mais velho, marido), de acordo com a época e circunstâncias de sua vida.

Disponível em: http://provsjose.blogspot.com.br. Acesso em: 5 dez. 2012.

O comentário do Texto II sobre o Texto I evoca a mobilização da língua oral que, em determinados contextos,

• A. assegura a existência de pensamentos contrários à ordem vigente.
• B. mantém a heterogeneidade das formas de relações sociais.
• C. conserva a influência religiosa sobre certas culturas.
• D. preserva a diversidade cultural e comportamental.
• E. reforça comportamentos e padrões culturais.

Gabarito: E

Comentários

• a questão pede: O comentário do texto II sobre o texto I. Portanto, percebemos que o comentário é que o texto II faz uma interpretação sobre o texto I.

  Essa interpretação segue, extamente, a ideia do texto I. O texto II explica o texto I.Portanto, reforça  comportamentos e padrões culturais.

  A) assegura existência de pensamentos contrários à ordem vigente - Não! para que isso ocorresse, o texto II teria que apontar uma comparação dos pensamentos atuais. Todavia, o texto II explica a canção e nada diz a respeito dos pensamentos atuais.

  B) mantém as formas de relações sociais heterogêneas. Não fala nada disso. Na pior das hipóteses, caso mantivesse essa heterogeneidade, o texto II teria que apontar um exemplo de que hoje, as pessoas pensam de forma diferente. Ou então, dizer que, naquela época, as mulheres eram criadas para casar, abrindo um espaço, concomitante, para a forma de criação de mulher independente.

  C) Conserva influência religiosa - nem menciona isso. a assertiva extrapola a ideia do texto

  D) Preserva diversidade cultural e comportamental - lógico que não. O texto II não dá espaço para mais de uma cultura e comportamento. Como já dito: ele explica o texto I, dentro daquilo que se acreditava na época. Não existe diversidade de comportamento naquela época e nem comparação com a época atual

• O texto II mostra uma visão conservadora do texto I, sem tentar rebater ou questionar tais comportamentos daquela época. Pelo contrário, reforça a ideia contida no texto I.

• Essa questão do casamento e blábláblá nos remete aos comportamentos e padrões culturais. É o que o texto II faz em relação ao texto I.

• Essa questão não entra na minha cabeça, porque não enxergo de maneira nenhuma um reforço do texto 1 pelo texto 2. Na minha errônea visão, só consigo enxergar que o texto 2 esplana o 1, sem víés de opinião.

• realmente não achei esse "reforço" q o textos 2 remete sobre o texto 1, questão plausível de anulação.