A redução do número de acidentes me parece muito mais relacionada à efetividade do que à eficácia....
"Saber que um programa público tem efetuado aquisições a preços adequados (portanto,
tem sido econômico) e tem uma boa relação produtos/insumos (portanto, tem sido também
eficiente) é muito bom, mas ainda não é suficiente para avaliarmos o desempenho da atuação governamental. A sociedade precisa saber também se esse programa conseguiu realizar as metas
de produção. Assim, se o programa de vacinação tinha como propósito vacinar 100.000 crianças
durante o ano de 2010, é importante saber em que grau essa meta foi atingida. Um possível
indicador seria, então, o “Percentual de Crianças Vacinadas em Relação à Meta”. Caso sejam vacinadas
80.000 crianças, o valor atribuído a esse indicador seria 80% - e essa seria uma medida
da eficácia.
Resta uma dimensão a ser considerada em nossa hipotética avaliação, que se refere à
resposta para a seguinte questão: “O programa atingiu os objetivos?” ou “Em que medida o
programa resolveu o problema para o qual ele foi criado?” Afinal, se consideramos o programa
de vacinação, podemos perceber que o seu real objetivo não é “vacinar crianças”, mas sim evitar
a incidência da meningite. Embora as “crianças vacinadas” sejam o produto físico do programa,
o resultado que dele se espera é a redução do percentual da população que sofre com
a doença. Um indicador adequado para tanto seria o “Número de Crianças com Meningite a
cada 100.000 habitantes”; quanto menor for o valor atribuído a este indicador, mais efetivo
terá sido o programa"
FONTE: Escola Superior do Tribunal de Contas da União - Curso de Planejamento Governamental (2017), Aula 2. Conteudista: OLIVEIRA JÚNIOR; Antônio José Saraiva de.